Regrets escrita por Molly


Capítulo 7
Meu erro


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu postei esse cap duas vezes, pois postei a primeira vez na fic errada...é que estou cheia de sono e n faço coisa com coisa...
Bem, obrigada pelos reviews e o capitulo ficou grande, pra quem n gosta: desculpa mas tá bom leiamm!! e pra quem gosta: dedicado á vcs
e pra todos:
boa leitura:



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Me olhei no espelho umas quinhentas vezes, virando de lado e olhando minha silhueta naquela vestido de duas cores. Ele era um vestido tomara que caia, no busto era preto, com um laço da mesma cor. O resto do vestido era claro, como uma cor creme e era solto no corpo. No pé, usava uns salto altos também de cor preta, uma mala carteira preta, uma pulseira também preta com detalhes em dourado e uma maquiagem escura.

-está linda Carla, não precisa se apodrecer no espelho não - ri. Hanna estava sentada na cama me olhando, enquanto eu verificava se estava tudo certo.

-você não sabe como estão os meus nervos - olhava para os lados e a cada segundo que passava eu ficava mais nervosa.

-calma - se levantou e parou na minha frente - vai tudo correr bem, é só um jantar entre casais - do lado de fora a buzina soou e meu coração bateu mais rápido - agora vai lá e mostra pra todos que você está bem e feliz - me abraçou e não queria sair dali. Não queria me mover, mas tinha que ser. Nos separamos e descemos juntas as escadas.

-tem a certeza que vai ficar bem sozinha? - ela riu e abriu a porta.

-sim tenho, bom jantar - dei um último abraço e saí de casa, caminhando até Mário, que estava na mesma posição de sempre, encostado no carro com os pés cruzados.

-nossa! - dei-lhe um breve selinho - está linda! - sorri um pouco envergonhada.

-você também - sorri - agora vamos, não quero chegar atrasada - ele abriu a porta do carro para mim, que entrei.Deu a volta e entrou no banco do condutor.

A viagem foi calma, e durante todo o tempo ele perguntava sobre os gêmeos, eu como desculpa dizia que era melhor conversar sobre isso no jantar.Chegamos no requintado Spago, era bem iluminado e com várias pessoas da “alta sociedade” entrando e jantando ali.

Estava uma noite fresca de um verão Californiano, o céu estava estrelado e o pouco vento que batia em minha pele, tornava a noite agradável.Mário deu as chaves do carro para o senhor e entramos, uma senhora que aparentava ter seus 30 anos olhava para um pequeno computador e recepcionava as pessoas.

-boa noite, sejam bem-vindos ao Spago - ela disse super educada e com um sorriso que mostrava dentes perfeitos na boca - têm reserva? - assentimos que sim - a reserva está feita no nome de quem?

-acho que - mantinha meu braço entrelaçado no braço do Mário - está no nome de Bill Kaulitz - ela mexeu no computador.

-ah! Sim senhora Laurinattis, o senhor Kaulitz nos disse que viria, por aqui por favor - entrelacei meus dedos nos de Mário e a cada passo que eu dava meu coração acelerava e eu suava frio.

A cada passo eu sentia que iria vomitar, desmaiar ou até mesmo morrer.De onde estava via um homem de cabelos negros e ao seu lado uma mulher de cabelos castanhos, sendo esses Bill e Jenna. Chegamos mais perto e ele estava lindo, como sempre. “Para de pensar nisso Carla” me repreendi mentalmente.

Quando nos viram todos levantaram e ele me olhou com um sorriso no rosto, olhando várias vezes de cima a baixo para meu vestido. Ao seu lado estava uma mulher muita bonita, ela tinha traços asiáticos e um cabelo de cor clara perfeito. Cumprimentei todos, e quando chegou sua vez apenas dei um beijo de leve em sua bochecha, podendo sentir seu cheiro mais uma vez, então meu coração parou e minha respiração já não existia.

-hum…esse é o Mário - apontei pra ele que cumprimentou todos - meu, meu namorado - é mentira, nós ainda não tínhamos oficializado a relação. Ele sempre quis fazê-lo mais eu sempre me refugiava no trabalho.

-prazer Mário - Bill disse com um sorriso de lado.

-esta é Ria - Tom apontou para a mulher alta, que usava um vestido vermelho, assim como o batom que ela usava nos lábio grossos.

-prazer, ouvi muito falar de você - sua voz era fina e eu já a conhecia, ela era a Miss Alemanha, ou já foi.

-prazer - nos cumprimentamos com dois beijinho e sentamos. Eu ainda estava nervosa e recebia olhares constantes de Tom.

-então, a quanto tempo vocês namoram? - Tom perguntou sério e Ria sorria ao seu lado.Respirei fundo e contei mentalmente o tempo que andava com Mário.

-mais ou menos 5 meses - Bill sorriu assentindo.

-isso é muito - Ria disse. Eu me sentia péssima. Acho que nunca pensei ver Tom com outra pessoa, assim feliz como ele parece estar.

-e vocês? - foi a vez de Mário perguntar, sempre com um sorriso no rosto.

