-Temos um plano? -perguntou Alice.

-Temos, Argos vai nós deixar no centro de Nova Iorque, depois vamos pegar um trem, que nós leve até alguma cidade onde poderemos pegar um barco, com esse barco nós vamos até a Grécia, lá nos encotraremos os tais seres antigos, então vamos pegar com eles a localização dessa nova divindade, vamos até onde ela está, pegamos ela, levamos até eles, e como disse a profecia Yakusa e Nina vão aparecer, voltamos pra cá e dormimos por uma semana.

-Eu parei de entender depois a parte do Argos...

-Não é importante mesmo. -Argos parou o carro e nós descemos, só eu e minha irmã, teriamos que ir até a Grécia pra fazer eu ainda não entendi o que e encontrar seres mais velhos que vasos chineses em casa de rico, em resumo, estamos perdidos.

-Para o trem! -Alice apontou o dedo e saiu marchando de um jeito engraçado.

-Espera...

-Que foi?

-Eu acabei esquecendo de fazer isso. -peguei minha mochila e abri, de lá tirei uma par de luvas negras, as vesti, depois tirei meu sobretudo negro e vesti de forma rápida, peguei minha faca dupla (aquela mesmo que você está lembrando) e coloquei ela em um bolço interno do casaco, o fechei até a cintura, deixando a parte abaixo da cintura solta.

-Você me fez perder um minuto de vida vendo você tentar imitar o Dante do Devil My Cry?

-Eu não posso fazer nenhuma missão sem meu sobretudo, agora vamos indo.

-Qual é a das luvas.

-Nunca se sabe, prefiro não deixar impressões digitais.

-Parece que você vai assaltar um banco.

-Talvez eu faça isso.Depois de comprarmos as passagens pro trem bala (remodelaram a rede de trens em 2025, estamos em 2030 pra quem não lembra) ficamos esperando até ele vir, Alice comprou uma latinha de refrigerante que não dividiu comigo, aquela gulosa.

 Quando o maldito trem chegou, após duas horas de um chata espera, corremos pra poder pegar um lugar vago, eu acho que eu passei por cima de uma velhinha, mas foda-se ela ia morrer mais cedo ou mais tarde!

Ficamos horas no trem até chegar em uma região portuária, descemos do trem e caminhamos um pouco pela cidade, para esticarmos as pernas, e depois fomos até o porto, onde havia uma enorme embarcação de passageiros, mas como iriamos conseguir passagens antes no navio partir? Vi um casal de pessoas de meia-idade, uns cinquenta anos, indo para a embarcação, uma pequena ideia me ocorreu.

Eles pararam para contemplar o navio, andei até eles, passei a mão pelos seus olhos, usando a névoa, enquanto eles estavam chapados pela névoa peguei as passagens, e fui ao encontro da minha irmã que estava se segurando pra não rir.

-Você é crual, sabia disso? -ela perguntou dando risinhos.

-Quíron não devia ter me ensinado a controlar a névoa, mas ja que ensinou, eu vou usar ao meu favor, para o cruzeiro e avante!

Depois de manipular a névoa pro carinha do navio não desconfiar de dois adolescentes entrando em um navio de passageiros, pegamos a chave de nosso quarto ja estabelecido e fomos até ele.

-Como você saba que esse barco vai pra Grécia?

-Nas passagens havia o percurso do návio desenhado, uma das paradas é a ilha de Creta, é só pegarmos outro barco e desembarcamos na Grécia continental.

-Você pensa antes de fazer ou improvisa no caminho?

-Eu improviso, tive a sensação de que o barco iria pra Grécia, dei sorte.

-Ja pensou em gastar essa sua sorte nos cassinos em Las Vegas?

-Eu sou foda no baralho minha filha.

-Tá bom... Vou fingir que acredito.

-Eu vou dar um volta.

-Eu vou comer alguma coisa que eu to morrendo de fome, eu não como faz horas...

-... -eu sai do quarto e comecei a andar na direção que me levaria até o convés, eu não tenho a minima ideia do que iria fazer lá, eu tinha um precentimento de que iria acontecer alguma coisa lá, então apenas segui meu instinto.

Quando cheguei ao convés, comecei a andar por ele, nada demais, havia um piscina onde algumas pessoas estavam nadando, eles não podiam esperar até o navio sair não?

