Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 19
Capítulo 19 - Amizade Traída?


Notas iniciais do capítulo

Algumas pessoas andam sumidas no último capítulo, porque gente? amaria saber o que estão achando, mesmo que não estejam gostando. Ah é três pessoas favoritaram a fic e nunca comentaram, adoraria que dissessem algo, ok?
Agora, sem mais, vamos ao capítulo da semana, mesmo que não tenhamos tido muitos comentários....ainda mais porque os Bewards vão tem um motivo para comemorarem, ok? Corram ler!



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Esme não raciocinou. Quando deu por si, já estava à frente de Carlisle, como se ela acreditasse que pudesse escondê-lo com aquele tamanho todo atrás de si. Como se escondê-lo fosse mudar o fato de ser pega aos beijos.

Carlisle, por sua vez, tocou em seu braço e foi ao seu lado.

Alice estava parada na porta, com as mãos na boca e a aparência mais pálida impossível. Ela, internamente, não sabia se queria matar Esme ou cair por si mesma desfalecida no chão.

No momento em que ela e Rafael saiam, e justamente o momento em que os pais de Esme chegavam em casa, foi quando toda a confusão se sucedeu. O encontro mais “épico e terrível da face da Terra”, Esme pensava.

Rafael, que até então achava que os pais estavam dormindo, também não acreditava na ingrata sorte da irmã, e embora quisesse matar o amigo, não ia deixá-la responder sozinha por aquilo.

Mas, se Nathaniel estava pasmo, Sarah estava aos pulinhos e logo chegou perto do jovem casal.

- Ignore meu marido, eu sou Sarah – ela estendeu a mão para Carlisle, – e se machucar o coração da minha princesinha, eu mesma como seu fígado – ela piscou para ele.

Carlisle sorriu meio incerto e correspondeu ao aperto de mão.

- Bem, eu sou Carlisle e não pretendo de modo algum ferir os sentimentos de Esme – ele respondeu-a.

Rafael já estava do lado da irmã, pronto para tentar agir caso a coisa piorasse, mas ele não estava muito feliz em ver o chefe ali, beijando sua irmã na entrada da casa e visivelmente pronto para fugir após deixá-la ali.

Ele sussurrou para Carlisle e torceu para a mãe não o ouvir.

- Acho que alguém me deve explicações...

Sarah, que ouviu, fez uma careta para o filho e respirou fundo, antes de sorrir e virar para o marido.

- Amor, cumprimente o rapaz, ora essa! Cadê seus modos?

Meio incerto ainda, ele foi até Carlisle e o cumprimentou, curtamente.

- Isso mesmo, agora vamos entrar e deixar as crianças se entenderem! – Sarah o puxou pelo braço, e antes que ele pudesse protestar, ela já fechava a porta.

Esme olhou para o Rafael, branca como papel e pronta para uma bronca.

- Irmãozinho...

- Sem essa – ele tentou falar baixo, cortando-a. – O que acha que está fazendo?

Esme cruzou os braços e retrucou.

- Aposto que o mesmo que você e a Alice estavam fazendo no sofá até agora! Isso se vocês não... – mas Alice a cortou.

- Esme! O que pensa de mim?!

- Não banque a santinha, Alice!

Ela ia responder para a futura cunhada, mas Rafael a parou.

- Esme, meça suas palavras, ok? Não vá falar o que irá se arrepender depois.

- Quer pagar para ver se eu vou ou não me arrepender?

- Alice não fez nada de errado pelo simples fato de não estar aos beijos na frente da casa dos pais com alguém que acabou de conhecer! – ele olhou zangado para Carlisle.

Esme estava pronta para partir para cima do irmão, mas Carlisle a segurou pelos braços.

- Esme, menos. Realmente, seu irmão está certo.

- Certo? – ela virou para ele furiosa, vermelha de raiva e cruzando os braços.

- E você – Rafael apontou para o chefe, – você me enganou!

- Eu? Eu não!

- Claro que enganou! Você disse que estava com uma garota na exposição, e não com a minha irmã!

- Mas sua irmã é uma garota!

- Mas é a minha irmã!

- Uma irmã garota. Aliás, para mim mais garota do que sua irmã!

