Regrets escrita por Molly


Capítulo 6
Desde que te perdi.


Notas iniciais do capítulo

Consegui postar hoje:D
Mais uma vez obrigada pelos reviews, eles realmente significam muito para mim.
Boa leitura:



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Os dias passaram e não a vi mais, mas as coisas ficaram na mesma: eu continuava pensando nela, sonhando com ela e imaginando ela comigo. Quando vejo Ria com minhas blusas e t-shirts lembro logo dela, em como ela ficava bem nelas só com as pernas á mostra.Eu me sinto um completo idiota, lembrando e querendo uma pessoa que nunca mais vais ser minha.Tento encarar a realidade, mas a realidade nesse momento é dura.

Eu passei esses anos todos com várias, porque me senti vazio, sentia falta dela.Sempre pensei que nunca mais a veria, que ela ficaria lá em Berlim e eu nunca mais teria a chance de sentir o Loverdose que ela sempre usou e ainda usa.Sempre fiquei com outras tentando me sentir tão feliz e inteiro, como quando estava com ela, mas era sempre inútil, eu acabava em um quarto de hotel com uma ou duas mulheres ao meu lado e meus pensamentos sempre me levavam á ela,sempre á ela.

-Só acho que temos que ter mais tempo Jost - meu irmão reclamava - nós trabalhamos pra caramba e precisamos de pelo menos 1 ano de férias, nós só estamos parados 1 mês - todos assentimos.

Eu estava cansado, de gritos e gravações. Não que minhas fãs me cansassem, mas eu estou cansado de trabalhar direto, sem parar e sem ter direito á descanso.

-eu também acho David, nós estamos exaustos - ele abaixou a cabeça e nos olhou sério.

-é o que todos querem? - assentimos em silêncio - então está bem - Bill sorriu e Georg já começava a falar sobre planos de férias.

Eu? Eu iria fazer alguma coisa que enchesse minha mente com alguma coisa que não seja Carla Laurinattis.

-e então ela disse que adorava nossas músicas e nossas letras, eu fiquei tão feliz com tantos elogios vindos dela - Bill falava sobre o encontro com a tal de Jenna. Eu não prestava muita atenção, mas eu tentava mesmo sabendo que não iria conseguir - Tom?! - gritou e levei um susto.

-não precisa gritar que nem um louco ok? - voltei á minha posição original, sentado no sofá com os pés na mesa e as pernas abertas.

Flashback on:

-Sabe que um dia você ainda vai rasgar as calças fazendo isso? - apontou para o meio das minhas pernas, onde as calças ficavam esticadas.

-não adianta falar querida - minha mãe passou pela sala sorrindo - ele não ouve! - gritou da cozinha e eu apenas sorri.

-e ainda por cima põe os pés em cima da mesa, que falta de educação - sentou do meu lado e negou a cabeça cínica.

-estou cansado, só isso - ela riu e apenas observei o jeito dela sorrir.

-o que foi? - parou quando percebeu que estava a observando.

-nada, mas estava pensando se tivéssemos filhos um dia - fechei os olhos e ela sorriu - eles iam ser lindos iguais ao pai - me deu um tapa no ombro e fiz cara de dor.

-você é um idiota - cruzou os braços e ficou chateada. Me aproximei dela, respirando devagar sobre seu pescoço. Dei um beijo sem sua bochecha e desci minha boca para seu pescoço, fazendo questão de encostar o piercing frio em sua pele.

-desculpa vai? - disse baixo e com a voz rouca, ela já estava arrepiada e mordia o lábio.

-isso é não é válido - se virou para mim e me deu um selinho longo, segurando meu rosto com as duas mãos.

Flashback of:

-você anda muito em baixo - girei os olhos - nem parece que esqueceu mesmo -virou-se para a TV, ligada em um canal de música qualquer.

-mas esqueci - insisti na mentira.

-já que é assim - tirou o controle de cima da mesa e desligou a televisão - um almoço, eu a Jenna, Tu a Ria, e a Carla e o Mário - meu coração acelerou e fiquei sem respostas. Como iria convencer Bill que eu a tinha esquecido, se nem mesmo eu me convenci de tal coisa?

-está bem, você vai ver esse almoço vai correr ás mil maravilhas - fingi entusiasmo e ele levantou em um salto.

-eu vou ligar pra elas e marcar - saiu da sala e pensei na burrice que eu fiz, devia ter dito a verdade pra ele e pra mim mesmo, agora vou vê-la de novo e pior, com o namorado dela e minha “namorada”.

Não trato Ria por minha namorada, ela é mais uma jogada de marketing. Fico com ela para não ficar com mais fama de galinha, para as pessoas pensarem que eu mudei e estou com uma só. Mas é só sexo e beijos na frente das câmeras nada mais.

