Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 18
Capítulo 18 - Incredulidade


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!! Eu quero dar as boas vindas as novas leitoras e saudá-las com esse novo capítulo. Espero imensamente que gostem e por favor leiam o final da postagem.



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Após o jantar, Esme queria encher o novo namorado de beijos. Ela já fazia planos de como fazê-lo ficar mais algumas horas em sua companhia, mesmo que ele tivesse falado que a levaria para casa após o jantar, antes de chegarem à pizzaria. Ela contava com um leve esquecimento dele, para poder passar mais um tempinho ao seu lado. Para, quem sabe, verem juntos o nascer do sol, não?

Mas Carlisle estava bem atento e não estava disposto a provocar a ira dos Holdford tão cedo. Ele tinha todo um plano em mente e o executaria miraculosamente, sem deixar brechas para mais mau entendimento. Ele queria acertar as coisas com seu amigo, e ter o aval de seus pais, antes de sumir com a caçula da família por uma noite toda.

Eles saíram do restaurante de mãos dadas e conversando de forma animada. Para quem via de longe, era como se o casal se conhecesse há tempos e, certamente, se desse extremamente bem.

Tanto Esme quanto Carlisle eram puro sorriso, quando ele abriu a porta para que ela entrasse no carro. Ele deu a volta, entrou na direção e eis que ela decidiu se pronunciar, em seu plano de ganhar mais um tempinho juntos:

- Podíamos dar uma volta pela cidade, não acha?

- É, podíamos e eu amaria levá-la a qualquer lugar, mas não hoje.

Imediatamente Esme olhou espantada, não esperava uma resposta dele tão negativa. Isso porque ele ainda dirigia sorrindo.

Naquele instante, a insegurança voltou a bater em seu coração e ela se perguntou se não estava na hora do fim de seu sonho.

“Será que ele tem namorada? E vai sair com ela?”, ela pensou alarmada antes de olhá-lo boquiaberta.

- Não faça essa carinha, eu queria ficar com você todos os segundos da minha vida daqui para frente, mas temos que tomar decisões daqui para frente – ela ia pirar com aquelas palavras, era como se sua mente gritava que ela estava perdida.

Carlisle notou a ausência de comentários de sua musa, que já lhe eram tão marcantes e característicos. Isso o fez ficar alarmado e vira-se para ela.

- Tire essa ruguinha da testa, linda – ele disse ao ver sua cara.

Mas Esme não o fez, e logo estava de braços cruzados e um beicinho lindo preenchendo seus lábios.

- Eu... – ela ia dizer, mas ele tocou seus lábios.

- Antes de qualquer coisa, a decisão mais certa a se tomar aqui é: eu ainda preciso pedi-la formalmente em namoro, não acha?

Foi mais forte que ela. Esme não queria bancar a insensível, mas logo explodiu em risos descontrolados. Assustando até mesmo Carlisle, que nunca esperaria uma reação daquela de uma mulher.

- Mas... O que foi agora?

Ela tentava puxar ar para se explicar, mas realmente não estava conseguindo. Apenas alguns minutos depois ela se controlou levemente para responder.

- “Me pedir em namoro formalmente”? – ela disse divertida. – Amor, você existe mesmo ou eu estou desmaiada no chão do banheiro do hospital?

Ele olhou para ela, já que estavam parados no sinal vermelho. Sua cara demonstrava que ele não estava entendendo nada do que ela queria dizer com aquilo e ficou tão óbvio que ela voltou a rir.

- Carl, eu nunca fui “pedida em namoro formalmente”... Isso é tão... Tão...

- Antiquado? – ele tentou completá-la.

- Não, é lindo. Mas eu ia dizer que isso é tão “meu irmão” – ela respondeu sorrindo.

Ele riu em retorno, voltando a andar com o carro no momento que o sinal abriu.

- Só não me sentirei ofendido porque seu irmão é legal, viu?

- “Legal”? Mas, que tipo de chefe chama o funcionário de “legal”? E toda aquela raiva que tem que existir entre vocês, hein? – ela brincou, colocando as mãos na cintura. – Aposto que tem muitos podres para reclamar dele! – ela o cutucou.

- Na verdade, não tenho não. E não estou dizendo isso porque você é irmã dele. Ele sempre foi um funcionário exemplar, isso desde que era residente. Não tenho mesmo o que reclamar... E, bem, ele entrou para o corpo médico fixo faz pouco tempo, não dá pra ter queixa dele tão já – ele brincou.

