Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 11
Capítulo 10 - A Verdade Sobre a Guerra.


Notas iniciais do capítulo

Ryan, que prometeu ajudar no próximo objetivo da Grand Chase, pergunta o que eles sabem sobre a guerra, no intuito de desmascarar o quanto fosse possível o motivo dela existir.



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– Ficando de guarda para protegê-las, permiti indiretamente aos orcs e harpias que se locomovessem. – falou Ryan, ainda deitado na floresta com seu bichinho, o Texugo. – então já sabemos que estarão à nossa espera. Assim, julgo que o mais apropriado é criarmos um planejamento. Para isso, preciso saber de cada poder que vocês todas possuem.

Elesis ficou chateada. Com ele ali, seria obrigada a fazer um plano. Perdia tanta a graça que o habitual plano tinha: “chegar atacando e ver no que é que dava”.

– Mas não se preocupem. Isso exigiria tempo, então faremos antes do almoço amanhã. – sugeriu Ryan.

– Almoço? Pensei que assim que acordássemos já estaríamos no Vale do Juramento acabando com aquele Drillmon bobalhão! – reclamou Elesis, notando mais uma coisa e finalmente reclamando: – ei, é impressão minha ou você está dando uma de líder?

– Por favor, não me interprete mal. – pediu Ryan. – considere como uma sugestão, uma sugestão de alguém que se preocupa com vocês tanto que espera criar uma batalha sem nenhum tipo de erro!

Elesis engoliu aquele papo, mas não queria que sua posição de líder fosse tomada, ainda mais agora que também não era quem mais causava dano físico dentre os membros do grupo.

– Então é isso. Acordamos, montamos uma estratégia, eu faço o almoço e partimos. – falou Ryan, checando objeções. Como Elesis era minoria, a escolha de Ryan era a que valia. Elesis sentiu-se traída pelas duas colegas que não a apioaram.

– Se quer fazer tanta coisa antes mesmo de chegarmos ao Vale do Juramento, é melhor tratar de dormir logo. – mandona como sempre, Elesis falou.

– Na verdade, – começou Ryan. – eu gostaria de manter-me atualizado. Se vocês são mesmo a Grand Chase, devem estar a par de cada detalhe da guerra. Como sou um mero peão facilmente comandado, eu sei pouco dela.

– Ahn... – começou Arme, insegura do que falar, pois iria decepcionar o elfo. Além de que ela não era tão boa no uso das palavras como a amiga arqueira que estranhamente permanecia calada – Nós sabemos que ela começou dez anos atrás, após forte influência da arquimaga Cazeaje em dois reinos (Serdin e Canaban) e a aniquilação de ambos faz parte do plano dela, que inclusive age através de monstros para expandir as batalhas para além dos dois reinos. Além disso, por trás dos panos tem pecinhas, como o Drillmon, para intervir em todos os pontos que lhe convém. Nessas intervenções, mesmo os pacíficos elfos tomaram parte no conflito.

Ryan olhou com cara de quem sabia que ela não estava errada, mas que não estava nem perto de ser uma resposta aceitável.

“Há mais de trinta anos, Cazeaje rumou a uma terra onde iria construir seu próprio império. Contudo, a força humana era seu maior anseio. Para isso, continuaria ligada a Vermécia. Desde então, criou alianças com as mais bizarras criaturas, e essas criaturas pressionaram usando da força para obrigar outros a seguirem o mesmo caminho de aliança. Logo, Cazeaje tinha controle sob boa parte da população, humana e não-humana”, principiou Ryan aquilo que seria uma longa história.

“Confiante de que seu poder retornava ao normal, mesmo após separada de seu mais valioso objeto mágico, Cazeaje agiu há dez anos. Desde então, controla aliados magicamente, com exceção de três”.

“Isso mesmo. Dentre mais de trezentas diferentes espécies de monstro comandadas, três delas tinham sua total confiança. O líder e único sobrevivente do esquadrão de Drillmons de Canaban, um monstro poderoso que por muito tempo foi usado como arma pelo reino citado. Outro, foi Gorgos Vermelho. O único Gorgos forte o suficiente para pegar essa posição privilegiada no exército de Cazeaje e, enfim, Gaicoz, aquele que detém as maiores ameaças de Cazeaje sem fraquejar jamais”.

O tom usado meteu medo. Gaicoz não parecia um monstro qualquer.

