Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 47
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

Olá meus lindos! Como vocês estão? Espero que bem ^^

Enfim, aqui está o capítulo da Mayday. E enquanto vocês dão uma olhada, eu vou betar um pouco da fic ;)

beijocas



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Capítulo 45 - May Parker (Mayday


Eu simplesmente não consigo acreditar que Luke Barton voltou.

Mesmo ele estando agora na minha frente, nos guiando por entre as entranhas do palácio de gelo, minha mente se recusa a aceitar de que a imagem dele é real. Que tudo não passa de uma miragem idiota da minha cabeça.

– Luke? – James o chama. – Tem certeza que estamos indo ao lugar certo?

– Para ser sincero... Não. – ele responde apenas.

Howard e Erika estão logo na minha frente, enquanto eu ando ao lado de Thomas, que não parece muito confortável com alguma coisa.

– Está tudo bem, Tommy? – indago-lhe com sincera preocupação.

Thomas volta seus olhos para mim, surpreso por eu ter notado que algo o incomoda.

– Nós precisamos encontrar uma forma de ficarmos páreos para enfrentarmos essa guerra. – confidencia seus pensamentos. Sua testa está vincada e seus lábios inquietos. – Não teremos a menor chance se formos para a batalha desse jeito. Precisamos de armas.

Pouso uma das minhas mãos em seu ombro largo e musculoso.

– Vai dar tudo certo. – tento tranquilizá-lo, mesmo sabendo que também estou tentando acalmar a mim mesma. – Não estaremos sozinhos, teremos os asgardianos e os nossos pais lutando conosco.

Thomas me lança um rápido sorriso e volta a afundar em pensamentos. Eu não tento tirá-lo de seus devaneios, pois eu não tenho mais nada para lhe transmitir confiança.

Diminuo meus passos quando percebo que meu grupo está parado defronte a uma porta esculpida com duas imagens de espadas cruzadas de gelo. James toca a estrutura de leve, tentando sentir a espessura da construção gélida e logo em seguida nos lança um sorriso antes de arrebentá-la com um soco.

Erika faz um sinal para nos movermos rápido e todos de pronto obedecemos. Olho para os lados a procura de algum sinal de vida, mas tudo o que vejo é gelo. Gelo, gelo e mais gelo por todos os cantos da imensa sala.

– Droga. – Luke resmunga. – Sala errada.

E quando todos nós nos viramos para retornarmos à nossa busca implacável acabamos tomando um susto. O rombo que James havia feito desapareceu, dando lugar a uma parede intacta e bem mais espessa que a porta arrombada.

– Excelente. – Howard suspira de um modo irônico. – Acho que as coisas não poderiam ficar piores.

– Pense duas vezes, Stark. – a inconfundível voz nojenta de Eldred ecoa pela sala. – Acha mesmo que eu deixaria um caminho livre para vocês? Há, vocês só podem ser muito estúpidos para deduzirem tal coisa.

– Que tal você calar a boca e vir lutar como um verdadeiro homem? – James sugere rudemente para o filho de Loki.

Eldred se limita a rir do convite de James.

–E gastar meu tempo com vocês, meras poeiras de estrela? Agradeço seu interesse em me ver, James, mas acredito que meu amigo recepcionará vocês bem melhor do que eu o faria. – assim que ele acaba de falar, o chão começa a tremer de um modo tão violento que eu, James e Erika acabamos nos desequilibrando e caindo. – Divirtam-se.

No meu caso, eu acredito que ganharei um galo na parte de trás da cabeça. Talvez eu o adote como bichinho de estimação e o chame de Geraldo.

Luke vem ao meu encontro, me levanta delicadamente do chão e aninha meu corpo contra o seu.

– Você está bem? – este questiona, preocupado.

Tranquilizo-o com um leve aceno com a cabeça.

– Hã, Thomas? – Erika chama por Thomas enquanto seus olhos fitam com puro terror algo que se encontra atrás de mim. – Acho que agora seria um bom momento pra você ficar zangado.

Viro-me devagar, amaldiçoando cada segundo por sentir medo do que eu possa encontrar. Quando meus olhos localizam a figura que Erika observava, eu engulo seco e agradeço por não estar com vontade de ir ao banheiro.

