Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 32
Capítulo 32 - Trabalhos


Notas iniciais do capítulo

Gente todas as fics da semana atrasaram... Desculpem, a coisa anda muito corrida! :(
Acabamos de escrever esse capítulo agora e muito de longe ele está perto que esperávamos pra ele, desculpe...



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Como a médica havia dito, não demorou para que Bella começasse a abrir seus olhos, voltando a si e deparando-se com o teto branco do hospital. Ela tentou levar as mãos até o rosto para coçar seus olhos, mas sentiu uma fisgada em algum ponto e uma dor em um pequeno ponto de seu braço. Lentamente, ela levantou a cabeça com cuidado e notou que havia uma agulha em seu braço e, acompanhando o caminho que o tubinho plástico ligado a ela fazia, ela constatou soro.

“Estou no hospital?”, e depois suspirou. “Claro, Bella, estúpida. Em um spa é que você não está. Não servem soro intravenoso num lugar desses, só pode ser um hospital”, ela pensou consigo desolada.

Depois, voltou a deitar a cabeça no travesseiro e com cuidado levantou a outra mão e tocou sua testa, sentindo um pedaço de gaze por ali.

“Ok, eu estou mesmo em um hospital, mas o que estou fazendo aqui?” questionou-se alarmada e logo várias perguntas povoavam sua mente. “Quem me trouxe? Será que estou muito ferida? Por que minha cabeça dói tanto?”

Ela fechou os olhos enquanto pressionava a mão no rosto, como se aquele simples movimento fosse lhe trazer algum conforto. Mas parecia não estar surtindo muito efeito, de fato.

Edward, que percebeu a inquietação da garota, se levantou do sofá, tentando ao máximo não fazer barulho ou assustá-la enquanto caminhava para perto. Ele chegou ao seu lado, próximo à cama, e a esperou abrir seus olhos novamente antes de falar. Coisa que não demorou para acontecer.

No segundo seguinte em que Bella viu aquele belo par de olhos, se esqueceu completamente das perguntas que sua mente fazia. Porém, estava tão hipnotizada com aquilo que não demorou para que falasse algo, mesmo que não intencionalmente.

- Deus, estou sonhando?

Edward sorriu, ela deveria estar perdidinha com a medicação que lhe deram para a dor.

- Na verdade, agora está acordada. Mas me assustou quando não estava – ele tirou coragem de onde nem mesmo sabia dizer para confessar aquilo.

À princípio, Bella ficou apenas admirando Edward e pensando o como era bom sonhar com aquele ruivinho preocupado com ela. Mas, assim que ele chegou mais perto para ver o curativo em sua cabeça e tocou sua mão na testa dela levemente, ela soube que não era sonho e enrubesceu fortemente.

- Temos a boa notícia sobre isso, pelo menos, a doutora Landly disse que não precisou dar ponto. Logo estará normal e com sorte não terá nenhuma cicatriz aí – ele sorriu, voltando a olhá-la, depois tentou incentivá-la a esquecer o machucado. – E, sabe, se eu não soubesse onde foi seu machucado, nem notaria.

Ela deveria refrear sua língua, mas não conseguiu, logo estava na defensiva, uma mania adquirida nos tempos em que fugiu de “Jake – o perseguidor”, como Alice chamava sua antiga decepção amorosa.

- Isso não quer dizer muito, já que homens pouco notam qualquer coisa – e ela se arrependeu no segundo seguinte, mas Edward riu.

“Espirituosa e um pouquinho pavio curto, pelo visto”, sua mente o avisou.

- Isso é verdade... Mas existem variáveis para isso.

Bella iria retrucar, mas o movimento que fez para se sentar fez sua cabeça doer e logo Edward a estava ajudando a se sentar.

- Sabe, acho que podemos terminar essa briga por nada outra hora, não? – ele diz em tom de brincadeira, mas realmente preocupado.

- Na verdade, eu tenho que te agradecer. Lembro de você vindo me socorrer e eu não soei agora como a pessoa mais grata do mundo.

- Bem, você estava com problemas, não foi nada e... – ele decidiu dar um tom de humor após uma parada dramática, – nunca se sabe quando os sacos de lixo vão se rebelar contra a humanidade, não? É bom ficar de olho.

Bella começou a rir, mais alto do que deveria ser e foi pega no ato pela médica que entrava no quarto.

- Bem, vejo que está tudo bem por aqui, não?

- Sim – Bella respondeu corando, – a minha cabeça só dói um pouquinho...

- Em que ponto?

Edward deu um pouco de espaço para que a doutora Landly examinasse Bella. Ela receitou um medicamento para dor e disse que estava liberada, afinal, a dor era apenas por corte. Mesmo assim, ela teve que prometer que voltaria para lá se sentisse algo mais.

