Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 24
Capítulo 22 - Mestre?




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Por que Jin chorava afinal? Ele não queria apenas tirar satisfações com aquele que plantou a barreira-mágica na tentativa de brincar com ele? Ele parecia pensar muito além, agora que estava de frente para aquela pessoa.

– Assistir tudo do telhado é tão “você”, mestre. Deixando isso de lado, explique-me. Por que nunca veio atrás de mim esse tempo todo? Por que só se mostrou agora? Por que? Por que? Por que fez eu pensar que estava morto? Por que atacou a Grand Chase? Explique.

– Então, Jin, esta é sua personalidade. Eu esperava mais de alguém com um nome tão importante quanto o seu.

Jin continuava a observar a sombra do seu mestre sentado. Aqueles músculos inconfundíveis. Tá certo que eram menores que os de Victor, mas certamente eram alguns dos maiores músculos que já viu. E a voz? A voz que reclamou de Jin lhe despertava aquelas saudades da época em que treinava com seu mestre Azin Tairin.

– Sinto muito, Jin. Eu sou Azin, mas não sou seu mestre.

Azin saiu de trás da chaminé. Mostrou-se. Aquele de fato não era seu mestre, contudo a sombra e a voz eram idênticas.

– Quem é você? – Jin perguntou sabendo que havia algo a se estranhar ali. Recuava a curtos passos. Respirava ofegante como quem encontrava um medo novo, desconhecido.

– Eu já falei. Não sou seu mestre. Meu nome é Azin.

– Você de fato me falou, mas eu ainda quero explicações. – Gritou. A voz saiu fina. Estava tão exasperado que não tinha controle sobre suas próprias ações.

– Eu já falei. Não sou seu mestre. Meu nome é Azin.

O tal xará de seu mestre, Azin, era repetitivo e completamente calmo.

– Eu reconheci essa voz assim que ela falou na barreira-mágica. Eu também tinha certeza que era meu mestre por sua sombra, mas a aparência é ridiculamente diferente. E quanto ao nome? Por que você tem o mesmo nome? Não me diga que foi você quem tomou a vida dele e agora se passa por ele!

– Sombras... As sombras são algo que perseguem aqueles que têm corações escorregadios, em Ernas. Isto mesmo. No planeta de Ernas são as sombras que se apropriam dos outros, é a luta entre o bem, o mal, o meio-termo e o indeciso. Vai além do imaginável.

“Qual o problema desse cara? Ele de certa forma parece meu mestre, mas por outro lado... Nada que ele fala faz sentido!”, Jin tentava defini-lo. Na última frase dita pelo “outro Azin”, sua calma peculiar esvaiu-se para o além e uma expressão maléfica tomou conta.

– Para de enrolação! Explique tudo agora mesmo, exijo!

– Jin. Eu também treinei com o mestre Azin e agora, após sua morte, sua sombra me persegue. Mais do que isso, após ele morrer, eu teria que conhecê-lo. Então é você o lendário Jin, discípulo de Azin Tairin? – questionava a si mesmo, olhando gentilmente. – Não, você é uma enganação, é um fracote que não merece o título de “sobrevivente dos cavaleiros de Prata”!

Jin hesitava demais. Continuava exasperado, sem saber o que acontecia ali, com seu coração ameaçando escapar do peito e a razão abalada.

– Se o diálogo não funcionou com você, garoto bipolar, chegou a hora de cruzarmos nossos punhos!

Azin olhou com cara de quem aceita um desafio, falando:

– Olha só, Jin perdeu a paciência. – parecia calmo. – Pois venha, porque é por isso que eu estava esperando! – terminou sob expressão gozadora.

“Esse garoto de diversas faces está me irritando. Está na hora de derrotá-lo e livrar o caminho da Grand Chase”.

Jin perdia a calma. Estava na hora de liberar sua fúria e deixar sua aura de fogo ainda mais poderosa. Explodia por dentro, e liberando a fúria, a aura fazia com que ele explodisse por fora também.