Ele não é apenas mais um Gigante de Gelo grande e feio, mas sim enorme e com uma aparência tão horrenda que sinto meu estômago dar um nó. Com olhos vermelhos ameaçadores e uma boca lotada de dentes longos e pontudos, o... Enorme de Gelo carrega consigo uma clava de aparência mortífera para complementar seu visual de Halloween.

Se eu sair dessa com toda certeza eu farei Howard se fantasiar assim no Dia das Bruxas.

Olho para os lados e vejo que Luke já está com seu arco em mãos. James e Erika se colocaram na minha frente e na de Howard e Thomas fica ao nosso lado, observando nosso inimigo.

– Como eu me sinto inútil. – eu confesso ao perceber que do grupo eu sou uma das mais fracas.

– Como você acha que eu me sinto? – Howard rebate e eu sacudo os ombros em respostas.

Assim que o gigante começa a se mexer Luke dispara uma flecha explosiva contra a criatura, ganhando um pouco de tempo para nos organizarmos e tentar acabar com o maldito.

Enquanto estou mais perdida que barata tonta, Thomas me puxa contra si.

– Preciso da sua ajuda. Me bate!

Franzo a testa.

– Você está louco?!

Thomas me ignora completamente.

– Faça isso logo! – ordena. – E com força!

Por mais que eu não quisesse, eu capto seu plano e percebo que é nossa única chance.

– Desculpe-me, Tommy. – e dou-lhe um soco no rosto tão forte que até pude sentir seu nariz quebrar contra o meu punho cerrado.

Imediatamente a cor de Thomas começa a mudar para o verde. Seu corpo começa a crescer cada vez mais, fazendo-o parecer uma montanha de músculos ambulante. Quando o gigante recupera seus sentidos e ergue a clava, Thomas vai a seu encontro e segura fortemente a arma que o monstro tentava acertar Erika e James.

– É nesses momentos que eu agradeço ao Fury por nunca ter levado o Banner a um psicólogo. – Luke comenta com um enorme sorriso no rosto enquanto parte para o ataque novamente.

James e Erika dão golpes sucessivos nos pés do gigante, fazendo-o urrar de dor enquanto Luke atira flechas em seu rosto e Thomas segura firme a clava.

– Nós precisamos fazer alguma coisa, Howl. – digo ao Howard, que está parado, boquiaberto com a cena que se passa em nossa frente. – Não podemos ficar aqui de braços cruzados!

– Quer calar a boca, Mayday? – ele pede rudemente. – Estou tentando pensar!

Calo-me no mesmo instante e volto a me concentrar numa maneira de tentar ajudar. Somente os quatro não vão aguentar por muito tempo, o Gigante é forte de mais e mais cedo ou mais tarde eles vão se cansar de ficar surrando-o ou imobilizando-o.

– Já sei! – o grito de Howl me faz voltar minha atenção a ele. – Eu não entendo muito de Gigantes, mas aparentemente pelo modo como ele tenta golpear com o ângulo que...

– INGLÊS, HOWARD! – berro, impaciente.

– Eles são burros! São movidos pelos sentidos! – Howl revida com outro berro. – Ou seja, temos que tirá-los dele, assim como fizemos com o Thomas quando ele estava fora de controle!

– Howl, se você não fosse como um irmão para mim, eu juro que te beijava! – elogio o enorme cérebro de Howard pela primeira vez na minha vida e logo parto para cima do monstro, escalando-o rapidamente e tentando imaginar que estou na verdade subindo uma parede.

– Mayday! – escuto Erika gritar. – Você enlouqueceu?!

– Temos que tirar os sentidos dele! – respondo apenas, deixando-a para trás com um enorme ponto de interrogação estampado na cara.

Meu primeiro alvo são as narinas da criatura. Quando chego perto dos orifícios nasais eu começo a lançar teia sem parar para dentro das suas órbitas, fazendo o gigante urrar de insatisfação. Eu desvio de alguns golpes que ele utiliza contra mim, mas não esperava que ele espirrasse, atirando-me com tudo para o chão, e de brinde coberta com muco nasal.

– Eca. – é tudo o que eu consigo expressar perante tanto nojo e repulsa de mim mesma.

Howard e Luke vêm ao meu socorro enquanto James, Erika e Thomas esmurram sem parar as canelas grossas do gigante.

– O que é que você estava pensando?! – Luke me repreende, aparentemente pensando que eu sou algum tipo de retardada.

