Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 41
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

E acabou galera...Calma, você deve estar pensando que acabou a fic, mas não, acabou a sua vida legal de receber capítulos dia sim e dia não porque: minhas aulas voltaram!Uhul...Não, uhul, nada, me ferrei e consequentemente vocês também. Agora só poderei atualizar a fic semanalmente ou quando eu tiver uma brecha.



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Capítulo 39 - May Parker (Mayday)



Eu sabia que algo estava errado desde o começo.

Assim que James e eu nos encontramos nos corredores do palácio de Odin enquanto eu procurava por Howard, meu instinto aranha apitou no mesmo instante, tentando me alertar que algo não estava certo, que eu deveria abrir os olhos. James falou que Howard e Luke estavam me esperando juntamente com Heimdall e que eu deveria ir ao encontro deles o mais rápido possível. Quando eu fui perguntar o porquê de tanta urgência, ele me pediu para não fazer perguntas.

Sem muita escolha obedeci ao comando e me encontrei com meu amigo sumido e com Luke. Eles me explicaram o que estava acontecendo: sobre a discussão nos aposentos de Encantor, o desaparecimento de Eldred e Sif, a guerra e até mesmo o jeito como Luke havia driblado a morte. Senti um enorme alívio no peito com a última notícia. Então talvez fosse mesmo possível enganar o destino, e juntamente com ele a própria morte.

Erika e Thomas chegaram logo em seguida de James, e assim, fomos mandados para Jotunheim, um lugar onde, segundo alguns deuses que me contaram durante o jantar de Asgard, era uma terra de malucos.

Como eu queria que eles estivessem errados sobre isso... E sobre a temperatura também, pois não sou uma amante de climas frios.

No momento em que chegamos a Jotunheim, eu notei que meus desejos haviam sido revogados. Um frio tão gélido e maçante quanto o da própria Nova York me fez cair no chão coberto de neve e congelar o meu rosto. Coberta pelo gelo e querendo desesperadamente me aquecer, eu amaldiçoei Eldred por ter se teletransportado para um lugar como Jotunheim.

Céus, por que não poderia ter escolhido o Havaí? Lá seria um lugar perfeito para se esconder de Encantor.

Enquanto eu forçava minha vista a se focar em algum ponto fixo, eu percebo que há um movimento além dos de meus próprios amigos ao meu lado. Vagarosamente eu tento identificar a fonte, mas parece até que a movimentação está vindo de um corpo invisível. E não apenas um, mas vários.
Tento forçar um alerta sair da minhas boca para os meus amigos, mas meus lábios não conseguem se mover para reproduzir qualquer som devido ao forte vento gélido que acaricia minha face.

Como eu odeio frio. E quando eu acho que as coisas não podem piorar, Erika estende Torden para um homem sentado num enorme trono de gelo que dista alguns metros de onde estamos.

– Loki.

Se minha boca pudesse expressar alguma emoção, ela já teria caído. Se Loki sobreviveu a explosão de luz que Lady Sif descreveu... Será que nossos pais também?

– Então são vocês. – Loki começa a falar, sua voz tem um tom de deboche puro e natural, como se ele nunca tivesse falado sério com alguém em toda a sua vida. – Os filhos dos Vingadores.

Olho para os lados e percebo que Luke já está com seu arco em mãos, pronto para atirar uma flecha na direção de Loki, assim como Erika não vacila por nenhum momento com sua espada em mãos.

– Eu não tentaria nada com os brinquedinhos se eu fosse vocês. – O deus da trapaça nos adverte, fazendo um sinal para as paredes, que automaticamente nos revelam a imagem de pelo menos meia dúzia de Gigantes de Gelo armados com afiadas lanças. – Eles não têm tanta paciência como eu.

Devagar, nós seis nos afastando dos Gigantes que avançam em todas as direções, com suas lanças apontadas para nós. Sem muita escolha, Erika e Luke abaixam suas armas e voltam a encarar Loki com desprezo.

– Sabem, eu pensava em simplesmente destruir vocês. – Ele se levanta do trono de gelo e começa a andar de um lado para o outro, admirando nossa posição vulnerável de vários ângulos. – Mas, assim como vi potencial nos seus pais, vocês também podem me ser bem úteis.

Por acaso ele acabou de mencionar algo com os nossos pais?!

– O que você fez com eles?! – Erika grita com o deus, sem se importar com seu tom de voz e muito menos com os Gigantes que nos cercam.

Loki limita-se a rir.

– E eis aqui a herdeira do meu irmão com aquela vagabunda da Terra para me enfrentar. – Loki faz um movimento com a mão e Erika voa para bater com força numa uma parede de gelo. – Por que você simplesmente não cala a boca? Já não morro de amores por Thor, que dirá por você.

