Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 50
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Oiee lindos, aqui está o capítulo que todos estão querendo me esmurrar para ler.

Boa leitura ;)



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Capítulo 48 - Howard Stark


– Nós somos seus filhos. – James disse, fazendo todos os Vingadores ficarem parados, nos encarando com uma mescla de desconfiança e choque.

Sinto as mãos de Tony aliviarem aos poucos a minha garganta para me girarem pelos ombros a fim de encará-lo. Seus olhos castanhos escuros como os meus estudam o meu rosto. Conforme o faz, suas sobrancelhas começam a formar dois arcos de pura confusão.

– Quem é você? – Tony inquire.

– Howard. Howard Stark.

Ele me fita por alguns instantes, percorrendo minhas feições com um olhar gélido.

– Quem é a sua mãe? – questiona-me novamente com um tom seco.

– Virgínia Potts Stark. – respondo-lhe numa voz falha.

– Howard? – Tony chama por meu nome com incerteza, mas foi o suficiente para me fazer sorrir.

Ele sabe quem eu sou.

– Oi, pai.

E por fim suas mãos me envolvem num forte abraço. Eu retribuo com todas as forças que consigo reunir. Sinto meus olhos ficarem inchados e algumas lágrimas escorrerem pelas minhas bochechas. Enfim eu estou abraçando o meu pai.

– Como isso é possível? – escuto Tony perguntar. – Quando eu parti, você nem tinha nascido. – ele para por alguns segundos. – O que aconteceu?

Nós dois nos soltamos para observarmos melhor a fisionomia um do outro.

– Vocês estão dormindo aqui por mais de dezessete anos. – explico-lhe, virando para os meus amigos. – Nós seis viemos aqui para salvá-los.

– Esperem. – Peter Parker interrompe minhas alegações. – Está me dizendo que vocês são nossos filhos? Mas eu não tenho nenhum filho!

– Nem eu. – Thor se manifesta. – Isso só pode ser mais um truque de Loki!

Erika e Mayday se entreolham, provavelmente estão nervosas e não fazem ideia do que falar para os pais. Erika é a primeira a se manifestar vendo que Thor está o mais alterado dos sete.

– Não sei ao certo como dizer isso, pois até alguns meses atrás eu achei que minha família era normal. Meu nome é Erika Foster, sou filha da astrônoma Jane Foster... – ela ergue Torden – e isso me provou que sou a filha do deus do trovão.

De pronto eu noto que as feições raivosas de Thor começam a mudar quando este escuta o nome da mãe de Erika e visualiza a espada.

– Jane. – ele murmura pra si mesmo, começando a mergulhar em pensamentos.

Apoiando-se na coragem de Erika, Mayday também começa a dizer.

– Sei que isso pode parecer estranho, mas nós duas somos suas filhas. – ela tenta convencer Peter Parker e Thor. – Meu nome é May Watson Parker, sou filha da atriz Mary Jane Watson. – Mayday pousa seus olhos no Homem Aranha. – E sua também.

Peter, que ostenta a aparência de um jovem adulto, ainda parece desconfiado.

– Mary Jane e eu nos casamos há um ano, como...?

Mayday ergue ambas as mãos.

– Por favor, não me faça pensar sobre isso. Tudo o que eu sei é que estou aqui. – ela respira fundo. – Vocês estão casados há mais de 17 anos. Durante todo esse tempo, nós duas não conseguimos tirar da cabeça que não apenas você, mas todos tinham nos abandonado.

Não acho que a estratégia de “conte tudo de uma vez” foi a melhor das opções. Os Vingadores estão confusos, sem saber no que acreditar. Mas não podemos culpá-los, afinal de contas, eles não ficaram adormecidos por dezessete anos de propósito para não verem seus filhos crescerem.

Diante de um lugar como esse, onde a magia pode ser tanto aliada quanto inimiga, como você conseguiria distinguir o real do não real? Em que acreditaria? Sua mente ou seu coração?

