Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 25
Capítulo 23 - O Melhor Amigo de Paprion




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“Aqui começa o território do Verme-Dragão. Há pouco mais de dois quilômetros, pelo outro lado, vocês acharão os barcos dos antigos moradores. Então, acho que é hora da despedida, Grand Chase”, Jin recordava-se do que falou. Ele reparou que não só ele, mas toda a Grand Chase tinha um jeito meio peculiar, tímido, de se despedir. Enfim não estavam mais juntos.

“Nós ainda nos veremos, Jin. Jamais perca seu distintivo!”, Arme havia falado na despedida, lembrando-lhe também daquela misteriosa magia que Arme o concedeu, a magia de Paprion. “Se ele quis que eu entregasse exatamente a você, por favor, não se esqueça dela. Deve ter algum significado importante”, finalizou. A partida foi meio estranha. Ninguém parecia aceitar a separação numa boa.

O fato é que agora já estava no território que gostaria, e a Grand Chase foi deixada de lado. Mais uma vez, deveria mostrar que não criou laço algum e simplesmente prosseguir a missão de proteger a Terra de Prata.

– Aí está você. – Jin abriu um sorriso ao vê-lo. – Eu preciso de sua ajuda.


Ignorando Jin, o Verme-Dragão partiu para o ataque direto. Jin não esperava por aquilo.

– Como é? Ei, V.D., está me ouvindo? Ei!

O Verme-Dragão não estava indiferente. Aquilo significava que ele estava lhe ouvindo, não estava sendo controlado. Por que, então, o atacava?

– Responda, porcaria! – Jin explodia desta vez por dentro, nas atitudes. Não por fora, em plena ação.

– Eu fiquei sabendo o que você fez com Paprion! – falava o Verme, aos murmúrios de ódio.

Jin deixou claro que não foi ele, mas o Verme-Dragão não quis ouvi-lo.

Insistindo no ataque direto, Jin se preparou. O Verme-Dragão era um oponente com o qual nada poderia fazer, exceto desviar. Aliás, esse era o motivo para Jin apelar a uma aliança temporária com o guardião restante da Terra de Prata, em sua missão final.

– Essas separações do seu corpo, que aumentam seu comprimento... tem muito mais do que a última vez, o que você andou fazendo?

O Verme-Dragão ria. Não hesitava em atacar Jin.

– Entendo, você apenas se apropriou “daquilo”. – concluiu, escapando de outro ataque com a cauda de verme. Não teria nenhuma chance de ataque, daquele jeito!

– Me apropriei, sim, ou você acha que eu deixaria a morte de Paprion ser em vão? – o Verme-Dragão reclamava, acertando com toda a ferocidade que pôde Jin.

Tamanha brutalidade significava a morte de Jin, em um caso normal, mas esse não foi o caso. Aquela esfera azul de Paprion concedida por Arme mais uma vez saiu de seu corpo no qual se armazenava, e agora alterou a aura de Jin. Aquelas chamas que irrompiam do corpo para fora agora estava azuis, no mesmo tom da esfera de Paprion.

“Chegou a hora”, Jin ouviu no mais rude e grave tom a voz de Paprion pronunciar, se assemelhando a um rugido de raiva como aquele que o Verme-Dragão também soltava.

Jin foi tomado. Não decidia absolutamente mais nenhuma ação, das que se seguiram.

– Você não é mais o mesmo, V.D. – falava Jin naquele tom grave.

Os olhos do Verme-Dragão se arregalaram. Ele parou o ataque que daria novamente, após perceber surpreso que Jin sobrevivera.

– Paprion? Quando você? – o Verme-Dragão começava a falar, inseguro.

A voz de Paprion soava pela boca de Jin. Seu gigante amigo permanecia paralisado.

– Eu lhe ensinei minha magia de sucção de força vital para você proteger a Terra de Prata o dia que algum mal nos afligisse. Entretanto, aí encontra-se você, gozando dela para sugar seus próprios soldados fazendo seu corpo se expandir. Sei que você não é capaz de armazenar energia vital como eu, V.D., mas dar a essa magia um significado tão banal, quanto expandir o corpo para ficar mais forte? Só digo que você não é mais aquele meu amigo em quem eu confiava.

Os olhos do paralisado Verme-Dragão direcionavam-se involuntariamente de um lado ao outro. Estaria ele num estado de transe?

– Eu não queria fazer isso. Paprion: você, mais do que ninguém, sabe os efeitos colaterais da sucção de vida. Prepare-se, pois você vai ter que me deter!

Verme-Dragão lutava contra sua vontade?

– Eu forneci a Jin minha aura. Assim que a magia de posse acabar, ele vai saber como derrotá-lo num único segundo. No entanto, antes que ela acabe, eu tenho algo a te dizer.

Escapando de uma sequência enorme de movimentos ofensivos, Paprion continuava a falar. A extensão do Verme-Dragão era tão gigante, que sua cabeça já estava longe o suficiente para não estar no campo de visão, mas seu corpo continuava balançando e Paprion ainda tinha que escapar desse balançar, que daria um enorme dano caso encostasse em Jin, principalmente sem a aura de Paprion.

– Eu acredito em Jin. Você, meu melhor amigo, gostaria que cuidasse dele com toda sua determinação, mas se não for possível, me prometa encontrar comigo lá no céu.

Paprion deu seu recado. Partiria para o ataque nos seus segundos restante de posse. Avançou para a continuação do Verme-Dragão, cujo comprimento ainda não chegou ao fim. Atacou esperando que tudo a partir dali fosse destruído, mas aquela parte do corpo que explodiu-se com o soco que deu apenas caiu, e a continuação se juntou ao resto, fazendo com que apenas aquela “goma” acertada fosse destruída. Ou seja, o corpo continuava gigante. Como derrotaria ele?

– Sua vez, Jin. – falou Paprion, sabendo que sua magia de posse chegou ao fim.

A cabeça mais uma vez chegava em Jin, que mal pôde se situar agora que sua consciência retornou. Somando a aura de Paprion, que continuava ali, ao seu poder controlado por ele mesmo (e não Paprion, que costumava controlar um gigante corpo), Jin poderia usar o máximo de força possível. Sendo acertado de propósito pela cabeça, Jin resolveu testar seu mais forte golpe. Colidindo com o gigante, explodiu. Dessa vez a explosão não deixou de infligir dano no inimigo, como aconteceria sem a aura de Paprion, e nem destruiu uma simples parte do corpo dele.

Mais do que apenas o Verme-Dragão explodiu. Todo o território dele, a cidade daqueles engraçados e protetores vermes, explodiu-se e ruiu.

Jin não sabia onde estava o Verme-Dragão. Tudo que enxergava na sua frente era pó. Pegou então o pó em suas mãos e falou, caindo junto pelo excesso de força e pela esquisita consequência de ter portado uma aura tão forte temporariamente.

– Eu não queria que você morresse!

Jin perdeu seus sentidos. Nem sabia quanto tempo passou, a outra vez que acordou. Só sabia que agora entraria na vísivel – porém de difícil acesso – fortaleza que enxergava. Era, afinal, o local que julgava necessitar da ajuda do Verme-Dragão ou de Paprion, agora ambos mortos, para se infiltrar e também sobreviver.


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