- Quieto! Você me enganou! Ou será que mencionar que está saindo com a minha irmã era algo trivial? Ou então, qual a importância de se falar isso, não? Melhor seria mesmo eu pegar vocês aos beijos na porta de casa, claro! – ele disse irônico.

- Me desculpe, mas na verdade eu não menti. Está certo que realmente ocultei o fato, mas foi porque sua namorada estava semi moribunda lá. Não queria preocupá-lo.

- Oras, não venha bancar o engraçadinho comigo!

Alice segurou o braço de Rafael, antes que ele fizesse qualquer coisa no qual iria se arrepender amargamente depois.

- Meu Deus, por favor. Agindo assim vocês estão chamando a atenção dos vizinhos – ela tentou argumentar.

- Mais do que esses dois chamaram é impossível!

Enquanto Carlisle olhava para o chão envergonhado, Esme agia no oposto perfeito e pronta para a briga.

- Ah sim, porque gritar na rua é natural, né? Beijar os outros que é do outro mundo!

- Escuta aqui, sua inconsequente, quando se acaba de conhecer alguém assim, claro que é!

- Até parece que eu beijei um ladrão, maníaco, homicida, foragido do hospício, não é? – ela disse irônica, e logo prosseguiu no drama ainda mais sarcástica. – Oh, se bem que, ele é seu chefe, não? Quer dizer que você acha isso de seu chefe?

Alice ficou estática, Esme estava pegando pesado demais com o irmão, ela faria ele perder o emprego fazendo isso.

- Esme!

Rafael tentou ignorar Esme e se virou ao “amigo”, que agora ele cogitava a possibilidade de mudar o título para “colega de trabalho” ou apenas “chefe”, pois amigos não enganam amigos e ele se sentia traído por Carlisle.

- Faz quanto tempo que andam se encontrando?

- Não é da sua conta! – Esme se fez ser ouvida.

Carlisle tocou o ombro dela e se preparou para responder da forma mais sensata possível, mas Esme definitivamente não cogitava a hipótese de cooperar naquela noite.

- Cuide da sua vida, Rafael! Eu não lhe devo satisfações.

- Escute, Esme, eu não perguntei a você – ele lhe respondeu, mesmo sabendo que não queria ser grosseiro com a irmã, mas tremendamente irritado.

- Não precisa tratá-la assim... – Carlisle disse, mesmo achando que no fundo o amigo já havia ouvido provocações demais para ficar calado e lhe dando razões interiormente.

- Respostas você não me dá, mas palpitar como devo tratá-la, ah, aí sim, não? – ele disse irônico. – E, quer saber, dane-se, eu pouco me importo. Não quero mais saber de nada, mas estou decepcionado com você Carlisle, não achei que agiria como um imbecil. Claro que da Esme eu até esperava algo assim, mas não de você. Chego a questionar sua capacidade de escolha e veracidade no que diz.

Alice estava ainda mais branca. Esse tipo de coisa ninguém diz ao chefe, nem mesmo nas piores situações! Ela sabia que Carlisle, por mais bonzinho que parecesse, não tinha sangue de barata e entrou na frente dos dois.

- Escute aqui Rafael, eu não... – mas Alice o cortou.

- Chega! – ela gritou tremendo de nervoso. – Isso tudo acaba aqui! Afinal não é hora e nem lugar para uma conversa dessas. Eu não quero ninguém dizendo algo que vá se arrepender depois aqui, ok?

Carlisle se segurou para não continuar a resposta que daria; ele sabia que Alice tinha razão e quase havia brigado com o amigo por um mau entendimento, pois ele tinha boas intenções com Esme e tudo o que queria era evitar aquele tipo de coisa. Mas a situação toda saiu do controle antes que pudesse fazer algo.

Alice virou para Rafael e suplicou.

- Por favor, me leve para casa... Fale com eles amanhã, por favor...

Rafael estava uma pilha de nervosos, mas ele sabia que não faria diferença discutir naquele instante ou depois, e como já passava das duas da manhã, e Alice havia passado mal antes, ele sabia que não era bom mantê-la ali ouvindo aquele tipo de conversa.

