Regrets escrita por Molly


Capítulo 11
Indo embora


Notas iniciais do capítulo

Já disse que amo muito vocês? digo agora: amo muito vcs!!xD
Obrigada pelos reviews, estão perfeitos!!!a sério...
VannyCarvalho sejá bem vinda, espero que gostes da fic linda!!
Uma coisa que deviam ter reparado no cap. anterior é: o colar, que a Carla sempre usava, pois é no prox. capitulo vcs vao saber de onde ele veio.
Boa leitura e não me matem...



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Quando saí de casa, não demorou muito e começou a chover, eu odeio dias chuvosos, odeio a água da chuva que sempre me traz lembranças do passado.Entrei no carro e dirigi na maior velocidade que podia até a casa dela.

Eu não sabia o que iria falar, não sabia o que iria fazer quando a visse, mas uma coisa maior do que eu me obrigava a ir falar com ela sobre toda essa doidera que ela quer fazer.

Saí do carro em frente a casa branca e a chuva estava mais forte do que antes.Eu não queria passar por tudo aquilo de novo, eu estava em pânico, com medo que ela não me escutasse e se afastasse de novo.Toquei a campainha e um tempo depois ela veio atender, apenas com um calção curto e uma blusa gigante.

-o que você quer aqui? - só de vê-la meu coração acelerou e fiquei nervoso.

-posso entrar? - ela riu na minha cara e olhou pra mim de cima a baixo - por favor? - ficou séria e me olhou durante segundos em silêncio. Não disse nada e apenas abriu mais a porta, dando espaço para que eu entrasse na casa.

Ali tudo era bem organizado, em cores claras e escuras ao mesmo tempo, bem decorado com tudo no seu devido lugar.Passei os olhos pela sala e lá haviam extamente 5 malas, sendo 4 delas de carrinho e uma de mão.Meu peito apertou e a ideia de que cheguei tarde de mais bateu sobre mim.

-vai viajar? - coloquei as mãos no bolsos ensopados das calças - ela me olhou séria e piscou várias vezes, coisa que ela sempre fazia quando queria chorar - pra onde? - antes que pudesse continuar com as perguntas ela me interrompeu.

-você já sabe pra onde eu vou, ou então não estaria aqui - fui ficando cada vez mais nervoso e meu coração cada vez mais acelerado - vai dizer pra que veio aqui? ou pode ir embora.

Ela foi novamente rude, seca e fria como eu nunca vi ela ser. Ela nunca foi assim, amarga e insensível, ela sempre foi uma pessoa querida, simpática e “normal” de uma forma diferente, foi por isso que sempre a amei.

Flashback on:

Eu estava que nem um idiota sentado na carteira lá atrás, enquanto Carla olhava para a janela, hipnotizada por alguma coisa lá fora. Ela era simplesmente linda, mas nunca iria conseguir uma menina como ela.

-’tá olhando pra onde Tom? - Bill me cutucou com o cotovelo, desviando meu olhar dela, que olhou pra trás e riu.

-pra lugar nenhum Bill - fiz cara de zangado e ele riu - ‘tá rindo de quê? - perguntei já sem paciência com ele.

-você gosta dela - ele sorriu e olhei mais uma vez pra ela, para seus lábios que agora esboçavam um sorriso mais discreto. Ela passou o cabelo para o lado, coisa que faz o dia todo.

-não adianta dizer que não, pois não? - ele negou ainda com aquele sorriso idiota na cara.

Nós sempre brigávamos quando estávamos juntos, ela gosta de rock pesado eu gosto de hip hop, ela é mais sentimental, eu não ligo muito para sentimentos, ela é o contrário de mim e, por isso não damos certo.Seria impossível se um dia eu ficasse com ela, mas em todos os meus 13 anos de vida nunca quis alguém como estou querendo ela agora.

