Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 40
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Eu estou completamente puta da vida com a tecnologia -.-
Para saber mais dessa incrivelmente irritante história, para mim, leia as notas finais.
Tchau.
PS: O banner desse capítulo não ficou muito bom? ~obrigada Cecii linda~



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Capítulo 38 - Luke Barton

Tudo está girando. Os móveis aumentam e diminuem de tamanho sem parar enquanto eu tento me levantar com a minha visão ainda turva devido à explosão que aconteceu há pouco tempo.

Será que bati a cabeça? Pois não consigo me lembrar de tudo.

Recordo-me de Amora e Lady Sif, elas estavam brigando entre si quando James e eu intervimos. Eldred também apareceu e parecia não entender o que estava havendo entre as duas. Amora começou a nos atacar, eu protegi Lady Sif... Encantor então decidiu me enfeitiçar, mas Eldred se colocou na minha frente e recebeu o baque, desaparecendo juntamente com a mãe.

Agora eu me lembro. Eldred salvou a minha vida, e agora está desaparecido. Observo a figura de Amora no chão, ela está tonta e vulnerável, o que me dá a chance perfeita de colocá-la contra a parede sem ter perigo de ela tentar me matar novamente.

Tento novamente me levantar, colocando toda a minha força nos braços. Preciso chegar a Encantor e perguntar para onde ela os levou, ou se pelo menos estão vivos. Depois de muita concentração e força de vontade, consigo me erguer, porém, ainda muito tonto até mesmo pra ficar em pé, meu equilíbrio vai pro brejo e eu caio de novo no chão.

Esforço-me para focar minha visão em um ponto fixo e novamente me ergo, ficando dessa vez em pé sem tropeçar nos meus próprios pés e sigo vagarosamente em direção à Encantor, que está caída a uma distância curta de onde me encontro. Aproveito-me da vantagem e tento acelerar meus passos, quase caindo novamente no solo se não fosse por um dos móveis que me apoio. A distância entre nós vai se encurtando, e eu quero desesperadamente colocar minhas mãos em Amora e fazê-la confessar para onde tinha mandado Lady Sif e Eldred.

Quando finalmente chego perto o bastante para colocar ambas as minhas mãos no corpo de Amora e chacoalha-la até que sua atenção estivesse voltada para mim, percebo que seus olhos verdes estão semicerrados e que sua consciência não vai durar muito tempo.

– O que aconteceu com eles? – Pergunto-lhe firmemente, mostrando-lhe que não tenho tempo para embolação. – Onde estão Eldred e Lady Sif?

Encantor pisca pesadamente, seu rosto está machucado na parte da testa, que sangra sem parar enquanto percebo que o mesmo acontece com a parte de seu abdômen. Claramente ela foi ferida quando fora empurrada para longe dos dois asgardianos.

– Luke... – Ela chama por meu nome com uma voz fraca e falha, deixando claro que está se submetendo as dores em seu corpo e que eu tenho pouquíssimo tempo para interrogá-la. – Você deveria estar morto. – Ela começa a tossir sem parar, fazendo-me erguer sua cabeça para que pudesse respirar. O resultado de minha ação dá certo, e a tosse vai se acalmando conforme ela respira fundo. – O garoto conseguiu mudar o meu feitiço... Como?

– Eldred e Lady Sif. – Eu volto ao meu ponto, não querendo desviar do assunto. – Estão vivos?

Ela assente devagar com a cabeça, o que me faz suspirar de alívio.

– Para onde você os mandou, Amora? – Questiono-lhe novamente, sem afinar minha voz. Eu preciso dessa informação antes que ela desmaie.

Respirando fundo novamente, Encantor sorri.

– Não os mandei a lugar algum... Eldred deve ter alterado o feitiço original para um teletransporte barato para o... – E solta um riso abafado. – Gelo. – E ela desmaia em meu colo.

Observo sua figura adormecida, frustrado, pensando na última coisa que Encantor falou antes de apagar, minha única pista de onde Eldred e Sif estão. E que podem estar morrendo enquanto tento solucionar o enigma de Amora.

Gelo... Gelo... Gelo?

