Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 2
Capítulo 1 - Serdin e Canaban


Notas iniciais do capítulo

Sinopse da temporada 1, "Reunindo": Elesis Sieghart enfim encontra-se pronta para contornar seu passado obscuro. Ela se vê contida na guerra entre Canaban e Serdin procurando pelo seu pai, quando um boato sobre a formação de um grupo se espalha. Diante do boato, a garota não permanece parada. Procurando pelo grupo, uma série de confusões começa a aparecer em sua vida, compensadas as confusões pelos sentimentos que são despertados. Sim, Elesis finalmente entendeu o que é amizade, graças a seus três novos amigos, Arme, Lire e Ryan.



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Phil chorava. Sim, Elesis aproveitava estar completando seus dezesseis anos para fugir o mais rápido que pudesse de Canaban. Lutasse com quantos inimigos tivesse que lutar, uma coisa era óbvia: acharia naquela guerra a resposta do que aconteceu dez anos antes. Onde estava, afinal, seu pai?

“Estou determinada a encontrá-lo”, foram as últimas palavras que Elesis diria enquanto esteve naquela mesma casa onde sempre morou. Finalmente Elesis notou que mais alguém estava ali. Phil ainda não cessou seu choro.

O que faz aqui? indagou Elesis.

Eu já não posso mais impedi-la, então eu gostaria de enfim cumprir minha promessa com Elscud. Pegue.

Elesis pegou uma gigante caixa, indagando o que era. Phil respondeu, surpreendendo Elesis, e saiu o mais triste possível.

Seria difícil carregar uma gigante caixa por aí, mas Elesis daria conta disso de alguma forma. Já era hora. Partiu silenciosamente, abandonando o mesmo alegre reino de sempre, para se juntar aos cavaleiros, tanto os oficiais como os anônimos, reforçando o que mantinha aquela nobre paz na área.

***

Estava cansada. Aquele peso era realmente desgastante. Recostou-se à árvore, sentou para descansar, bebeu um gole de água e fechou seus olhos. Uma voz imediatamente brotou do além: “O campo de batalha está muito próximo. Você não devia estar descansando”.

Elesis entendeu que era um alerta, e que a pessoa tinha bom coração. Mas estava cansada de verdade de ouvir aquela voz. Desde a morte de seu pai, aquela sombra a aterrorizava com suas vozes e avisos de repente, e assim que alguém aparecia, a sombra desaparecia. Mais do que uma única vez, Elesis foi tida como louca por situações em que aparentemente falava sozinha.

Eu sei me virar sem sua ajuda, sua sombra maldita. falou Elesis. Estava em uma pose de extrema coragem. Se levantava.

***

Era de conhecimento geral que os guerreiros de Serdin avançavam o mais rápido que podiam em direção à Canaban esperando exterminar o reino para obter a vitória na guerra. Contudo, o grande problema para os guerreiros de Canaban foram os magos. Além de serem uma grande parcela dos inimigos, eles tinham vantagens em todos os aspectos sobre cavaleiros, que eram maioria dentre os guerreiros de Canaban.

Em todo esse papo de avançar, os magos de Serdin já se encontravam perto o suficiente de Canaban para invadir a vilela na qual Elesis entraria agora. A vilela fornecia suprimentos bélicos para Canaban, e Serdin estava pronto para dar um basta na situação e em seguida partir de imediato ao reino inimigo. Contudo, a situação estava tensa e os cavaleiros vermelhos se mantinham em pé.

Elesis estava pronta para tomar parte de tudo. Já com sua gigante caixa mantida sobre as costas presa a muitas cordas que envolviam seu corpo, desceu a encosta. Passou pelo portão principal de entrada onde muitos corpos já jaziam, e deixou a espada apontada para um eventual choque de forças.

