Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 31
Capítulo 31 - A Tempo


Notas iniciais do capítulo

Antes que queiram nos matar o título está certo, não tem "h" porque é no sentidor de estar "em tempo" e não de "ter tempo". Basicamente é como se chegasse "na hora".
Após essa explicação do capítulo para provar que somos contadora e advogada mas sabemos escrever (e tem nossa jornalista lina oculta também, eheheh) vamos ao capítulo!



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Jasper estava em seu quarto quando seu celular começou a tocar insistentemente. Tudo que ele queria era afundar seu rosto no travesseiro, como fazia quando era criança, até que sua mãe o achasse e fosse até ele. Mas até mesmo pensar nisso era doloroso, pois esse tipo de lembrança seus filhos não teriam mais.

Sem vontade, ele pegou o telefone no criado mundo para ver no visor que era Edward. “Não posso ignorá-lo”.

- Jasper! Até que enfim! Achei que tinha perdido o celular, sido roubado ou só Deus sabe o que...

- Estou em casa, desculpe a demora...

- E Jane?

- Está bem... Eu acho.

- Acha? Bem, isso não em parece muito bom... Mas, eu preciso de um favor seu.

- Favor? Edward, desculpe, mas eu acho que... – porém o amigo não lhe eu brecha, ele não poderia deixá-lo se esquivar, não dessa vez.

- Estou no hospital, não tenho como estar na reunião. Jasper, por favor, você tem que ir.

- No hospital? Espere, você está bem? O que...?

- Calma aí, eu estou bem... Mas eu explico sobre ela depois.

- E bem, não é favor, é minha responsabilidade também – porém, ele se pegou pensando nas palavras de Edward e acabou perguntando sem pensar. – Mas, quem é ela?

- Jasper, depois eu falo! Agora dá, você tem que ir na reunião!

- Ah, sim, certo! Eu vou, mas quero depois saber o que se passa.

- Como se eu tivesse saída de não contar. Agora, vai logo, pois eu sei que eles estão cotando a mesma coisa com os McCarty, e, cá entre nós, este ano está 20 a 19 para nós, não quero um empate tão cedo.

- Você e essa competitividade... – Jasper riu da situação, pois Edward realmente levava a sério a concorrência com o antigo colega de classe.

- Ah, eu nunca esqueci aquele soco... Sou rancoroso, e daí? Como não dá pra bater num cara daquele tamanho com a minha magreza, e você também não ajuda seno desse magrelo igual eu, então vamos ganhar e outra forma, ué? – ele brincou um pouco, percebendo que aquele tipo de conversa desviava um pouco a atenção de Jasper dos seus problemas de casa. – Agora, vai logo!

- Ok, já entendi. Estou de saída, já vou até abrir a porta, apressado. E até mais tarde.

- Até, corre lá – e Edward desligou a ligação e se sentou mais confortavelmente em um os bancos de espera.

Ele havia socorrido a bela garçonete, que certamente havia se assustado com o sangue que saia de algum ponto em sua cabeça. Ele não queria fazer um alarde, mas não teve como ver sua musa desmaiada e não querer correr com ela dali. “Afinal, e se fosse sério?”, sua mente gritava para ele enquanto entrou no com ela no restaurante para avisar que a levaria na emergência.

Luiza na hora disse que ele deveria ir, embora Aro quisesse esperar a funcionária acordar, pois julgava ser algo bobo e sem importância “só um susto”, nas palavras dele. Edward queria socá-lo, processá-lo ou mandar que Santiago lhe desse um susto. Mas nada importava naquele instante, nada fora a saúde daquela garota. Ele a levou apressado para o carro e lá seguiu ao hospital em minutos.

Como Bella estava desmaiada, e ele só tinha seus documentos graças a ajuda de Luiza, não demorou para que a atendessem, pois era um caso de emergência. Na verdade, não era mesmo sério, haviam tirado uma radiografia dela e nem pontos precisavam ser feitos, era apenas um susto mesmo. E saber aquilo da médica, doutora Melinda, foi o suficiente para deixá-lo mais tranquilo.

Aliás, graças a doutora, agora ele estava no quarto, esperando Bella acordar e aproveitando o momento para fuçar um pouco na carteira da moça. “Isso é errado, eu sei...mas, ah que mau tem em eu ver a foto do RG dela, hein?”.

