A Princesa E O Alienígena escrita por Beto El


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Obrigado pelos reviews!
Bom, vou começar pelo Super com um probleminha e o início da jornada da Diana. Estou adaptando com o que sei da personagem, espero não estar fazendo nenhuma besteira.
Resolvi também fazer em primeira pessoa.
Vamos lá?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/223112/chapter/2

Meia noite.

Sentado no Globo do enorme edifício do Planeta Diário, onde bato ponto todos os dias como o fracote e pacato Clark Kent, observo a maior cidade deste planeta, e local escolhido por mim como base: Metrópolis.

Minha audição está aguçada: mesmo que você esteja do outro lado da cidade, eu conseguiria escutar caso deixasse cair um alfinete no chão. Acredito que você esteja pensando que seja difícil distinguir cada som vindo da cidade, mas, acredite: não é tão difícil assim, ainda mais se possui o raciocínio de um cérebro kryptoniano bombado por raios oriundos de um sol amarelo, como é o desta galáxia.

Neste momento, ouço um casal transando a 3.563 metros de onde estou, no sentido noroeste. O cara deve ser bom no que faz, pois a mulher está gemendo alto. 15,6 metros à direita, outro casal não está se divertindo tanto. Os dois estão desesperados tentando fazer seu bebê de 8 meses dormir.

Já ouvi essas coisas milhares de vezes, desde que comecei a desenvolver meus poderes.

Se minha audição capta algum problema, como um assalto ou tentativa de estupro, eu utilizo outros dois sentidos exclusivos meus, a visão telescópica e a visão de raios-x. Confirmado o problema, eu decido se devo intervir ou não. Aí, depende do meu humor naquele momento.

Em um apartamento na região sul da cidade, a 4.549 metros de mim, vejo que um rapaz está olhando no site da CNN em seu tablet. Pra variar, ele está lendo um artigo do Ned Sanders, que está descendo o pau no que faço com bandidos.

Não entendo. Eu apenas puno quem merece, e sou odiado pela população? Braços e pernas quebrados se curam, oras... ainda acho que sou bonzinho com bandidos e afins, só quebro braços e pernas, nada que alguns meses de molho não curem.

De repente, sou alertado por um ponto amarelo que cruza o céu em alta velocidade.

O que é isso?

Me levanto, alerta, pois o OVNI parece estar vindo em minha direção!

Em poucos segundos, o objeto está a 12 centímetros à minha frente. Trata-se de um tipo de anel, que reluz em um tom amarelo. Em seu centro, noto um símbolo, que consiste basicamente em uma bola com quatro linhas saindo da linha exterior. As linhas superiores se encontram, formando um tipo de 'casinha', enquanto as outras vão em direções opostas, como se cobrissem a bola maior. Até que é bonito.

- Kal-El de Krypton, situado no Planeta Terra.

É, sou eu. Mas o que esta bosta quer comigo?

- Você tem grande capacidade de instilar o medo no coração de bilhões de seres, e, por tal motivo, está convocado para fazer parte da Tropa Sinestro.

Sinestro? Quem será esse viado? Lembro-me de ter visto alguma coisa no banco de dados da fortaleza sobre uma tropa que usa anéis energéticos, mas chamavam-se Lanternas Verdes, não tinha nada de amarelo...

- Olha, agradeço, mas eu não tenho interesse em sair deste planeta.

Bom, pelo menos por enquanto.

- Você não tem opção, Kal-El.

Ao dizer isso, o maldito anel se instala no meu dedo médio da mão direita, numa velocidade que espanta até a mim (ainda bem que isso não é uma sonda anal...). Meu belo uniforme tecnológico azul com minha elegante capa vermelha é substituído imediatamente por um uniforme chumbrega que brilha, consistindo nas cores amarelo e preto.

A situação é difícil. O troço parece controlar minhas ações, eu sinto que ele está me puxando para o espaço.

- Agora que a integração está feita, você será transportado ao planeta Qward, para a reconfiguração de seus sentimentos.

Qward? Esse planeta é feito de antimatéria, é uma bosta, eu não vou!

- Unnnghhh!!!

Faço uma força descomunal para me manter no local e levantar meu braço direito. Este troço é forte, mas não tem nada mais forte que o Superman!

Aos poucos consigo vencê-lo e colocar ao alcance...

… da minha visão de calor. Com uma rajada, eu destruo o anel, e aquele uniforme amarelo ridículo desaparece. O único problema... é que agora estou completamente nu. Aquela porcaria deve ter desintegrado meu uniforme! Merda! Vou ter trabalho para construir outro!

Chega, independente de ter ou não problemas em Metrópolis hoje, já tive minha dose de ação diária, vou pra Fortaleza da Solidão fazer outro uniforme simbiótico.

Eu alço voo e vou devagar até a Antártida, só estou três vezes acima da barreira do som.