Sem dizer nada, eles se viraram para o carro. Esme estava de nariz empinado e pronta para morder pernas se fosse necessário, mas Carlisle a segurava pela cintura para impedir que ela voltasse a brigar.

Quando Alice e Rafael já estavam dentro do carro, ela virou para a fachada de sua casa zangada.

- Maldita hora para esse povo chegar! Viu como era bom termos atrasado um pouquinho? – ela fez beicinho.

Carlisle acabou rindo com a expressão de Esme, mas preferiu ficar em silêncio até, pelo menos, Rafael virar a esquina. E, quando assim o fez, ele gargalhou e tocou a extremidade do queixo com a ponta de seu dedo, levantando o rosto de Esme.

- Sabe, você fica uma graça bravinha!

- Nem vem, nem vem que agora eu fiquei nervosa!

- Não fique brava, Esme, é só...

- Não fique brava? Carlisle, você viu o que o Rafael fez. Você ouviu o que ele te chamou! – Ela fez uma breve pausa, e então retomou em um tom baixo, mais como se fosse um sussurro para si mesma. – Ou deixou subentendido.

- Eu me viro com ele. Ainda sou o chefe dele, apesar de ter certeza que ele irá demorar algum tempo para me chamar de amigo novamente. Por hora, terei de ser o chefe. Ele anda muito cansado ultimamente, estressado. As horas de plantão na clínica também não ajudam. Terei de tomar alguma previdência.

- Faça o que quiser com esse bobo... Mas lhe dê um castigo, ok? Um daqueles bem grandes!

- Hmmm... Acho que as enfermeiras poderiam gostar de uma ajudinha limpando os pacientes de acidentes! – ele riu. Esme ficou sem entender, e o encarou por alguns segundos buscando alguma explicação. – Bem, sabe, eles chegam sujos, passam mal, vomitam...

- Sim! O castigo perfeito! – Esme concordou em um pulo!

Ambos riram por um minuto, antes que Carlisle lhe desse um último beijo. Depois, ele a entregou dignamente – ou o máximo possível – na porta de sua casa, e então voltou ao carro. As últimas palavras antes dos dois se separarem foi: “nos falamos amanhã!”; enquanto ele escutava a resposta: “pode ter certeza!”

* * * * *

Bella rolava na cama. O calor era tanto que ela sentia que iria derreter durante a noite. Tomar um pote todo de sorvete não havia sido suficiente para amenizar o quente clima de Santa Clara.

Ela levantou pela milésima vez desde que havia se deitado e andou para a cozinha tomar mais água e chupar alguns gelinhos para ver se adiantaria em algo. Como estava relativamente claro, já que o céu ostentava uma grande e luminosa lua cheia do lado de fora das janelas, ela saiu pelos cômodos sem se preocupar em acender as luzes.

Chegando à cozinha, logo seguiu até a geladeira e a abriu. Ela pegou uma jarra de água, abriu o congelador e tirou uma forminha de gelo. Depois de pegar um copo ela se sentou no banquinho próximo à bancada e o encheu.

Ali, no silêncio, seu cérebro começou a divagar, agora que sentia sua garganta menos quente. Logo, ela se lembrou das estripulias de Luiza e seus problemas com o telhado do vizinho. Ela sorriu e lembrou-se do dia atarefado na lanchonete de Aro e no segundo seguinte seu cérebro se fixou na recordação do belo moço que havia visto. Com seus cabelos cor de cobre, levemente arruivados, ela se lembrava de cada detalhe de seu rosto e de seu corpo.

No minuto seguinte, ela se lembrou da moça loira e das crianças que estavam com ele e bufou frustrada, pegando uma pedra de gelo da forma que ainda estava ao lado de seu copo e colocando-a na testa.

- Não, Bella, não... Ele não.

Mas sua mente a traía e logo ela estava lembrando mais e mais dele, cada mínimo detalhe. Seus belos olhos claros, seus lábios tentadores, seu perfume irresistível e o como ele segurava o cardápio e... por um momento ela parou e deu um pulo.

- Impressão minha ou ele não usava aliança?

Ela sacudiu a cabeça para tentar tirar o pensamento de si.

- Ele deve ser um sem vergonha que trai a mulher e cometeu o deslize na frente dela mesmo – ela balançou a cabeça tristemente.

