Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 16
Capítulo 16 - Casais Perfeitos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a fofa da Suzi pela recomendação mega lindinha que você nos deu. Ehhhhhhhhhhhhh, nossa terceira e estamos todos pulantes de alegria. Obrigada linda!!!



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Bella pegou um grande pote de sorvete e sentou animada em seu sofá. No aparelho de DVD estava um filme de terror, pois ela havia aprendido a correr dos romances há tempos. Desde que se decepcionou com Jake, ela nunca mais conseguia acreditar que pudesse existir amor real.

Para ela, o amor era apenas um jogo de interesses, e a única exceção era sua amiga e o namorado. Eles sim eram perfeitos, se amavam e se apoiavam, uma coisa linda de se ver. Mas para ela, ela duvidava que achasse alguém que realmente a amasse tanto assim.

Ela fez questão de deixar seu celular ligado enquanto carregava na mesinha ao lado do sofá. Sim, Bella havia visto as inúmeras ligações perdidas, mas acreditava que se nada havia acontecido até uma hora dessas da noite, eles não se encontrariam e parou de se preocupar. Afinal, longe de ela ligar e quebrar algum clima, não?

Bella estava totalmente concentrada no filme quando a campainha tocou. Ela resmungou baixo e continuou olhando a tela. No momento, ela estava apreensiva, pois o vilão havia colocado um dos “mocinhos” em uma máquina. Ela estremeceu com aquilo, pois no momento seguinte o rapaz era banhado por algo líquido, que parecia água, mas soltava fumaça. Bella podia jurar que era cera e já tremia ao imaginar aquilo pelo corpo do rapaz.

Ela seguia com os olhos vidrados na televisão, quase se esquecendo que havia alguém à porta. Mas a pessoa era insistente e não se deixaria ser ignorada ali, pois a campainha voltou a tocar uma segunda vez e uma terceira, cada vez diminuindo o intervalo de tempo entre os toques.

- Droga... – ela pegou o controle e paralisou o filme.

Não queria levantar, mas sabia que não tinha jeito. Ela colocou o pote de sorvete na mesinha, calçou suas pantufas de coelhinho e foi até a porta. Lá, ela olhou pelo olho mágico e rolou os olhos ao ver quem era.

- Affff... – ela sussurrou.

Era bem tentadora a ideia de deixá-lo ali sozinho na porta, mas ele poderia estar ali para avisar algo de Esme ou Alice, não? Foi pensando nisso que ela abriu um pedacinho da porta, sem tirar a travinha.

- O que deseja?

- Oh, oi Bella, tudo bem? Está sozinha?

Ela tinha certeza que ele sabia que estava sozinha, mas não daria o braço a torcer.

- Não, na verdade, eu estou com uma visita...

- Mas não vi ninguém passar pela portaria.

- Não seja indiscreto, Demetri. Ele mora no andar de baixo – ela sussurrar para parecer que havia alguém ali mesmo e a pessoa não queria que ninguém soubesse.

- Ah... – ele disse triste. – Que pena...

- Mas o que lhe trouxe aqui?

- Não era nada... Boa noite, Bella.

- Ah, então está bem, boa noite.

Ela encostou a porta e começou a olhar no olho mágico de novo.

Demetri seguiu até o elevador e em suas costas ele escondia flores, que foram jogadas na lata de lixo ao lado da porta do elevador antes que ele descesse.

Ela até sentiu pena dele, mas ela não se deixaria enganar. Afinal, quando havia conhecido Jacob, ele havia conversado com ela e a elogiado. Ele era interessante e tinha um sorriso de matar, além de ter realmente elogiado vários pontos de sua palestra.

Certo que ela era obrigada a dar tal palestra para ganhar nota no bimestre, mas ele realmente parecia alguém interessado no que ela expôs sobre marcas e rótulos. Ele até citou pontos que achou importantes e a fez se sentir alguém que realmente estava certa no que supunha. Como se todo seu trabalho realmente parecesse inovador e único.

Bella se deixou envolver, ele parecia tão sincero e doce. Jacob começou a vê-la com frequência e, na semana seguinte, a levou para jantar em um lugar refinado. Ele lhe deu flores e um cartão bonito, com lindas palavras que a enalteciam.

Era fato que, mesmo após o rompimento, ela havia guardado o cartão por muito tempo. Até Alice descobrir e fazê-la queimá-lo, pois ela chorava sempre ao rever o papel e se sentia tremendamente culpada, como se a cafagestagem dele fosse culpa dela.

Isso havia acontecido quando ela tinha vinte e quatro, e hoje, mesmo aos vinte e sete, ela não se sentia totalmente curada.

Descobrir que aquele que parecia ser o homem de sua vida era casado e pai de três meninos acabou com ela. Havia sido por acaso, ela apenas estava no parque com Alice no momento em que uma criança correu para pegar uma bola e esbarrou em sua amiga sem querer.