* * * * *

E se com Edward e Bella tudo parecia estar quase perfeito, Carlisle, por outro lado, estava em seu inferninho particular. Dois de seus médicos não chegam a um entendimento sobre um caso e acabaram discutindo feio no meio do hospital, o que deixou as enfermeiras de cabelo em pé e os parentes do doente e pacientes que estavam por perto pasmos.

Sem contar o fato de ele não conseguir falar com ninguém para quem ligava. O universo conspiratório dos celulares pareciam estar convergindo contra ele, e nem mesmo Esme atendia sua ligações.

- Problemas? – a doutora Landly o perguntou ao parar ao seu lado.

- Muitos... E como vão os seus atendimentos?

- Tudo em ordem – ela respondeu ao colocar as pastas de consulta no balcão e roubar um pirulito do pote. – Estou livre já, até.

- Pelo menos uma trabalhando sem dar trabalho.

- Olha – ela o encarou com seriedade, – eu não quero tomar partido por ninguém, mas se Rafael estivesse aqui, era ele quem teria atendido o rapaz e, bem, aposto que não teria dado toda essa confusão. Por que não liga para ele e pede desculpas? – ela sugeriu no final, voltando a colocar o pirulito na boca, como se não estivesse desesperada para que ele dissesse que faria isso.

Carlisle encarou Melinda por alguns segundos e depois suspirou.

- Faz algumas horas que estou tentando ligar para ele, mas, olha só, agora é ele quem não me atende.

- Então – ela sorriu. – o feitiço virou contra o bruxo chefe?!

- Não seria o feiticeiro?

- Seria se você fosse ralé como nós – ela brincou, lhe mostrando a língua.

- Acho que as pessoas me vêem como um chefe carrasco, hein? – ele comentou.

- Posso ser demitida por dizer a verdade? – ela perguntou séria.

- Bem, não... Por que é ruim assim? – Carlisle perguntou apreensivo, mas Mel riu dele antes de responder.

- Você não é um chefe mau não, mas vamos combinar que você não agiu bem com o Rafa não.

- Rafa? Estão íntimos agora?

- Não, nós somos só amigos, Carl. E vamos parar com a piadinha porque – ela mostrou a mão, – sou bem casada com o Darien, ok? Meu amor perfeito.

- Assim não tem graça – ele se fez de inconformado, – só eu não posso brincar?

- Bem, culpa do seu cargo – ela brincou ao dar de ombros. – Agora, vou tentar salvar sua pele atendendo os pacientes dos brigões, ok?

- Ah, por favor... Eu não posso dar suspensão pra mais ninguém...

- Na verdade, para quem deveria você não dará, porque deu para a pessoa errada. Mas, bem feito para você, agora aprende – ela disse apontando para ele, como se fosse uma mãe dando bronca no filho.

Porém os dois sorriram depois da cena, e Melinda se despediu ao pegar os papéis e jogar o restante do pirulito no livro.

- Mas vai escovar os dentes antes! – Carlisle ainda brincou antes de ela sumir pelo corredor.

* * * * *

Rafael chegou ao apartamento de Alice, até estranhou por não ver Demitri na recepção, mas apenas cumprimentou o outro rapaz e entrou.

“Acho que, pelo menos nisso, eu estou com sorte”, pensou já no elevador.

Mas quando achou que já podia respirar tranquilamente a porta abriu em um andar antes e eis que o próprio entra, com ar sorridente.

- Oi doutor! Veio ver a Alice?

“Deus, como minha vontade é responder isso de ordem irônica, mas não, contenha-se”.

- Sim, aliás, quem é o cara novo na recepção?

- Ele faz outro horário agora, o meu auxiliar desistiu, achava o turno da noite muito puxado... Mas a verdade é que o síndico pegou ele dormindo várias vezes na cabine.

- Ah, entendo...

E embora o silêncio tenha pairado no ar por alguns minutos, logo o elevador parou e a porta se abriu novamente.

- Bem, eu fico nesse andar, tenho que ver a varanda da senhora Shiffer.

- Ok.

- Até mais doutor.

- Até... – e em pensamentos, se sentia tremendamente aliviado. “Que bom que durou pouco, juro que não aguentaria ele perguntando de Bella de novo”.

No apartamento, Alice corria de um lado para o outro, tentando finalizar a maquiagem, o cabelo e achar o sapato ideal, tudo ao mesmo tempo.

Quando a campainha tocou, ela deu um pulo e só então percebeu o horário.

- Já váaaaaaaaaaaiiii! – ela gritou, só para sussurrar depois – Estou atrasada!

Rafael ia responder para que ela não corresse, que estava tudo bem, mas desistiu ao ouvir um barulho, demorou mais uns minutos para que Alice atendesse a porta meio manca.