Aquela frase dita pelo anel me deixou cabreiro... como assim, eu instilo medo no coração de bilhões? Eu só faço coisas ruins pra quem é ruim.

Estou falando, já estou de saco cheio deste planeta...

0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0

- Mas como, Mãe? Eu tenho o direito de participar da competição! Eu também sou uma amazona!

Eu sei que ela é a rainha (e minha mãe), mas eu não concordo com essa decisão!

- Eu já disse, nego seu pedido, Diana. E agora retire-se para seus aposentos.

Maldição!

Eu não tenho como argumentar com minha mãe, ela já está com a cabeça feita. Resta-me ir até meus aposentos e ficar calada. Eu queria tanto conhecer o mundo do Patriarcado...

Tudo começou quando um homem aterrissou na Ilha Paraíso com sua aeronave. Seu nome é Steve Trevor, um homem de 41 anos de cabelos loiros.

A aeronave está destruída, então, uma de nós precisa levá-lo até o mundo de onde ele veio, o Patriarcado, do qual estamos afastadas há milênios. Aproveitando, nossa rainha e minha mãe, Hipólita, quer que essa representante mantenha contato com os líderes do Patriarcado, possivelmente tentando uma maior aproximação entre nossos mundos.

A Ilha Paraíso é sensacional, um lugar lindo, e graças à sabedoria de Hefesto, temos tecnologia avançada, que nos auxilia no dia-a-dia. Mas estou farta de ficar presa aqui, quero sair e conhecer outras pessoas... Steve me falou sobre eventos esportivos, como uns tais Jogos Olímpicos, sobre alguns países... falou até mesmo sobre um alienígena superpoderoso que causa problemas naquela terra.

Desde que ouvi isso, tenho sonhado com essa nova terra. Preciso visitá-la.

Sento-me na minha cama e olho para um dos quadros pendurados nas paredes. Trata-se do quadro das duas máscaras teatrais que representam a comédia e a tragédia.

Máscaras...

De repente, tive uma ideia genial... só preciso fazer uma chamada par ao comunicador da Elysia, minha melhor amiga...

Dois dias depois...

Encontro-me na arena central de Themyscira, onde as amazonas treinam. Ao meu lado, tenho 31 irmãs que se voluntariaram para participar da competição. Preocupo-me. Artemis, de Bana-Mighdall, candidatou-se também. Ela é muito forte e habilidosa...

Ainda bem que Elysia e eu temos mais ou menos o físico parecido. Estou usando uma máscara bastante simples, com adornos dourados, e, mais importante, ela cobre todo o  meu rosto, deixando à mostra somente meus olhos.

- Elysia, qual o porquê da máscara? - minha mãe me retira de meus pensamentos.

- Bem, Majestade... - não posso falhar, ou minha mãe percebe e se acabam minhas chances - Esta máscara pertence à minha família e remonta de séculos de tradição. Estou disposta a representar nossa nação junto ao Patriarcado.

- Bom... terá a sua chance, Elysia.

Solto um suspiro de alívio ao ver minha mãe deixando nosso grupo e indo em direção ao seu local de observação. Aparentemente meu plano se iniciou muito bem.

Minha mãe pede silêncio e se levanta.

- Minhas caras irmãs amazonas, primeiramente, agradeço-lhes por terem se oferecido a representar nossa querida comunidade junto ao mundo dos homens. Bem, a competição tem como objetivo escolher a guerreira mais habilidosa, a mais apta a nos representar. A disputa será simples: vocês lutarão entre si, sem o uso de armas, em lutas envolvendo duas amazonas; vencedoras enfrentarão vencedoras, até restar apenas uma. Então, esta será nossa representante. Desejo boa sorte a todas, irmãs.

Hipólita se senta, ao lado de sua amazona braço direito, a poderosa general Phillippus, ordenando que as lutas comecem.

Na tela localizada acima delas, aparecem as chaves. Devo lutar contra Héstia. Ela é lenta e preguiçosa. Devo passar fácil.

Em poucos minutos estou à frente da minha adversária. Ela é mais alta do que eu, e minha altura já é considerável, tenho 1,85m.

A ordem para iniciarmos é dada, e Héstia parte para cima de mim, agarando-me pela cintura e me jogando ao chão. Aproveito o impulso dado pela minha irmã e a jogo para trás, dando uma pirueta e caindo em pé, enquanto ela fica sentada, sem entender o que acabou de acontecer. Dou um chute giratório para trás, que acerta milimetricamente seu queixo, deixando-a inconsciente.

Desculpe, irmã. Mas isso não é nada para uma amazona.

Venci a primeira. Faltam 4...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Planejo colocar o Sinestro como um dos inimigos mais pra frente. Outros, talvez Ares, Brainiac, Cheetah, Circe, Darkseid, Apocalypse... vamos ver.
De novo, obrigado e até a próxima.