Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 21
Capítulo 21 - A Vida Continua


Notas iniciais do capítulo

Temos 7 pessoas que nos favoritaram e 33 leitores, juro que amaria saber o que vocês acham, viu?
Agora quanto ao capítulo:
Será que Alice consegue por um pouco de juízo na Esme por telefone?
E o momento que todo mundo tanto esperava: vamos fazer Beward começar acontecer de fato por aqui!! :D



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Alice suspirou após o namorado e a amiga saírem. Alguns minutos depois da porta se fechar, ela correu para pegar seu telefone. Agora era o momento perfeito para tentar arrumar as coisas. Não que fosse conseguir muito por telefone, mas ela tinha que tentar.

Não demorou dois toques para que a ligação fosse atendida.

- O que quer?

- Bom dia para você também, Esme – ela ignorou a cunhada. – De melhor humor hoje?

- Foi meu irmão que mandou você ligar, é? E cadê ele? Decidiu pular de uma ponte por acaso ou dormiu no carro só para eu ficar esperando feito uma idiota?

- Primeiro, ele não sabe que estou te ligando, segundo não o trate mal, ok? Ele se preocupa com você, Esme, tanto que prefere perder um amigo do que ter a irmã ferida, ok? – Alice achou que a cunhada dispararia a falar, mas ela ficou quieta. – Agora, quanto as outras perguntas, ele estava transtornado e eu o fiz dormir aqui, e antes que fale qualquer coisa, ele dormiu no quarto de hóspedes, ok? E pare com essa mente poluída!

- Ah certo, vou fingir que acredito!

- Faça o que quiser, porém você vai ter que fazer uma coisinha...

- O que? Se ligou para me obrigar a desistir do Carl está enganada que irá me convencer.

- Não é nada disso, sua patife – ela brincou e ouviu um risinho de Esme do outro lado da linha, – eu liguei para pedir que não conte nada ao seu irmão sobre eu saber disso antes. Eu estou me sentindo péssima com isso, mas prefiro que eu conte do que você.

Esme pensou um pouco, embora estivesse um pouco zangada ainda, não queria que Alice pagasse o pato. Ela gostava muito da amiga para perder contato com ela por algo que fez para comprar mais briga com o irmão.

- Ok, eu não direi nada...

- Obrigada Esme! – ela disse contente. – E, mais uma coisa, por favor, não briguem, vocês se amam. E eu nunca vou esquecer de quando jogou aquele sapo em mim só para que eu largasse o Rafael, aquilo foi pior do que o que aconteceu com seu Carlisle. Até hoje sonho com aqueles olhos esbugalhados!

Esme começou a rir com a lembrança.

- Ok, você tem razão.

- Sim, e lembre-se que eu não deixei o Rafa brigar com você.

- Eu lembro, mas me chamou de criança.

- Não, eu disse apenas “calma amor, ela é só muito nova para entender o que é amor, ela acha que vou roubar você dela”. E confesse, você morria de medo que eu sumisse com seu irmão, porque no fundo você o ama!

- É, é verdade... Ok, Alice, eu vou falar com ele tranquilamente, ok? Desde que ele faça o mesmo.

- Se não me inspirar confiança eu terei que ligar para sua mãe, hein?

- Oh, não, não, deixe que eu me viro! – Esme respondeu rapidamente. – Mas e onde ele está?

- Ele não trabalha hoje, então está indo direto para casa, só para acertar as coisas com você. E eu não fui junto porque acredito que vocês dois é que devem conversar e se entenderem, ok? Não me decepcione, amiga.

Esme sorriu, ela adorava a amizade que havia nascido entre elas a partir do momento que ela havia parado de implicar com a namorada “não judia” do irmão. Uma coisa Esme tinha que admitir: ela realmente havia pego pesado com Alice em muitos momentos, e ela havia sido bem mais durona que a primeira namorada do irmão.

- Tudo bem... Bem, então nos falamos depois.

- Ok, boa sorte.

Alice desligou, torcendo para que tudo ocorresse bem.

Por outro lado, Esme começou a pensar mais sobre o como ela e o irmão sempre foram parceiros e começou a repensar a cena do encontro no dia anterior. Até ela, para si mesma, tinha que admitir que havia pegado pesado, cortando-o em partes importantes e, até mesmo, impedindo Carlisle de conversarem adequadamente.

- Como uma verdadeira criança... – ela sussurrou para si mesma.

Nesse instante, Sarah passava pela porta e ouviu o sussurro.

- Concordo, com seja lá o que for – ela sorriu, enquanto pegava a xícara da filha de cima da bancada e levava à pia.

