A Princesa E O Alienígena escrita por Beto El


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá, de volta com um novo capítulo.
Explicaçõezinhas prévias:
- Tropa Sinestro é a antítese da Tropa dos Lanternas Verdes. Seus anéis são amarelos e tipo, o sentimento que os move é o medo. Não são muito gente boa... O dos Lanternas Verdes é a força de vontade, eles agem como policiais espaciais, OK?
- O Sinestro é o principal inimigo do Lanterna Verde, ele é o líder dessa tropa. Nos quadrinhos, o Sinestro já foi um LV, mas se rebelou e depois de um monte de tretas ele criou essa tropa. Nada disso interessa aqui, o que interessa é que ele veio para a Terra atrás de um anel de um LV.
Bom, acho que é só.
Aproveitem a leitura!



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POV Diana

Estou no laboratório onde trabalham as amazonas mais ligadas a Hefesto, o deus da tecnologia e do fogo. Aqui, elas desenvolvem aparelhos fantásticos, que conseguiram até mesmo surpreender a Steve Trevor, dito homem moderno.

Nossa General Phillippus me conduz até Haia, chefe das amazonas cientistas.

– Olá, Princesa. Parabéns pela sua vitória, fiquei sabendo agora há pouco.

Sorrio para ela, mas sem a confiança que eu deveria ter. O preço para visitar o Patriarcado foi alto, talvez eu nunca mais retorne a Themyscira como princesa...

Vejo que à minha frente há um manequim com um uniforme vermelho, com detalhes em prata, e... um pequeno pedaço de tecido azul? Ah, também tem botas azuis...

– Vista, Princesa Diana, este é o uniforme que criamos para você, tendo como base informações do mundo dos homens.

Assim o faço, e vou diante de um espelho. É meio chamativo, mas realmente detestei a parte da baixo, é minúscula!

– Eu aceito a parte de cima, mas não vou usar este pedaço ridículo de tecido que expõe as minhas pernas e nádegas!

– Mas, princesa... levando em conta o que vimos nas transmissões, esse tipo de vestimenta é aprazível para os homens.

– Eu não quero ser aprazível! Cubra o resto!

Phillippus põe a mão sobre o ombro de Haia.

– Irmã, Diana tem razão. Faça o que ela está pedindo.

Dando de ombros, a irmã Haia ordena que uma das suas assistentes faça isso. Graças a Gaia, eu não queria mesmo ficar andando por aquela terra com minhas coxas de fora.

Haia continua a nos conduzir pelo laboratório. Chegamos à sala de armas, já fiz várias visitas aqui, bem como testei várias das armas desenvolvidas pelas nossas competentes armeiras.

– Diana - Haia me entrega uma bela espada - Esta espada foi tocada por Hefesto em pessoa, corta qualquer coisa. Será a sua melhor amiga naquele mundo.

Apanho a espada pelo cabo, virando-a à minha frente, para que eu a admire. Esta é a espada mais bela que já vi na vida. E letal, também, pelo visto, já que, ao passar meu dedo pelo seu fio, acidentalmente acabei me ferindo.

– Bela espada.

– Você terá outros equipamentos. Veja.

Embainho a espada e vejo que minha irmã tem em suas mãos um tipo de laço dourado, muito belo...

– Este é outro presente de Hefesto, com uma pitada de Héstia. Segure, tente quebrá-lo.

Por ser filha de Zeus, eu sou mais forte do que minhas irmãs. Muito mais forte. Este laço não irá resistir...

Pego o laço com minhas mãos e faço força.

Surpreendentemente, por mais força que eu faça, não consigo quebrá-lo!

– O que tem neste laço? É impossível quebrá-lo!

– É mágico. Agora, Diana, diga-me, Elysia já sabia dessa trama que você inventou para participar da competição?

– Sim. - eu digo isso sem ao menos pensar - Eu a convenci depois de insistir muito, só que prometi guardar o segredo...

Eu não queria dizer isso!

Minhas irmãs riem.