-1 ano e meio - engoli em seco e respirei fundo.

-que bom, hoje em dia é tão difícil encontrar alguém que dê valor aos relacionamentos sérios e tenha coragem para assumir um compromisso - Jenna falou. Ela estava linda, com um vestido muito parecido com o meu, mas com cores mais claras ainda e super delicado, bem parecido com ela.Usava uma maquiagem clara e o cabelo para o lado.

-pois, eu também acho - Bill concordou.A noite continuou com conversa sobre música, trabalho. Já havíamos passado as entradas, o prato principal e estávamos na sobremesa, quando um assunto não muito delicado é levado á mesa.

-e como vocês, se conheceram? - nos entreolhamos e Bill tossiu, como se tivesse limpando a garganta.

Flashback on(Narrador‘ P.O.V on) :

Tom caminhava com os amigos pelo corredor da escola sem olhar para a frente e sempre falando sobre música e a banda que eles tinham.

-Devilhish é muito macabro Bill - Georg reclamou ainda caminhando.

-eu não a… - bateu contra alguém, alguém mais baixo e mais fraco visto que esse alguém caiu no chão - desculpa, eu não te vi - a menina tirou o cabelo do rosto, colocando uma mecha atrás da orelha.

-não faz mal, 'tá tudo bem - Tom ficou olhando a menina, ela era linda: tinha olhos claros da cor do cabelo e possuía um sorriso divino.

-Tom - o irmão mais novo cutucou Tom com o cotovelo - vai ajudar a menina ou vai ficar aí igual á um idiota? - Tom estendeu a mão para a garota que ainda estava sentada no chão.Quando suas mãos se tocaram um choque elétrico passou por ambos os corpos e eles sorriram.

-obrigada - ela tinha uma voz suave e também avaliava o corpo e o piercing no lábio do menino de rastas loiras - hum…eu sou a Carla - sorriu e todos os outros também.

-eu sou o Tom - se aproximaram - prazer.

Flashback of:

-Nós…nos conhecemos na escola - Bill respondeu nervoso.

-e vossa amizade durou? - Jenna persistiu no assunto. Ria se mantinha séria e me olhava com ódio.

-sim - Tom se ajeitou na cadeira - persistiu durante um tempo depois nós - me olhou sério e meu corpo estremeceu - nós perdemos contato - assenti e Mário me deu um beijo no rosto.

-espera - Ria se pronunciou - você é Carla, Carla Laurinattis a famosa -ex do Tom - mas que vadia! Ele me olhava cínica com e me deu vontade de tirar aquele implantes que ela tinha.

-vocês namoraram? Porque não me disse Carla? - abaixei a cabeça e mexi no cabelo. Mário ainda me encarava confuso e Jenna parecia também estar.

-sim nós - olhei para a vadia de vermelho e meu sangue ferveu - foi uma coisa boba de adolescente - Tom me olhou e meu peito doeu. Não foi só isso, porque eu menti? Foi muito mais do que uma paixão de adolescentes foi mais do que isso, foi tudo.

-pelo o que eu sei não foi - sentia meu rosto queimar e minha respiração acelerar - pelo o que eu sei vocês…

-Ria já chega - Tom interrompeu a namorada e eu sentia que iria morrer.

-não Tom, não chega - falou alto não deixando ninguém falar - você sabe o que você fez com meu Tommy? Sabe? Ele ficou devastado depois que você foi embora, e foi embora assim, sem mais nem mesmo, sem explicar ou sei dizer adeus - ela falava e sentia meus olhos queimarem e um aperto no peito - o Tom nunca mais confiou em ninguém, até que ele me conheceu, mas se não fosse eu ele ficaria sofrendo para o resto da vida dele, e a culpa seria sua - apontou para mim.

-Carla? - Mário me olhava sério, confuso e com dúvida, aliás eu não sei pois não conseguia pensar. Não consegui segurar as lágrimas e nem as palavras.

-se teu namorado confiasse assim tanto em você ele iria te contar porque eu fui embora. Não acredite que a culpa é minha porque não é - me levantei bruscamente da mesa e olhei para Tom com desprezo - se ele sofreu foi bem merecido e foi tudo culpa dele - saí dali correndo e com lágrimas nos olhos.

Jenna veio atrás de mim, mas eu não queria saber de nada, meu mundo havia caído e eu estava sem chão.Saí do restaurante com rapidez sendo seguida por Jenna.

-senhora! - ela gritava enquanto eu andava rápido pelas ruas pouco movimentadas.Parei quando meus pés em cima do salto alto, reclamaram e caí no chão.Minhas lágrimas caíram comigo e já não sentia meu coração bater.Como ela atreve dizer que a culpa é minha? -por favor, acalme-se - ela pedia enquanto eu quase me afogava em lágrimas. Naquele momento não seria tão mal assim eu morrer em minhas próprias lágrimas, não seria tão mal eu ir embora do mundo e não ter que viver com a dor que estou vivendo agora - vamos para casa - ela chamou um táxi e fomos para minha casa.

