Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 21
Capítulo 19 - A Fada das Trevas


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo comemora 2 meses da fic! Isso mesmo, dois meses na ativa. Espero não perder o foco e o ritmo. Obrigado àqueles que continuam acompanhando!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/224183/chapter/21

– Que bom, ele está melhor. – falou Elesis, que cuidava da criatura pisoteada pelo Ente desde o dia anterior. Era uma espécie de cogumelo que estranhamente conseguia se mover, mas através de pulos por não possuir pés.

– Que nome daremos a ele? – Ryan envolveu-se. Já por possuir o Texugo, mostrava-se muito apegado aos animais e monstros mais dóceis.

Elesis apenas pensava. Realmente não tinha ideia do nome que colocaria.

– Ei, não se lembram? – Lire ficava séria. – Ruínas de Pratas... Um evento irá acontecer... Foi o que Krako nos falou!

Era ali mesmo. Também era essa razão de o Ente tê-los protegido.

– Uma gigante cidade destruída. Parece ainda pior que a Cidade Abandonada! – Elesis comparava. – Gigante assim, como saberemos em que parte o tal evento acontecerá?

– Talvez aquilo responda à sua pergunta. – Arme indicou.

Um feixe de luz, semelhante ao de um holofote, descia dos céus. Era único. Um único sinal de luz rodeado por muita escuridão, a escuridão própria do local. As nuvens escuras, agora sem o peculiar brilho notado por Ryan um dia antes, davam a impressão de que a chuva se concentrava. Assim que estivesse totalmente amontoada, a chuva se dissiparia com toda sua força.

Corriam em direção à luz. Deviam estar se sentindo bem uma vez próxima da luz, longe das trevas. Mas nem toda luz é verdadeira. Existem as luzes artificiais. Aquelas que puxam as pessoas para perto, enganam com a bondade aparente, e insere assim que próxima o suficiente seu verdadeiro lado: insere trevas. Maldades que consomem o próprio corpo.

– Não é Jin. Isso é... – Arme tremeu. Não conhecia a fada que via à sua frente, mas a luz dela era carregada de trevas disfarçadas. Seu sorriso maléfico deixava claro o que deviam esperar de quem encontraram ali.

"Isso é como um sentimento. Não é tão diferente de uma crise epiléptica”, Arme sabia. “Uma grande falsidade... Uma magia das trevas poderosa. Eu preciso fazer isso”.

Repentinamente, apontou seu cetro aos três amigos que sumiram sem explicação.

***

– Onde estou? – Elesis reclamou. – Alguém me tire daqui!

Aquele lugar quente, brilhante e aconchegante era como o vácuo. Por mais que respirasse, andasse normalmente, era tudo branco. Caminhava no nada. Olhava o nada. Sentia o nada encostar em si.

– Droga. Que maldita coisa esquisita é essa? Me tirem daqui!

***

Arme estava sozinha com a fada que deveria derrotar. Sabendo que a fada também era uma ótima maga, nada melhor do que uma luta 100% mágica.

– Então você é quem tentou tomar posse do corpo de Paprion. Igualmente especializada em drenar força vital?

A fada a parabenizou. Arme acertou ambos os palpites.

– No entanto não sou tão forte, para querer fazer tudo por conta própria. Meu corpo é apenas um intermediário entre aqueles que estão prestes a serem controlados ou mortos e aqueles que estão no controle. Sou um mero fantoche. Alguém está me controlando com suas próprias mãos.

– E você mesma aceita? – Arme tentava alertá-la do quão estúpida parecia.

– Sempre foi minha vontade. Como força de vontade não nos ajuda como ajuda o poder, eu escolhi ser controlada. Minha ridícula força de vontade somada àqueles que têm o verdadeiro poder. Essa sou eu. A próxima Rainha da Terra de Prata! Hahahaha.

Risada maléfica. Expressão assustadora. Não era alguém que batia bem da cabeça, assegurava!

– Chupa essa. – Arme baixou o nível, sabendo que lidava com alguém igualmente baixa em seus atos. – Meteoros!

Não eram muitos os meteoros que caíam. Mas continuavam pequenos, nunca seriam comparáveis aos daqueles magos que a ajudavam a lutar contra Canaban, a primeira vez que inimizou-se com Elesis.

A fada desapareceu quando os meteoritos chocaram-se com o chão causando o estrondo de sempre.

– Estou aqui. – falou a fada, fazendo Arme pular de susto, arregalar os olhos e em seguida ser atingida por um soco que veio da ponta de seu curto braço.

Não deslizou por metros no chão, como seria caso Elesis o tivesse feito. Mesmo assim, aquele soquinho foi suficiente para derrubá-la. A fada já dava as costas, pronta para reunir mais magia com aquele brilho que atravessava os céus.

– Eu ainda estou de pé. – Arme provocou ao levantar.

– Por que, humana, imploras pela morte? – indagou-lhe a fada.

– Por que minha força de vontade é maior do que qualquer poder que haja por aí. Não posso duvidar dela, ou vou me perder para sempre! – já apontava seu cetro. A fada foi mais rápida.

Ela pegou leve de propósito, invocou apenas um meteoro. Este, no entanto, era infinitamente maior que o de Arme.

“Ele cobre o céu”, Arme viu. Estava surpresa, incrédula e começando a ter sua força de vontade abalada.

Barreira! Barreira! Barreira! – Arme gritava sem pausas, tentando criar o maior número delas para se proteger do gigante meteoro. Parecia inútil.

Sobre dezenas e dezenas de barreiras, o meteoro azul caía, quebrando-as sem muito esforço. Logo Arme seria atingida.

Elesis falou para Arme, há muito tempo, que sentiu a morte chegar. Sabia que morreria pelas mãos de Wendy, no momento que as duas amigas a salvaram. No entanto, não aconteceu.

No caso de Arme, agora, tudo era diferente. Arme prendeu seus três amigos em uma outra dimensão para que não fizessem parte da batalha e agora nenhum deles retornaria. Estaria morta no próximo segundo, ou antes disso. Afinal, o meteoro praticamente a encostou.

O segundo mais demorado da vida de Arme. Ela sentia-se mal por prender seus amigos para sempre em outra dimensão. Sentia-se mal por não ser forte o suficiente para protegê-los. Sentia-se pior ainda por não ser capaz de superar sua dificuldade como Lire havia superado no calabouço de Gorgos. Sentia-se mal, sobretudo por não confiar a batalha de ódio que travava com a fada a eles.

“Uma magia de armazenamento em suma é ativado ao necessitarmos de um amigo. Sob toda essa tensão do momento, enfim sei porque eles não voltaram. O poder avassalador dessa fada ridícula superou minha força de vontade. Não sobrou uma mínima vontade para acreditar nos meus amigos. Pereci, chegou a hora de pagar com minha vida”.

Estas seriam as últimas palavras de Arme, a maga violeta de Grand Chase. Ela caiu então sem forças. O meteoro, por mais enfraquecido que estivesse ao cruzar o caminho com tantas barreiras mágicas, a atingiu. Ela estava caída, sentindo aquilo que jurava ser o último momento de consciência, e talvez reflexão. O que afinal foi sua vida?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Grand Chase Heroes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.