-Tom? - ela me olhou - o Bill está com o Andreas, quer ficar comigo? - olhei para o lado e Bill e Andreas riam da minha cara, e depois concentraram no papel em cima da mesa. No quadro estava escrito, "trabalho a pares", boa! que sorte(olha a ironia)

-claro - forcei um sorriso e senti um frio na barriga, eu nunca me senti assim por ninguém.

-gosto da tua pulseira.

Flashback of:

-acho que você já sabe porque vim aqui - eu estava com imenso frio, mas não me mexia apenas olhava pra ela, que evitava olhar em meus olhos.

-não, não sei - se fez de desentendida e continuei.

-vai embora porque? - eu já sabia porque ela iria embora, já sabia porque iria pra longe e provavelmente nunca mais voltar.

-isso não é da sua conta - foi novamente fria, tão fria como a chuva que caía lá fora.

Ficamos em silêncio e a única coisa que podia ser ouvida dentro da casa era a chuva que batia no asfalto e alguns carros, poucos, que passavam na rua naquela hora.

-você está sendo egoísta - disse ao final de minutos sem dizer nada. Ao pronunciar aquelas palavras meu peito doeu e tirei as mãos de dentro dos bolsos.

-eu? Egoísta? - olhou rindo para o lado e depois olhou no fundo dos meus olhos, aquele olhar fez um frio percorrer toda minha espinha e por segundos estremeci.Percebi que ela tinha ódio de mim, raiva do que alguma fiz.

-sim - já falava rápido e mais alto do que antes - você sempre foi, e está sendo agora - ela também tem suas desculpas, sua raiva descontada em mim, então também foi descontar a minha - não vê que está repetindo o mesmo erro pela segunda vez? Você foi egoísta antes e está sendo agora, está sendo covarde fugindo dos seus “problemas”. Está fugindo do mesmo jeito que fugiu a anos atrás - ela ouvia tudo calada e seus olhos já estavam vermelhos.A cada palavra minha cabeça doía mais, assim como meu peito - você sabe como você me deixou? - meus olhos marejaram e limpei a lágrima que quase caía.

-não, você não sabe como me deixou - uma lágrima desceu sobre seu delicado rosto, mas ela não a escondeu de mim, não limpou, apenas deixou ela descer até que morresse em seus lábios e caísse sobre mim como uma facada no coração - eu sempre pedi, foi a única coisa que eu pedi e você não conseguiu cumprir.As coisas se tornaram complicadas e você disse que tinha tudo sobre controle, que seria impossível a fama entrar no meio da nossa relação. Até que apareceram meninas atrás de você, fotógrafos, nós já não tínhamos privacidade. Eu vi nosso relacionamento indo pelo rio a baixo e não pude fazer nada, pois eu confiava que você iria conseguir salvá-lo - mais uma facada.

Cada palavra me machucava como um punhal direto no coração.

-você nunca percebeu - a interrompi. Seus olhos já estava invadido de lágrimas que caíram em conjunto, molhando um pouco a blusa - a banda sempre foi importante pra mim. Quando ouviu que o contrato estava fechado e que íamos em turnê você fugiu, fugiu de mim, da banda e da minha vida. Você não sabe como eu fiquei, porque você fugiu, me deixou desamparado…

-eu fugi porque sabia que por mais que tudo aquilo fosse forte, não era o suficiente pra acompanhar a tua vida nova! - gritou - eu nuca teria conseguido ficar com você, viver com a mesma alegria o que você vivia - paramos e o silêncio tomou conta do espaço - eu não estou indo embora porque eu tenho que fugir, estou indo porque já sofri de mais e não quero passar pelo mesmo.

-mas está passando - agora as lágrimas caíram sobre meu rosto e me desesperei - não vê, o mesmo cenário, a chuva, as lágrimas e as dores. Não adianta fugir Carla…

Flashback on:

-Tom! - Georg e Gustav entraram no quarto empolgados e animado, mas quando nos viu sorriram envergonhados.

