Tom’s P.O.V on:

-não acredito! - ele pulava pelo quarto todo sorrindo e mais parecia um doido - não acredito, não acredito! Ah!!!vou ser titio - Georg riu da empolgação do meu irmão enquanto eu estava deitado na cama de barriga pra cima, ainda com as imagens da ultrasonografia na minha cabeça.Era uma coisinha tão pequena, tão delicada que se mexia de um jeito estranho dentro da barriga dela.

-sempre pensei que Bill seria pai primeiro do que o Tom - Gustav riu sentado na poltrona, me sentei na cama ainda meio tonto com a palavra “pai”.

-e já sabem o que é? Se é menino, menina, como vai se chamar? - girei os olhos.

Eu ainda não havia pensado em nada disso, tudo aconteceu tão rápido: uma hora eu estava tentando saber o que Carla tinha, e na outra ela me diz que está esperando um filho meu. Se eu estou feliz? Sim, afinal é um Kaulitz, meu filho…mas a ideia ainda me atormenta um pouco, ainda mais pelo fato de Carla não querer falar comigo.

-Bill, isso ainda é muito cedo pra decidir - Georg girou os olhos e respirei fundo, vendo meu irmão mais animado que eu.

-mamãe já sabe? - me virei pra ele, se sentou na cama ao lado de Georg e respondeu.

-já, ela ficou super empolgada - mais do que ele impossível - não podem vir agora, mas vêm antes do bebê nascer como é óbvio - assenti.

"Bebê", é a sensação mais estranha olhar para a barriga dela e saber que lá dentro está um filho meu.

-e que tal se a gente passasse a tarde todos juntos? - neguei, péssima ideia isso.

-pois é, já faz um tempo que a gente não se reúne todos assim - Georg riu da minha cara, girei os olhos e me sentei na cama.

-não, não mesmo - todos me olharam espantados e comecei a me explicar - não…já chega de momentos constrangedores…- Gustav riu e Bill apenas sorriu.

-vamos reunir sim - Bill parou no meio do quarto e olhou para Georg - Gustav chama a Jessica e Georg chama a Hanna, Tom - fechei os olhos torcendo pra que ele não falasse as palavras que falou - chama a Carla - bufei e eles saíram do quarto rindo. Peguei o celular em cima do criado mudo, nervoso disquei o número e depois de alguns toques ela atendeu.

-alô - parecia calma então, sem medos, continuei.

-oi Carla é o Tom - houve alguns segundo de silêncio do outro lado da linha, mas ela falou.

-ah! - pausa - oi Tom - ou eu estava doido e paranóico ou senti ela sorrindo do outro lado.

-hummmm…o Bill vai fazer uma espécie de reunião de comemoração sabe? sobre a vinda do… - parei no meio da frase sorrindo - do nosso filho e…ele ‘tá chamando todo mundo…quer vir? - mais silêncio do outro lado, ela respirou fundo e voltou a falar.

-pode ser - ouvi vozes do outro lado, de mulheres pra ser mais preciso - até já então.

-até já.

Eu estava nervoso, e mais uma vez me sentindo um idiota por sentir assim. Troquei de roupa e desci as escadas, Bill sorria e Jenna estava ao seu lado na sala.

-olá Tom! - ela deu um sorriso bonito e a cumprimentei com um breve abraço.

-as outras 3? - a campainha tocou e engoli em seco, respirei fundo e me sentei no sofá parecendo o mais normal possível. Aliás é apenas Carla, a mulher da minha vida e mãe do meu filho, normal né?

Georg abriu a porta, ouvi algumas vozes, risos e logo depois o barulho de saltos batendo no chão da casa até que Georg apareceu abraçado á Hanna sorrindo bobo, atrás deles estava ela, bem diferente de hoje de manhã:

Saltos altos na mesma, mas calças jeans rosa claro assim como os sapatos, uma espécie de top e colete preto por cima deste, que mostrava um pouco sua barriga que estava normal ainda. Os cabelos soltos e maquiagem um pouco mais forte, linda!

-olá pessoas lindas! - sorriu, cumprimentei Hanna e esperei ela abraçar Bill, deu um passo até mim sorrindo torto, não pude deixar de sorrir, pois sabia que ela estava envergonhada.

Flashback on:

-’tá olhando pra onde Tom? - Bill me cutucou com o cotovelo, desviando meu olhar dela, que olhou pra trás e riu.

-pra lugar nenhum Bill - fiz cara de zangado e ele riu - ‘tá rindo de quê? - perguntei já sem paciência com ele.

-você gosta dela - ele sorriu e olhei mais uma vez pra ela, para seus lábios que agora esboçavam um sorriso mais discreto. Ela passou o cabelo para o lado, coisa que faz o dia todo.

-não adianta dizer que não, pois não? - ele negou ainda com aquele sorriso idiota na cara.

Nós sempre brigávamos quando estávamos juntos, ela gosta de rock pesado eu gosto de hip hop, ela é mais sentimental, eu não ligo muito para sentimentos, ela é o contrário de mim e, por isso não damos certo. Seria impossível se um dia eu ficasse com ela, e em todos os meus 13 anos de vida nunca quis alguém como estou querendo ela agora.