Eu chorei durante toda viagem e a imagem de Los Angeles passava por meus olhos embaçada e distorcida. Saímos do táxi e ela tocou a campainha, Hanna abriu a porta e a preocupação se alastrou por seu rosto.

-Carla?! - me puxou pelo braço me levando pra dentro de casa. Depois disso, bom depois disso eu só lembro de ter chorado até dormir.

Acordei e meus olhos mal viam o meu próprio quarto. Olhei para os lados e estava tudo escuro, não havia ninguém no quarto e a pouca luz que havia ali era a luz que vinha da sacada do quarto e era muito pouca, pois as portas de vidro e as cortinas escuras estavam fechadas.Levantei, me sentando com dificuldade na cama, minha cabeça doeu como se eu tivesse levado uma martelada na cabeça.“Ele ficou devastado depois que você foi embora, e foi embora assim, sem mais nem mesmo, sem explicar ou sei dizer adeus”A frase ecoou na minha cabeça, e ela doeu mais ainda.

Passei a mão pelo cabelo e levantei, abrindo as cortinas e o sol entrou no quarto cegando meus olhos. Fui até o banheiro e me olhei no espelho, eu estava horrível com os olhos inchados, a cara amassada e a alma destroçada.

Eu parecia a mesma menina que se olhava no espelho com as malas feitas no quarto e uma passagem na mão a dizer “destino: Los Angeles”. Parecia a mesma menina que havia deixado o mundo para trás tentando ter uma vida melhor, longe de sofrimento. Essas pessoas são as mesmas, as mesmas dores, os mesmos problemas o mesmo sofrimento.

Entrei no box, ligando a água fria e deixando ela cair sobre meu corpo que estava quente. Eu poderia ter um choque térmico, mas isso não me preocupava, eu só queria sentir algo além de dor, além do vazio que eu sentia naquele momento.Saí do banheiro congelando e enrolada em uma toalha, as lágrimas se misturava com a pouca água que ainda havia em meu corpo.Abri a porta do banheiro e Jenna e Hanna estavam lá, sentadas na cama.

-bom-dia - Hanna veio até mim e me deu um abraço.

-bom-dia senhora - Jenna cumprimentou sentada na cama.

-Por favor Jenna, só Carla agora - ela sorriu assentindo - dormiu aqui? - ela usava um t-shirt gigante preta, que eu sabia que era da Hanna.

-sim, Hanna insistiu e eu estava preocupada.

-eu contei tudo pra ela - Hanna se explicou e eu apenas forcei um sorriso.

-tudo bem eu… - olhei para os lados - eu vou vestir uma roupa qualquer e vou comer algo, estou com fome.

-hum…Carla? - chamou minha atenção - o Tom está aí - meu corpo se encheu de ódio e raiva, raiva daquele idiota de tranças.

-o que ele faz aqui? - Hanna e Jenna estavam sérias.

-ele diz que quer falar com você - Jenna respondeu. Comecei a vestir minha roupa em uma velocidade que nem eu mesma conhecia - o que vai fazer?

-eu vou mudar.Vou mostra uma Carla pra ele que ele nunca imaginou conhecer - terminei de calçar os chinelos e desci as escadas, o encontrando sentado no sofá - o que você ‘tá fazendo aqui - desci as escadas rápido e quando me viu ele se levantou. Eu poderia perder o controle a qualquer momento, mas precisava me controlar.

-Eu queria pedir - o interrompi

-não, você não precisa pedir desculpas, por nada a sério - falava rápido e seca, não transmitindo nenhum sentimento além de ódio - você não me deve nada. Eu não quero você na minha casa e não quero você na minha vida, sua namorada te faz feliz, ela fez questão de mencionar isso ontem né, e eu não acho que ela gostaria de saber que o namorado esteve na casa da -ex. Agora, faz o favor de sair da minha casa, pois ninguém te chamou aqui - fui até a porta e a abri.

Ele calmamente se levantou do sofá e veio até mim, meu coração acelerou mas, controlei-me

-só me diz que o que tivemos foi uma coisa boba de adolescentes. Só me diz isso, na minha cara e eu vou embora - ele estava próximo, próximo de mais para minha consciência, mas eu estava magoada demais e minha raiva tomou rédeas da situação.

-não foi só uma coisa boba de adolescentes - ele sorriu - foi pior do que isso, foi um erro, um erro Kaulitz. Ter te conhecido foi um erro, ter ficado com você foi um erro. Ter me deitado com você, te amado um dia e ter…e ter a capacidade de dar a minha vida por você um dia foi tudo um erro. Eu tenho nojo de mim mesma por ter te tocado um dia, eu tenho raiva de mim mesma. Ter falado com você foi um erro, e é um erro que eu quero esquecer, pois de erros a minha vida está cheia - seus olhos encheram-se de lágrimas e por um momento achei que ele iria chorar - agora, vai embora antes que eu tenha que chamar a polícia - ela me olhou uma última vez e saiu da minha casa.

Eu bati a porta com força e quando olhei para o lado Hanna e Jenna estava lá e me olhavam com pena.

-já está - lágrimas caíram e elas vieram me abraçar. 


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Notas finais do capítulo

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