Era muito pior do que Elesis imaginou. Ao invés de receber um ataque e então contra-atacar, a imagem que se formou foi de uma quantidade enorme de cavaleiros, caindo sob tentativa de avançar, e aqueles que estavam mais à frente tentavam quebrar uma gigante barreira mágica. O grupo de magos atrás da barreira, no entanto, permanecia praticamente completo.

A cidade tinha cinzas e fumaça que indicavam ter sido queimada completamente, mas nenhuma casa ou prédio, mesmo que parcialmente destruído, fazia parte do cenário atual. Era exatamente como um campo de batalha aberto, e parte do terreno foi magicamente levantado para que, antes de quebrarem a barreira mágica, os cavaleiros ainda tivessem o trabalho de subir num grande levantamento que fazia noventa graus com o solo – tudo parecia tão difícil.

Elesis estava inconformada. Correu tanto, tanto, e logo se juntou aos seus companheiros de Canaban. Foi então que ela percebeu que não era uma brincadeira, que ela não iria matar terríveis magos em um simples balançar de espadas. Ela era somente mais uma. Uma no meio de tantos, lutando para fornecer melhores condições àqueles que permanecerem em pé. Mesmo que morresse, mesmo que não encontrasse seu pai, ela seria uma verdadeira guerreira de Canaban.

No clímax do desespero, recebeu um empurrão e olhou para trás. Seu companheiro foi atingido por uma flecha no peito, e a flecha atingiria ela se não fosse ajudada. Isso chamou a atenção de tal forma que Elesis não só reparou se ele estava bem, mas também checou o céu. Choviam flechas.

“Então os elfos estão metidos nisso, também”, concluiu Elesis, notando que as flechas eram capazes de atravessar a barreira mágica, assim como as bolas de fogo dos magos.

– Vai, vai, vai! – gritava quem ajudou Elesis.

Aquele guerreiro anônimo se mantinha em pé, como Elesis, e agora uma minoria. Notava-se que dali de onde estavam, pouquíssimos passavam.

– Eles acabaram as preparações! – gritava aquele que estava mais à frente, já escalando o terreno levantado.

Foi tudo em um segundo. Meteoros e mais meteoros começaram a cair, e aqueles que acompanhavam Elesis, assim como aquele único que escalava o terreno, caíram. Apenas alguns guerreiros permaneciam em pé muito atrás, avançando já sob efeito do medo.

“Ótimo, ninguém notou que eu escapei dos meteoros”, pensou Elesis. Colocou sua espada na parede de terra e saltou para cima da espada apoiando-se. Repetiu o procedimento várias vezes, enquanto seus últimos aliados eram derrotados.

– A terceira leva de inimigos foi detida com sucesso. – falou aquele que parecia ser quem dava as ordens aos magos. – Boatos dizem que há mais um grupo se preparando, mantenham-se em posição!

Elesis aproveitou a situação. Estava muito próxima de atingir a altura em que seus inimigos se encontravam, e se agarrou a uma rachadura onde cabia, muito desconfortavelmente, seu pé. Tirou a espada para si, cuidando para não cair já que o apoio para o pé era tão pequeno. Com a espada, esticou seus braços e atacou na altura em que começava a barreira mágica.

Cada ataque da barreira produzia um som e um brilho em seu visual, para sinalizar que estava sendo atacado. Por volta do vigésimo ataque – onde os arqueiros já preparavam para acertar Elesis calculando ângulos – a barreira cedeu, e transformou-se numa enorme quantidade de flocos de gelo.

Elesis pulou e chegou ao terreno inimigo.

– Soltem os Gorgos! – gritou alguém lá de trás.

Muitos dragões roxos de caras achatadas e rabos balançantes começaram a voar. Eles iam de encontro ao novo grupo de cavaleiros de Canaban que chegava, e o grupo avançava bem mais rápido ainda que tivessem que lidar com os Gorgos.


“Se quebrássemos a barreira juntos acima da terra elevada, seríamos todos congelados”, notou Elesis, julgando pelo tal líder dos magos (que estava próximo o suficiente de onde esteve a barreira) ter sido congelado ao fim da queda dos flocos de gelo. Ele era o único que permanecia na área riscada em branco, que foi o lugar onde os flocos caíram.