Três homens começaram a me seguir, um deles era branco e tinha cabelo vermelho, o outro era um mestiço de cabelo castanho e o último era negro, ele não tinha cabelos, todos eles estavam ao menos tentando se enquadrar ao clima do navio, usando camisas floridas e bermudas, mas estavam completamente rídiculos, eles concerteza não estavam aqui pra curtir a viagem, e se não estavam aqui pra isso, estavam atrás de mim.

Comecei a andar com o trio atrás de mim, eu estava levando-os a um lugar em que poderia lutar, onde não houvessem muitas pessoas, ou seja, a sala de máquinas do navio.

Andei até a pequena porta que levaria a sala de máquinas, o guarda me deixou passar quando usei a névoa para engana-lo, entrei na sala e me escondi atrás de uma pequena parede.

Eles entraram logo em seguida, aos poucos transformando-se em um monstro que Nico havia me descrevido, o nome era Telquines, uma espécie de fuzão de cachorro com foca.

-Cade você Íon del Diablo! -gritou o do meio.

-Estou aqui seus pedaços de lixo! -sai de meu esconderijo ficando a frente deles, não havia muito lugar pra correr.

-Agora você está cercado! -respondeu o da esquerda.

-Eu posso sair daqui a hora que eu quiser, mas vocês... Vão sair daqui em forma de pó!

Eles avançaram, mostrando as presas e rosnando, cada um deles portava um tridente, um deles atirou a arma contra mim, joguei meu corpo para o lado, a arma passou a uns quinze centímetros de mim, tirei o anel do meu bolço, não eu não usava o anel, Fenrir se espandiu na minha mão, eu nunca havia treinado com espadas, era totalmente inesperiente, mas isso não iria me impedir de ir em frente.

Tentei lutar como fazia com o Katar, mas logo percebi que não daria certo quando cortei minha mão sem querer, um corte pouco profundo mas dolorido, depois dessa resolvi repensar meu jeito de lutar, não havia pedra com contato com o solo, ou seja, sem rochas e pedras preciosas, peguei um dos tridentes, e quando o telquine tentou tirar da minha mão, cravei Fenrir em sua garganta, ele virou pó, depois girei meu corpo, passando a lamina da espada nas pernas de um dos telquines, amputando elas, fazendo com que ele caisse, e depois cravei a espada em sua boca, até atingir o chão, matando-o, o último eu desarmei com uma técnica que Yakusa me ensinou, de uma arte marcial das Ilhas Filipidas, chamada Escrima*, depois o joguei contra a parede.

-Tem mais monstros aqui dentro?!

-Não... mas mais irão chegar heroi, e sua ruína vira.

-Desculpe amigo... Eu não sou um heroi. -quebrei seu pescoço com minhas mãos e depois sai da casa de máquinas.

Voltei a cabina onde encontrei Alice com um pote de pipoca assistindo TV.

-Choque do trovão nele Pikachu! -deduzi que ele estava assistindo Pokemon.

-Se tá assisindo pokemon...?

-Quem diria que aqui pegava TV a cabo, e que pegava um canal só com animes legendados, eu amo esse lugar... Não vai explodir o navio!

-Você fala como se eu tacesse fogo em tudo que tocasse.

-Aconteceu isso com o carro do carinha do orfanato...

-Foi um acidente!

-Sei... Que isso na sua mão?! -ela exclamou um pouco assustada.

-Nada demais, eu cai e acabei me cortando.

-Ta falando a verdade? 

-Estou Alice, eu não faria nada de perigoso de proposito.

-Ta bom, quer ambrósia?

-Não, eu vou fazer um curativo comum, vamos poupar isso pra mais tarde, não precisa se preocupar.

-Ta né... -eu fui parao banheiro da cabine, levando junto uma das nossas mochilas, onde haviam algumas ataduras, que passei em volta do machucado, apertei o maximo que pude e guardei o que restou das ataduras, depois deitei na cama de casal da cabine (tinhamos roubado as passagens de um casal, por isso só tinha uma cama) e fiquei olhando anime com minha irmã, no momento estava passando Darker than Black (o protagonista parece comigo) , um dos meus favoritos, mas isso não tirou as duvidas que estavam passando sobre minha cabeça, o que a voz quis dizer com a destruição do Olimpo? Quem seriam as antigas divindades que encontrariamos? Como seria essa nova deusa que iriamos encontrar? O que Yakusa e Nina tinham com isso?