Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 22
Capítulo 20 - O Início da Determinação




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Aquele brilho ardente que se aproximou de Arme não era nem um pouquinho artificial. Era genuíno. Com um grande salto, já estava à frente da maga. Parecia querer protegê-la.

Prestes a perder sua consciência, Arme começava a reparar naquele ser que esgueirou-se pelo campo de batalha. Uma vez que ele não atingiu a fada das trevas, ele procurou para onde a própria havia teletransportado. Agarrou-a antes que voltasse a mudar de posição e, uma vez agarrada, ela obrigatoriamente teletransportou seu inimigo consigo mesma. Ele colocou sua aura de fogo, então, em expansão. Uma gigante explosão conteve tudo à sua volta!

Onde estava a fada? Só se via um pedacinho de suas asas no chão. Teria o garoto da aura de fogo acabado com cada parte do corpo dela?

Arme sentia-se reconfortada. Antes que cedesse por completo, sua esperança renascida junto do desejo de ver seus amigos, da necessidade de vê-los, trouxe-os de volta a essa dimensão.

– Ei, responda. Onde diabos eu estou? – Elesis gritava com desespero. Olhou para os lados. Nem tudo estava branco. Ela estava novamente no último lugar que se lembrava de ter passado. Mas onde estava a fonte daquele brilho que atravessava os céus?

O garoto da aura de fogo foi pegar Arme para segurá-la em suas costas durante todo o trajeto, mas aparentemente a própria recuperava sobriedade muito mais cedo do que imaginava.

Assim que abriu os olhos, Jin esticou sua mão para erguê-la. Ela olhou chorosa para ele e não apenas ficou em pé. Ela também o abraçou.

– Muito obrigada.

Após o abraço, cedeu definitivamente.

– No fim das contas, tive que carregá-la mesmo. – o garoto falou. – Tenho certeza de que há muito humanos perdidos por aqui, mas por que vocês ignoraram o aviso de abandonar a Terra de Prata?

– Er, acho que antes de uma pergunta dessas, a pessoa deve se apresentar por educação, não é? – Elesis o constrangeu.

– Ah, é claro. Eu sou Jin, o cavaleiro de Prata!

Cavaleiro de Prata... De fato tinha lá alguma fama esse nome, mas o que mais surpreendeu Grand Chase no momento foi dizer chamar-se “Jin”. O garoto que mais procuravam, veio direto a eles.

Após a apresentação da equipe, Jin foi convidado (e não correspondeu o convite positivamente) a participar da Grand Chase.

É claro que o convite não foi feito sem um motivo especial. Para salvar Arme dos problemas, ele era bom. Além do mais, assim como Ryan possuía sua aura de folhas, Jin possuía uma aura de fogo. Assim como Elesis agora possuía seu pequeno cogumelo e Ryan possuía um texugo, um pequeno dragão recém-saído do ovo acompanhava Jin para dar suporte a ele.

Ele possuía um nome influente, como o último cavaleiro de Prata, ele continuava numa área de alta periculosidade recém-abandonada e deteu a fada. Era óbvio que era forte!

Os dias se passaram e Arme estava melhor. Não morreu, nem ficou em coma como esperava. Sem forças prosseguia junto não só de Grand Chase, mas de Jin também. Esclarecido todo o ocorrido, ela indagava com muitas desaceitações:

– Por que é que recusa se juntar à Grand Chase?

A maga lembrou-se de quando Lothos contou para ela que Arme e apenas Arme tinha permissão para conceder distintivos originais da Grand Chase através de magias de cópia, e também o deveria fazer em qualquer companhia, mesmo na falta de alguém (como Lothos, que já morreu) para liderar.

“Grand Chase não acabou, ele bem que poderia se juntar a nós”.

– Está bem, eu conto a todos vocês porque é que não espero juntar à sua equipe.

Basicamente Jin esperava salvar a Terra de Prata enquanto levava Grand Chase à Ellia sem envolvê-los (e curiosamente, tratar a equipe no masculino aliviava Ryan). Após isso, tentaria chegar a um lugar fisicamente impossível de chegar. Um lugar de existência duvidável, dito “Terra dos Deuses, Xênia”. Para isso, estaria separado da equipe.

