Os dias se passaram e minha vida estava voltando ao normal, a minha vida não, minha rotina.

Eu levantava todos os dias ás 07h da manhã, arrumava, tomava o café e ia para o trabalho. Almoçava em um restaurante qualquer com Jenna, voltava para o trabalho, saía tarde de lá e voltava pra casa, tomava um banho, jantava e ia dormir.Desde a última vez que vi Tom minha vida se tornou monótona, eu fazia as mesmas coisas todos os 5 dias da semana, e quando chegava o fim de semana, eu ficava presa em casa comendo sorvete e vendo televisão.

Eu ás vezes acho que eu pareço aquelas adolescentes que quando brigam com o namorado se trancam no quarto, chorando e comendo sorvete. Eu não era assim, até porque eu perdi meu namorado, mas não o amava realmente, briguei com Tom mas, ele não é meu namorado, não me tranquei no quarto, me fechei e isolei no meu mundo. Esse mundo pequeno que só eu percebo e que ninguém irá um dia perceber.Hoje era Sábado, maldito sábado que sempre chega rápido.

É, eu odiava sábados, eu ficava sozinha e sem fazer nada o que me levava a lembrar de Tom e de cada segundo e momento que passamos juntos.

-por mais que eu goste de lá, não vai dar. É muito longe - Hanna reclamava com Jenna sentadas na minha cama, enquanto eu ainda tinha o cobertor sobre a cabeça.

-pra isso serve o carro né Hanna - Jenna fez uma voz óbvia e ri debaixo dos lençóis e endredons. Elas discutiam sobre qual é o melhor para passar o verão.

Ai, como eu adoro o verão, praia, sol música e roupa curta.Também adoro o verão pois nele estou de férias durante 1 mês inteiro.

-Carla, o que você pensa? - as olhei com os olhos quase fechados de sono e com o cabelo possivelmente todo bagunçado.

-eu vou ficar aqui - elas arregalaram os olho - e gente, qual é? Aqui tem praia, tem sol, tem minha irmã e tem a Stacey.

-bom, sendo assim nós passamos o verão aqui na Califórnia mesmo - a campainha tocou e sorri desanimada.A campainha tocou e Hanna foi atender, já sabia que era Emma. Ela iria viajar com o marido e não podia levar Stacey, então ela ficaria comigo.

-Olá tia! - saltou na cama em cima da minha barriga.

-cuidado Stacey - a mãe a repreendeu - tudo bem? - me sentei na cama e ela me deu um beijo no rosto.

-indo - Escutei uma voz grossa no corredor.

-posso entrar?(http://3.bp.blogspot.com/-3-jUJG1rTPc/Td50FSdWQ8I/AAAAAAAAAEg/NLkxQRg_NN4/s1600/Jared-Leto-Hugo-1.jpg) - Ronnie colocou a cabeça dentro do quarto sorrindo e eu assenti - olá meninas, então cunhada, como vai? - me deu um beijo na bochecha e sorri.

-indo - repeti a resposta. Eu estava mal, mas não iria deixar isso transparecer. A partir do momento em que Tom saiu pela porta da minha casa, eu me tornei uma mulher fria - quando vocês vão?

-agora mesmo - minha irmã respondeu - só viemos deixar Stacey.-Tenham uma boa viagem!

Nos despedimos deles e deixaram contatos e instruções, caso Stacey tivesse uma alergia ou problema grave.

-tia, podemus ir naqueli lugar dinovo -sorri e as meninas nos olharam confusas.

-no Mc’Donalds - expliquei e elas assentiram sorrindo - querem vir?

-eu não posso - Jenna começou - tenho umas coisas para fazer - corou e nós duas rimos.

-coisas que se chamam Bill - ela ficou mais vermelha que pimenta e rimos - eu vou com você.

Não demorou muito, Jenna já havia ido embora e Hanna já estava pronta.Carla: http://www.polyvore.com/paramore_forever/set?id=46278795

Hanna:http://www.polyvore.com/im_teenager_so/set?id=47043054&.locale=pt-br

-Vamos, pois eu acordei tarde e estou com fome - Saímos de casa e eu ia conduzindo o carro, Hanna vinha ao meu lado e Stacey ia na cadeirinha atrás. O caminho todo Hanna ouvia uma música qualquer, enquanto eu apenas me concentrava na estrada.

Chegamos no Mc’Donalds e fizemos os pedidos, sentando longe das outras mesas.

-acho que vou parar de vir aqui - olhei para o lado e lá estavam eles, Georg na mesa ao lado.Tom estava sério e Georg esbanjava o sorriso lindo que sempre teve. Minha máscara veio á tona e coloquei um sorriso no rosto.

-Olá Georg! - me levantei fingindo está empolgada. Não que não estivesse, mas eu precisava fingir que tudo estava bem para poder mostrar para Tom que ele não me afetava - tudo bem? - nos separamos.