O garoto tinha um rosto que a lembrou alguém na hora, mas só quando viu seus irmãos rindo do ocorrido, foi que ela acabou se virando para procurar os pais das crianças. A cena que viu a seguir, Jacob beijando uma linda moça de cabelos castanhos em um corte Chanel, foi a gota d’água. Ele era pai daqueles meninos, a moça era sua esposa e ela era um ninguém.

Com os olhos cheios d’água, ela se pôs a correr dali. Não queria destruir uma família tão bonita e estava disposto a não vê-lo nunca mais. Quando Alice a alcançou, ela chorava copiosamente em soluços audíveis.

A amiga havia visto também e não havia o que negar. Jake havia enganado Bella o tempo todo, aquilo era um fato consumado. Os três garotos e a boca dele na da moça provavam visivelmente que ele estava bem casado, e só procurava uma aventurinha para extravasar.

Alice o havia colocado para correr por ela. Mas havia feito Bella prometer que nunca mais iria vê-lo e a se livrar de tudo que havia ganho dele, ou a abandonaria para sofrer sozinha. Parecia cruel, mas o incentivo e as palavras seguintes de Alice a fizeram ver que era ele o culpado, e não ela.

Porém, ela nunca mais havia se aberto para o amor e queria continuar assim. Ela sabia que uma hora Demetri desistiria e só bastava esperar a hora chegar. Agora, quem sabe achando que ela tinha um romance, ele não se tocava, não?

Ela voltou para o sofá, seu sorvete e seu filme. Ela realmente queria ver como acabaria aquilo ali, mesmo que achasse que não dormiria à noite.

* * * * *

Lucy abriu o quarto de Jane e a encontrou escrevendo em seu diário.

- Posso entrar?

- Sim, tia... – ela respondeu fechando o livrinho.

- Hora de dormir, Jane – Lucy sorriu.

Jane caminhou até a cama e se deixou ser coberta. Ela sabia que a tia estava chorando antes de entrar ali, seus olhos vermelhos a entregavam, mas ela se fez de desentendida, pois também estava chorando no banheiro antes de fechar o chuveiro.

- Durma bem, querida. Se precisar, eu estou no quarto de hóspedes, ok?

- Tudo bem... – ela respondeu curtamente, mas após se virar lembrou que estava sendo grossa. – Boa noite, tia. Obrigada por ficar aqui.

Lucy voltou, beijou a testa dela e seguiu para a porta depois, apagando a luz e saindo do quarto. Ela sabia que os sobrinhos estavam sofrendo, mas já tinha sinais de que Jane seria mais difícil de lidar do que o irmão.

“Talvez não. Ela só é mais fechada como o pai...”, ela pensou.

* * * * *

Rafael, com a ajuda de Carlisle, havia levado Alice até o primeiro banco que avistaram. Ele realmente estava surpreso com o súbito desmaio da garota.

Carlisle, por sua vez, olhava para os lados constantemente, torcendo para que Esme não chegasse ali enquanto ele estava com seu irmão. Não que pretendesse esconder do amigo ou enrolá-la, ele apenas acreditava que aquela não era a hora de dizer quem era aquela que fazia seu coração bater mais rápido .

Aos poucos, Alice foi voltando a si. Sua cabeça rodava, mas ela estava conseguindo situar-se.

- Amor? – Rafael a chamou. – Hei, você me assustou – ele sussurrou.

- Desculpe... – ela respondeu em tom baixo também.

- O que sente, minha linda? – ele acariciava seus cabelos.

- Tudo ficou escuro e eu estava suando... – ela falou sem pensar.

- Acho que foi a pressão – Carlisle disse, ao pedir licença e pegar seu pulso.

Alice ainda piscava pesadamente, tentando entender o que havia acontecido consigo.

- Ela tem comido? – ela o ouviu perguntara Rafael.

- Creio que sim...

- Não tenho como avaliar totalmente sem equipamentos, mas isso é pressão baixa na certa.

Carlisle soltou o pulso de Alice e Rafael pegou sua mão e continuou acariciando seus cabelos.

- Amor – ele a chamou e ela o olhou, – vou te levar ao carro, ok?

Ela concordou com a cabeça e Carlisle lhe ofereceu ajuda. Mas Rafael a recusou cordialmente, e ainda acrescentou que seria deselegante da parte dele deixar sua companheira o esperando.

Alice tentou levantar-se, mas Rafael preferiu levá-la no colo e ela não teve como se opor. Carlisle, por sua vez, partiu em busca de Esme após vê-los desaparecer no corredor. Havia sido por tão pouco, que ele estava quase considerando a ideia de ser mesmo loucura se encontrar com aquela garota.

Quando ele passou pela porta do banheiro, Esme, saiu. Ela acreditava que já era seguro naquele momento e correu a ele ao vê-lo. Logo, com ela em seus braços, ele reconsiderou a ideia e soube, não era loucura, era amor. Ele não poderia deixá-la sozinha, não mais.

- Precisamos falar com seu irmão – ele a disse, beijando o topo de sua cabeça e retribuindo o abraço.