Esme continuou ali sentada, ela queria falar com alguém e a mãe parecia uma ótima escolha, já que parecia ter ficado feliz na noite anterior ao vê-la com Carlisle.

Sarah terminou de lavar a louça, abriu a geladeira e começou a procurar o que fazer para o almoço.

- Mãe... – Esme começou timidamente.

- Diga filha – ela a incentivou, ainda olhando o conteúdo da geladeira. – Aliás, antes disso, se eu fizer purê de batatas com legumes, você come?

- Sim, eu como... – e a mãe a cortou. Oh, tão típico das Holdfords...

- Ótimo! – ela pegou os ingredientes na geladeira e passou para o armário.

Esme decidiu ficar apenas ali, por uns instantes, esperando a melhor hora para tentar falar com sua mãe... Ou, talvez, falar com o irmão primeiro e depois tentar falar com a mãe, pois logo divagava sobre essa possibilidade em pensamentos.

* * * * *

No carro, Bella se lembrou de Luiza no minuto seguinte e de que ela a estaria esperando no ponto de ônibus, sem contar que não havia nem ao menos avisado-a que iria de outro jeito.

- Ah, Rafa... Bem, talvez eu tenha que recusar a carona, sabe?

- Por que? Algo que eu disse? – ele perguntou, embora não se lembrasse de ter trocado muitas palavras com Bella.

- Não, é que todos os dias eu vou trabalhar com minha amiga Luiza, ela me espera no ponto de ônibus e vamos juntas. Bem, eu não a avisei e ela pode perder o ônibus achando que me atrasei...

- Bem, nós podemos passar lá pegá-la então. O que acha?

- Você faria isso? – ela perguntou feliz, quase uma Alice ao juntar as mãozinhas e quase dar um pulinho, mesmo sentada no banco e com o cinto.

- Claro, por que não?

- Ah, obrigada Rafa! Você é um fofo! – Bella disse animada.

- Bem, e qual é o ponto onde vocês se encontram?

- Eu indico para você, vira aqui à esquerda...

* * * * *

Edward havia saído da cama bem cedo, mas só agora tinha criado coragem para descer para a cozinha. Afinal, ele sabia que se descesse muito cedo, Gertrudes iria querer correr com as preparações do café da manhã só por culpa dele. E isso não era o que ele esperava fazer com a pobre senhora.

Ao descer as escadas, ele deu de cara com Lucy sentada em um dos sofás da sala.

- Já em pé?

- Ah, oi Edward – ela jogou um monte de papel na mesinha de centro. – Está aí faz quanto tempo?

- Acabei de chegar.

- E o Jasper?

- Ainda não o vi... Por que?

Ela voltou a pegar os papéis na mesinha e andou até Edward o puxando pela camisa.

- Vem aqui!

- Lucy, o que está acontecendo?

- Eu já digo, vem logo!

Lucy arrastou Edward para a sala ao lado, olhou bem ao redor para ver se não havia ninguém por perto e fechou a porta.

- Para que todo esse drama? – Edward brincou, mas no fundo já estava ficando temeroso.

- Leia isso!

Lucy tirou um jornal do meio de seu monte de papéis, provavelmente um processo e abriu em uma página específica, o entregando em seguida.

Edward pegou o jornal o começou a ler, a matéria falava sobre o acidente que Maria havia sofrido e em um ponto específica dizia que o carro dela estava com o freio rompido. Embora aquilo o impressionasse, ele não queria preocupar Lucy, então tentou dar de ombros e agir naturalmente, devolvendo-a o jornal.

- Em uma batida, Lucy, várias coisas do carro estragam, inclusive os freios. Ela pode ter tentado frear, mas quando o caminhão cortou a frente o cabo estava esticado e rompeu...

- Acredita realmente no que está me dizendo?

Edward tentou não engolir em seco e concordar com a cabeça.

- Sim, Lucy. Foi isso que aconteceu, mas, por favor, não mostre isso ao Jasper ou as crianças. Eles estão sofrendo demais com a verdade para acreditar nessas especulações da imprensa, ok?

Lucy suspirou pesarosa e logo estava chorando. Meio sem graça, Edward a abraçou para tentar confortá-la.

- Parece difícil, eu sei, mas eles vão parar de comentar isso, ok?

Lucy apenas concordou com a cabeça, ainda com os olhos fechados e abraçada em Edward, tentando imensamente segurar seu choro contido.

- Se houvesse algo, a polícia nos diria, mas não há nada. O que eles querem é apenas vender jornal, creia em mim.