Elesis quebrou o cilindro de gelo com o corpo do mago, partindo em dois, tanto o gelo como o corpo. Os magos reagiram olhando com muito medo.

Os aliados de Elesis já estavam subindo, e os magos deixaram seus medos de lado para agora atacar a única cavaleira em pé.

Uma chuva de bolas de fogo, assim como três Gorgos atacando corporalmente com suas garras e presas draconianas, foram os primeiros problemas de Elesis, que foi desviando e atacando conforme passava pelos inimigos, e se juntava aos amigos. Os arqueiros, que estavam atrás de uma segunda barreira mágica, focavam no longo alcance – ou seja, em quem estava abaixo do terreno mágico.

Agora que, pela frente, por trás e por ambos os lados davam suporte à Elesis, ela se locomoveu diretamente ao único mago que tinha seu cajado fincado ao solo. Como imaginava, assim que separado do cajado, o terreno baixou.

Todíssimos os aliados atacavam os magos, graças à ajuda que Elesis deu àqueles que avançavam.

Elesis atacou um escudo-mágico, retirando-o; desviou do golpe de um Gorgos, cortou a cabeça do mesmo; e assim que outro Gorgos a atacou, ela segurou-o pela cauda pronta para girar e arremessá-lo. Contudo, o dragão era mais pesado do que imaginava. A se somar com o peso que se encontrava em suas costas, Elesis quase caiu cansada por segurar grandes cargas.

Incomodado com a tentativa de ataque de Elesis no mais vulnerável ponto de seu corpo, o Gorgos a levantou com a própria cauda, e Elesis correu no ar fugindo de um eventual atrito com o chão: caiu, então, nas costas do próprio Gorgos. Logo reparou que sua pele roxa não era nobre como de outros dragões. Era fácil de se rasgar. Fincou a espada, e obrigou-o: “Voe”.

O Gorgos alçou voo com Elesis sobre suas costas e começou a queimar o que visse pela frente. Cada vez que desobedecia sua cavaleira domadora, o Gorgos tinha a espada fincada um pouco mais fundo, punição com intuito de controlá-lo por completo.

Checando constantemente a situação lá em baixo, Elesis viu que conforme o tempo passava, os cavaleiros melhoravam suas vantagens e estranhamente agora havia flechas sendo disparadas para ambos os lados. Cada vez mais magos cediam. Contudo, dois deles vinham controlando Gorgos atrás.

Uma perseguição aérea começaria, e o Gorgos controlado por Elesis estava claramente do lado inimigo. Assim que os Gorgos se alinharam, um ao lado do outro, Elesis ficou em pé e esticou-se para atacar o mago, que caiu com seu dragão.

O mago que chegava do outro lado alinhado fugiu da atual posição, e começou a atacar de longe. Bolas de fogo e projéteis mágicos de cor roxa foram atirados em grande frequência. Elesis tinha certeza que era a única forma, e então retirou sua espada da pele do Gorgos. Atirou-o e acertou no ar sua espada no mago. Agora ele também caiu.

Elesis não tinha mais como manter Gorgos sob seu controle, já que não poderia oferecer nenhum tipo de tortura, então a criatura sentiu-se livre para ir aonde quisesse. Voou durante um longo tempo até achar um lago para saciar sua sede.

Elesis bebeu água também assim que saiu da montaria, e agora eles se separaram. Após dormir na mais confortável árvore que encontrou naqueles campos, rumaria à cidade mais próxima, pronta para investigar sobre seu pai e outros campos de batalha daquela guerra sem sentido.


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Notas finais do capítulo

(Desculpem o péssimo trabalho com a imagem, foi o melhor que pude fazer, considerando as poucas imagens do jogo - season 1 - que têm na minha pasta do jogo, e também minha inexperiência em edições de imagem >.<)



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