- Tudo bem... Mas pode ser depois? – ela disse com os olhos fechados, enquanto aproveitava ao braço. – Ele não vai estar receptivo agora...

- Mas, espere – ele se afastou um pouco. – Você viu?

Ela concordou com a cabeça.

- Mas foi real?

- Não sei... Você é médico, me diga você – ela deu de ombros e riu após o comentário.

Ele sorriu em retorno e concordou com ela.

- Você tem razão, mas para mim parecia bem real.

- Ela deve ter ficado o dia todo fazendo faxina e depois se arrumando, é bem típico da Alice esquecer de comer – ela deu de ombros.

- Bem, menos mal... Já estava cogitando a hipótese de você ser tia.

Esme se espantou.

- Pelo amor de Deus! Meus pais matam o Rafa se isso acontecer antes de eles se casarem.

Carlisle riu da reação dela e puxou para um novo abraço.

- Acho que também está na hora de eu te levar para comer algo e depois para a sua casa.

- Minha casa?

- Sim, afinal eu não quero comprar briga com meus sogros tão cedo também, não é?

- Sogros? – ela perguntou bobamente.

- Sim, eu espero que sim. Só preciso saber se a linda filha do casal Holdford aceita ser minha namorada após nosso fiasco de primeiro encontro.

Ela deu um gritinho e em um pulo o abraçou, chamando muita atenção das pessoas da galeria.

- Oh, desculpe.

- Não se preocupe – Carlisle respondeu, – já estou apaixonado por sua espontaneidade mesmo.

Eles deram as mãos e começaram a andar até a saída da exposição, mesmo que não houvessem visto muita coisa mesmo, já que foram ao banheiro pouco depois de chegar.

- Mas, então – ele perguntou beijando sua mão, – o que quer comer?

- Sabe, poderia ser uma pizza mesmo? Eu não quero ir mais para um lugar com gente séria como aqui – ela disse sorrindo amarelo.

Esme não queria parecer uma adolescente desmiolada, mas realmente havia ficado envergonhada por ser o centro das atenções de tanta gente carrancuda minutos atrás.

- Ok, pizza então.

Ele abriu a porta do carro para ela, que só não vibrou de felicidade para não dar na cara que estava empolgada. Ela queria tentar parecer um pouco difícil, mas olhar para ele sempre desmoronava suas defesas.

“Ai, como eu amo ele”, ela pensou, soltando um suspiro depois, enquanto o admirava dirigir.

Carlisle olhou para ela sorrindo em várias ocasiões; ele também tinha certeza de que estava apaixonado por aquela garota. Apenas esperava que não houvesse problemas por namorarem, já que ele era chefe de seu irmão.

* * * * *

Rafael havia levado Alice para a casa de seus pais, pois sabia que eles estariam dormindo e não queria preocupar Bella. Ele estacionou e tocou no rosto de Alice, que ainda parecia pálida, mas abriu os olhos ao sentir seu toque.

- Consegue andar, amor?

Ela concordou com a cabeça e ele deu a volta para abrir a porta dela e a ajudou a sair, permanecendo ao seu lado por todo caminho. Depois de entrarem, ele a levou para o sofá e a fez prometer que ficaria sentadinha até que ele voltasse.

Alice concordou e já podia se sentir melhor; ela nunca havia ficado tão nervosa assim em sua vida, não a ponto de desmaiar do nada.

“Está vendo como você me desestabiliza, Esme?”, ela pensou consigo.

Alguns minutos depois, ela começou a sentir um cheirinho gostoso na cozinha e seguiu para lá, já que se sentia melhor.

- Está cozinhando?

- Claro, vou fazer a senhorita comer. Não vai me enrolar, hein?! – ele disse beijando sua testa e puxando uma cadeira para que ela se sentasse.

- Não precisa se preocupar, amor.

- Preciso sim. Agora, seja uma boa menina, ok? – ele piscou pra ela.

- Vai me deixar mal acostumada, e eu vou querer que cozinhe para mim todo dia – ela brincou.

- E eu farei isso com todo prazer – ele lhe respondeu beijando sua testa.

Alice sorriu, não havia o que reclamar de seu namorado. Ele era perfeito em todos os aspectos. Às vezes, ela chegava a supor que não merecia tanto amor, mas não conseguia se imaginar longe dele, nem por um minuto.


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Notas finais do capítulo

E é claro, um super obrigada as fofas que comentaram no capítulo!
Gente, eu tenho um aviso importante, a Maria e eu (Alice), vamos viajar e sumiremos por algumas semanas. Eu vou pra praia, ehhhhhhhhhhhhhhhhh!!! E ela vai passear com o love dela no sul, então, vamos sumir um pouco mas voltamos, hein?
Vou responder todos os comentários mega fofos antes de viajar, ok? Mas se vocês verem depois que eu demorei é disso tá?
Ah, e eu quero muito saber o que acharam do capítulo, viu?
Afinal, a fic existe porque vocês nos incentivam!