Esme riu contente, afinal, Carlisle realmente a entendia até em suas piadinhas irônicas. Em todos os aspectos, ela o via como o namorado perfeito para ela.

- Agora, falando sério – ele voltou a falar. – Nós não somos só patrão e funcionário, somos amigos mesmo, Esme. E é por isso que eu pretendo falar com ele sobre nós. Quero saber a posição dele quanto a isso.

Logo, a cara dela se fechou e ela voltou a cruzar os braços e fazer um biquinho, na sua melhor pose de “chateada”.

- Meu irmão não decide minha vida.

Ela virou o rosto para o outro lado, para não ter que encarar Carlisle. Mas ele não se deu por vencido e tocou seu cabelo delicadamente, mesmo sem tirar os olhos da rua.

- Qual o problema de eu falar com ele, meu anjo?

- O problema é que, o que vale, é o que eu penso, não o que ele pensa. Alice não veio me pedir se podia ou não namorar meu irmão, ora. Não é porque eu sou a caçula, ou porque sou mulher que ele pode decidir por mim...

- Não fique brava.

- Fico sim! Afinal, quer dizer que se ele for contra, você vai me deixar, é? – ela o olhou suplicante.

- Claro que não. Mas, vamos lá, eu tenho certeza que se conversarmos com ele já, desde o começo de tudo, ele não irá se opor. Na verdade, ele não é birrento, mas se sentir traído, ai sim ele terá empecilhos e... Bem, é mais fácil eu começar conquistando o amigo, depois a sogra, do que chegar no sogro direto, não? – ele brincou.

Esme sorriu com a resposta e decidiu se pronunciar.

- Meu pai é legal, aliás, você vai gostar dele, sabia? Eu tenho certeza e que vão se dar super bem.

- Sério? Hmm... E de onde vem toda essa certeza?

- Bem, ele é médico aposentado, vocês vão poder falar de sangue, cirurgia e esses papos loucos de vocês por horas e horas! – ela esclareceu.

- Bem, agora vamos a uma pergunta de ordem prática: você mora com seu irmão, certo? Porque é para lá que eu estava indo, mesmo se perguntar...

- Sim, moramos juntos. Na verdade, moramos com nossos pais. Mas por que a pergunta?

- Bem, tenho que te levar para casa, não? – ele sorriu.

- Ah, que chato, e eu achando que estava te enrolando... – ela fez beicinho.

- Tem que fazer melhor que isso – ele desafiou, piscando para ela.

- Mas... Bem, eu não quero virar abóbora tão cedo! Acho que devíamos curtir mais a noite.

Ele a olhou sério e ela mudou de ideia.

- Ok, já entendi, já falamos sobre isso.

- Boa menina. E, a propósito – ele entrou na brincadeira dela, – quem vira abobora é o carro, não a princesa, e isso, eu garanto que não vai acontecer.

* * * * *

Jane estava debruçada em sua mesa, quase que dormindo sobre seus livros, quando a porta foi aberta e ela deu pulo, virando-se para trás.

- Mas que dorminhoquinha essa minha filha! Princesinha, acho que é melhor dormir na cama, sabia? Você tem o péssimo hábito de seu pai de achar que mesa é cama.

Ela quase não podia acreditar, era sua mãe ali, na sua frente. Ela queria correr e abraçá-la, mas seu corpo não respondia aos seus desejos e tinha seu próprio roteiro a seguir, já que tudo não se passava de uma lembrança de dias atrás.

Logo, a Jane de suas memórias estava em pé, mas se espreguiçava e pôs-se a falar o que ela não pensava querer dizer naquele momento.

- Mas é que faltava tão pouquinho...

Maria beijou a testa da filha e a abraçou.

- Esse “pouquinho” pode ficar para amanhã então, viu? Já passa da meia noite e eu tenho certeza que a senhorita não conseguirá acordar cedo se continuar aí.

- Está certo... – ela se desvencilhou dos braços da mãe, e a própria Jane se questionava porque ela não continuou naquele abraço tão gostoso por mais tempo.

- E, bem, se quiser eu termino para você – Maria brincou, piscando para a filha.

- Mãe, você não pode sabotar meu dever de casa; você tem que ficar brava comigo se eu me negar a fazer, lembra? – a Jane da lembrança entrou na brincadeira toda sorridente.