Ele puxou o documento ela e leu Isabella Marie Swan, e logo lhe veio em mente os significados dos nomes “Bem, italiano, francês e inglês... Família grande e vinda de várias partes do mundo, hein?”.

Ele reparou na data de seu aniversário e decidiu marcá-la na agenda de seu celular, “só pra lembrar mesmo”, ele pensou ao dar de ombros.

A cada instante ele olhava para a moça deitada, que parecia tão tranquila ali. Ao virar o documento e ver a foto da garota, ele correu novamente para trás e viu a expedição, voltando para a foto. “Carinha de criança, tirado a quinze anos atrás... Aliás, ela tem? 27? É isso? Eu não daria mais que vinte se tivesse que chutar uma idade...”, pensou ao olhá-la de novo “aliás, se eu dissesse vinte estaria chutando alto até”.

No cartão e saúde de Bella ele descobriu que era solteira, embora ele já imaginasse isso ao ver que não usava aliança. “Ah, mas o chefe dela é um cretino, vai que é casada e ele faz ela não usar alegando contaminação alimentar, né? Mas, bom saber mesmo assim”.

Porém, logo ele decidiu parar com o que fazia. “Isso é errado, você sabe e fica fuçando, né? Feio isso Edward...”, ele guardou os documentos dela na carteira, que, aliás, tinha uma foto dela com duas garotas e ele podia jurar que conhecia uma delas. “De onde será que a conheço?”, ele pensou por um tempo, até que decidiu guardar tudo e parar com a invasão de privacidade.

“Seja cavalheiro, pelo amor de Deus, não fique envergonhando sua pobre mãe falecida com ela falta de educação extrema”, ele se repreendeu, antes de fechar de vez a carteira e decidir se sentar e esperar, enquanto mexia no próprio celular.

Ao olhar a hora ele bufou frustrado. “Chegue a tempo Jasper, por favor, cara....”.

* * * * *

Logo que desligou a ligação, Jasper encarou o relógio e correu escada a baixo. Estava terrivelmente em cima da hora e não podia desapontar o sócio, amigo e quase irmão. Ao chegar no hall de entrada, deparou-se com a empregada, e a pediu para que o avisasse se algo acontecesse e que fizesse os filhos comerem algo.

- Sei que é trabalho demais, mas juro que é por pouco tempo...

- Amo essas crianças, sei que está difícil. Mas se responderem não escapam do castigo – ela brincou e ele riu.

- Prometo tentar não demorar. Só vou mesmo porque é algo urgente...

- Tudo bem, meu menino. Aposto que eles não vão sair dos quartos tão cedo, mas vou fazer os dois comerem sim, porque ninguém recusa meu almoço feito com tanto carinho... Aliás, trate de comer algo também, ou eu também brigo com você na volta.

- Sim, senhora – ele brincou. – Agora, tenho que ir.

- Não corra! – ele ainda a ouviu dizer ao sair pela porta.

Jasper estava a caminho da Eurisko, que realmente era bem próxima a sua casa, até pensou em ligar avisando as secretárias, mas logo deixou o telefone no banco ao lado pensando que era melhor não arriscar. “Espero chegar a tempo”.

* * * * *

Alice havia acabado de passar pela porta quando ouviu o telefone tocar. Lucy a havia deixado na frente o prédio, mas havia se recusado a entrar, dizendo que ela precisava pensar e quem sabe aceitar. E Alice havia subido todo o trajeto pensando naquilo, até que o som do telefone do outro lado da porta a tirou de seus pensamentos e fez destravar tudo logo e correr para atender.

- Alô? – ela disse apressada.

- Mas olha minha sorte, olá princesa.

- Rafa! Amor! Deveria vir aqui.

- Bem, eu precisava antes saber se estava em casa, não? Já que não há sinal no seu celular.

- Oh, bem, eu desliguei e me esqueci de ligar, desculpe.

- Desculpe por quê? Era uma entrevista, você não podia deixá-lo ligado, não seria nada educado se tocasse. Mas, e como foi?

- Na verdade, estranho...