Ela insiste em começar algo mais sério, mas sempre digo que não estou preparado. Ela já toma isso como algo sério, pois conta para amigas que namora Tom Kaulitz, eu…eu não falo nada, apenas deixo a notícia espalhar e o mundo saber que estou “amando”

-está marcado, para amanhã ao 12h no Spago(http://twosquirts.com/blog/wp-content/uploads/2009/10/Spago-Beverly-Hills-CA1.jpg)

-ok, eu vou dar uma volta - levantei e subi para meu quarto, Bill entrou no mesmo antes que a porta fechasse.

-Vai aonde? - peguei na carteira e nas chaves do carro.

-dar uma volta, comprar alguma coisa sei lá, arejar - passei por ele, mas depois me virei o encarando - vem? - ele pensou um pouco e assentiu, desci as escadas e um tempo depois ele também já estava lá.

-nós vamos sair, vêm? - Georg e Gustav assistiam a um desenho animado qualquer.

-vão aonde? - fez a mesma pergunta de Bill.

-vamos dar uma volta - abri a porta e olhei para eles - então…?

-não, bom passeio - saímos de casa e fomos para aquele mesmo parque, Bill comprou um copo de Coca-Cola e eu fumava meu cigarro.

Carla’s P.O.V on:

-só não acho que é, como tenho a certeza - toquei em seu nariz. Estava sentada com Mário na praça do bairro e discutia sobre quais bandas eram melhor.

-qual é Carla, eu prefiro Pop a rock - girei os olhos e olhei para o lado e lá estava ele.

Sempre brigou comigo por culpa do cigarro, mas estava fumando. Com calças largas escuras, regata branca e por cima uma camisa vermelha e tênis vermelho nos pés. Estava acompanhado de Bill, que também fumava e bebia um copo de Coca-Cola.

-tudo bem? - tirou minha atenção dos gêmeos, passando a mão a frente dos meus olhos.

-sim, eu só estava lembrando que tinha uns papéis para ver do trabalho - menti forçando um sorriso.

-mas amanhã é domingo - assenti.

-mas, você sabe como eu sou, trabalho quando puder - ele fez cara de decepção, mas nos levantamos do banco indo para minha casa. Estávamos sentados dentro do carro em silêncio, eu apenas olhava para minhas mãos.

Nossa relação havia ficado cada vez pior, estávamos distantes e me sentia uma estranha perto dele. Não negar e dizer que ter Tom por perto me afeta, pois afeta e muito, mas eu tento o máximo não mostrar isso, não deixar ninguém ver ou perceber.

-te vejo amanhã então? - assenti, me aproximei para um selinho e saí do carro.Entrei dentro de casa respirando com calma e colocando as chaves em cima da mesinha que ficava perto da porta. Haviam duas mensagens no telefone, apertei no botão e:

Carla - sua voz saiu chorosa e ela soluçava imenso - eu…eu preciso da sua ajuda, eu briguei com o Stanley e…perdi o emprego. Por favor me ajuda eu preciso de você” -  me desesperei e a próxima mensagem me fez agarrar nas chaves do carro e sair de casa - “Carla, por favor eu preciso de ajuda, quando ouvir essa mensagem me liga ou vem aqui em casa”.

Entrei no prédio, chegando na recepção.Não demorou muito e ela autorizou minha entrada, subi até o 11º andar, indo para o apartamento D. Antes mesmo de tocar a campainha, ela abriu a porta com os olhos inchados e os cabelos desajeitados.

-oh! Amiga, eu lamento - a abracei ali na porta mesmo e ela desabou em lágrimas.Ela me contou tudo o que aconteceu, disse que brigou com Stanley depois que perdeu o emprego de recepcionista. Sem trabalho ela não poderia pagar a faculdade de direito.

-eu…olhei para os lados e ela estava com as poucas coisas dentro de caixas e umas 7 malas - pra onde você vai?

-eu…não tenho pra onde ir, sem trabalho não consigo pagar o aluguel do apartamento.Vou para uma pensão qualquer e… - a interrompi com um tapa na cabeça.

-você sabe muito bem que não vai pra pensão nenhuma - sorri - você vem morar comigo.

-eu não quero te incomodar Carla, afinal você tem seu trabalho, eu seria um fardo.

-para de dizer besteira Hanna, você vem morar comigo e já está decidido. Eu preciso de alguém naquela casa, estou sozinha e…preciso de alguém.

-você viu ele de novo? - Hanna era uma das poucas pessoas que sabia sobre Tom, ela é fã da banda mas, nunca tocou no nome Tokio Hotel na minha frente.