– Sinta a fúria do meu espírito guerreiro. – Jin provocou. Azin caiu na sua, como Elesis havia caído mais cedo, e igualmente partiu para cima do monge de cabelos vermelhos-fogo.

Ele era diferente da cavaleira, que tinha suas táticas, armas e experiências. Ele partia sem nenhuma instrução para cima de Jin, com simples balançar de punhos. Parecia, de certa forma, subestimar Jin.

– Você me enganou direitinho, me fez pensar que era o meu mestre. Prepare-se para pagar. – disse ainda sentindo-se pouco situado ali. Escapou do ataque direto de Azin metendo-lhe um chute de igual proporção.

Azin protegeu-se ainda balançando punhos. Sabia muito bem como usá-los, ofensiva e defensivamente. Aquilo era, sem dúvidas, muito parecido com o tipo de combate de Azin Tairin, o Azin que ensinou Jin.

Jin pulou, atacou Azin, que defendeu-se novamente, contra-atacou chocando punhos, pressionou o punho de Jin na espera de jogá-lo longe. Jin pressionava igualmente. Aquilo mostrava o quão forte era Azin!

– Toma essa! – falaram em coro, usando o outro punho. Agora ambos os punhos mediam forças, mas nenhum sobrepunha a força do outro. Estavam no mesmo nível.

– Sinto-me explodindo. – Jin admitiu, liberando o máximo da sua fúria. Sua aparência já era outra: – Anel de luz!

Tudo ao redor de Jin explodiu criando um círculo de fogo, algo que parecia um anel. Azin estava na área de alcance daquele poder inacreditável, então se viu obrigado a mostrar seu trunfo:

Dança das andorinhas!

Uma vez mostrada a dança das andorinhas, correu de um lado ao outro na sua maior velocidade cortando o ar com os punhos. Até mesmo o fogo da explosão foi dividido em pedacinhos, e não tinha mais significado algum.

“Ele evitou até o anel de luz? Aquilo deteria qualquer um, se eu não tivesse plena certeza eu não o usaria ou... Sinto que vou cair”, Jin pensou caindo de joelhos novamente ofegando, mas agora mais consciente do que antes. Já não estava tão abalado pela presença de Azin.

“Cadê ele? Se não está aqui, isso significa que o ataque dele o deixou, de forma igualitária, cansado”, imaginou.

“Parece que o Jin é realmente um fracote”, Azin raciocinava pelo que notou em batalha.

– Realmente, não acredito que alguém como você foi ensinado por Azin Tairin. – Azin provocou. – Fracote como você é, julgo que não tenho escolha senão libertar seus amigos da barreira. Você não vai me forçar a isso, mesmo.

Jin ficou furioso, mas não mostrou-se assim tentando preservar sua imagem de “bonzão”.

– Quando se é para proteger um companheiro, quando se é para seguir em frente. Acredite. Mesmo morrer é um ato de coragem!

Aquelas palavras surtiram imediato efeito em Azin, que mesmo escondido de Jin tinha uma expressão de quem não esperava ouvir aquelas palavras. Azin, novamente sob suas atitudes pacientes, lembrou-se de seu mestre.


Seu mestre tinha filosofias parecidas com a de Jin, e daquela forma foi o mais corajoso homem que conheceu. Talvez Jin não fosse tão fraco, afinal. Azin pegou o recipiente que continha a magia aprisionada de barreira, roubada de algum mago derrotado por ele, e liberou. Grand Chase poderia se mover de novo.

– Eu vou te ver em breve, prometo. Antes do que você pensa, Jin. – Azin falou, dando sua última despedida.

O outro lado de Azin despertou novamente, e ele decidiu que faria algo diferente do que aquilo que prometeu a Jin. O que seria agora?

Enquanto isso, Jin chegava à equipe libertada. Arme mais do que nunca estava satisfeita em Elesis e Jin se darem bem, visto os últimos acontecimentos que poderiam ter acabado com o espírito da equipe.

– Vamos em frente. – Ryan pediu, sob uma escuridão total, seguindo o caminho.


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Notas finais do capítulo

A imagem foi tirada do acervo de imagens da KOG' Studios. Ela não é de minha autoria.



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