Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 4
Capítulo 4 - Desespero


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, lá vai mais um capítulo da nossa fic mega tensa. Nos vemos lá em baixo!



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Quando Maria deu entrada no hospital, era visível que seu estado era grave. Carlisle Cullen, o responsável pelo local, estava encarregado de atendê-la. Junto dele estava um de seus melhores médicos, Rafael Holdford.

Embora tenha chegado ao local com vida, seus sinais vitais caiam drasticamente a cada momento. Tal qual seu carro, o corpo dela estava aos cacos.

O centro cirúrgico foi preparado para atendê-la no minuto em que chegasse, assim que os profissionais da ambulância entraram em contato avisando sobre o encaminhamento dos pacientes envolvidos no acidente e da gravidade clínica de cada um deles.

Tudo estava pronto para recebê-la, mas seu corpo estava cada vez mais fraco e desistindo de lutar. Era visível que ela não resistiria por muito tempo.

Jasper e Edward chegaram um tempo depois ao hospital, pois estavam na cidade vizinha, Santa Clara, praticamente junta a Palo Alto.

Não demorou para que Jasper entrasse correndo pela porta de emergência à procura da recepção. Logo, ele encontrou uma das ilhas de atendimento, onde enfermeiras e recepcionistas ficavam. Lá, havia uma jovem que no momento atendia um senhor de idade bastante avançada.

- Por favor, moça, me desculpe senhor, mas a minha mulher sofreu um acidente. Eu sei que a trouxeram para cá. Eu preciso vê-la, saber como está...

O senhor, que a princípio queria repreender o jovem por interrompê-lo, ficou sem reação. A moça do outro lado do balcão, uma recepcionista, sabia exatamente de quem Jasper falava, mas precisava cumprir os procedimentos.

- Senhor, eu preciso que assine os papéis de liberação para...

- Moça, eu não ligo pra papéis! Pelo amor de Deus, onde está minha mulher? – Jasper a cortou com um desespero crescente.

- Senhor, são regras para...

Jasper virou as costas e estava disposto a procurar por Maria de sala em sala, caso fosse necessário. Edward, que chegava ao seu lado naquele momento, ouviu as últimas frases. Ele demorou mais a entrar no hospital por ter de estacionar em local adequado.

- Senhor, realmente eu preciso que assine! – a garota insistia, embora Jasper visivelmente não lhe desse ouvidos.

Edward decidiu intervir.

- Leve-o até onde quer, eu assinarei o que for preciso.

- Mas o que o senhor é dela?

- Sou primo dela. Eu tenho certeza de que posso assinar por ele.

A moça concordou e pediu à outra que guiasse Jasper, enquanto Edward assinasse a papelada de entrada.

A recepcionista se virou para pegar os papéis de entrada em uma vigorosa resma do outro lado da ilha de atendimento. Edward olhou para o senhor e percebeu que certamente ele estava sendo atendido antes de Jasper chegar.

- Perdoe meu amigo, ele está desesperado...

- Não se preocupe jovem, quando minha Amélia morreu, eu queria ter tido um bom amigo disposto a mentir por mim.

Edward sorriu sem graça, ele não havia mentido por Jasper, pois realmente era primo de Maria. Mas, devido as circunstâncias, e por não querer puxar papo com ninguém, apenas por querer descobrir logo o que se passava com Maria, ele decidiu não retrucar.

Porém, o senhor parecia realmente interessado em dar a última palavra na conversar e logo voltou a falar.

- Espero que sua “prima” – era possível ouvir a ironia dele ao dizer a última palavra, – fique bem. Seu amigo parece realmente abalado.

- Que Deus o ouça... Não sei nem ao menos como contar aos filhos deles que ela está internada, imagine ter que dar notícias piores!

O senhor tocou no ombro de Edward, como que para dar-lhe força. No minuto seguinte, a recepcionista chegou com os papéis que ele deveria assinar para poder sair dali o quanto antes. Mas o senhorzinho ainda queria ser ouvido.

