Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 19
Capítulo 17 - O Lago Seco


Notas iniciais do capítulo

Grand Chase começa a descobrir a Terra de Prata, chegando em terra firme.



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Elesis tentaria reconstruir o navio... Se ele não estivesse tão estragado e agora afundado. O que deveriam fazer agora?

– Não acho tão ruim a ideia de seguirmos a correnteza da única entrada do mar no continente. – palpitou a arqueira, incerta. Assim fizeram.

– Estão reparando que a água aqui já está... doce? – estranhou.

– Isso parece um rio. Até o gosto da água mudou. Foi feito por magia? – Ryan quis saber.

– Se for, é uma das grandes. – Arme respondeu. – Afinal, nem mesmo eu consigo detectar potencial mágico nessas águas. Mas de fato, é curioso.

– Vamos em frente. – Elesis apressava.

Nenhum problema ali. Era um tremendo alívio saber que não estavam sob ataques planejados de Cazeaje, como em Vermécia. No entanto, o lugar não era tão pacífico quanto parecia, julgando pelo o que ocorreu com Paprion, minutos atrás.

– “Força superior”, Paprion falou ao mencionarmos Cazeaje. O que pode superá-la? Algo não está certo. – disse Arme.

– Como diabos viemos parar na tal “Terra de Prata” se íamos para Ellia? – Elesis perguntou. Tava curiosa desde a luta com Paprion.

– A Terra de prata fica ao leste e Ellia ao nordeste de Vermécia. Desde o começo preparamos tudo para ir diretamente ao nordeste. Se nos enganaram, alguém nos pôs sob efeito de magia ilusória. – Arme teorizou. – Ilusão forte o bastante para enganar nossas bússolas e nosso discernimento simultaneamente!

Elesis fazia cara de surpresa. Mesmo estando acostumada aos enganos que magos a submetiam desde o começo da jornada, aquilo soava como uma magia de alto nível! Cazeaje as seguiu até ali, após a morte de Comandante Lothos?

– Se estamos na Terra de Prata, devemos estar ao seu oeste. – Ryan lembrou às companheiras. – Isso significa que nosso objetivo é o norte, por onde teremos a mais curta rota marítima até Ellia, não? Mesmo assim, a viagem tomará aproximado um mês de viagem, se tudo estiver certo.

– O norte não é o único objetivo. – Lire reclamou. Não deviam apenas pensar em Ellia quando algo de proporção catastrófica também parecia acontecer ali! – Jin. Paprion pediu para que achássemos um tal de Jin!

– Jin, não é? – Ryan pensou. – Acho melhor tirar o cavalinho da chuva, Lire. Há milhares de “Jins” por aí. Mesmo sendo um arquipélago, a Terra de Prata não é tão pequena.

– Se realmente não achamos um humano até agora, também não vai ser tão difícil achá-lo.

Arme tinha razão, pensaram. Até agora, mesmo que não tivessem passado por cidade alguma, nenhum humano foi visto. Seria aquilo um sinal de que poucos restaram? Ou Jin seria o último sobrevivente?

O lugar que parecia pacífico e totalmente livre de guerras agora era um medo maior que a própria Vermécia.

– Por aqui! – Elesis indicou quando o rio se dividia em dois.

Agora não estavam mais em um rio. Aquilo... Bem, parecia um lago!

– Gr! – gritava o bichano que se levantou repentinamente, emergindo da água.

– Só pode ser brincadeira! Este é maior que Paprion! – Elesis resmungou.

– Paprion? – gritava a rude e grave voz do caranguejo gigante. – Se foram vocês que o derrotaram, preparem-se para sentir minha ira!

Ryan notava as nuvens brilhosas do céu sumindo. Aquilo significava que a noite estaria começando?

– Olhe a frente, Ryan. – gritou Elesis. Ryan defendeu-se com um ataque: o gigante punho de caranguejo do inimigo chocou-se com o machado, que apontado e pressionado para arrastar o grandalhão acabou protegendo a si próprio, ainda que a intenção fosse o ataque.

– Paprion pode ter sido enganado, mas eu sou Krako, o mais poderoso monstro deste arquipélago inteiro! – gabou-se. – Não cometerei o mesmo erro do meu colega!

Colega? Ele teria alguma ligação com Paprion?

Enquanto outra pinça atacava uma das companheiras, Elesis aproveitava a chance de avançar. Ambas suas pinças estavam ocupadas em ataques! Usaria sua espada-de-fogo.

Krako estava de olho em todos. Percebia as intenções de Elesis e mais do que sabiamente mudava sua estratégia. Avançava ao outro canto de seu lago numa série de ataques corporais que não atingiram a ninguém, mas abriu caminho para ele se locomover.

– É isso! – Arme falou, lembrando de alguns meses atrás. – Chama do Gorgos!

Criando essa magia o mesmo Gorgos Vermelho do calabouço apareceu temporariamente atirando suas chamas e se mantendo na superfície da água com esforço, já que não estava voando.

