Grand Chase Heroes escrita por Extase


Capítulo 10
Capítulo 9 - O Garoto Elfo


Notas iniciais do capítulo

Procurando por Drillmon, Grand Chase é abordada. Um garoto elfo desconhecido, no entanto, intervêm! Quem será ele?



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Pouco a pouco, o nome “Grand Chase” reconquistava fama em seu novo grupo. O fato de Gorgos Vermelho ter sido derrotado ainda não caiu na boca do povo, mas a derrota da Rainha Harpia já era para todos motivo de comemoração.

Raramente as garotas cruzavam caminho com aqueles que falavam disso, mas enquanto prosseguiam viagem sempre existiam pessoas falando disso em outros cantos de Vermécia.

Muito tempo passou desde a visita ao calabouço de Gorgos e agora, assim que amanhecesse, cruzariam a extensa floresta que dava entrada ao Vale do Juramento, no qual esperavam entrar no dia seguinte.

– Se realmente quisermos cruzar a floresta em um único dia, é melhor vocês dormirem logo para acordarem cedo. – Lire falou, pressionando as amigas.

***

Com o raiar do sol, já estavam de pé. A caminhada longa seria chata, sobretudo pela falta de aventura... Ou não?

– Aqui estão as pirralhas que derrotaram o Lorde Orc e a Rainha Harpia. – rosnou um dos vários orcs que apareceram já na entrada da Floresta Élfica. As harpias também estavam ali.

– É isso aí! – alegrou-se Elesis enquanto Arme soltava um “droga!”.

A batalha que se seguiu era contra oponentes fracos e previsíveis. Contudo, dessa vez foi diferente. Além da quantidade ser muito maior – isso é, reuniram em número suficiente para poderem se vingar do que ocorreu anteriormente – os inimigos já conheciam os poderes das três, ou parte deles. Agindo defensivamente, a batalha se prolongou um monte. A tática era deixá-las exaustas e sobreviverem na maior quantidade que pudessem, para então agir ofensivamente.

***

O cansaço era tanto, que logo cairiam. Para monstros tão fracos fazerem aquilo, deviam realmente estar focando a derrota da Grand Chase acima de tudo.

Mesmo que grande parte do trajeto tivesse sido avançado, os inimigos não estavam perto de acabar e eles continuavam tão cuidadosos quanto os do começo, sem desespero mesmo agora que a batalha estava praticamente vencida.

– Não é possível derrotá-los. – reclamou Elesis, mais próxima que nunca de cair desmaiada de exaustão. – o que os elfos da floresta estão fazendo que não deram conta deles, afinal de contas?

Era Lire quem tinha reparado mais cedo a ausência deles. E na falta de ajuda, Elesis também desejava que estivessem ali.

Elesis caiu. Arme ativou seu escudo-mágico em si mesma e protegeu Elesis do próximo ataque se enfiando à frente dela. Lire foi atingida por alguém também.

Empilhadas uma a uma, cada uma sem forças por sua própria razão (ferimentos, falta de disposição ou uso excessivo de magia), as três seriam mortas no ataque seguinte.

Todíssimos os orcs que atacariam simultaneamente por todos os lados, no entanto, foram detidos ao mesmo tempo. Caíram de uma única vez muitos deles. O lobo da floresta mordia e corria acertando os outros com garras e dentes. Era incrível seu poder!

***

Sendo a primeira a abrir os olhos com os sentidos recuperados, Lire enxergava tudo brilhoso. Quem era aquele elfo divino que clareava sua visão?

Lire levantou-se e, antes que pudesse se aproximar do garoto elfo, reagiu por vergonha olhando somente as duas amigas. Cutucava-as para acordarem, ainda que não fizesse tanto efeito o cutucão, fugindo do fardo de conversar diretamente com aquele rapaz. Julgando pela calma que ele passava, não era um inimigo.

Enquanto as amigas levantavam tempos depois, o elfo que sempre esteve bem atento a tudo o que estava à frente, de braços cruzados e machado apoiado na terra, olhou para trás perguntando:

– Está tudo bem?

Agora e apenas agora Lire notou que o elfo não estava sozinho. Um estranho e simpático bichinho o acompanhava.

Com resposta positiva, Grand Chase preparava-se para mobilizar.

– Não por esse caminho! – insistiu o elfo, colocando-se de frente para as garotas tentando impedi-las. – foi pela tentativa de avançar na nossa floresta élfica que vocês, meninas, foram atacadas. Não posso permitir que isso volte a acontecer!

