A Princesa E O Alienígena escrita por Beto El


Capítulo 30
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, espero que esteja tudo bem com vocês. Eis um novo capítulo...



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Até que ponto a vingança nos regozija? Qual é o sentido de praticar a violência praticada contra você em pessoas com as quais você nunca teve contato?

Nunca havia me perguntado isso até o dia em que pessoas verdadeiramente inocentes pagaram com suas vidas por um ato cometido por mim meramente por diversão. Crianças que mal tiveram tempo para saber o que é maldade.

E o que mais doía era receber os cumprimentos das pessoas que não sabiam a verdade por trás da história.

Sinceramente, não sabia o que fazer logo depois de toda aquela merda... Mas o que não esperava era receber a visita inesperada da Mulher-Maravilha.

Ela sugeriu que eu aproveitasse a situação criada pelo atentado de Winslow e me tornasse um verdadeiro herói, algo com o qual eu não estava habituado.

Omitir a verdade. Seria algo que um verdadeiro herói faria?

Ou seria um caso no qual a verdade seria mais prejudicial do que omitir os fatos?

E o beijo... Imaginava o porquê da amazona fazer aquilo, visto que ela parecia não gostar muito da minha presença.

Refletia todas essas questões enquanto vagava sem um destino certo pela Fortaleza. Sem querer, acabei chegando ao museu que mantenho como homenagem a Krypton. No meio dela, construí um memorial aos meus pais, Jor-El e Lara. Trata-se de uma escultura com os dois, de aproximadamente 15 metros de altura. Juntos, ambos ostentam um globo, que representa meu planeta há muito destruído.

Krypton era um lugar desprovido de sentimentos, movido unicamente pela racionalidade. Cada indivíduo era gerado pela combinação genética de um homem e uma mulher cujo 'casamento', por assim dizer, era pré-determinado por acordos dos clãs. O típico matrimônio kryptoniano não envolvia sexo. Tratava-se meramente de uma união de famílias.

Ao nascer, um kryptoniano já tinha seu futuro pré-determinado. Os clãs mais importantes detinham as principais funções do planeta, como governantes ou cientistas, como meu pai teve a sorte de ser.

Mas meu pai era diferente.

Seu casamento não foi determinado por ninguém. Minha mãe era uma simples burocrata que servia na repartição onde meu pai desenvolvia suas pesquisas. Sua união só foi possível porque Jor tinha realizado tanto avanço na área tecnológica que se tornou uma espécie de Albert Einstein kryptoniano. Ninguém quis questionar.

Mas meu nascimento não passaria incólume, mesmo para um cientista daquele naipe.

Isso porque fui a primeira criança a ser gerada por meio biológico em mais de cinco mil anos. Uma heresia para aquele povo.

Meus pais arriscaram muito por mim. Não faço ideia do que lhes poderia acontecer se o planeta não entrasse em colapso e explodisse. Eu seria sacrificado? Eles seriam confinados?

Para mim sempre foi difícil ter noção de conceitos como medo ou coragem. Veja bem, eu posso levar um míssil no peito que mal sairei arranhado. Então não faço ideia do quanto deve ter sido difícil ir contra todo um laneta, arriscar-se dessa forma.

Olhei para a face rochosa do meu pai e me perguntei se ele estaria orgulhoso do seu primogênito.

Lembrei-me das palavras de Diana.

...

Passados dois dias do atentado que chamou toda atenção da mídia norte-americana, Metrópolis voltara ao seu normal, o trânsito caótico de cidade grande imperava,em especial no centro da cidade.

Um motorista apressado e um motociclista imprudente.

Eis uma combinação nada boa. Na ânsia de ganhar alguns segundos em sua rota, um homem de cabelos ralos e fora de forma mudou de via sem sinalizar. Infelizmente, um motociclista que trafegava de forma imprudente foi abalroado peloveículo, prensando sua perna esquerda entre a motocicleta e outro veículo, machucando feio.

O trânsito parou e, como sempre, logo uma dúzia de motociclistas rodearam o acidentado, aproveitando também para intimidar o motorista.

Nesse momento pousei entre as pessoas, chamando sua atenção. Murmurinhos se espalharam entre os presentes, como se eu não pudesse ouvi-los. Caminhei até o ferido, e os batimentos do motorista se sobressaltaram.

– Superman, não foi minha intenção...

– Foi culpa dele sim, ele jogou o carro em cima do cara! - gritou um dos homens que estavam no bolo de gente.

– É, vamos descer o cacete nesse mané!

– Todos quietos. - eu disse, afastando-os com um gesto de minhas mãos. Aproximei-me do motociclista ferido, que gemia e continuava estirado no chão.

Uma artéria estava rompida. Se o socorro não fosse rápido o bastante, o cara sangraria até o ponto em que não haveria mais retorno.

– Qual é seu nome, amigo?

– S... Scott…

– Scott. Preste atenção. Com a visão de raios-x eu vi que você rompeu uma artéria, e é necessário que eu tente cauterizar o ferimento com a visão de calor. Isso vai doer muito, mas é a única maneira para te salvar.

– V-vai, Super…

Eu me concentrei e de meus olhos reluziram feixes da visão de calor em uma intensidade muito menor à que eu costumo lançar. Esse tipo de controle requer muita concentração, é muito mais fácil lançar uma dose maciça desse poder.

O rapaz berrou, mas eu não podia perder minha concentração, ou os danos que meu poder faria ao corpo dele seriam irreparáveis.

Combinando meus dons, testemunhei o rasgo na artéria ceder pouco a pouco, até a hemorragia cessar.

– Acabou, Scott. Você vai ficar de molho por um bom tempo, mas vai ficar bem.

Levantei-me com 26 pessoas ao meu redor, mudas.

– Bem… - olhei para o motorista do veículo, que tremeu - Eu espero que você aguarde a polícia para esclarecer tudo.

Ele assentiu de forma nervosa.

– Eu… preciso ir. - disse, sem graça.

De repente, um garoto de uns 5 anos que estava acompanhado por sua mãe começou a me aplaudir, sendo seguido por todos ao redor. Todos aplaudindo e me elogiando.

Retribuí com um sorriso e um aceno ao garoto.

E, assim, sendo ovacionado pelas pessoas, voei para o céu, uma parte de mim estranhando tudo aquilo, mas, no fundo, muito contente por tudo aquilo.


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Notas finais do capítulo

Gente, muito obrigado pelos comentários, obrigado mesmo. A quantidade de olhadas nesta fanfic me deixa muito feliz e agradecido.
Esta semana fiquei meio chateado porque me passaram a perna no trabalho, mas ao ver algo que eu escrevi ser lido por outras pessoas isso fica de lado, que se dane meu trabalho e as pessoas que me ferraram.
Peço desculpas por demorar a postar, mas peço que continuem lendo, eu juro que vou terminar esta fic. Ainda temos muito chão pela frente.
Abraços a todos!



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