Mas então seus pensamentos se enchiam de frases como “mas e se ele for separado? Algo pode ter dado errado e eles terminaram amigavelmente, não é?”

E novamente ela se chutava mentalmente. “Se ele terminou com ela, com dois filhos daquele tamanho, é ele quem não deve ser boa pessoa. Afinal, agora, lembrando dela, ela me parecia uma boa mãe e tão atenta à necessidade dos filhos... Talvez o problema seja ele mesmo”.

E, no momento seguinte, ela se pos a pensar se ele realmente estava “sem aliança” e decidiu que a culpa de não ter certeza disso era de si mesma, e não do casal.

- Pare de se enganar Bella, foi seu cérebro que não processou a informação direito. Lembre-se de como eles parecem perfeitos e fique de fora da vida deles. Nunca mais você será a outra de ninguém – ela sussurrou para si, tentando conter sua mente.

Ela encheu a forma de gelo com água e voltou a colocá-la no congelador, depois colocou a jarra de água na geladeira e levou o copo à pia, ainda presa em pensamentos sobre o casal e as crianças que ela havia visto na lanchonete, como se uma fascinação imensa e interesse lhe preenchessem novamente e custassem a sair de sua mente agora.

* * * * *

Edward tinha muitas coisas em mente naquela madrugada. Ele havia acordado após um sonho com a bela garçonete da lanchonete, que infelizmente havia marcado apenas o pedido e sumido. Ele se questionava se ela realmente existiu ou se era apenas a sua imaginação criando a mulher de seus sonhos naquele momento.

Embora se sentisse um pouco culpado ao pensar que seu cérebro estava lhe pregando uma peça justamente após sair do velório de sua querida prima, ele não conseguia tirar aquela garota de sua cabeça. Tanto que acordou após sonhar com ela.

No sonho, aliás, a bela garçonete não vestia bem seu uniforme de trabalho; na verdade, ela estava com um vestido normal e tentava fugir dele a todo custo em um local cheio de estantes. Ele não entendia bem o que era aquilo, mas em mais de uma ocasião ele chegou perto de beijá-la, mas ela se esquivava no último segundo.

Apenas quando ele finalmente a tinha em seus braços, segurando de forma a não deixá-la fugir de novo, e quando tinha certeza de que aquele beijo ia acontecer, ele acordou. Frustrado, enraivecido e precisando urgentemente de um banho frio.

A vergonha ainda era maior por estar no quarto de hóspedes da casa de sua falecida prima.

- Você é um degenerado Edward... Só tenho isso a dizer – ele resmungou sozinho, antes de levantar da cama e seguir para o banheiro, terrivelmente constrangido.

Mas uma ideia estava fixa em sua mente: a de que teria que voltar aquela lanchonete para tirar a prova. Ele precisava ter certeza se aquela garota de cabelos e olhos castanhos realmente existia, se realmente aquela que ele tanto procurava era ela, ou se ele estava ficando maluco de vez.

Decidido, Edward sabia que não esperaria mais nenhum dia que fosse, naquela manhã mesmo, ele iria até a lanchonete e observaria as garçonetes. Ele torcia para revê-la e acompanharia cada um dos turnos se fosse necessário. Mas é claro que de forma moderada para que o dono do local não chamasse a polícia achando que ele era um assaltante acompanhando os movimentos do local para assaltá-lo mais tarde. Ou um estuprador à espera de alguma funcionária.

Ele estava plenamente decidido e não passaria desse dia. Tentaria achá-la e não desistiria tão fácil, pois quando Edward colocava algo na cabeça, ninguém conseguia fazê-lo mudar de ideia sem uma desculpa plausível, que seria questionada a exaustão, para que ele tivesse plenas certezas antes de mudar de pensamento.


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Notas finais do capítulo

E os Bewards sentiram um cheiro diferente no ar, hein?? Hein?? Hein?? Sim!!! É isso, agora vamos nos focar um pouquinho mais nesse casal fofo, ok? Esperamos corresponder, hein?
Adoraria saber de vocês o que acharam do capítulo, pois é isso que nos incentiva a escrever. Beijos amores!