- Amigos são anjos que Deus nos manda para nos ajudar, eles sempre dão um jeito, meu filho. E, Joyce – desta vez ele se virou para a recepcionista, só então Edward percebeu seu nome em seu crachá, – poderia pegar minha receita? Preciso pegar o próximo ônibus.

- Sim, senhor Euclides. Volto em um minuto, por favor, assine os papéis – a atendente respondeu após entregar a Edward uma resma terrível com campos para serem preenchidos.

O senhor se afastou de Edward, indo se sentar em um banco próximo, mas suas palavras continuaram ali o assombrando. Logo, uma triste constatação apareceu em sua mente: a de que Maria pudesse realmente não sobreviver ao acidente, por isso estavam tão desesperados para que os papéis fossem assinados antes que a vissem.

“Droga, espero que não tenha que dar más notícias às crianças... Sou péssimo nisso!”

Não demorou para que a outra atendente chegasse com Jasper até uma sala de espera.

- Onde ela está? – ele a questionou quando percebeu que não seguiriam para lugar nenhum a partir dali.

- Em cirurgia, senhor – ela respondeu rapidamente. - Agora você precisará esperar...

- Esperar? – cortar as atendentes já parecia uma constante a ele, desde que pisou naquele hospital, tamanha sua indignação. – Como assim “esperar”? É da minha mulher que estamos falando, meu Deus! Eu não posso ficar simplesmente esperando alguém vir me contar se ela está ferida ou se foi só um susto! Eu preciso saber como ela está, por favor... – suas últimas palavras soaram como um desespero contido, para que a moça não o deixasse falando sozinho.

Compadecida, a garota que anteriormente queria retrucar, desistiu ao perceber que ele provavelmente só estava sendo estúpido por estar com medo, situação que ela sabia ser tão normal a familiares de pessoas acidentadas. Ela estava pensando se lhe ofereceria água com açúcar ou se deveria chamar um médico para tranquilizá-lo, quando viu um dos médicos deixar a sala de cirurgia cabisbaixo.

- Espere um minuto, senhor. Juro que lhe trarei notícias, ok? – ela disse a Jasper e se virou para alcançar o médico. – Doutor Holdford! Doutor!

Rafael parou no corredor e virou sua cabeça para encarar quem lhe chamava. Ele ainda estava tão transtornado que não havia reparado que a atendente estava com alguém na sala de espera, provavelmente um parente da moça.

Ele era relativamente novo na sessão de emergências do hospital. Carlisle o havia advertido sobre os estados clínicos dos pacientes que davam entrada no local, mas ele nunca poderia esperar que uma moça tão jovem pudesse se machucar tão gravemente em um acidente de carro em plena luz do dia.

- Senhor, aquele é o marido da senhora que estava em cirurgia. Ele precisa muito saber como ela...

Jasper, que chegava perto dos dois naquele instante, a cortou mais uma vez. Ele estava desesperado por informações de sua mulher e não achava necessário passar por um telefone sem fio para saber o que se passou com Maria.

- Por favor, qual é o estado de minha mulher? Ela está bem?

Rafael não estava preparado para dar aquela notícia, na verdade, ele esperava que Carlisle pudesse fazer isso por ele, mas não teria como se esquivar daquilo. Poderia ser sua primeira semana na emergência, mas ele era médico há bastante tempo para saber que nunca ganharia prática para dar aquele tipo de notícia.

- Senhor, eu preciso que venha comigo até os sofás, acho que precisa se sentar.

- Eu não quero me sentar, eu quero saber como Maria está, só isso. Será que seria pedir demais que me dissessem como ela está?

A atendente já havia “pego no ar” o que havia acontecido e abaixou o rosto em pesar.

- Concordo com o doutor. Por que não se senta?