– Eis outra particularidade do laço. Quem estiver em contato com ele será forçado a dizer a verdade. Bem, continuemos.

Expostos em um cubo transparente, estão dois braceletes de mais ou menos vinte centímetros, prateados.

– Esses braceletes são forjados do próprio metal da Aegis de Atena, princesa. São virtualmente indestrutíveis.

– São lindos. Acredito que estarei muito bem equipada...

– E estará. E ainda contará sempre com nosso apoio, Diana. - Phillippus coloca a mão sobre meu ombro, confortando-me.

Finalmente, minhas irmãs me dizem que Steve e eu seremos encaminhados ao Patriarcado por um portal místico e tecnológico que nos deixará na cidade de Gateway, em um tal Estado da Califórnia, local onde ele mora.

Visto o uniforme desenhado pelas minhas irmãs, desta vez com as calças. Muito melhor. Coloco os braceletes, uma tiara com uma estrela adornada, acoplo o laço na minha cintura, bem como a espada e sua bainha.

– Estou pronta.

Steve Trevor é trazido à minha presença.

– Nossa, você está parecendo uma super-heroína.

Sorrio para ele.

– E qual seria a minha alcunha, então?

– Bom, tendo em vista que esses adornos parecem dois W’s, por que não Mulher-Maravilha?

– Mulher-Maravilha... gostei.

Enquanto várias de minhas irmãs se amontoam na tentativa de se despedirem de mim, vejo minha irmã Elysia tentando se aproximar. Eu dou alguns passos em sua direção e a abraço forte.

– Lysia, não consegui guardar seu segredo, acabei contando...

– Não se preocupe, Di. Eu me acertarei com nossas irmãs. Lembre-se do nosso trato... diga-me como são os homens...

– Claro, amor.

Eu a beijo no rosto, despedindo-me.

Estou ansiosa, só que não vejo minha mãe... gostaria de partir ao menos tendo conversado com ela... mas paciência.

Haia liga o equipamento que abrirá o portal.

– Lembre-se, Princesa... se precisar, entre em contato conosco pelo comunicador acoplado aos seus braceletes.

– Sim. Adeus, irmãs!

O portal se abre e eu vejo através dele o mundo dos homens, com prédios muito altos e ruas asfaltadas.

Respiro fundo e adentro o portal.

POV Hipólita

Diana adentrou o portal.

Escondida de todos, vislumbro minha única filha partir para o mundo dos homens.

Talvez... seja o melhor para ela. Tem poderes maiores do que a de qualquer um por aqui, e experimentar novas situações em um mundo desconhecido a tornará a melhor amazona, e consequentemente a tornará uma rainha melhor do que eu.

Que seu pai Zeus a vigie, filha.

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POV Kal-El

Você sabe, às vezes eu gosto de ficar deitado em algum teto da cidade, simplesmente observando as estrelas. Enquanto isso, minha mente viaja para Krypton... gostaria muito de saber como viviam as pessoas lá.

Como vou me expressar, eu sei como elas viviam, mas eu queria saber as nuances, entende? Como você chegava em uma mulher que acha atraente, por exemplo... não faço ideia de como eram essas coisas por lá.

Tudo o que eu sei do meu extinto lar recebi através do simulacro do meu pai, que veio instalado na câmara que me trouxe para cá.

Às vezes é frustrante saber que jamais terei ideia dessas coisas...

Um brilho verde cruza os céus, me roubando a atenção. Parecia muito com o brilho daquele anel amarelo, só que, claro, este é verde. Com minha visão telescópica, vejo que realmente é um objeto pequeno e reluzente.

Eu me levanto, pronto para seguir a coisa... seria desta vez um anel de Lanterna Verde?

E sou surpreendido novamente, ao ver uma forma humanóide amarela seguindo o rastro da verde. Há algo estranho aí...

Decolo atrás daquelas coisas. Acompanhando de perto com meus poderes, vejo que elas estão indo em direção a Coast City.

POV Hal Jordan

Ah... mais um dia de trabalho terminado.