Não faz sentido, por que Amora falou sobre gelo? Dá exatamente na mesma eu ter perguntado sobre o clima e ela ter me respondido que sua comida favorita é torta.

De repente, em meio a minha imbecil associação, eu me recordo de uma conversa que participei há alguns dias, durante o jantar do aniversário de Asgard.

“- Desse jeito terei que buscar mais gelo em Jotunheim!

– O que é Jotunheim? – Howard perguntou a um dos deuses.

– Jotunheim é a terra dos Gigantes de Gelo. – Eldred esclareceu enquanto bebia. – Um dos Noves Reinos que fazem parte da ramificação de Yggdrasil, a árvore da vida.

– Lugar onde só há malucos como Loki.”

“ – Desse jeito terei que buscar mais gelo em Jotunheim.”

– Eles estão em Jotunheim. – Sussurro para mim mesmo, tentando transformá-lo num comando para as minhas pernas se moverem. – Mas como ir para Jotunheim?

Minha empolgação aos poucos me deixa enquanto a dúvida toma seu lugar. Viemos para Asgard graças à um campo eletromagnético (ou qualquer coisa nerd que Howard ou Banner tenham explicado) de uma espécie de cubo mágico dos deuses chamado Tesseract, que por sinal, ninguém sabe onde está. Então, tecnicamente, estamos presos aqui para sempre caso os asgardianos não tenham outra maneira de se deslocar pelos mundos, fator do da qual duvido, e muito.

Para quem eu poderia perguntar? Eldred que era o nerd daqui e também o mais ligado ao nosso grupo que infelizmente desapareceu juntamente com a outra pessoa que tínhamos maior ligação, Lady Sif. E para ajudar, Encantor esta desmaiada no meu colo, obviamente não irá me contar nada sobre algum ônibus espacial ou coisa do gênero.

Eu até poderia tentar falar com os outros deuses, mas não creio que me dariam ouvidos já que um copo de Hidromel e espadas reluzentes são realmente mais importante do que um terráqueo pedindo por informações turísticas de Jotunheim.

A sorte não está a meu favor.

Vamos lá, Luke, tem que ter mais alguém que saiba alguma coisa de como podemos ir para a Terra dos Gigantes de Gelo...

É então que tenho o desprazer de me lembrar dele, do único deus que poderia nos dar alguma resposta.

Heimdall. Ele com certeza tem a resposta.

Suspiro. Por que logo ele? Por que não alguém menos... Heimdall? Alguém que não quisesse disputar o prêmio de primeiro lugar em conhecimentos sobre absolutamente tudo com Howard.

Não tendo escolha, ergo-me mais rapidamente quando meu equilíbrio é restaurado e logo procuro por Rogers, que está tentando se levantar apoiando-se na parede a minha esquerda. Corro para ajudá-lo, e ele aceita, apoiando seu peso em meus ombros enquanto força suas pernas a manterem-no em pé. Quando seus olhos pousam em mim, James sorri.

– Acho que Geirahod estava errada, Luke. – Ele comenta com seu riso maroto nos lábios. – Há meios de enganar o destino. Eldred nos provou isso. – E solta um longo suspiro. – Talvez eu o tenha julgado mal esse tempo todo.

Eu nada digo em troca, apenas desvio meu olhar para observar meus próprios pés. James está certo, Eldred salvou a minha vida. Eu com certeza morreria com o feitiço de Encantor se ele não tivesse se colocado na minha frente. A única sorte dele foi de ser um asgardiano e ainda por cima um mago experiente, conseguindo suportar o baque e mudar o que poderia matá-lo para algo menos radical.

– Ela está morta? – James me pergunta, olhando fixamente para o corpo caído de Encantor.

– Não. – Respondo-lhe apenas. – Ela vai viver.

– E onde estão Lady Sif e Eldred? – Ele volta a me questionar enquanto andamos para fora do quarto.

– Em Jotunheim.

– Jotunheim? Isso não é nome de cerveja?

Reviro meus olhos. Obviamente Rogers sofreu uma possível pancada na cabeça, que danificou ainda mais seus neurônios.