- Não vou nem perguntar se você caiu... – ele brinca.

- Que bom, pois eu negaria até a morte! – ela diz tentando fazer cara de feliz, mais ainda com a testa franzida e esfregando o joelho.

- Bom – ele começou entrando no apartamento, – pelo menos você conseguiu terminar de se aprontar, não? 

- Sim! Ponto positivo para mim, não?

Ela riu por mais tempo do que ele, afinal, Rafael não estava tendo muitos motivos para manter uma risada por muito tempo. Sua situação no trabalho estava mesmo indo de mal a pior, e ele sabia que aquilo estava o matando. Ele precisava falar com Alice. Mas não já de início.

- Claro! Meus parabéns, Alice, você é oficialmente uma mulher muito eficiente na hora de se trocar!

- Sou uma mulher, não sou? Sou eficiente! – ambos riram juntos, até que Alice percebeu que a risada dele geralmente acabava antes da dela. – Ok, vem cá. Me dá um abraço – ela disse percebendo que algo estava acontecendo com Rafael.

Ele não pensou duas vezes e correu abraçar a namorada. Pegou, inclusive, ela no colo e a levantou do chão. Ela se sentiu uma criança muito feliz ao ser levantada pelo pai protetor. Aproveitou o momento “a sós lá em cima” e deu vários beijinhos apaixonados em Rafael.

Mesmo assim, ela sabia que algo estava errado.

- Ok, garanhão, pode ir falando o que está acontecendo! – ela basicamente o ordenou a contar.

- O que? Garanhão? Você sabe o significado da palavra “garanhão”? – ele agiu como se tivesse sido humilhado, mas riu um pouco. – Sério, não é boa coisa. E eu não faço nada disso, sabia? Só para constar!

- Ai, seu bobo. Eu sei disso. Mas, ok, vamos tentar de outra forma. – Alice pôs um dedinho na boca e olhou para o teto, pensou em outra coisa e tornou a falar. Rafael, vendo aquilo, pensou que era mesmo um homem de sorte ao tê-la ao seu lado. – Ok, meu meninão, pode ir falando o que está acontecendo! – agora ela falava e apontava o dedo, como uma ordem de uma mãe.

- Bem, não há nada...

- Nada? Rafa! Faça-me o favor, não? Pode falar! – agora ela falava com clareza e objetividade na voz.

Isso fez com que Rafael percebesse que ela já sabia que algo tinha acontecido. E ele não tinha muita alternativa a não ser contar tudo – mesmo que isso já fosse sua intenção desde o início.

Rafael colocou Alice de novo no chão e foi até a sala. Lá, ele sentou – basicamente, se esparramou no sofá, ao qual ele falava que era muito bom de ficar lá. Bella o chamava de “sofá bom de morrer”, porque era só deitar lá e ficar a vida toda, de tão confortável que era!

Alice foi até ele e se sentou com as pernas cruzadas, mas de frente a Rafael. Ela o olhava apreensiva, pois sabia que havia muita coisa errada. Do contrário, Rafael não estaria deste jeito. Se fossem problemas pequenos, ele estaria até que bem, mas estes...

- Ok, me conte o que há de errado. Posso fazer alguma coisa? – Alice se preocupava cada vez mais, a cada segundo que Rafael se mantinha em silêncio.

- Bem, você se lembra de quando Carlisle me deu alguns “dias” do hospital por causa da Esme, não? – ele tentou começar.

- Bem, não única e exclusivamente por causa da Esme, né? Foi você quem deu o maior barraco lá na frente da casa de vocês, e, pelo jeito, ele não gostou muito do jeito ao qual você reagiu.

- Sim, eu sei. Enfim, eu agi errado, eu sei, mas é que... Aquilo... Ver os dois lá se pegando sem castidade me deu nos nervos, ainda mais por ser meu amigo e meu chefe.

- Eu sei, ela é sua irmã e tudo mais, mas foi um pouquinho... exagerado, o jeito como você agiu.

- Foi, mas... Enfim, isso não importa mais. O que importa é que Carlisle me deu esses dias e eu estou preocupado.

- Por que estaria? Qual é o problema em tirar dias de folga?

- Pare para pensar Alice, ele me deu folga! Vários dias! O hospital deve estar o caos e eu aqui de folga. Eu ligo, e ele não me atende. Pensa bem, pensa. Ele simplesmente não me quer mais lá.

- Rafa, olha... – ela começou a procurar por palavras de conforto, mas, na verdade, ela não sabia muito bem o que dizer. Mas não teve muitos problemas em continuar, afinal, Rafael a cortou com suas aflições.