Mas não tenho do que reclamar, quem mais tem um trabalho onde pilota caças experimentais? É só citar isso que milhares de mulheres ficam aos meus pés... claro que a funilaria ajuda.

Vou ao estacionamento, onde está estacionada a minha moto irada. Ao lado, o carro da Carol, que anda meio brava comigo depois que dormimos juntos e não liguei nos dias seguintes.

Lamento, Carol, Hal Jordan é do mundo...

Quando estou ajeitando minha jaqueta de couro, um grande brilho verde se instalou logo à minha frente.

O que é isso? Parece um... anel?!?

– Hal Jordan da Terra, setor 2814. Você tem grande capacidade de sobrepujar o medo, e, por este motivo, está convidado a fazer parte do exército mantenedor da paz universal, a Tropa dos Lanternas Verdes.

Lanternas Verdes? O que diabos é isso?

Pra piorar a situação, um brilho amarelo me cega, e de repente estou na frente de um cara magrela muito esquisito, de bigode, pele roxa... e com uma cabeça enorme! Ele olha com desdém pra mim.

De um anel que ele usa sai uma energia amarela que envolve o tal anel verde. E agora, corro?

Até tentei, mas ele me pegou em uma bolha de energia, estou preso!

– Um humano? Para ser portador do anel? Os guardiães devem ter enlouquecido, essa raça atrasada e fraca não merece ter os poderes de um anel energético... Qual é o seu nome, humano?

Ainda paralisado pelo poder do cara, não me resta outra opção que não responder.

– H-Hal Jordan...

– Hal Jordan... prepare-se para encontrar o seu criador...

– A-hem... posso interromper o namorico?

O Superman! A coisa não podia ficar pior?

POV Kal-El

Segui os dois OVNIs e parei mesmo em Coast City. E me deparei com a cena mais esquisita... um alien cabeçudo e de pele roxa com um bigodinho antiquado e vestindo um uniforme igualzinho ao que destruiu o meu.

Pelo anel dele percebo que ele está prendendo um playboy e um anel verde.

– O que você acha de soltar esse playboy, ô cabeção?

– Quem é você, seu palhaço?

Palhaço? Teve gente que foi incapacitada por falar menos de mim...

– Trata-se de Kal-El, de Krypton. Ele foi recrutado e recusou a honra de ser o detentor do anel de energia da Tropa Sinestro.

O anel dele caguetou tudo sobre mim!

– Kryptoniano? Talvez seja um bom desafio para Sinestro... fazê-lo-ei arrepender-se de ter recusado o anel energético da minha tropa...

O anel dele começa a brilhar. Ora, ora... será que finalmente terei uma luta à altura dos meus poderes?

POV Sinestro

Quem diria... depois de abater Abin-Sur, o Lanterna Verde do setor 2814, segui seu anel, que obviamente procuraria um novo portador digno. Deparei-me com um humano nojento, jamais imaginei que o anel escolheria algo tão baixo.

E quem diria? Depois de apreender o humano e o anel, na minha frente está flutuando um kryptoniano, talvez o último do universo.

Um ótimo teste para os enormes poderes de Sinestro...

Começo um raio de força, que o atinge no peito, fazendo-o cair ao chão. Antes que pudesse se recuperar, emulo um asteróide de pequeno tamanho, que jogo sobre ele.

Eu tenho ciência que kryptonianos sob um sol amarelo ganham poderes extraordinários, então, não posso esmorecer meus esforços.

Deixando os malditos humano e anel presos, voo na direção do chamado Superman.

Sob meu ombro direito, recrio uma poderosa bazuca de Korugar, atirando nele à queima-roupa. O kryptoniano parece estar nas últimas forças, consegui fazê-lo sangrar.

Esta vitória é de Sinestro.

POV Hal Jordan

Enquanto ainda estou preso, vejo uma cena insólita: alguém chutando a bunda do Superman. ele sempre teve uma aura de invencível, e presenciar isso é impressionante. O carinha de roxo tá detonando o azulão... e isso é péssimo pra mim, pois certamente vou pro saco se o alien roxo vencer.