– Não, James, não banque o idiota. – Replico, acelerando meus passos para fora do castelo. – Temos que falar com Heimdall.

Foi a vez de James ficar quieto, provavelmente ele está refletindo sobre o assunto vagarosamente enquanto nós dois corremos na velocidade em que nossos corpos ainda meio desequilibrados permitem.

– James? – Eu o chamo.

– Sim?

– É Heineken, e não Jotunheim.

Ele sorri.

– Sabia que rimavam.

[x]

Assim que chegamos ao local onde Heimdall fica vinte e quatro horas por dia, percebo que ele está na companhia de outra pessoa. Um alguém moreno, esguio e com uma postura de nerd incontestável.

– Howard? – James tira as palavras da minha boca. Agora ele anda ao meu lado uma vez que recuperou seu equilíbrio logo depois que sairmos do Palácio Dourado.

Conforme vamos nos aproximando, a figura de Howard fica mais visível, e ele logo olha para nós dois quando chegamos perto o bastante para vê-lo conversar com Heimdall, que volta seus olhos dourados e seu sorriso irônico para ambos de nós.

– O que está fazendo aqui? – James indagou Howard, que assim que abriu a boca para responder, acaba sendo interrompido pela voz grossa do deus porteiro.

– A guerra está para começar. – Ele noz diz, apontando para o muro. Este está detonado, quase cedendo aos ataques do inimigo. – E quer ir para Jotunheim mesmo assim?

Engulo seco.

– Não estou fugindo, se é o que está pensando.

– Sei que não, e tenho total conhecimento do seu plano de resgatar Lady Sif e Eldred. Mas e os seus pais, Luke Barton? Não foi por causa deles que vieram para cá? Quando a guerra estourar, sua chance de encontrá-los será rebaixada a zero.

As palavras doloridas, mas verdadeiras, de Heimdall me fazem hesitar. Ele está certo. E os nossos pais? Geirahod me disse que eles ainda vivem e que vou encontrá-los... Se seguir o meu destino. Eu até posso ouvir suas palavras ecoarem em minha cabeça.

“Não se muda o próprio destino Luke. E caso tente mudá-lo, você nunca irá encontrar o seu pai.”

Destino é quando não pensamos nos nossos atos, mas sim quando seguimos nossos instintos, que nos dizem o que temos que fazer, o que somos destinados a cumprir.

E sinto dentro de mim que meu destino não é procurar pelos nossos pais, mas sim salvar Eldred e Lady Sif de onde estão, provavelmente definhando no frio de Jotunheim. E tenho certeza de que ambos querem estar aqui e lutar pela sua terra quando a hora chegar.

Essa hora não está tão distante, por isso preciso agir rápido.

– Você tem como nos mandar para Jotunheim? Todos os seis?

Howard e James se entreolham, como se eu estivesse louco.

– Qual o seu problema? E os nossos pais?!

Olho para os meus dois amigos sem qualquer emoção estampada no rosto. Se eu tentasse explicar a James, talvez ele até aceitaria os meus instintos, entretanto, como explicar a Howard uma coisa que está longe de ser racional?

– Vocês tem que confiar em mim. – Digo apenas, esperando que minhas palavras fossem o suficiente para fazê-los acreditar no que estou fazendo.

Howard está com uma expressão impassível mostrando-me sua descrença. Eu não poderia esperar menos vindo de alguém como ele, um escravo da lógica. Já James me encara com dúvida, ponderando o que acabei de lhe dizer, como se decidisse se eu estou ou não fora de mim.

– Acho bom se decidirem logo. – Heimdall interrompe o silêncio incômodo. – A guerra não vai esperá-los.

James solta um longo e demorado suspiro.

– Está bem, vamos a Jotunheim.

Howard lança-lhe um olhar incrédulo.

– Você não pode estar falando sério...

– Que escolha temos, Howard?! – James o interrompe. – Não sabemos nem mesmo onde nossos pais podem estar, não há nada que possamos fazer. – Ele para por um momento para observar a cidade a nossa volta, seus olhos azuis parecem cansados enquanto ele fita os nativos de Asgard preparando-se para a batalha. – Mas sabemos onde Eldred e Lady Sif estão, e temos a obrigação de salvá-los.