-vi hoje, mas…não quero falar sobre isso. Vamos pegar isso tudo e hoje mesmo você entrega esse apartamento e vai morar na minha casa, comigo - sorrimos e nos levantamos pegando as caixas e colocando no carro.

Além das 5 caixas haviam mais 7 malas, então iríamos em carros separados, ela iria no dela e eu no meu.Ela com as malas e eu com as caixas.

Chegamos em frente á minha casa e a ajudei com as malas, colocando tudo no quarto de hóspedes, que ela depois iria decorar como quisesse(http://www.kenthotel.com/images/guest-rooms-single-room-with-french-bed.jpg).

-Agora vamos subir as caixas - estávamos descendo as escadas.

-pode deixar, eu subo, não são muitas e você precisa ir ainda no apartamento, pegar outras coisas e entregar as chaves, por isso, vai e eu subo as caixas.

-tem certeza? - abri a porta da entrada e saí de casa, abri o porta malas do carro.

-vai logo Hanna! - ela entrou dentro do carro dela e foi. Agarrei em uma caixa e coloquei levei para o quarto. Já estavam quase todas, só faltava uma, a maior que eu deixei por último. Ela era realmente pesada e grande.

-quer ajuda? - uma voz conhecida, muito conhecida soou atrás de mim. Meu corpo estremeceu e me virei devagar. Ele ainda estava com a mesma roupa. Os óculos escuros no rosto, com o sol do fim de tarde batendo em seu rosto o iluminando.

-hum…não precisa - escondi o nervosismo em algum lugar e me virei para o porta malas, ficando de costas para ele.

-isso parece pesado - controla Carla, lembra que você já não é uma menininha, aja como uma mulher.

-bem - me virei de novo, com um sorriso no rosto, sorriso esse que era nervoso e forçado - na verdade preciso de ajuda sim - ele sorriu e meu mundo desabou, fiquei tonta e quase saltei para cima dele naquele momento, tudo isso com um sorriso.

Ele aproximou de mim, e pegou a caixa que pra mim era pesada, mas que não parecia sê-lo para ele.

Fui em sua frente e abri a porta, entramos em casa e meu coração já parecia querer saltar para fora do meu peito.Subi as escadas e ele me seguia, abri a porta e ele colocou a caixa no chão do quarto que seria de Hanna.Ficamos nos olhando em silêncio e a temperatura do quarto estava absurda.

-posso perguntar quem vai mudar pra aqui? - olhou para os lados, olhando tudo que estava no chão e na cama.

-hum…sim, a Hanna - ele ficou meio surpreso e continuou.

-Hanna? A mesma Hanna da Alemanha? - sorrimos e assenti colocando as mãos nos bolsos do calção curto e ele por momentos olhou para mim, me avaliando.Me senti envergonhada e acho que corei.

-sim, a mesma - sorri e ele tirou os óculos escuros, me deixando ver seus olhos que pareciam cansados.Não tinham mais o mesmo brilho e a mesma alegria no olhar e aquilo me fez sentir…culpada.

-nossa! - riu pelo nariz - não vejo ela desde que… - o olhei no mesmo momento e ficamos nos encarando em silêncio.

Nossos olhos já diziam o que aquela situação significava, o que ambos estávamos sentindo, ou pelo menos eu. Milhões de imagens do passado passaram por minha cabeça, imagens daquele dia chuvoso, daquele dia em que tudo acabou.Se ele terminasse a frase iria dizer “desde que você foi embora” ou “desde que acabamos”. 

-Carla conseguiu…? - Hanna parou na porta do quarto nos olhando. No meio de turbilhões de sentimentos nem ouvi ela entrando ou subindo - Tom? - olhou para mim, que abaixei a cabeça e dei um meio sorriso.

-a quanto tempo tampinha - ela se aproximou e o abraçou - continua baixinha - se separaram.

-e você continua o gigante do grupo - riram - conseguiram subir com…as caixas, consigo ver que sim - sorriu safada para nós os dois e corei mais uma vez.

-sim, mas eu tenho que ir… - apontou para a porta de casa.

-sim - assenti - Hanna, leva ele até a porta, eu arrumo isso aqui - passei a mão pelo cabelo e ela sorriu.Saíram do quarto e caí na cama. Minha respiração estava acelerada e suava frio.

Foi o mais próximo que fiquei dele desde, desde que fui embora e desde que acabamos com tudo. Desde que a maior ferida se abriu, minha infelicidade começou, minha busca por paz começou. Desde que eu perdi a pessoa que mais teve importância em toda minha vida.Desde que perdi o Tom.


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Notas finais do capítulo

gostaram?Espero que sim:D
Quero reviews ok?
Bjinhuss e até o próximo capítulo.



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