Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 80
Capítulo 76 - O Primeiro Mago.




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 O detentor da segunda base pensava.

“Eu devia ficar calmo, e não pensativo. Se eles se fragmentarem, como é esperado, nossa sombra que é intocável, inferível e imortal, derrotará quem ficar para trás e irá na frente derrotar os outros. Por isso o espaço entre as duas primeiras bases é o maior. Ele conseguirá fazer com que o mínimo deles chegue até a mim, desde que gele a alma de cada um e mate lentamente da maneira sobrenatural que só ele conhece”.

A imagem que se formou não era a que ele esperava. Pronto para defender a segunda base e o fim do labirinto, aquele mago encontrou a equipe que não esperava ver.

– Minha vez. – Um dos guerreiros falou, para deixar os outros continuarem em busca de Bardinar.

– Ryan... – Lire olhou magoada.

– Apenas vá. – Ryan soltou sua mão da mão de Lire.

O elfo seria a segunda isca, e estaria à espera de Elesis e Holy!

– Se eu fosse você, não esperaria por quem já foi deixado para trás. Pelo contrário, me preocuparia em ser alvo da sombra, assim que ela chegar.

– Minhas amigas sabem como derrotar uma pequena sombra.

De fato era fácil, mas aquela equipe era muito forte para saberem derrotar...

– Está querendo dizer... Que sua equipe não é só “músculo”, mas também “cérebro”? – indagou.

Ryan confirmou. Ainda que Mari estivesse longe, a mais esperta membra, Grand Chase se virava nas táticas, tanto quanto na execução delas.

– Não, ninguém jamais derrotou “ele”... nossa sombra não será derrotada por um grupinho de deslocados!

Ryan aproveitou a fúria de seu inimigo para atacá-lo bem no pé. Deixaria ele bravo, tão bravo que mostraria de cara que tipo de poder tinha.

A um breve olhar, Ryan pôde observar seus movimentos mais cedo. Este era o tal “Krong” que criou a partir do solo um labirinto, e que criou terremotos de larga escala para causar todo tipo de efeito no inimigos. Algumas vezes, perdia o equilíbrio, outras, chegava a doer.

Krong era um híbrido – Mago que manipulava o elemento “terra” e ao mesmo tempo guerreiro de corpo-a-corpo pesado.

– Que ataque xoxo foi esse? – Krong riu. Ryan era muito fraco! – Você parece cansado antes mesmo de começar a lutar! Então é por isso que seus amigos deixaram você para trás? Uma peça de sacrifício?

– Eu não caio nas provocações de alguém tão baixo. – Deixou claro.

Krong gargalhou. Agachou-se e ainda abaixou sua mão para que ela encostasse em Ryan, demostrando o quanto ele era baixo.

– Hunf, altura? Já derrotamos alguém de sua altura antes! Nosso grupo derrotou Gigantut certa vez!

Ao falar o nome de Gigantut, Krong alterou-se. Pelo que entendeu, Krong e Gigantut eram os últimos gigantes vivos! Quem sabe não fosse irmãos?

– Você conhece Gigantut... E sua equipe o matou?

Krong criou quatro enormes paredes e um teto para deixar Ryan no escuro, e comprimiu as paredes, acabando definitivamente com o elfo.

– Justiça selvagem! – Ryan gritou, dando um corte duplo em direções distintas. Seu machado quebrou as paredes.

– Sem brincadeiras a partir de agora. – Krong começou atirando paredes e mais paredes levantadas da terra.

Se Ryan fosse atingido, estaria ferrado! As paredes podiam ser feitas de terra, mas algo fazia com que elas se endurecessem. Era como ser atingido por uma parede de metal em alta velocidade, ou quase.

Ryan desviou de uma parede, correu noventa graus escapando de uma série de paredes e julgando pela direção de três paredes distintas, não conseguiria escapar de todas. Deixar-se atingir não era uma opção válida.

A adrenalina fez com que Ryan pensasse rápido. Sem forças para transformações, sem tempo para escapar, a pergunta era como quebrar a parede ou contê-la com força suficiente para desacelerá-la até que o atrito entre ela e Ryan fosse pequeno o bastante para ele sobreviver ao ser atingido.

