Between You And I escrita por Kath Dévior


Capítulo 7
Cinderella, poor eyesight and Olivie.


Notas iniciais do capítulo

Eu ainda tenho algum leitor? Se tiver, ok eu agradeço. No ultimo capitulo que postei de 21 leitores eu levei 9 reviews, não sabe como isso me magoou, eu perdi grande leitoras minhas, que se interessavam por aqui, pelo menos aparentavam isso. Desculpem a demora.



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Eu ouvi alguém me chamando longe dali, era como se fossem gritos baixos e distantes. Minha cabeça era sacolejada e a cada toque ela doía mais, meu pulso ardia muito.

Com forças que arranquei não sei onde abri os olhos de uma vez.

–Ai meu deus, ainda bem! – Alice estava do meu lado, segurando minha cabeça em suas mãos e seus olhos tinham um brilho fosco, de uma alegria dolorosa.

Rebecka estava calada, com os lábios crispados.

Olhei alguns segundos pro teto, depois me virei pra olhar o que me incomodava e ardia em meu braço, me virei e o vi sangrando e com marcas.

Aquela imagem me fez fechar os olhos mais uma vez e recordei-me da noite anterior e o quanto tinha doido não minha pele mas, sim minha alma, ao fazer aquilo.

–Alice... Desculpa. – Foi tudo que consegui falar antes de cair no choro novamente.

Ela me abraçou ainda sem dizer nada, e Rebecka estava parada na cama, procurei a mão dela e segurei-a.

–Desculpe, Becka. Desculpe. – Ela apertou minha mão e sorriu fraco.

–Não importa, não mais, não agora. Só quero que me diga que está bem.

–Eu estou sim. O meu braço arde e minha consciência me condena, tirando isso. Eu continuo uma Hale. – Tentei sorrir mas, minha cabeça tava pesando muito.

–A mamãe já voltou? Já foi pro trabalho? O que ela disse quando me viu? Cobriram meu braço? – perguntei desesperadamente, se ela viu concerteza contrataria uma equipe médica pra me tratar.

–Calma, Rose. – Alice até que fim falou, pensei que ela tinha perdido sua linda voz de sinos que agora me alegrava ouvir. – Primeiro a tia chegou deviam ser umas 07:40 e bateu aqui por que deu pra ver o carro lá na frente mas, não respondemos e ela pensou que tínhamos ido com a Rebecka, se trocou e foi pro trabalho. E agora você deve tá com uma grande dor de cabeça não é?

Alice como sempre adivinhou meus pensamentos, balancei a cabeça dizendo que sim.

–Becka leva ela pra tomar banho que eu vou preparar comida e trazer um remédio pra você.– Alice levantou-se da cama, passando pela porta como um raio, Rebecka me ajudou a levantar, chega no banheiro e a tomar banho.

–Por que fez aquilo, Rose? – Rebecka perguntou sentada em cima da privada enquanto eu desligava o chuveiro. Puxei a toalha, me enrolei e sai.

–Eu não sei, me senti mal por todas as coisas que ainda vão acontecer e eu não queria que acontecesse, pelas que aconteceram e a primeira vez na minha vida a tentação foi mais forte. – Ela me abraçou de lado e voltamos pro quarto.

–Não pode se torturar pelo que ainda não aconteceu, as coisas não são assim sabe? Tudo tem seu tempo, vai ficar se torturando por algo que ainda vai vir a acontecer? Poupe-me Rosalie. - Me sentei na cama e olhei mais uma vez pro meu pulso, as marcas eram meias profundas, mas, doía menos.

Rebecka pegou um vestido curto, estampado mas, soltinho pra mim. E me ajudou a colocar. Assim que terminei Alice entrou trazendo uma bandeja com pães, bolachas, chá e meu remédio de dor.

–Você acertou que eu estava com fome, desde ontem que não como nada.- A observei sorrindo e ataquei a bandeja, depois de comer e me deixarem totalmente imóvel na cama, ameaçada de que se mexesse um dedo seria presa, ou entrega o policia como suicida as duas foram embora dizendo que voltariam daqui a no máximo meia-hora.

Voltei a dormir, eu estava me sentindo um pouco fraca, talvez fosse só cansaço desses dias que tivesse caindo em cima de mim de uma vez só.

Acordei com o toque da minha mãe mexendo em meu cabelo, pisquei duas vezes, e por fim abri os olhos.

–Mamãe?

–Você está bem minha loirinha? – Ela perguntou docemente.

–É, agora eu estou sim. – Respondi me levantando e sentando ao seu lado.

–Por que não foi ao colégio hoje? E quando eu cheguei? Você e as meninas me ouviram chamar?

–Eu estava me sentindo mal desde ontem, tomei um remédio e fui dormir a gente terminou indo dormir tarde por causa dos cabelos, fomos ser cobaias de testes da Alice, depois assistimos a um filme de época qual quer e por fim dormimos.- Expliquei o mais detalhadamente possível para não restar nenhum ponto de mentira.

–Entendi, então mais tarde você vai na casa da Steph pegar as atividades?