Volto meus olhos para Luke e seu pai, Clint. Ambos estão próximos um do outro enquanto o segundo observa o arco de Luke Barton com admiração.

– Esse foi o arco que deixei para o meu filho antes de vir para Asgard. – ele comenta num tom sereno enquanto olha para Luke. – Somente você conseguiria pegá-lo para si.

Luke sorri.

– Eu sei disso. Fury me falou para tomar cuidado com o meu novo “brinquedo”. Ainda era uma criança estúpida quando o adquiri.

Os dois riem.

– Fico feliz por saber que ainda está vivo. – Clint confidencia ao filho, que se limita a concordar enquanto apertam as mãos.

– Eu também, pai.

– A última vez que eu o vi, você tinha apenas oito meses. – escuto a mãe de James, Natasha, comentar, fazendo minha atenção voltar ao momento família de James. A Viúva Negra chega mais perto do filho, tocando o seu rosto com receio. – Como posso saber se você é mesmo a mesma criança que deixei para trás?

– Olhe bem para as feições dele, Natasha. – o pai de James, Steve, pede a esposa. – Não consegue ver o nosso James nelas?

Antes que James pudesse dizer alguma coisa, a Viúva Negra o abraça, tendo logo a companhia de Steve. James tenta disfarçar, mas posso ver sua cara ficar vermelha com o excesso de afeto.

Mudo mais uma vez o meu foco, dessa vez para observar Thomas e Bruce Banner.

– Então, presumindo que você seja meu filho, devo deduzir que também tenha... O meu problema? – o pai de Thomas pergunta ao filho com uma voz sem emoção alguma.

Thomas assente com a cabeça enquanto pousa uma das mãos no ombro do pai.

– Não culpo você por ser do jeito que sou. – seus olhos brilham enquanto tenta tranquilizar o Dr. Banner. – Na verdade, tenho orgulho por ser igual ao meu pai.

Bruce se limita a sorrir enquanto envolve os ombros largos de Thomas com um dos braços.

– Você tem o mesmo otimismo da sua mãe. É bom revê-lo, Tommy.

Por pelo menos cinco minutos, todos nós ficamos parados, admirando nosso momento “pais e filhos” com um olhar bobo-alegre. Porém, meu pai se manifesta, tirando-nos do nosso estado atual para nos focarmos no que realmente importa.

– Isso tudo é ótimo... Quero dizer, dormimos por dezessete anos, perdemos toda a infância dos nossos filhos, minha armadura foi roubada e eu estou com uma tremenda dor nas costas. Acho que me sentirei bem melhor quando chutar o traseiro daquele alce mimado.

– Onde estão nossas armas? – Clint Barton inquire, lançando os olhos de um canto da sala para outro.

No mesmo instante Thor levanta o braço esquerdo e o deixa parado. Olho para os lados, esperando que algo aconteça, mas aparentemente ele só está se alongando. Tomo um susto quando o seu enorme martelo, Mjolnir, vem de um buraco na parede direto para a mão do deus asgardiano.

– Acho que já ganhamos uma direção. – Steve Rogers se adianta para o buraco, fazendo os outros Vingadores, juntamente com Erika, James, Luke, Mayday e Thomas o seguirem.

– O que aconteceu com o seu pé? – meu pai questiona com um vinco na testa. – Consegue andar?

Nego de leve com a cabeça. Tony se adianta para perto de mim e coloca um dos meus braços atrás de sua nuca, fazendo de si uma muleta humana.

– Obrigado.

– Não agradeça... Ainda estou com os músculos um pouco atrofiados. – Tony e eu damos um passo em conjunto. – Só agradeça se nós dois não cairmos.

[x]

Depois de muito andarmos, acabamos, enfim, achando o que procuramos.

– Nossas armas! – James exclama feliz da vida ao ver a nossa maleta perdida num canto remoto do lugar onde Loki deixou todos os nossos equipamentos.