Lucy concordou sem palavras e Edward a soltou o suficiente para olhar seu rosto.

- Escute, Lucy, ela era minha prima, era praticamente uma irmã para mim e, acredite, o que eu mais queria era que ela estivesse aqui. Mesmo que Maria estivesse no hospital reclamando da comida de lá, como foi quando teve os gêmeos – ele comentou, conseguindo fazer com que Lucy sorrisse com a lembrança. – Todos nessa família estão sofrendo, mas quem está de fora não se importa verdadeiramente, então, não dê ouvidos, ok? Se alguém lhe procurar, apenas diga que não vai comentar o caso. Promete que fará isso?

Lucy concordou com a cabeça, mas ele queria ouvi-la dizer.

- Lucy, promete?

- Si-sim...

- Se insistirem, peça para falarem comigo, ok?

- Ok...

- Agora – ele a soltou, – eu preciso sair um pouco. Pode ficar de olho em Jasper e nas crianças?

- Sim. Mas aonde vai?

- Ver como estão as coisas na Eurisko.

- Ah... – ela apenas concordou e tentou sorrir. – Edward, obrigada por tudo, ok?

- Não tem de quê, Lucy – ele sorriu em retorno e saiu da sala.

Edward se sentia tremendamente preocupado com Lucy, como se ela fosse sua própria irmã, mas mesmo com essa tragédia anunciada, ele não conseguia tirar a garota de cabelos e olhos castanhos de sua mente. Tudo o que ele queria era que a lanchonete já estivesse aberta e com clientes, tudo para não parecer um maluco viciado em lanches no café da manhã.

Ele entrou em seu carro, e mesmo que planejasse passar na empresa antes, quando deu por si, ele já estava a caminho da lanchonete.

- Por favor, exista... – Edward sussurrou, mesmo que para si próprio.

* * * * *

Lucy juntou os papéis do processo e tratou de esconder o jornal em meio a eles. Internamente, ela queria acreditar em Edward e sabia que poderia contar com ele em um momento de necessidade.

Ela olhou uma última vez no espelho, antes de deixar a sala, tentando transparecer confiança, mesmo que ao abrir a porta toda a confiança, que ela achava ter conseguido, sumisse.

Logo, ela começou a pensar que a culpa só poderia ser dos arcos da porta ou do batente. “Seus maus!”.

Porém, antes que ela continuasse a andar, na sala à frente, ela viu Alec, que deveria estar dormindo, abrir a porta e olhar para os lados. Imediatamente, Lucy se escondeu e pode ver que não foi notada por ele.

Alec saiu da sala e subiu alguns degraus da escada. No momento seguinte, começou a descê-los fazendo barulho. Lucy achou a cena estranha, mas decidiu fazer de conta que não havia visto nada.

Ela saiu de fato da sala e se fez de surpresa ao vê-lo acordado.

- Olá Alec. Já de pé? – ela franziu a testa.

Ele deu de ombros e respondeu de forma simples.

- Não dormi muito, mas não conseguia mais ficar na cama.

Lucy foi até ele e o abraçou, tentando não voltar a chorar mais uma vez, afinal, ela via o quanto ele tentava parecer forte e não queria contestá-lo sobre o que fez, antes de tentar entender os motivos.

- Tudo bem, meu amor. Melhor tomarmos o café da manhã então, não é?

- Tia, na verdade, estou meio sem fome.

- Eu sei, fofinho, mas você sabe que não é bom ficar sem comer, não é?

- Sim, minha mãe não deixaria.

- Então, deixe-a orgulhosa lá do céu – ela disse, tentando transparecer um pouco mais de contentamento do que tinha de fato, mas no minuto seguinte se arrependeu do comentário. – Oh, bem, quer dizer...

- Tudo bem, tia. Você não disse isso por mau... Melhor irmos comer mesmo... – ele respondeu, seguindo para a copa.

Lucy o seguiu aflita por não saber como agir e torcendo imensamente para que Edward voltasse logo. “Ele parece bem melhor nessas coisas sentimentais do que eu... Droga, eu não queria chatear meu sobrinho...”.

Mesmo assim, ela tentou sorrir enquanto seguia com ele até onde Gertrudes terminava de preparar a mesa do café. A empregada, aliás, os recebeu com um sorriso e um abraço em Alec.


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal?
Amaria saber o que acharam e...vejam só que ótimo, capítulo que vem Edward vai poder tirar a prova se ela existe ou não... E, bem, nós abemos que ela existe, mas qual vocês acham que vai ser a reação desses dois, hein?
Estarei doida para saber de vocês!
Beijinhos!!



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