“A transformação parcial!”, Ryan lembrou-se com a parede praticamente encostando na sua face, de tão próximo que estava.

Apenas sua mão agora virou uma garra de lobo. Fazia a maior pressão que conseguia, no entanto não parecia tão forte quanto devia.

Não desistiu. Continuou aplicando sua força. Parou a parede. Agora jogava ela para a direção de onde veio. Foi de encontro com o pé do gigante.

– Essa é sua forma de me ferir? Usando meus próprios ataques contra mim? Você é uma piada, por isso seu time deixou o mais fraco para trás.

Ryan de fato era o mais fraco?

Só concentrava-se em uma imagem agora. O sorriso de Lire. Ao contrário da expressão de preocupação que estava estampada no momento em que se separaram, o sorriso dela costuma dar forças para continuar, e agora que construíam um amor recíproco, o deixava dez vezes mais forte do que de costume.

– Minha força está muito bem guardada e ninguém conseguirá apagá-la de mim. Eu sou, a partir de agora, o mais forte da Grand Chase! – Ryan proferiu em oposição à fala de Krong.

O gigante riu mais uma vez. Com dó daquele ser fraco que inutilmente lutava contra o destino de morte, poupou o tempo. Acabaria com todas as suas esperança de viver.

Esmagou o chão. Ryan, a essas horas, devia estar fino como papel.

– Achou que eu iria desistir da minha vida com facilidade? Posso parecer um pedaço de papel ao seu olhar de gigante, mas sou a mais espessa árvore aqui por dentro. – Ryan falou, colocando a mão em seu coração, enquanto corria pelo braço do gigante, que deu essa oportunidade ao cravar a mão no solo.

Ryan alcançou o ombro e já se preparava para o ataque.

– Rugido do Nephirim. – Ryan transformou agora apenas a sua boca na boca de um Nephirim.

O rugido era tão forte que mesmo o rosto do gigante sendo maior que o corpo de Ryan, a cabeça quase desgrudou-se do corpo. Foi deslocado.

– Boa sorte com este torcicolo. – achou legal, após tudo o que aconteceu, o grandalhão se ferir.

Ele pegou sem dó e deu um peteleco para que Ryan caísse daquela altura. Ryan moveu sua mão para o machado encostar na pele do gigante. Agora, caía em uma velocidade menor, rasgando cada centímetro da pele dele.

Enfim estava no chão. O gigante caiu de bunda no chão, agora que estava com a pele rachada. Ryan era mesmo muito incherido para se intrometer na vida dele, sem sequer ter poder para matá-lo.

– Não vou cometer o mesmo erro da última vez. – alertou.

A magia da terra do gigante prendeu Ryan no chão. Agora não se moveria quando ele o esmagasse.

Apontou a mão, girou ela e amassou com tudo o chão.

Ryan imaginou que num momento como aquele, que avista-se a própria morte, seu último sentimento seria um grande ódio pela pessoa, que à sua frente, causaria a morte. Contudo, a visão de um gigante o esmagando sumiu, para dar espaço novamente ao sorriso de Lire.

“É isso, Lire, eu sei como derrotá-lo graças ao seu sorriso que me motivou. Aguarde, pois meu 'primeiro' sacrifício não será em vão”.

Ryan foi amassado. Aquilo que tinha dito para Lire, ao longe através de pensamento, era uma mentira, então. Sacrificou-se mesmo, e lá estava o gigante mais uma vez em pé.

***

– Agora que estamos fora do labirinto será fácil encontrá-los, e provavelmente vamos fragmentar a equipe com uma maior frequência. – Sieghart alertou assim que deixaram Ryan para trás.

Desde então, Rey já havia dito:

– Eu cuido deste cara esquisito!

E o grupo voltou a correr.

Lire sentiu, agora que já estavam sem Rey, Ryan, Holy e Elesis, uma pontada em seu coração. Ele começou a queimar. Por quê?


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