- Bem, “estranho” é uma boa definição para empresas e tecnologia no qual não sabemos muito bem o que elas fazem. Na verdade, é um resumo perfeito se formos ver.

E Alice riu do comentário, de fato não fazia ideia do que desenvolviam no prédio, só sabia que era algo voltado para informática e nada mais. Logo se sentiu meio ridícula por ter pensado que a entrevista era para a empresa. “Como se eu tivesse chance...”, ela pensou triste.

- Amor, vejo você hoje? – ela perguntou.

- Se quiser, claro que sim.

- Pode vir aqui?

Ele olhou para os lados, não vendo onde a mãe ou qualquer outra pessoa da casa estavam e eu de ombros.

- Acho que sim, minha mãe queria que a levasse fazer compras, mas ela sumiu... após passar quase um dia todo no telefone.

- Dona Sarah ama uma conversa, horas, que mal há nisso?

- Em conversar? Bem, nada. Só me pergunto de onde vem tanto assunto...

- Bobinho!

- Todo seu... – ele brincou, o que a fez sorrir.

- Bem, venha para cá então, vou tomar banho e daí podemos para dar uma volta por aí, só para relaxar, pode ser?

- Pode me esperar para fazer a primeira parte também?

- Oh, Deus, a Esme te corrompeu, é?

- Acho que é mau de família – ele deu de ombros. – Mas, é brincadeira, ok? Não se ofenda.

- Droga – e ela se fez de triste – e eu aqui acreditando, até ia fazer uma forcinha e esperar você chegar! Já estava até pensando onde estavam os sais de banhos e as velas aromáticas.

- Sério? – ele perguntou confuso.

- Quem sabe, hein? Agora, vou desligar, ou só ficaremos no telefone e não sairemos... Bem, pelo menos você vai entender que sua mãe não é a única Holdford que acha muito assunto no telefone.

- De fato... Bem, estou a caminho, linda.

Ele desligou e estava pronto para sair quando seus pais desceram a escada.

- Mãe – ele a chamou – podemos ir depois? Eu iria até Alice...

- Claro, meu lindo. Eu arrastarei seu pai qualquer coisa, pode ir.

Ele se despediu de ambos, e saiu. Nathaniel nem ao menos teve tempo de lhe contar sobre a entrevista que ele teria que ir, mas falaria com o filho quando ele voltasse.

- Deixe os dois aproveitarem um pouquinho, amor – Sarah disse. – Senão ele ficará preocupado com a entrevista e aí não sairá de casa...

- Isso é verdade. Mas, aonde precisa ir, minha linda?

- Oh – ela o abraçou – você é o marido mais fofo do mundo, sabia? Eu preciso ir ao mercado, na verdade... Mas não precisa se incomodar.

- Nunca incomoda – ele disse beijando a mão a esposa.

- Vou avisar Esme e vamos então.

Sarah subiu para avisar a filha que sairia com o Mario, até a perguntou se precisava de algo, mas a filha apenas disse que estava saindo para a faculdade e estava tudo bem. Esme amava seu curso, mas os dias de folga haviam sido tão bons... Mas logo ela ficou feliz ao imaginar o que o namorado lindo que havia arrumado nos últimos dias de folga poderia estar fazendo.

- Claro que vou ligar pra ele... – mas ao olhar para o relógio, voltou atrás. – Ou não... Eu ainda tenho que passar na biblioteca. Bem, fica pra depois então...

* * * * *

Jasper chegou à empresa mais rápido do que sabia ser seguro, mas, ainda assim, a tempo de não matar Edward do coração. Na verdade, quando chegou a sala, as secretárias olhavam tensas uma para a outra, em busca de uma saída para tal situação.

Os dois clientes estavam sentados em um dos sofás de espera, e Kelly só faltou pular em Jasper de tanta alegria ao vê-lo. Ela pensava como diria para ele que Edward não havia ainda chego, quando ele cumprimentou os dois de longe e se aproximou das duas.

- Escutem, bem, Edward não vem... – ele começou.

- O que? – Ellen perguntou um pouco mais alto do que pretendia, e um dos homens sentados a olhou. Depois, ela se controlou e sorriu, voltando a olhar para Jasper e falando em tom controlado. – Ele disse que viria. Aposto que apenas está atrasado...