Sabe o paraíso dos nerds que amam jogar videogames como “Call of Duty” e “Battlefield”? Então, é exatamente onde estou agora.

Armas de todos os tipos e tamanhos nos rodeiam, variando de uma simples pistola a uma bomba nuclear.

– Como as nossas armas de guerra vieram parar aqui? – Natasha questiona para o vento, já que ninguém aqui sabe a resposta.

Meu pai me encosta em uma das paredes quando estamos no meio da sala, alongando-se logo em seguida.

– Agora pode agradecer.

Solto um breve riso.

– Obrigado.

Tony olha para os lados sem parar, provavelmente chocado com a quantidade de armas das “Indústrias Stark” que há em Jotunheim. Minha surpresa também não é pouca. Como e por que Loki roubou armas terráqueas?

– Desgraçado. – escuto meu pai sussurrar enquanto observa um dos mísseis de alta tecnologia. – O que será que ele fez com...? – e para de resmungar no momento em que seus olhos encontram a armadura, intacta dentro de uma cápsula, a poucos metros de distância. – Olá, querida.

Observo meu pai capengar em direção à armadura, quase tropeçando no Dr. Banner e Thomas durante o trajeto. Quando ele finalmente a alcança, Tony quebra o vidro com uma das bombas e tenta fazer o sistema voltar à vida. Assim que consegue reativar a armadura, meu pai se encaixa dentro dela o mais rápido que seu corpo, ainda frágil, permite.

– Agora não me sinto mais nu. – ele diz com enorme satisfação antes de se dirigir a mim. – Vai uma ajudinha, parceiro? – Tony me pergunta com um sorriso no rosto ao mesmo tempo em que me dá uma piscadela.

Aperto firmemente sua mão, mas meu pai faz pouco esforço para me erguer novamente do chão. Tremo quando minha pele entra em contato com o metal ainda congelado.

– Aguenta firme, Howard, vamos ver se tem alguma coisa que possa ajudar você a andar.

Juntos, nós percorremos a sala com um olhar analítico, tentando encontrar alguma espécie de muleta ou pelo menos algo que permita que a dor cesse. Em meio à caminhada, posso ver cada um dos meus amigos com seus pais.

Luke e Clint comparam os arcos, provavelmente discutindo sobre a rigidez da corda ou as flechas ideias para se usar em determinadas situações de combate. O Dr. Banner mostra ao filho algum tipo de bomba com a base radioativa de raio Gama. Já James auxilia os pais a recuperarem suas diversas armas, especialmente as dezenas da Viúva Negra, enquanto adquire algumas para si. Thor parece tentar fazer com que Erika entenda como funcionam os poderes de Torden e Mjolnir. E por fim, e o mais hilário de todos, Mayday dando uma de tapada e acertando o próprio pai com uma espécie de lançador de teia artificial.

– Tem que ter alguma coisa aqui... – flagro novamente meu pai resmungando consigo mesmo, mas nada digo.

Enquanto continuamos a caminhar, eu acabo tropeçando e teria caído se Tony não tivesse me segurado firmemente com seu aperto de ferro.

– Você está bem?

Assinto com a cabeça enquanto paro para observar no que tropecei. Pego o objeto pesado e logo percebo que é uma mão... Uma mão mecânica, muito semelhante a da armadura do meu pai.

Olho ao redor, procurando por mais alguma parte do estranho protótipo, e logo o encontro, o restante do braço, a uma curta distância de onde estou, fazendo um caminho para seguirmos.

– Ali. – eu aponto para a esquerda, tentando mostrar ao meu pai a direção que temos que tomar.

Curiosos, Tony e eu vamos coletando as partes, até chegarmos numa réplica perfeita da armadura do Homem de Ferro, mas feita com o material e tecnologia asgardiana.

– Uou. – Tony e eu dissemos juntos em meio a nossa admiração.

– Eu não acredito que fui plagiado até mesmo em Asgard.