-sim, tudo - olá linda - saiu da minha frente indo cumprimentar Stacey, olhei para Tom, mas logo me virei e sentei aonde estava

-podemos sentar? - fiquei nervosa e Hanna só olhava para o Georg sorrindo. Pronto!

-não Georg eu não acho… - o interrompi.

-podem - ele me olhou desconfiado e até mesmo surpreso pela minha ação.Eles arrastaram tudo para nossa mesa, Georg sentou ao meu lado e ao lado de Stacey, de frente para Hanna, que estava sentada ao lado de Tom, estando ele de frente para mim.

-não gosto da tua t-shirt - disse sério olhando para a t-shirt de outra banda que eu vestia.

Flashback on:

-eu não gosto da tua t-shirt - ela apontou e olhou para mim de cima a baixo. Estava vestida com uma t-shirt gigante dos Ramones preta e branca.

-você não gosta de nada também - me irritei um pouco, caminhando pelos corredores da escola.

-Tom, deixa ela em paz - Bill sorriu olhando para a t-shirt com os olhos brilhando - imagina só ter Devilish estampado em t-shirts e cartazes por todo o lado.

-eu continuo achando que Devilish é um nome bem macabro - dei minha opinião e Tom girou os olhos. Esse garoto se fosse mais fofo eu namorava com ela, mas ele é muito chato.

-e depois quem não gosta de nada sou eu - bufei de raiva e abri o armário, tirando os livros que eu precisava de lá.

-cala a boca Tom, se você fosse tão bom guitarrista como o Johnny Ramone você um dia teria chance de ficar com uma garota que preste - fechei o cacifo batendo a porta do mesmo.

-primeiro, eu não faço a mínima de quem é esse João Mamona, e depois eu sou bom guitarrista sim, melhor que você já viu!- caminhávamos para a sala.

-esses dois ainda vão dar em namoro - os rapazes riram.

Flashback of:

-apenas aprecio boa música - o olhei com desprezo e indiferença - e se não gosta, problema teu porque eu adoro - voltei a a comer e ele não disse mais nada.

-já não te via a muito tempo Hanna - riram um para o outro. Esses dois, sempre se paquerando nunca dando o passo seguinte.

-tia! - reclamou - quelo faxer xixi - levantei da mesa, a pegando no colo junto com a mala.

-já volto - levei ela ao banheiro e quando voltei, Tom estava com cara de tédio enquanto Georg e Hanna pareciam que iam se comer com os olhos - Tom - só de falar o nome dele eu já me senti tonta. Hanna teria que me agradecer muito isso depois - pode me levar pra casa, a Stacey não se sente bem e, eu não posso dirigir com ela assim - ele me olhou confuso e…feliz?

-sim - levantou rápido e girei os olhos - vocês ficam.

-tem a certeza Carl?, eu posso dirigir - Hanna já ia se levantando quando a interrompi.

-não, nós vamos no carro do Tom, toma as chaves do meu!

Não demorou nada e colocava a cadeirinha de Stacey no banco de trás do carro do Tom. Ela dormia em seu colo, enquanto eu colocava a cadeirinha no lugar certo.

-dá ela - estiquei os braços e ela dormia como um anjinho, com cuidado coloquei ela na cadeirinha, fechando a porta - vamos.

Entramos no carro e o silêncio era assustador. Era difícil ficar com ele em um espaço tão pequeno, tendo ele tão perto de mim e não poder tocá-lo ou senti-lo aqui, bem perto.

-bela jogada - sorriu de lado. Aquele mesmo sorriso que ele dava quando tentava se manter calmo.

-pois, agora vamos para casa que eu preciso colocar a Stacey na cama - disse seca e rude.

Ele dirigiu até minha casa. O caminho todo ficamos em silêncio, tanto silêncio que se reparasse bem, podíamos ouvir a criança no banco de trás respirar calma.Chegamos na minha casa e quando ia sair do carro ele trava as portas. Olhei para ele assustada e meu coração acelerou.

-me deixa sair Kaulitz - disse nervosa mas, rude ao mesmo tempo, tentando manter a pose fria e seca.

-você pelo menos soube porque tivemos que ir, pelo menos tentou perceber o quanto a… - começou com todo aquele assunto de novo.

-eu não quero saber - quase gritei e Stacey mexeu no banco de trás - nunca quis - ele me olhou calmo - agora, abre a porta por favor! - ele respirou fundo e destravou a porta.Saí rápido, tirando Stacey do carro na cadeirinha e entrando dentro de casa.

Nunca quis entender porque ele deixou tudo, nunca quis entender porque ele me deixou. Nunca gostei da ideia de ser deixada para trás, ser deixada sozinha, e antes que ele fizesse isso á mim, fiz isso á ele tentando sofrer menos, mas acho que não ajudou muito pois toda dor que eu sentia antes estou sentindo agora.