– Não foi minha ideia. – retruco e aponto para Howard, que lança um sorriso sem graça para Luke em resposta. – Mas ele está certo. Precisamos fazer o gigante perder os sentidos. Sem a visão, o olfato e a audição ele estará vulnerável. Thomas poderá quebrar o pescoço dele ou algo do gênero.

Luke me observa com os olhos semicerrados, expressando sua clara desconfiança perante o plano maluco de Howard. Contudo, ao ver que nossos três amigos não irão resistir por muito mais tempo, ele acaba cedendo.

– Ok, estou dentro. Qual o plano, Einstein?

– Tente deixá-lo surdo com alguma das suas flechas explosivas. – nosso querido Einstein II sugere.

– Boa ideia. – e Luke vai em direção ao Gigante, sussurrando algo para seu arco e atirando a flecha. O resultado é uma explosão tão forte que faz meus olhos aderem com a claridade e meus ouvidos doerem com o barulho.

– May, você precisa se recuperar logo! – Howl tente me transmitir algum tipo de energia positiva que, pelo visto, se perdeu no ar antes de me atingir. – Precisamos de você para cegá-lo.

Com o meu instinto protetor perante os meus amigos apitando, eu me levanto ainda tonta do chão.

– Como você espera que eu o cegue? Não se lembra do que ele acabou de fazer comigo?

Howl morde os lábios.

– E se você lançar sua teia a uma distância segura? – este sugere.

– Estou ouvindo, Howl.

– Escale a parede e lance a teia nos olhos do gigante. Não acho que ele conseguirá arrancá-las com esses dedos grandes e gordos.

– Espero que a sua teoria esteja certa. – e me lanço contra uma das paredes, escalando-a com a maior velocidade que meu corpo permite. Muitas vezes eu quase me desequilibro devido ao gelo, que se desfaz rapidamente com o meu toque quente, mas felizmente não caio de novo.

Assim que alcanço o teto, tudo em minha volta fica de cabeça para baixo. Inicialmente me sinto tonta, mas conforme vou me preparando para acertar os olhos do monstro, os meus próprios vão lentamente se acostumando com a nova perspectiva. Um pouco antes de executar o ataque, eu observo Howard correr para junto de Erika, James e Thomas para contar a eles seu plano, e Luke disparando flechas e mais flechas contra a criatura.

– Tente não fazer nenhuma merda, Mayday. – digo a mim mesma antes de me lançar no ar e atirar minhas teias, acertando em cheio meu alvo.

Evitando me esborrachar no chão, eu lanço uma teia no ombro do gigante e me balanço, soltando um enorme berro por não saber ao certo o que estou fazendo. Enquanto eu tento não bater em nada em meio ao meu momento Tarzan, James, Erika e Thomas dão um golpe uni solo no pé esquerdo do Gigante, quebrando-o. Repetem o processo no pé direito e o gigante cai... E eu vou junto com ele, mas dessa vez, por sorte, Thomas em sua forma “hulkzada” me pega antes de eu me quebrar novamente no chão.

– Valeu, Tommy. – agradeço.

Ele nada diz em resposta e apenas volta a massacrar o Gigante de Gelo.

– Mayday! – James grita meu nome. – Imobilize-o!

– Como?! – inquiro. – Não terei teia suficiente!

– Vamos ter que ir na sorte então! – é tudo o que ele me responde antes de quebrar o nariz do Gigante juntamente com Erika. – Vá logo!

Ainda insegura, eu corro para onde as mãos do monstro estão e começo a lançar teia e mais teia na expectativa de tentar fazer suas mãos pararem de se mexer. Começo a percorrer o espaço disponível entre o corpo do Gigante e a parede e continuo a lançar minha teia, mesmo sabendo que apenas esta não será suficiente para fazer a criatura parar.

– Banner! – escuto Howard chamar Thomas. – Não vamos conseguir segurá-lo por muito mais tempo! Você tem que dar o golpe! – e Howl desvia no mesmo instante de um golpe que o monstro tentou acertá-lo com sua mão livre. – AGORA!

Sua ordem é uma clara observação de que eu não irei conseguir manter o Gigante imóvel por muito tempo.