- Não, ele realmente não vem, mas... – e dessa vez foi Kelly que o cortou.

- Ok, eu vou dispensá-los e marcar outro dia – mas Jasper segurou o pulso dela de leve.

- Não, espere. Eu falo com eles.

- Você? – e a pergunta feita por elas saiu em coro, quase que como ensaiada.

- Sim, qual o espanto? – ele perguntou automaticamente ao ver a reação elas.

As duas secretarias começaram a se olhar, até que Ellen viu que teria que partir dela uma resposta, afinal, Kelly era sempre a mais mole mesmo.

- Mas, senhor Whitlock – ela tentou falar séria e com tom profissional – me perdoe por ser franca, mas os enhor nãos abe do que se trata! – ela aumentou um pouquinho a voz, em descontrole.

Jasper tocou no ombro de Kelly e tentou deixá-la mais calma, falando e devagar, tentando deixá-la mais tranquila:

- É sobre algum componente de placa mãe, certo?

- Sim, mas...

- É tudo que preciso saber – ele a cortou. – Por favor, Ellen, ode me dar os papeis sobre isso?

- Sim, senhor – ela disse meio incerta, mas antes de lhe entregar a pasta fez uma ultima tentativa. – Não quer mesmo que eu marque para outro dia?

- Bem, obrigado, mas não – ele respondeu cordialmente pegando a pasta.

As duas se olharam por alguns minutos, como se esperassem que Edward surgisse magicamente ou alguém enfartasse no chão para impedir uma tragédia maior.

Jasper andou até os dois senhores e os cumprimentou, enquanto as secretárias seguiam logo atrás.

- Boa tarde, eu sou Jasper Whitlock – ele estendeu a mão primeiro para um e depois para o outro. – Creio que falaram com meu sócio, Edward Masen, mas infelizmente ele não poderá estar presente agora por conta de um contratempo. Porém, tenho certeza que posso analisar o pedido de vocês e poderemos chegar a uma ideia que seja vantajosa e valida ao projeto.

Aos poucos Kelly voltava a respirar, trabalhando diretamente com Jasper a anos, ela sabia que ele saberia muito bem levar a reunião sem problemas, mas Ellen ainda não estava tão seguira quanto a isso e preferia esperar que entrassem na sala para ligar para Edward em desespero profundo.

Jasper pediu para que Kelly levasse os dois senhores até a sala de reuniões, enquanto fazia uma ligação. Assim que eles sumiram pela porta, Ellen viu que Jasper abriu a pasta e começou a ler.

- Tem certeza, senhor? – ela suplicou uma última vez.

- Conheço um mapa quando vejo um, Ellen. E, cá entre nós, esse aqui que foi projetado tem um erro e tanto... veja isso – ele mostrou a lista de componentes para a secretaria, que logo os reconheceu.

- Na verdade, esse projeto é da Castle Tech...

- Sério? Com um erro primário assim?

- Sim... O nosso é esse aqui – Ellen pegou os papeis da mão de Jasper e procurou a folha, lhe entregando. – A ideia na verdade era mostrar a eles o erro, como não funcionária e oferecer a nossa versão...

- Nada melhor para mostrar do que colocando para rodar, não acha?

- O que tem em mente?

- Algo básico... Mas que consegue convencer, pegue meu notebook por favor, me leve na sala de reuniões, ok?

- Sim, senhor.

Mesmo receosa, Ellen decidiu atender ao pedido de Jasper o quanto antes, talvez houvesse uma mínima chance de ele conseguir mesmo tocar aquilo. Afinal, antes de Maria morrer ele realmente era muito bom no que fazia, quem sabe não fosse a hora de voltar a ser, não?

Acreditando ou não em um milagre, ela sabia que deveria agir conforme o solicitado, mesmo que a secretaria dele fosse Kelly. Ellen o daria um voto e confiança, mas, mesmo assim, depois que levasse o computador, aproveitaria para ligar para ligar e, quem sabe, se estivesse com sorte, o chefe já estivesse a caminho.


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Notas finais do capítulo

E quem gostou comenta, hein?
Quem não gostou comenta também!
Afinal, tudo que precisamos para continuar e escrever o capítulo que vem é incentivo! :D
Beijinhos!!!