Vejo os dentes de James trincarem enquanto Howard e Thomas correm para onde Erika está para ajudá-la. Eu quero ir também, mas o frio é mais forte que minha força de vontade e me faz ficar plantada no lugar.

– Onde eu estava? Ah, sim, que vocês seriam bem úteis. – O irmão mais novo de Thor estala os dedos e Lady Sif aparece. Ela está amarrada e amordaçada. Seus olhos estão cansados e vermelhos, como se ela tivesse sido torturada mais cedo. – Então eu precisava de vocês a aqui. – Loki toca no rosto de Sif, que tenta se livrar do aperto. – Ela não foi uma isca perfeita?

– Solta ela! – Luke ordena enquanto cerra ambos os punhos ao lado do tronco. – Você já nos tem aqui, deixe ela e Eldred irem embora!

Loki estuda Luke com um olhar vago, como se ele fosse um cachorro mau que precisasse de adestramento urgentemente. E mesmo com seu olhar misterioso, Loki deixa Sif de lado e vai para perto de Luke, que quando tenta dar um soco no deus, este torce o seu braço apenas com o olhar.

– Ah, Luke, Luke, Luke... – Ele ergue o dedo indicador e o sacode de um lado para o outro. – Você não está numa posição favorável para fazer tal coisa, não é mesmo? – E dá as costas para o seu interlocutor.

– Vai pro inferno. – Luke responde num tom ácido, seus olhos claros observam Loki com desprezo e nojo.

Loki para de andar no mesmo instante para se voltar a Luke, que não parece temer ao poder do deus da trapaça. Olho para trás e vejo o rosto de Erika coberto de sangue enquanto Thomas e Howard tentam desesperadamente levantá-la de onde está.

– Quando eu quis dizer que sua posição não está favorável. – Loki chega perto de Luke para encará-lo frente a frente com seus olhos verdes esmeralda. – Quis dizer também sobre o quão frágil está a sua vida agora, Luke. Ou você achou mesmo que poderia enganar a própria morte?

Sinto meu coração parar com as palavras venenosas de Loki. Então Luke não havia de fato driblado a morte, apenas retardado o inevitável. Esperava ver a mesma expressão de medo que Luke nos expôs há quando soube que iria morrer, porém, seu olhar mostra uma impassível expressão de indiferença ao que Loki lhe dissera.

– Se for pra me matar, Loki, faça isso agora. Eu estou cansado dessa sua conversa e prefiro morrer logo.

Em resposta, Loki se afasta de Luke e volta para o seu trono, onde se senta como se estivesse prestes a ver um filme no cinema.

– Seu tempo acabou aqui Luke. – Ele comenta. – Mas o que o faz pensar que sou eu quem vai matá-lo?

É então graças ao meu sentido aranha que eu sinto alguém atrás de Luke e de mim, assim que olho o rosto da pessoa e sua arma na mão pronta para atacá-lo, já é tarde demais para eu poder salvá-lo.

– Não é ele, Luke. – Eldred diz enquanto encrava sua lança nas costas de Luke, atravessando seu peito e deixando que seu sangue banhasse o chão. – Sou eu.

Meus olhos se enchem de lágrimas enquanto eu corro para Luke. O frio não mais me impede de andar, eu tenho que chegar até ele e o faço a tempo de pegar seu corpo antes de cair sobre seu próprio sangue em meio a neve.

– Luke.– Eu sussurro seu nome em meio ao choro. Dou uma rápida olhada em sua ferida, ela está feia e grande, não há nada o que eu possa fazer para estancar o sangramento. – Não...

Luke me fita com seus olhos esverdeados que lacrimejam com a dor. Quando ele tenta falar, sua boca vaza sangue, tingindo seus lábios e seu queixo de vermelho. Ele estende de leve a mão e eu a pego para levá-la ao meu rosto sem me importar com a frieza. A morte está se aproximando, drenando-lhe todo o calor e a vida.

– Ruiva... – Ele me chama por meu apelido imbecil com sua voz falha e eu rio nervosamente. – Não tive tempo...

– Tempo de quê? – Pergunto-lhe, mas não obtenho uma resposta.

Os olhos de Luke perdem o foco, sua mão está agora inanimada e a respiração fraca cessa. Eu me ponho a chorar mais uma vez, pousando minha cabeça em seu corpo sem vida.

E é assim que Luke Barton morre em meus braços.


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Notas finais do capítulo

Ok, podem xingar vulgarmente quem quiser, eu permito.E prometo não contar nada pra mãe de ninguém (por favor, deixem a minha fora disso).