-Tom? - ela me olhou - o Bill está com o Andreas, quer ficar comigo? - olhei para o lado e Bill e Andreas riam da minha cara, e depois concentraram no papel em cima da mesa. No quadro estava escrito, trabalho a pares, boa! que sorte(olha a ironia)

-claro - forcei um sorriso e senti um frio na barriga, eu nunca me senti assim por ninguém.

-gosto da tua pulseira - sorriu e pude ver ela corar um pouco, Carla corando?

-você gosta é de mim, isso sim - girou os olhos e largou os braços na carteira.

-você é um idiota Kaulitz - me olhou com desprezo e só ri, mesmo assim ela continuava linda.

-você me ama isso sim - girou os olhos rindo, sabia que ela estava nervosa.

Flashback of.

-olá - sorriu e nos abraçamos durante breves segundos, o que foi suficiente pra me sentir um idiota visto que meu estômago rodou - então, vamos almoçar aonde? - olhou para todos, a campainha tocou e Jessica entrou na sala acompanhada de Gustav - Jessica? - sorrimos.

-olá Carla, a quanto tempo não é? - sim, Jessica a que emprestou as roupas para ela no dia em que Carla e Ria rolaram até a piscina. Ela cumprimentou todos e Bill começou a falar empolgado.

-então - Bill abraçava Jenna por trás e mantinha o sorriso gigante no rosto - que tal se a gente fosse pra sala de jogos, comer, conversar beber - Carla negou com a cabeça sorrindo - refrigerante pra você linda - rimos e ela também…

Caminhamos até a sala, que era bem grande: uma parte para os jogos e outra para TV, tipo uma sala de estar e em outro lado havia um bar.

Georg pegou os tacos da sinuca e sorriu.

-ouvi dizer que a Carla joga muito bem - é verdade, eu sempre ganhei á todos menos ela - quer jogar? - colocou a bolsa em cima do sofá e voltou descalça.

-bora então - fizemos pares, enquanto Gustav, Jessica, Bill e Jenna bebiam e apostavam em quem iria ganhar, eu e Georg jogávamos contra Hanna e Carla.

Estávamos a ganhar, até que Hanna cochicha algo pra Carla que apenas sorri pra mim e assente com a cabeça.

-minha vez - veio para meu lado, dei alguns passos pra trás com o taco na mão pra que ela tivesse espaço para jogar. Dobrou-se sobre a mesa, mordi o lábio me desconcentrando do jogo, ela acertou e continuou com o jogo mas errou na segunda vez.

-Tom! - Georg gritou e olhei pra ele confuso, Jenna e Jessica apenas riam - tua vez, meu! - assenti e fui jogar, a única coisa que vinha á cabeça era a imagem dela sobre a mesa, acabei errando a porcaria da bola.

-sou eu! - Hanna foi para o lado de Georg, inclinou-se do mesmo jeito, mas ainda pensava na cena de segundos atrás.Elas continuaram assim, eu e Georg não acertávamos uma bola e acabamos perdendo.

-este tipo de distração não vale - ela riram e girei os olhos, sentamos todos no sofá da sala, eu e ela bebendo Coca-Cola e os outros RedBull.

-então…como se sentem - Jessica olhou para nós os dois sorrindo, nos entreolhamos sérios mas ela devolveu o sorriso para Jessica.

-bem - olhou para os pés em cima do sofá, descalços.

-e já decidiram qual vai ser o nome? - Bill de novo com isso.

-eu já disse que é muito cedo pra isso Bill - todos riram.

-mas já deviam pensar sobre isso - Carla me olhou rápido, mas desviou o olhar.

-não sei…ainda é muito cedo - assentiram todos.

-hum… - Hanna olhou pra Carla séria - Tom e Carla, eu e o Georg podemos falar com vocês? - Carla bufou e estranhei, apenas assentimos e levantamos os 4. Fomos para o quintal aonde estavam os cães, Hanna cruzou os braços, Georg se colocou o peso em um pé, eu cruzei os braços enquanto Carla se apoiou no muro - é sobre nossa viagem.

-Hanna a sério? - Carla repreendeu a amiga mas ela continuou.

-eu e Georg, acho que você já deve saber, vamos viajar por tempo indeterminado e…não posso deixar Carla sozinha por isso queria perguntar se - Carla olhou pra cima e depois fechou os olhos - se não faria mal ela ficar aqui, só pra não ficar sozinha em casa nas condições que ela está agora - um sorriso involuntário veio no meu rosto, olhei pra Carla que negava com a cabeça, provavelmente não concordando com a ideia.

-acho que…é ela quem tem que decidir. Eu não vou forçar você a vir viver aqui - me olhou séria e mantive o sorriso no rosto.

-tem mesmo que ser? - se virou para Hanna que assentiu com a cabeça - ok então - Hanna a abraçou feliz.

Mais feliz estava eu, ela ficaria perto de mim, eu perto dela e perto do meu filho.