Lire e Elesis acharam estranho Arme querer ficar alguns minutos com Gorgos Vermelho em seu calabouço quando falou para procurarem por Cazeaje lá, mas agora sabiam que ela estava se apropriando do inimigo para usá-lo em suas magias mais tarde.

– Inútil. – Krako ria. Começou a atirar água de sua boca fazendo o fogo virar fumaça. O jato de água era mais forte que o de fogo, logo a água avançou tanto a ponto de acertar a boca do Gorgos fazendo-o primeiro se machucar e logo em seguida desaparecer.

“Nem isso funcionou, o que faremos?”, Lire tentava descobrir. Sabia que Arme não estava machucada, mas após uma magia daquele nível não teria como lutar com todas as suas forças.

– Ryan, faça alguma coisa! – Elesis jogou a responsabilidade. Nenhum de seus poderes era forte o bastante para vencê-lo e o único ali que a vencia em quesito de força bruta era aquele elfo meio estúpido.

– Não posso virar lobo após ter virado há tão pouco tempo e meu machado não é eficiente contra alguém deste tamanho!

Elesis se irritou.

“O raio paralisante costuma durar de três a cinco segundos, menos tempo que o 'petrificar' em troca de paralisar qualquer tamanho de inimigo. Mas estou certa que nessas proporções ele não vai durar um segundo. Os meteoros virariam pedras comuns caindo do céu, diante do controle de suas águas”.

– Ai, saiam da frente. É arriscado, mas é a única alternativa. – Lire falou. Soltava seu mais novo poder, recém-criado: estrelas cadentes!

Direcionado horizontalmente, atingiram o caranguejo com toda sua potência. Estranhamente, ele continuava agindo na defensiva.

– Nem as estrelas cadentes o derrotaram. – Lire reclamou.

Krako permanecia respirando ofegantemente, em posição de descanso após ser acertado pelos brilhos que saíram do arco de Lire. Não seria capaz de se mexer ofensivamente por um tempo. Mas se ele estava tanto tempo na defensiva, estava preparando algo grande para acabar com todos de uma vez!

– Então é minha chance! – Elesis sorriu, finalmente entrando em cena como gostava de fazer, sendo ela a líder da Grand Chase.

“Er, você não é a líder, Elesis”. Arme lembrava.

Estava tudo pronto. Correndo para a borda do lago, acertou a maior das árvores que encontrou com sua espada-de-fogo. Cortando-a em dois, ela caiu sobre o corpo do Krako.

Enquanto seus amigos chegavam à borda para então prosseguir em terra firme a viagem, Krako gritava desesperado. Tentava se livrar, inutilmente, do gigante tronco que o impedia de se mover.

– Vocês realmente vão nos dizimar? – Krako reclamava. Ninguém sabe como é um caranguejo chorando, mas se fosse para dar palpite... Krako estava chorando!

– Dizimar? – Elesis perdia a paciência. – São vocês que estão tomando nosso tempo. Temos assuntos urgentes e vocês, da Terra de Prata, conseguiram nos dar mais trabalho! Se Paprion não estivesse sugando a vida de vocês... – Elesis prosseguiria quando Krako a interrompeu.

– Sugando a vida? Paprion de fato tem isso sob seu controle, mas se é assim, qual seria o motivo?

– Vocês são companheiros e ele não te contou que tentaram tomar o corpo dele? – Elesis indignou-se.

– Heh, – Krako riu, mesmo que permanecesse desconfortável daquele jeito. – Paprion é durão, jamais seria controlado!

– Nós o detemos como pediu. Agora viemos parar aqui.

– Entendo. – Krako respondeu. – nós, as criaturas defensoras da Terra de Prata, sabemos de cada pedaço de vida da Terra de Prata. Estou seguro em afirmar que vieram de outro continente?

Arme concordou e Krako prosseguiu:

– Eu jurava que vocês é quem estava desbalanceando o ciclo da vida aqui, mas se vocês me contaram isso, devo acreditar.

– Ei, não querendo interromper, mas já interrompendo... Paprion nos falou sobre um tal de Jin, você o conhece?

– Claro. Já imaginava que mesmo nessa situação ele confiaria em Jin. Nesse momento ele está rumando às ruínas de Prata, pois um evento está para acontecer lá.

Um evento? Pensavam, intrigados.

– Eu lhes daria um de meus filhotes para ajudar Jin em sua jornada, mas os caranguejos foram alguns dos poucos monstros do lago que sobreviveram em meio à seca que Paprion e seu sugar de vida forneceu. Ele com certeza puxou uma grande parte de nossa água, e todos os peixes foram mortos. Agora cabe aos caranguejos reconstruírem a vida, se restar alguma.

De fato, era estranho desde lá atrás encontrarem em diversos pontos peixes mortos boiando!

– Garotas, escutem.

Ryan olhou feio. Mais uma vez não foi percebido ou o confundiram com uma garota. Por que, afinal, as criaturas daquelas ilhas só chamavam o grupo de “garotas”? Era frustrante para ele, como homem.

– Vocês vão procurar Jin, mas têm uma tarefa ainda maior pela frente. A continuidade da vida depende de todas vocês!


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