“Esses devem ser os três alvos de Grand Chase, com eventuais encontros com inimigos possuídos, uma vez que Cazeaje quer derrotá-las a qualquer custo, certo? Mas deixando isso de lado, o exército se expandiu demais até aquele momento. Dez anos atrás. Aos meus seis anos e numa tribo tão pacífica, eu não sabia de nada. Mas um único dia criou seis diferentes batalhas em seis diferentes lugares”.

“Sim, Cazeaje ordenou que a guerra fosse feita, e assim ela nasceu, numa proporção maior do que as antigas guerras de mais de quinhentos anos atrás. Em Canaban, criou-se a 'neblina da morte', o dia em que o céu roxo levantou o caos e as primeiras vítimas foram feitas”.

À menção do fato, Elesis espremeu sua mão nela própria. Reprimia ódio.

“Em Serdin, uma infestação de insetos carnívoros que devoravam a pele das pessoas e anulavam magias. Foi o modo de Cazeaje mostrar às pessoas de seu próprio reino que mesmo ela sabia o ponto fraco de cada um. Após uma breve demonstração com grandes consequências, retirou a magia dos insetos e igualmente anunciou a guerra”.

Arme desviou o olhar, como fazia quando sentia-se ruim. Estava triste, mas conformada.

“Três dos maiores aglomerados de elfos foram atacados, e um destruído. Um dos que não foi destruído tomou parte na batalha daquele dia, mas não cedeu à nenhum dos reinos envolvidos. Outro, ainda, sofreu as consequências sem procurar combate”.

“Por fim, um pequeno reino foi destruído mostrando às outras vilas o que aconteceria se recusassem a guerra”.

“Diante do poder avassalador, cada um fez suas escolhas e todos foram envolvidos, por mais que os elfos só foram provocados novamente anos mais tarde quando tiveram que enfim optar por um lado na batalha”.

“Aí, eu conto, conto, mas não tem sentido. Por que todos os lados devem ser envolvidos numa guerra dessas? Cazeaje não está jogando por nenhum dos lados, mas ela está obrigando ambos a se confrontarem! É um jogo de disputa por poder muito complexo, que vai além de simplesmente definir que reino ajudar. Não, ela espera mesmo que um acabe com o outro, mas o motivo disso ainda é vago”.

“Então, há quatro anos, morreu o rei de Canaban, aquele dito invencível. Diante disso, Elscud Sieghart foi convocado e lutou pessoalmente com Cazeaje. Diz o boato que ele conseguiu confirmar, quando escapou vivo da batalha com a rainha das trevas, que a mesma já manipulava seu rei há no mínimo cinco anos, e estava prestes a manipular a rainha se ele não a salvasse.”

Sob menção do nome de seu pai, Elesis ficou ainda mais nervosa. Para falar bem a verdade, jamais soube que seu pai se encontrou com Cazeaje oficialmente. Sob menção do sobrenome também, Arme e Lire notaram a ligação e começaram a notar também o modo que Elesis reagiu às palavras de Ryan. Era quase certo, as duas sabiam, que Elscud era o tal pai desaparecido mencionado na batalha contra o Gorgos Vermelho.

“Canaban sofreu um crise, Serdin deu a volta por cima. As batalhas continuavam intensas, agora ainda mais equilibradas, e a ligação de Cazeaje com Serdin também foi descoberta. Cada movimento que fazia não era desperdiçado, e em todos os lados ela se metia”.

"A rainha de Canaban convocou a reunião de uma nova Grand Chase, pronta para recriar a paz, e Serdin aceitou os termos. Afinal, agora que dez anos se passaram, ambos os reinos sabem que um reino não confrontou outro por vontade própria. Com todo esse tempo de guerra, ambos os reinos sabem que foram forçadas a lutarem e caíram nas garras do inimigo. Para isso, juntas mas separadas, ambas concordaram na recriação do grupo. Eis que aqui, encontro a verdadeira Grand Chase".

“Juntando cada pedacinho de informação, uma gama de possibilidades se levanta... A maior delas é que Cazeaje pretende dominar o mundo”, concluiu Ryan. “Mas não se preocupem, é só minha opinião pessoal!”

– Então essa guerra... Tem um propósito muito maior do que a atual baixa que a economia de ambos os reinos vêm sofrendo? – admirou-se Arme. Elesis não podia imaginar o que era, mas sempre soube que Cazeaje pensava além.

– Essa é uma verdade sobre a guerra, mas mesmo a mais complexa definição jamais a esclarece. Algo muito ruim está para acontecer, se ela não acabar logo! – sabia Ryan.


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Notas finais do capítulo

A imagem foi retirada do acervo da KOG' Studios e não é de minha autoria.



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