– Sai da frente, seu bocó! – ordenou Elesis aos resmungos. – Nós precisamos chegar ao Vale do Juramento.

– Vale do juramento? – indagou o garoto do machado. – Não há nenhuma cidade lá! Pelo contrário, Drillmon está lá! Ele é o encarregado de decidir para onde cada tropa de Cazeaje vai, basicamente a cabeça que decide que tática usar em campo de batalha, dispersando uma quantidade determinada a cada campo de batalha.

Elesis olhou desconfiada.

– Você parece saber muito sobre Drillmon, venha conosco!

Mais uma vez, apenas encarou a cavaleira, a arqueira e a maga.

– O que é que você está querendo dizer? Realmente pretende encontrar Drillmon? Se é isso... Bem... Eu mesmo deterei vocês!

– Larga de ser bobo. – falou Elesis. Estava enraivecida como não ficava há muito tempo, talvez a última vez que assim ficou foi antes de finalmente se entender com as colegas de equipe. – nós não vamos lá criar uma aliança ou bajular Drillmon. Nós vamos detê-lo.

– Também não posso permitir isso. – falou, ainda que mais tranquilo por saber que não eram pessoas “más”.

– Não está me ouvindo? Somos a Grand Chase e solicitamos passagem agora mesmo!

Ele estremeceu. A Grand Chase?

– Desculpem minhas ações. Para começar, me chamo Ryan. Sigam-me e mostrarei ambos os problemas que o povoado vem enfrentando.

No caminho, Ryan explicou tudo.

“Éramos apenas mais uma, dentre tantas florestas de elfos. No entanto, anos mais tarde nossa tribo ficou famosa pela brutalidade que seus membros adquiriam. Nossa força incomparável atraiu medo a exércitos humanos, até que houve uma tentativa de uma maga de elite juntar forças”, explicava Ryan.

Nesse momento, Lire ficava mais para trás. Para trás até de Arme, que era quem costumava demorar para alcançar as amigas, por ter passos curtos e se cansar rapidamente. Suas mãos suavam e tremiam involuntariamente. O que era aquilo?

Arme observou que algo estava errado e sinalizou: “preste atenção!” enquanto o tal Ryan contava a história.

“Os elfos não só negaram, como transformaram-se nos monstros que nos dão a tal força bruta ao mesmo tempo. Estavam todos prontos para acabar com a tal maga que tentou comprar nossa confiança. Não poderíamos concordar. Ela era muito má, uma magia negra muitíssimo poderosa fez com que saísse viva de uma batalha com todos os monstros da tribo”.

– Cazeaje! – falou Elesis. Sabia que era ela.

Ryan assentiu. Prosseguiu.

“Ao lado da floresta élfica, oito anos mais tarde, Cazeaje acabou com a floresta dos trolls. Um filhote de troll, à beira da morte, salvou a espécie da extinção fugindo para sempre da floresta que fora selada nas chamas eternas. Ninguém nunca mais poderá entrar lá”.

– E esse troll...? – perguntou Arme, sabendo que teria algo a ver com os objetivos de Ryan.

“Exato. Ele teria que arrumar um lugar para viver. Tamanha força foi usada contra meu povoado e mesmo nós não poderíamos pará-lo no atual estado, enfraquecido, causado pela guerra na qual jurávamos que nunca iríamos fazer parte.”

“Troll nos forçou recuar. Alguns ficaram para permitir passagem de outros. Aqueles que ficaram morreram, e os que saíram procuraram permissão com o Reino de Ian para moradia temporária”.

“O Reino negou. Uma briga pacífica, apenas diplomática começou. Sob fortes obrigações que concediam privilégios ao Reino de Ian, sobretudo privilégios econômicos, aceitamos as cláusulas. Desde lá, eu fugi para cá pronto para derrotar o Troll, mas nunca consegui crer que o derrotaria sozinho”.

“Chegando aqui me assusto com a grande quantidade de orcs e harpias. Estes me disseram para liberar o caminho, que rumariam ao Vale do Juramento para ajudar Drillmon na eventual luta contra Grand Chase. Sob fardo de proteger a floresta, antes mesmo de encontrar o Troll que criou todo o problema, eu jurei deter os orcs e as harpias.”

“Após três dias de combate e eventuais pausas criadas pela minha estratégia de fuga, a qual repetidamente eles caíram, eu encontrei vocês”.

– Três dias... Lutando com eles? – indagou Lire, assustada com o potencial de Ryan.