- Oh, que peninha – Maria também sorria. – Agora, – ela deu um tapinha na bunda da filha – cama, senhorita!

- Ai!! – ela brincou ao levar o tapinha. – Vou contar para a tia na escola que fui agredida – ela disse séria.

Maria olhou pasma para a filha, ela parecia se questionar se a filha realmente estava falando sério ou não.

- É brincadeira, mãe! – Jane disse sorrindo da cara da mãe.

- Ufa, achei que eu seria processada, o que é irônico já que normalmente eu represento pessoas em processos, não? – ela perguntou retoricamente a filha. – Sem contar que eu não poderia nem ao menos pedir para a Lucy ser minha advogada, porque o Jasper a chamaria antes... – ela pareceu pensar por um tempinho. – Hmm... Há quantas será que andam os honorários da Nettie?

- Mãe!

- Ok, ok, é brincadeira minha princesa – ela sorriu. – Mas, dormir é sério, ok?

Jane deitou-se na cama e puxou o cobertor sobre si. Maria foi até ela e se sentou no cantinho da cama para lhe dar um beijo de boa noite.

- E pensar que até outro dia eu te contava historias para dormir... Não quer mesmo o remake divertido de Cinderela com a Hillary Duff? Juro que adicionei umas falas mais cômicas.

Jane apenas negou com a cabeça, mesmo sorrindo.

- Eu já sou grande, né mãe? Não pode me tratar como bebê para sempre.

- Na verdade, eu posso sim. Não há nenhum contrato que me proíba – ela piscou para a filha, antes de beijar sua testa. – Durma bem, minha linda. Sonhe com os anjos e lembre-se que a mamãe te ama, viu?

- Também te amo, mãe. Boa noite...

E logo ela voltava ao inconsciente de seu sono, desta vez, sem sonho algum, apenas tentando descansar seu cérebro do cansaço que sentia.

* * * * *

Carlisle estacionou à frente da casa dos Holdford e saiu do carro, antes mesmo de Esme ter tempo de pedir um beijinho de despedida. Ela estava preparada para se queixar, quando ele abriu a porta de seu lado e lhe estendeu a mão.

Ainda pasma, ela lhe estendeu sua mão com um sorriso. Ela nunca havia namorado ninguém que lhe fosse tão cavalheiro assim e estava simplesmente se derretendo por ele a cada minuto que passavam juntos.

Quando ela já estava fora do carro, ele fechou a porta e lhe deu a mão para lhe acompanhar até a porta.

- Sabe, não vou me perder até ali – ela brincou, balançando as mãos deles que estavam entrelaçadas.

- Nunca se sabe, né? Não convém arriscar – ele lhe respondeu piscando.

Esme corou instantaneamente e isso o fez puxá-la para um abraço. E ela estava paralisada de encantamento ao olhar em seus olhos. Sem contar que os braços dele envolvendo-a tornavam o momento tão perfeito, que ela pagaria para qualquer, a quantia que fosse, se lhe garantissem que poderiam parar o tempo naquele instante para sempre.

- O fato é que eu não poderia ir embora sem roubar de você um beijinho de boa noite.

Ela sorriu e ficou de pontinha de pé, passando seus braços pelo pescoço dele.

- Não precisa roubar, eu lhe dou quantos você quiser, e com todo prazer, sabia?

E o tempo parecia ainda mais perfeito, aprisionado naquele beijo entre eles. Por um minuto, parecia que mais nada estava ao redor deles e Esme se esqueceu até mesmo de sentir vergonha do que o visinhos pudessem falar deles naquele momento.

Porém, em meio aquele beijo cheio de significado, ela ouviu algo ao longe:

- Mas eu não acredito!

- Acredita? No quê? Quem? – ela murmurou ao separarem-se.

Mas, no instante seguinte, ela estava pasma. Estar na frente da casa de seus pais dando um ardente beijo no homem de seus sonhos, sem que ninguém soubesse que ela estava comprometida, naquele instante, pareceu uma péssima ideia...

E, bem... Ela sabia que estaria perdida dali da frente.


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Notas finais do capítulo

Gente eu vi uns spoileres sobre o segundo filme de amanhecer e estou pasma! Tipo li sobre duas mortes que não podem acontecer... tô tão triste... Acho que não quero amis que o último filme chegue....
Mas e aí, como andam as expectativas de vocês e (é claro) o que acharam desse capítulo, hein? :)