- Mas que mania de mandar sentar é essa? – Jasper já estava nervoso com tantos rodeios. Para ele, não havia motivo para que quisessem fazê-lo se sentar, ele iria se levantar e ir até Maria no segundo seguinte, não importava o que dissessem.

- Senhor, o que tenho para lhe dizer é que sua esposa deu entrada no hospital com grandes ferimentos, o acidente foi muito grave...

- Certo, tem minha palavra de que vou repreendê-la mais veemente por dirigir ao celular depois. Mas agora, por favor, onde ela está? Eu posso vê-la?

Rafael criava coragem para dizer o que havia acontecido quando viu que Carlisle também havia deixado a sala de operação, e estava o observando. Não havia escapatória, ele teria de avisar mais explicitamente ao rapaz o que havia acontecido com sua esposa.

- Senhor, o que tenho que lhe dizer é que sua esposa não sobreviveu. Nós fizemos de tudo, mas, infelizmente, ela não resistiu.

Naquele momento, Jasper perdeu o chão. Não havia nada que dissessem que o fizesse lembrar de que era necessário respirar para se continuar vivo.

Carlisle começou a se aproximar dos três, quando percebeu que Jasper não havia encarado nada bem a notícia. Logo, ele havia pego Rafael pela camisa e o empurrado contra a parede.

- Escute aqui seu palhaço, eu não estou brincando! Onde está a minha mulher?!

Carlisle chegou correndo ao local, estava com a mente a mil – cenas da moça desfalecida na maca ainda estavam em sua mente, e quando fechava os olhos para piscar, ele a via. No entanto, ele precisava fazer o que fosse necessário. Quanto à atendente, ela estava pronta para correr até a segurança; ela apenas precisava se lembrar de que era necessário mover os pés para isso.

***

Alice havia preparado um currículo impecável, cheio de cursos e mais cursos extras que fazia questão de se inscrever nas horas livres. Um mais relevante e importante que o outro, bem, era o que ela acreditava sempre que se interessava em um deles e deixava de crer quando os começava e via que não havia nada de novo ali.

A carreira de um profissional de marketing não era nada fácil, mas ela e Bella eram tão sonhadoras que não havia novidade no qual não corressem atrás. Tudo para que pudessem sempre estar atualizadas no que acontecia de novo e quais eram as novas tendências do mercado de propaganda.

Fazia apenas alguns meses que elas haviam se formado, mas aquelas lembranças pareciam remetê-la há séculos atrás, como se fizessem parte de uma vida que não tinham mais.

Alice suspirou pesarosa após olhar para a janela e ver que a tarde começava a dar lugar a noite. Ela havia passado boa parte do tempo no computador, levantado todos os pontos importantes para ser ter em um currículo. Ela havia criado dois modelos, um básico e totalmente normal, e outro, cheio de animações em flash para levar em uma empresa de marketing de verdade.

- Bem, eu sei que não posso ter lá muitas prevenções levando na agência, mas não custa sonhar, não é?

Ela gravou vários CDs dos currículos interativos e imprimiu várias folhas do normal, tudo para sair distribuindo cada um em um lugar no qual eles causassem o impacto que ela esperava.

Os CDs seriam para distribuir em empresas de tecnologia que possuíssem setor de marketing integrado ao prédio ou nas empresas especializadas de propaganda. Ela tinha bons pressentimentos quanto a esses, na verdade ela esperava que eles se concretizassem. Mas, como prometido para Bella, ela também levaria um bem simples e normal na agência de empregos na segunda.

Alice levantou contente da cadeira e decidiu que iria tomar um belo banho e preparar algo gostoso para quando Bella voltasse da lanchonete. Afinal, a amiga estaria um caco e adoraria comer comida de verdade ao invés de um lanche ou uma salada como tinha que servir a todo momento aos seus clientes.


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Notas finais do capítulo

Gente, e agora?
O que vocês acham que vai acontecer, hein?
Amaria ouvir as sugestões e ideias de vocês! :)



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