– O Destruidor. – escuto a voz de Thor introduzi-lo para perto de nós. – Então foi isso o que aconteceu com ele.

– Destruidor? – Erika tira as palavras da minha boca.

– Um robô que servia a guarda de Odin. Quando fui banido, Loki tentou fazer o Destruidor me eliminar durante a minha estadia na Terra, mas as coisas deram um pouquinho diferente do que meu irmão planejou. – ele chega mais perto da armadura. – Não imaginava que Loki o estaria reciclando para fazer...

– A minha armadura. – meu pai completa a frase num tom seco de puro desdém. – Será que a rena está trabalhando para o Hammer agora?

– É perfeita. – eu falo para mim mesmo, entretanto, minha voz acaba saindo um pouco mais alta que o necessário, virando a atenção de todos para mim. – O quê? É uma das melhores opções que encontramos até agora para resolvermos o meu problema.

– Howard... – Tony começa. – Descobri que tenho um filho há menos de uma hora, e ainda estou aprendendo a ser um pai exemplar, ou algo do gênero. E como primeira ordem oficial do meu atual posto, eu não vou permitir que você entre num troço construído por aquele lunático tão maluco quanto o Duende Verde.

– Nem me fale. – Peter Parker resmunga num canto remoto.

– Pai, nós não temos escolha. – tento expressar meu ponto de vista. – Além de eu ser apenas um peso morto, nós teremos que enfrentar um exército gigantesco esperando por nós em Asgard. Toda a ajuda é bem vinda nesse momento.

Eu tenho um ponto, e meu pai sabe muito bem disso.

– Não sabemos se essa coisa funciona direito...

– Temos que tentar.

–Ok, eu desisto, você venceu, cabeça dura. – Tony esbraveja. – Se for tão teimoso quanto a Pepper, esta já é uma luta perdida para mim.

Aproximo-me devagar da armadura, com medo de que ela exploda em algum movimento em falso. Quando finalmente posso tocá-la, esta imediatamente se abre, mostrando-me um lugar para me acomodar em seu centro. Respiro fundo antes de me movimentar para dentro da roupa metálica, que se fecha novamente quando meu corpo está instalado em seu interior.

Um enorme painel de controle aparece no meu campo de visão. Os comandos estão em asgardiano, língua que, por sorte, consegui aprender antes de entrar nessa enrascada.

Uma voz digital, mais grossa que a de JARVIS, me informa.

“Sistema operacional em perfeito funcionamento. Armadura com 100% da capacidade e aguardando novas ordens.”

Fico sem reação por alguns instantes enquanto absorvo todas as informações para adicionar a minha lista mental.

Problema do pé: Resolvido

Deixar de ser o inútil da equipe: Resolvido e passado para Mayday

Arranjar uma armadura maneira que atenda ao meu comando: Resolvido

– Howard? Consegue me ouvir? – Tony me chama, dando uns tapinhas no meu novo peito de ferro.

Dou alguns passos à frente, testando minha mais nova forma de andar. Não sinto dor alguma enquanto realizo o pequeno trajeto.

– Perfeitamente. – estendo uma das mãos, ordenando mentalmente que a armadura dispare alguma coisa. E em resposta, meu mais novo traje lança um raio de cor amarela tão forte quanto a própria energia nuclear, evaporando a pobre parede que serviu como alvo.

– Cuidado, Einstein! – Luke me repreende após eu quase acertá-lo.

– Desculpe.

– Tem certeza que consegue controlar essa armadura? – Thor me questiona.

– Não, mas também não temos mais tempo a perder para eu testá-la. – digo-lhe num tom sério, porém determinado. – Está na hora de acertarmos nossas contas com Loki. De uma vez por todas.



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Notas finais do capítulo

Bem, meus queridos, por hoje é só! Espero que tenham gostado e não deixem de comentar, hein ;)

Gostaria de dedicar esse capítulo a Lari, que fez 15 aninhos, parabéns lindinha ♥

Tenham um ótimo feriado e até a próxima *-*