-atrapalhamos? - Gustav coçou a cabeça.

-não - Carla respondeu e saiu do meu colo. Mentira eles atrapalharam sim, e muito - o que aconteceu para estarem assim? - sentou na cama.

-o David Tom, o David acabou de ligar! - Bill sentou ao meu lado na cama, enquanto Georg quase comia as unhas de nervosismo, Carla me deu um beijo no rosto e saiu do quarto, dizendo baixinho que iria falar com Simone.Ela nunca ficava quando nós conversavamos sobre assuntos da banda.

-e… - mexia as mãos tentando apressar o que eles queriam falar. Carla nunca foi muito com a cara do David, ela dizia que ele podia manipular nós os 4 para conseguir dinheiro e sucesso pra ele próprio.

-nós conseguimos Tom! - Gustav saltou - os Tokio Hotel entram em turnê pela Europa - por um lado fiquei feliz, mas por outro lado maior fiquei preocupado e confuso.

-como assim Europa? - eles entreolharam-se e perceberam o porque da minha preocupação toda - durante quanto tempo?

-hum - Georg olhou para os rapazes e respirou antes de dizer - 4 meses - ouvi alguma espécie de vidro cair perto da porta do quarto e levantei rápido, abrindo a porta. Em frente da mesma, estavam copos de suco quebrados e uma bandeja no chão, minha mãe estava assustada ao lado da bandeja, e segurava outra com sanduíches.

-mãe? O que aconteceu? A Carla? - ela me olhou com a boca aberta - mãe, ela ouviu alguma coisa? - minha mãe apenas assentiu devagar, foi o suficiente para eu descer as escadas correndo e sair de casa na chuva fria.

Corria como se não minha vida estivesse em risco, e por uma lado realmente estava.Ao longe, avistei ela correndo na chuva, ela corria rápido demais e eu fazia um esforço gigante para alcançá-la

-Carla volta aqui! - eu gritava e corria ao mesmo tempo. Ela estava apenas um pouco a frente, e ao mesmo tempo que corria eu sentia meu coração se partindo em pedaços - volta aqui Carla! - eu continuava gritando, enquanto as lágrimas caíam sobre meu rosto, estava frio e a chuva estava gelada.Eu agarrei em seu braço, quando finalmente consegui alcançá-la.

-Me solta Tom! - gritou e seus olhos estava vermelhos, não de andar na chuva mas sim de chorar por aquilo que ouviu a pouco tempo - eu disse me solta! - se mexeu, mas eu era mais forte que ela e o movimento foi inútil.

-eu vou voltar Carla, eu prometo. Nós vamos conseguir ficar juntos e a banda não vai atrapalhar nosso namoro, por favor fica! - as lágrimas caíram com mais força, e sua mão estava gelada, assim como provavelmente a minha estaria.

-me solta - foi a última coisa que ela disse. Em uma voz calma, porém embargada pela dor e tristeza. Eu sem sabia o que fazer, a soltei e ela voltou a correr pra um lugar que eu não sabia aonde era.

Flashback of:

-vai embora Tom - apontou para a porta - vai embora por favor - ela já chorava compulsivamente e aquilo doeu.

-só não faz nenhuma besteira, por favor - ela apontou para a porta de novo e caminhei até lá devagar.

Foi tudo em vão, tarde de mais.Senti a chuva sobre meus ombros e entrei no carro, dirigindo sem mesmo olhar para a estrada. Estava em alta velocidade e a chuva e lágrimas ambaçavam minha visão.

-Droga! - bati no volante e limpei as lágrimas. Ela vai embora de novo, e de novo a culpa é minha.Vi uma luz forte vir contra meus olhos, e logo a seguir meu corpo sofreu um baque forte e tudo ficou escuro.

-estou morto?


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Notas finais do capítulo

Será que ele morreu??? Leiam para saber...
Até daqui a poco, e n se esqueçam dakilo do colar.



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