Ryan não foi claro, mas obviamente teve uma grande estratégia. Ainda que fosse natural ter muita disposição sendo da tribo dele, ele não era o mais disposto guerreiro dentre todos seus conhecidos. Ele tinha muita estratégia e tempo, o que o fez chegar até ali. Aparentava estar cansado, sim, mas não parecia estar prestes a ceder como as três companheiras de batalha.

“Alguns ainda falam que toda a tragédia do troll aconteceu de um jeito muito diferente. É possível que Cazeaje esteja obrigando cada espécie a se meter na área da outra espécie, criando batalhas internas que de alguma forma têm conexão com as batalhas principais, de Serdin e Canaban. Eu, pessoalmente, acredito que a floresta dos trolls realmente foi destruída e o sobrevivente foi obrigado a procurar uma nova moradia”, finalizou Ryan.

As árvores ao redor estavam arrancadas. Havia apenas indícios de que antes haviam árvores porque as raízes permaneciam intactas, mas todo o resto foi retirado.

“Ah, sim, o troll é uma grande árvore, metade animal, metade vegetal, capaz de esmagar qualquer humano e matá-lo assim, então é vital que escapemos de todos os ataques. Seu alimento básico é constituído de outras árvores, por isso muitos dos trolls comem seus próprios filhos. Há um significado nisso tudo, mas não me convém falar disso”.

– Então como os árvores começaram a desaparecer... devemos nos considerar próximos dele? – indagou Elesis. Nem foi preciso palavras para concordar: Ryan já estava sob forma de lobo, o que indicava que a batalha estava sim próxima de acontecer.

Ainda agora, o bichinho de estimação acompanhava Ryan. Era um texugo, sem dúvidas!

***

A demora valeu a pena. Presenciavam pela primeira vez um troll. Com suas pernas curtas e grossas, gigante barriga de madeira (repleta de líquens!) e braços rechonchudos de pau, duros e espessos, o troll trocava olhares com seus quatro inimigos intimando que se retirassem... Ou ele iria apelar ao uso da força.

– Usar a força? quando se trata disso, ninguém consegue me vencer, seu cara-de-pau! – Elesis soltou a já esperada provocação.

Elesis percebeu que estava errada. Ryan, o lobo, atirava-se por completo ao monstro que deveriam vencer. Cada ataque, uma nova surpresa. Ninguém na Grand Chase era tão forte quanto ele.

“Ele está se achando demais”, pensou Elesis, mandando em suas companheiras: “Vamos, precisamos lutar juntos”.

Sob a pressão de não serem tão boas quanto um mero elfo, Grand Chase se via obrigada a tomar a melhor atitude possível. Antes que usassem seus poderes mais fortes, no entanto, a tentativa de avanço é que contava. A defesa do troll era fechada demais para abrir oportunidades.

Lire atirava suas rajadas de flecha o mais rápido que podia. O troll não gostou nada daquilo. Virando, esticava sua grande mão prestes a acertá-la.

Elesis deslizava pelo outro lado para atingir o troll, mais uma vez por trás. Sua espadada também devia causar algum tipo de dor ao troll, que estava dividido nas possibilidades de quem atacar. Arme atirava ainda pequenos projéteis horizontais de raio, causando dormência em uma pequeníssima parte, que era onde o ataque alcançava, do corpo do bicho.

Arme foi atacada. Defendeu-se, mas agora estava relativamente distanciada de quem devia matar. Lire desviou no último segundo e não foi acertada no ataque de dois passos. Pulou para trás para também manter distância. Arme, contrariando, voltava a chegar perto.

Usando da velocidade que podia usufruir excepcionalmente naquele modo de lobo, Ryan chamou a atenção e desapareceu do campo de visão do troll. Atacou por trás chamando a atenção novamente, sumindo e atacando. Repetia sucessivamente confundindo o inimigo. Nenhum deles parou de atacar. Sob constante ação, derrotaram o troll.

– Isso é só o começo. – falou Ryan. – Ainda temos que derrotar Drillmon.

– O que? Temos? – indagou Elesis, estranhando o uso da primeira pessoa do plural.

Ryan não falava muito. Parecia estar guardando palavras para usá-las em seu momento de descanço.

– Vou mostrar o fim da floresta. Amanhã eu irei com vocês ao Vale do Juramento.


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Notas finais do capítulo

Yo! Não gostou? Gostou, mas notou algo de errado? Comente! Estou aqui para ouvir e melhorar, me adaptar ao interesse dos leitores, desde que não fuja muito da minha proposta original! :)
[imagem com problema readicionada]



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