Thomas obedece ao comando de Howard e logo começa a subir pelas paredes até alcançar o teto, exatamente como eu fiz. Porém, quando ele se lançou, ao invés de achar uma maneira de frear seu corpo da queda, Thomas apenas estende seu punho e ganha velocidade, parecendo um foguete verde e veloz cortando o vento, e se chocando tão violentamente contra o pescoço do gigante que acaba fazendo milhões de pedaços de gelo pontiagudos voarem por todos os lados.

James e Erika cobriram Howard enquanto Luke vem ao meu encontro e faz com que nós dois afundemos no chão, perdendo nossas cores e dimensões, tornando nossos corpos em sombras.

– Você está bem? – ele me pergunta pela segunda vez com uma preocupação sincera. Pela sua expressão, eu aposto que Luke Barton pensa que não irei sobreviver ao final da luta.

– Bem melhor agora. – e o abraço contra meu corpo e fecho os olhos. – Não acredito que você está aqui.

Sinto seus braços fortes me envolverem.

– Já disse que não vou a lugar algum, May. – Luke me assegura enquanto suspira meu nome.

– Promete?

– Prometo.

E nós dois voltamos ao normal. Toda a sala está destruída pelos pedaços de gelo. Forço a vista ainda embaçada e vejo que a cabeça do Gigante foi separada de seu corpo, e junto com a cratera está Thomas, desacordado e de volta a sua forma normal.

– Mayday! Luke! – a voz de Erika nos chama e nós dois vamos ao seu encontro. Ela está aparentemente bem devido às circunstâncias. – Precisamos de vocês.

James e Howard vêm logo em seguida para perto de nós dois. James está com seu braço esquerdo totalmente ferido e banhado de sangue enquanto Howard precisa de sua ajuda para andar. Olho para o seu pé e percebo que há um pedaço enorme de gelo atravessado no mesmo.

– James, vá ajudar o Thomas. – eu peço enquanto James pousa delicadamente Howard no chão. – Erika e eu cuidamos disso.

– Howl?! – a voz de Erika vacila enquanto suas mãos apoiam a cabeça de Howard. – Céus, está doendo muito? – um gemido foi a resposta. – Como vamos tirar essa coisa do pé dele?

– Eu cuido disso. – tento acalmá-la com meu tom confiante. – Você e Luke têm que ir atrás de Eldred e parar de vez com esse joguinho estúpido. – Luke e Erika se entreolham antes de voltarem sua atenção a mim. – Vocês dois estão em melhor condição aqui. Howard não consegue andar e Thomas está desmaiado. James e eu podemos cuidar deles, mas vocês precisam ir, e rápido.

– Tem certeza? – Erika me pergunta, insegura.

Eu aceno positivamente com a cabeça.

– Vão.

Erika se vira e vai se encontrar com James e Thomas enquanto Luke se agacha para falar comigo.

– Você se saiu muito bem. – ele me elogia. – Não teríamos conseguido sem a sua ajuda.

Dou-lhe um sorriso torto.

– Obrigada, mas você precisa se apressar agora.

– Eu amo você.

Fico sem reação ao seu comentário. Pela primeira vez depois de muito tempo convivendo juntos, Luke Barton disse que me ama. Sinto minhas bochechas pegarem fogo enquanto meus lábios se firmam com os dele novamente. Luke me beija com uma paixão que eu jamais senti por alguém em toda a minha vida. É sentindo borboletas voarem em meu estômago que eu fico sabendo que seus sentimentos são correspondidos por mim.

– Eu também amo você, meu Arqueiro Negro. – confidencio-lhe, tocando em seu rosto com a minha mão livre. – Agora vá, nossos pais e Asgard precisam da sua ajuda.

E com um enorme sorriso no rosto, Luke se afasta de mim com um ar vitorioso.


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Notas finais do capítulo

Confesso que senti falta de muita gente nos últimos comentários, mas a vida é assim mesmo, nem sempre da pra comentar em tudo assim como eu também não consigo ser pontual com os capítulos ;)

Espero que tenha gostado e nos vemos na próxima :*

PS: Gente, será que alguma boa alma poderia ser o meu beta? Eu sei que disse que tentaria arrumar as coisas sozinha, mas acontece que não tenho tempo... E é sempre legal ter alguém revisando os seus erros e afins.
Alguém ai com tempo sobrando para ajudar uma pobre autora?
Agradecida ^^