– Então este é o significado do brilho nas nuvens que notei quando lutamos contra Krako? – questionou Ryan com Jin assentindo. – É a Terra dos Deuses, Xênia. Nesse caso, venha conosco, Jin. As nuvens estão se movendo ao norte, onde fica Ellia. Julgo que até salvar estas ilhas, já estará lá.

Jin deu uma risada introvertida.

– Fisicamente impossível ou não, eu chegarei lá. Mas não abandonarei minha terra natal. Ambos os fardos são todos meus, assim como agora a salvação dos meus heróis, a equipe Grand Chase.

A determinação de Jin era grande. Ele parecia falar sério, mesmo não conhecendo aquela equipe e não sabendo se aquelas eram as suas verdadeiras intenções.

– Não há problema. Independente da distância, Grand Chase age sob tentativa de fazer justiça e trazer a paz. Podemos agir separados, mas se estivermos unidos pelos laços da equipe, Jin, seremos como um só. Junte-se a nós.

Sem muita confiança, Jin aceitou. Não iria segui-las para sempre, mas confiaria nelas enquanto não lhe enganassem.

– Só precisamos passar o território do Verme-Dragão. Depois disso, agirei sozinho e os deixarei no norte do arquipélago para que vocês sigam sozinhos a Ellia.

O que Jin falou confortou os garotos. Mesmo que o distintivo da equipe não tivesse muito significado após a morte de Lothos, já que ela não lhes passava mais missões, Arme o concedeu sabendo que a própria comandante a instigou a tal em suas palavras explicando sobre a magia de cópia tempos antes.

– Agora conte-nos, Jin, como é ser um cavaleiro de Prata, ter tamanha importância? Garanto que sua história é empolgante. Fale sobre ela!

Jin jamais contaria suas frustrações do passado, mas o pedido de Ryan o fez lembrar do quão vergonhoso ele fora.

***

Pequetucho como só ele, Jin era uma criança muito esperta. Cansado do orfanato em que vivia desde seu primeiro dia de vida, sabia que em breve fugiria dali. O que não sabia é que ao fugir se meteria numa zona de batalha.

– Está tudo bem. Eu o protegi. – falou o homem que meteu-se em sua frente. – fuja, por favor, garoto.

Jin sabia. Aquele seria seu pai a partir de agora.

***

Jin cresceu. Treinado por aquele gentil homem que não gostaria de ver uma criança daquelas envolvida com os cavaleiros de Prata, acabou se tornando um. Esse nome envolvia poder. Logo, passaria a ser muito reconhecido.

– Vamos só repassar seus movimentos, antes que “comece”.


Jin sabia que a luta que começaria seria muito difícil e então repassou seus movimentos. Agora era digno de ser tratado como um dos cavaleiros de Prata!

No dia seguinte, foi feito um churrasco (eita, cada churrasco que a equipe fazia para comemorar resultados de trabalho! Era quase uma tradição para aquelas pessoas!). “Fiquei sabendo de sua participação, Jin. Você realmente é um dos nossos!”, as pessoas o falavam.

Victor era o único cavaleiro que se mantinha indiferente.

– Dessa vez confiaremos tudo a você. – o Mestre de Jin falou. Como um dos mais fortes cavaleiros de Prata, era estranho Azin Tairin confiar algo daquela importância ao Victor. Jin aceitou apenas mais tarde, quando seu mestre Azin lhe explicou que Victor era aquele que o superava.

“E por que não posso 'me meter' na próxima luta, mestre?”. A indagação não foi respondida, mas ele obviamente taxava Jin de criança. Jin não poderia aceitar.

***

Mais dias se passaram e era agora. Jin, assim como fez quando abandonou o orfanato, faria uma jogada de risco, estaria abandonado à sorte.

Não sabia o que fazer, nem para onde olhar. Era fogo, morte e maldade em cada canto que via. Seus companheiros caíam. Não foi diferente com seu mestre.

– Azin. – gritou Jin, tentando socorrê-lo indo agachado para não ser atingido pelos ataques, dos adultos, que passavam acima de sua cabeça.

Jin começou a choramingar. Não era lá alguém que costumava fazer isso, mas este era um momento que não podia se controlar.