- E não importa dizer que eu não sei, porque eu sei. Eu conheço esse jeito dele, e sei que, geralmente, quando ele quer mandar alguém embora, ele dá uns dias para essa pessoa de folga, para ver como o hospital funciona sem ela, e se tudo der certo, ele a manda embora.

- Mas isso não quer dizer que ele vá te mandar embora, de verdade!

- Como não? Até hoje não teve ninguém que tenha pego esses dias, tenha voltado e permanecido no cargo! Todos foram demitidos!

- Mas dessa vez pode ser diferente – Alice olhava com esperança para um Rafael desolado, então pegou sua mão e lhe deu um beijinho. – Temos que ter fé que nada disso vai acontecer.

- Não, Alice, isso não só vai acontecer como já está acontecendo... Eu só estou antecipando os meus passos – ele disse escorregando para a ponta do sofá e encarando o teto.

- Mas, mas... Como assim antecipando? Quais são seus planos para agora? Para o que você “acha” que vai vir? – Alice fez questão de frisar bem o “acha”, uma vez que ela tinha esperanças de que o que Rafael estava lhe contando não passava de uma preocupação sem sentido e boba.

- Bem, já enviei alguns currículos nos hospitais daqui e da região. Não esperava ter uma boa resposta em todos, mas... Bom, pelo menos um hospital já me ligou e marcou entrevista – ele disse um pouco mais animado, como quem ainda está chateado, mas busca alguma animação em algo... Mesmo que não seja a mesma animação do momento.

- Hmm... Pelo menos alguém já te retornou então... – Alice quis animá-lo um pouco, mas era ela quem estava desolada.

Seu namorado havia sido “demitido” bem de frente aos seus olhos e ela sequer notou. Ficou tomando conhecimento agora que ele colocou toda a situação em palavras quando estavam a sós.

- Olha, precisamos pensar que tudo vai dar certo, que vamos ficar bem! – Alice começou, mas Rafael riu. Abismada, ela pôs a mão na cintura e fez cara de brava. – Posso saber por que está rindo?

Ele se sentou melhor no sofá e olhou bem para ela.

- Mas é claro que vamos ficar bem. De uma forma ou de outra, ainda tenho meus pais que podem nos dar todo o apoio que precisarmos. Você não precisa se preocupar com nada disso!

- Mas, Rafael, até quando vamos poder ficar pensando que temos seus pais? Sabe, precisamos ser independentes!

- Eu sei, eu sei. Mas mesmo longe, mesmo com a vida a mil por hora, sempre poderemos contar com eles. Eu sei que pensar isso não é a coisa mais adulta que já fiz, mas eles são meus pais, poxa! Eles sempre estarão lá para me dar apoio quando precisar. E a você também, já que é a mulher da minha vida!

Ele puxou Alice para um beijo longo e demorado, mesmo que Alice não conseguisse se segurar muito e saísse de seus lábios alguns sorrisos.

Depois que terminaram a sessão beijo-sorriso-beijo-sorriso, Alice olhou prepotente a Rafael.

- Sabe, se um dia você quiser mesmo se casar comigo, vai precisar começar a pensar mais em nós dois, e menos em seus pais.

- Sua boba, eu já penso em nós. Penso neles só quando a situação está feia mesmo, e seria isso o que faria quando estivermos casados. Tudo bem?

- Bem, ok. Mas, bem, pensando em por a conversa em dia, tenho algo para te falar também! – ela falou, mas não sabia muito bem se deveria ficar mesmo contente ou entristecida.

Contente por, finalmente, ter encontrado algum trabalho. Triste porque, convenhamos, aquilo não era nada do que ela sonhava, mas ela também não podia se dar ao luxo de negar coisas. Ela precisava de um trabalho, e urgente. Não podia negar ajuda àqueles que mais precisavam dela, no momento, e também não podia negar o emprego agora que Rafael estava desempregado. Ele havia arcado com tantas despesas dela antes, por que ela não daria um jeitinho de arcar agora? Todos tem sua vez, não?

- Algum problema? Sabe, sou muito bom em ouvir e arranjar soluções! – ele brincou.

- Seu bobo, eu sei que é. Aliás, acho que está na profissão errada! Devia ter se formado em psicologia!

- Bem, se tivesse feito isso, provavelmente não teria brigado com meu chefe!

Ambos riram por um tempo, mas foram interrompidos por uma Alice que abaixava a cabeça.

- Sabe, estou me preocupando com você. O que houve? – Rafael puxou o queixo de Alice com um dedo.

- Eu meio que encontrei algum trabalho para mim.

- Mas isso é ótimo! – Rafael comemorou, assim como Alice faria; se fosse algum trabalho da sua área em que ela quisesse realmente muito trabalhar!

- É, é sim.

- Mas, qual é o problema então?


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Notas finais do capítulo

Bem, merecemos algum comentário?
Por favor!!! :D