Neste momento, o tal Sinestro está socando o Superman sem dó, envolto na energia amarela. Ele criou uma espécie de torniquete gigante e está espremendo o pobre Super...

Tem um filete de sangue saindo do nariz do Superman... que coisa, a cor do sangue dele também é vermelho. E, enquanto está esmagando o super, Sinestro começa a falar...

– Então, ‘Superman’... tem alguma última palavra antes de morrer.

– Tenho... sim... obrigado. - Superman responde sorrindo. Teria ficado louco?

– Obrigado? Enlouqueceu?

– Obrigado. Nunca encarei alguém durão... você finalmente proporcionou isso. Mas é hora do Papai começar a bater...

Um grande flash me ofusca, seguido de um estrondo tremendo. Superman faz força e esmigalha o torniquete, fazendo Sinestro cair ao chão.

– Hora de bater no Cabeção...

Ele disse isso com um brilho nos olhos, eu diria até um brilho assassino. Ele solta sua visão de calor bem no peito do Sinestro, que o atira longe.

Neste momento, sinto o campo de força que me circunda começar a ceder...

Superman voa como um louco em direção a Sinestro, que ergue um escudo de força, mas, com um murro esse escudo se despedaça. Superman esmurra o Sinestro sem dó nem piedade, no rosto, no peito, começo até a sentir dó do cara roxo...

O campo de força que me prendia desapareceu! E esse anel verde?

POV Kal-El

– Aí, Cabeção, aguenta mais porrada?

Eu soco. Soco. Soco. Soco. E depois, soco de novo.

Que delícia bater em um superser... a cara do tal Sinestro parece uma massa disforme de carne, meus punhos estão encharcados de sangue, que, por curiosidade, também é vermelho. Esperava que fosse amarelo ou azul.

– P-p-por favor... m-misericórdia... - ele implora para mim. Não vai adiantar.

– Eu tenho certeza que você não teve com outros... a sua Tropa Sinestro trabalha sob o prisma do medo, não? Imagino que você tenha matado muita gente por aí. Então, quando eu te mandar para o inferno, não vou estar fazendo nada de muito absurdo...

Eu o levanto pelo colarinho e dou uma joelhada forte na base do estômago do Sinestro. Ele se ajoelha no chão e vomita uma grande quantidade de sangue.

Okay. Chega de brincadeira. Vou terminar com isso de uma vez.

Levanto meu punho para terminar com a vida desse puto...

E sou impedido por um laço de energia verde, que agarra meu pulso, me impedindo de continuar. Mas que diabos é isso?

Solto o Sinestro no chão e me viro para ver. O playboy está usando um collant principalmente nas cores verde e preto, com luvas brancas. O símbolo, que está em seu peito e brilha, eu já conheço, é da Tropa dos Lanternas Verdes. O laço de energia foi gerado pelo anel do cabra.

– Ei, me solta, playboy!

– Me... tire... daqui, anel...

Um flash amarelo me cega por uns momentos, e em menos de um segundo o Cabeção já tinha ido embora. Merda!

– Está vendo o que você fez? Meu brinquedinho roxo foi embora!

O playboy cria uma máscara. Pelo visto teremos um Lanterna Verde terráqueo...

– Um herói não age do jeito que você faz. Eu aceitei esse anel porque sei o tipo de herói que precisamos.

O novo Lanterna Verde começa a voar.

– Vou treinar em OA e serei o novo Lanterna Verde deste setor. E com certeza teremos uma conversa se você continuar a agir assim, Superman...

– Mal espero, playboyzinho...

Dito isto, o Lanterna Verde alça voo e deixa o planeta.

Mané. É assim que ele me agradece por ter salvado a vida dele?


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Notas finais do capítulo

Valeu pela paciência, galera. Gostaram do uniforme da WW? Sinceramente, se eu fosse uma super-heroína, preferiria não usar um biquini para lugar, as mulheres concordam, discordam?
Bom, obrigado e até a próxima!



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