– Uma criança? – falou o homem impetuoso que o olhava de cima. Atacou Jin.

Jin não concentrava sua visão em quem lhe atacou, antes de desmaiar. Não, olhava além, onde havia muito fogo em volta de um homem musculoso de expressão maléfica.

Quem era aquele? E caiu.

– Está tudo bem? Você me deu um tremendo susto. – ouviu, acordando.

Quem lhe questionava a respeito das dores era uma garotinha, certamente tão nova quanto ele (que na época ainda tinha seus oito ou nove anos).

“Eu nem me importo, mas... A verdade é que ela me salvou. Como devo reagir?”, encarou a situação. Não foi cem porcento natural, mas resolveu que era adequado fazer aquilo.

Assim que a garota de cabelinhos rosas puxou sua mão para levantá-lo, ele decidiu falar:

– Muito obrigado. – e abraçou, ainda chorando.

Jin não costumava ser estabanado, mas sabe-se lá qual foi o sentimento que o fez perder sua razão. Ele nem notou, mas, antes que tirasse a garotinha de seus braços, tropeçou em algo. Deslizando, caiu.

Acordou novamente já nas costas da garotinha, que o segurava com esforço. Queria agradecer novamente a ajuda dela, mas antes de qualquer coisa soltou:

– Eu sou Jin, um cavaleiro de Prata! – e riu sem jeito. Não sabia afinal qual foi exatamente o destino da equipe.

Notando muitos cadáveres que receberam o mesmo tratamento da garotinha patricinha de cabelos rosas, com esparadrapos e outros tratamentos básicos, Jin sabia que Azin Tairin e Victor não estavam no seu campo de visão, quando contemplou a equipe derrotada enquanto abraçava mais cedo aquela que o ajudou.

– Eu sou Amy, uma dançarina de Xênia.

– Xênia? – Jin indagou, ouvindo parte da história de Amy em seguida.

Ele deveria esboçar reações, fingindo estar interessado na história. Mas nesse fingimento todo, chegou um momento que ele começou a realmente se interessar. Entretanto, sua equipe deveria ser prioridade. Qual o rumo dela?

– …E então encontrei todos os cavaleiros de Prata mortos, exceto você. – disse.

Jin não podia aceitar. De fato já ouviu a explicação de Azin sobre o corpo do próprio e de Victor terem poderes fortes o bastante para serem raptados após a morte, à procura de significados para tal força através de análise corpórea, talvez uma necrópsia.

“Até o mestre morreu. De certa forma, sinto sob meus punhos a responsabilidade de proteger a Terra de Prata”, refletiu. Enfim Amy voltou a falar:

– Então é aqui que nos separamos.

– Nos separamos? – Jin assustou-se. – Eu pensei que estaríamos juntos para sempre.

– Estaremos, se estiver disposto a achar uma maneira de chegar em Xênia o mais rápido possível. – Amy lhe falou, sem muita calma. Estava triste porque falava há tempos que se separariam ali, e tudo indica que Jin não lhe escutou.

Com tamanha tristeza em evidência, Jin tomava o caminho contrário de Amy agora.

– Ei, espera. – falou Amy. – Se bastar, eu digo-lhe algo que me disseram. Não sei o real significado, mas se você ama a Amy, ela estará sim para sempre com você. Em um lugar insondável.

Se separaram agora, sob últimas palavras. Amy mexeu com seu emocional, mas ele ainda não sabia interpretar as palavras de Amy. “Estar para sempre comigo, em um lugar insondável?”.

De qualquer forma, a determinação que morreu com seu mestre renasceu com a aparição de Amy. Não poderia desistir de qualquer fardo seu!

***

De volta ao presente, Jin cresceu. Cresceu muito. Fazia pouco tempo que tudo lhe fazia sentido. O fim dos cavaleiros de prata, o paradeiro do homem musculoso em volta de muitas chamas e também as palavras de Amy. A acrescentar, agora conhecia a Grand Chase. Arme o intrigava. Parecia ter exatamente a mesma relação com ele, que Amy tinha. Ele também caiu nos braços dela, como Arme caiu nos seus. Ele também agradeceu por salvá-lo, como Arme o agradeceu. Todas essas coincidências... Seria o destino agindo?



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