–Pode deixar, eu vou. Só vou trocar de roupa e ligar pra ela.- Ela balançou a cabeça, me deu um beijo na testa e saiu do quarto.

Coloquei uma calça jeans comum, uma blusa branca sem alças e uma bota. Prendi os cabelos em um rabo de cavalo alto e deixei um só pedaço da franja solta, caindo no rosto. Peguei a garrafa de água, eu pretendia voltar correndo até casa, eu nunca mais tinha feito caminhada.

Peguei o celular e desci em disparada as escadas, quando cheguei na porta lembrei de avisar que eu já estava saindo.

–Mãe, eu vou na Steph, acho que não demoro. – Fechei a porta e ouvi ela responder algo que não entendi, coloquei os fones, e escolhi 'Use Somebody – Kings Of Lion' e sai andando compassadamente pela calçada, digamos que era quase uma calçada só até a casa dela, se não fosse a maldita avenida do colégio que cortasse no meio.

Eu estava tão distraída que só me dei por conta quando senti a pancada do meu corpo ao encontro do de alguém bem mais pesado que eu. A pancada refletiu e eu bombeei pra trás quase caindo se a mesma pessoa não tivesse me puxado pela cintura.

–Está perdida é cinderela? – Edward me olhava, me segurando pela cintura. Soltei-me dele o mais rápido que pude e tratei de me afastar.

–Claro que não a minha casa é bem ali. – Apontei na direção como se ele não soubesse, revirei os olhos.

Ele aparentemente anulou minha resposta por que estava calado só me olhando.

–Olha, me dê licença por que eu tenho que passar e você não comprou a calçada.- Ele me deu licença, rindo. Passei por ele, olhando pro outro lado.

–Cuidado pra não sair atropelando os outros, cinderela. – Ele deu um grito quando eu já tinha me afastado dele e estava terminando de atravessar a rua.

Me virei pra trás, quando abri a boca pra responder algo a sua altura, senti o peso de outro corpo em mim, dessa vez mais forte, me jogando no chão me imediato.

–Meu Deus, isso não é normal! Hoje definitivamente eu não devia ter saído de casa!- Exclamei apoiando as mãos no chão e juntando forças pra me levantar, até que uma mão branca se estendeu pra mim, levantei os olhos e meu olhar se encontrou com o de Emmett. Voltei meus olhos pro chão, e me levantei sozinha.

–Desculpa, eu mal me recuperei do mala do Edward e já levei outra queda.

–Tudo bem, Rose. Machucou-se? – Ele falava normalmente, sem olhar ao redor, nem nada do tipo, então: PARA TUDO! Ele nunca falou comigo e agora vem falar? Está muito enganado se acha que vou ficar aqui debatendo dos meus 7 anos de idade até hoje com ele.

–Não sou de vidro e preciso ir. – O contornei e virei as costas, voltando a andar rumo a Steph, faltavam só umas 7 casas pra chegar lá. Tentei o máximo não olhar pra trás e por fim terminei olhando por cima do ombro e ele ainda estava lá me olhando, imediatamente voltei a olhar em frente e entrei na casa da Steph o mais rápido que pude.

Passei correndo pelo jardim, e entrei casa adentro fechando a porta atrás de mim, me encostando na mesma e dando um longo suspiro.

–Ei menina, o que foi isso? – Stephanie me olhava do último degrau da escada.

Me afastei da porta e sorri sem graça, passando a mão no meu rosto.

–Não foi nada, um cachorro correu atrás de mim, acredita? Sério deu medo! - Fiz minha melhor cara de terror me aproximando dela e dando um abraço demorado.

–Até eu fiquei com medo, era o cachorro da Loriana? – Ela perguntou nos separando e me olhando.

–Não vi direito, você acha que eu ia perder meu tempo olhando de quem era o cachorro enquanto ele desejava me fazer de osso? Nem vem, Steph! – Exclamei em tom de pânico e ela riu de minha cara, ok. Com certeza ela acreditou.

–Então, por que não deu as caras no colégio hoje? – Perguntou, descendo o ultimo degrau da escada e indo para o sofá, segui ela me sentando do seu lado.

–Eu acordei mal, meia zonza e com uma dor de cabeça forte, as meninas dormiram lá em casa e resolveram ficar cuidando de mim. – Expliquei, abraçando a almofada contra o peito.

–Atá, você tem que passar em um médico não é a primeira vez que sente dor de cabeça.

–Ah, calma né Steph, deve ser só estresse mental, ultimamente eu tive isso de sobra.

–Você não sabe quem foi o comentário da escola hoje. – Ela olhou-me maléfica.

–Quem? – Perguntei fingindo entusiasmo.

–Olivie. – Ela respondeu rindo, sínica.

–Atá, raro era eu ser comentário né? A Olivie sempre era falada, oh notícia viu. Parabéns, por ainda não ser indicado ao Oscar!


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Notas finais do capítulo

Obrigada a quem leu, e se tem alguém lendo e não comentando deixe pelo menos um 'li' eu adoraria. Não irei demorar a postar o próximo, beijos.