O discurso de Rogers fez a carranca de Howard cair, pois apesar de não querer admitir, James está certo. Nós temos a obrigação de salvá-los.

– Você pode nos mandar para Jotunheim, Heimdall? – Ele pergunta ao deus, que devolve o questionamento com um assentimento rápido com a cabeça.

– Mas preciso fazê-lo agora, enquanto Asgard ainda está de pé.

– Eu vou buscar os outros. – James anuncia, já correndo de volta para o palácio. – Nem pensem em ir sem mim! – E desaparece de vista, deixando-me sozinho com o porteiro e a reencarnação de Einstein.

[x]

– Eu não estou gostando dessa ideia. – Mayday diz pela milésima vez quando entramos em uma espécie de canhão humano, que por um acaso é a sala onde havíamos chegado em Asgard. – Estou sentindo que algo ruim vai acontecer. – E pousa seus olhos castanhos em mim.

Eu tento fingir estar despreocupado e transmitir a todos um pouco de confiança. Mas como posso partilhar algo que não tenho em excesso? Sei que a ideia de ir a Jotunheim foi minha, porém, não posso deixar de ter a mesma sensação de Mayday de que algo de ruim pode acontecer.

– Vai ficar tudo bem, ruiva, eu sei me cuidar. – Digo a May, que não para de me encarar com evidente preocupação.

Obvio que minhas palavras não lhe convenceram. Essa é a desvantagem de se mentir para a ruiva, ela sempre sabe identificar uma mentira com o seu sexto sentido feminino... Ou qualquer coisa do gênero.

– Acabe logo com isso, Heimdall. - James pede ao deus porteiro, que atende ao requisito e logo encaixa sua espada no solo, como se esta fosse uma chave para dar a partida a nossa carona.

– Eu os deixarei no Palácio de Gelo, é onde Lady Sif e Eldred estão. - Heimdall nos avisa. - Tomem cuidado, eu não confiaria em tudo o que vejo por lá. A Terra dos Gigantes é bem traiçoeira.

– Vamos nos lembrar disso. - Agradeço do meu próprio jeito, o que faz Heimdall soltar uma bufada de pura descrença.

– Duvido muito, Luke Barton.

E novamente somos lançados em alta velocidade para uma terra desconhecida. Tento manter a minha respiração calma enquanto voo rapidamente pelo espaço, fazendo a velocidade das estrelas cadentes parecer ridícula.

Quando cogito em tentar olhar para os lados para ver se consigo ver alguma coisa além de um borrão preto, meu corpo é tomado por um frio tão intenso que me faz cair de joelhos em meio a um chão macio e molhado. Aos poucos minha visão vai voltando ao normal, e tudo que antes era um borrão passa a ser um enorme palácio de gelo fundido com metal e aço. Olhos para os lados a procura de meus amigos e eles encaram o ambiente novo tão surpresos quanto eu.

A viagem acabou, estamos em Jotunheim. A Terra dos Gigantes de Gelo é algo parecido com o Ártico: deserto e coberto de gelo. Como conseguiram construir um castelo no meio desse nada congelante é um mistério para mim.

Levanto-me devagar e tiro a neve das minhas pernas, tentando ignorar o frio que sinto com o vento gelado batendo fortemente em meu rosto, como se estivesse me socando sem parar.

Vento idiota.

– Por que... Eldred e Sif... Tinham que ser sequestrados... Para uma terra... Coberta de gelo?! - Mayday arqueja. Ela treme e bate os dentes sem parar, expressando o quanto odeia sentir frio. - Por que não... Uma droga de praia?!

– Pois eu não sou muito fã de praias. - Uma voz masculina desconhecida de manifesta, fazendo-nos olhar para os lados numa tentativa de identificar o seu dono. - Que tal olharem um pouco mais para o alto? - Ela sugere, e nos obedecemos.

Seu dono está sentado num trono mais ao alto de onde estamos. Ele é um homem esquio e pálido com cabelos negros semi-cobertos por um capacete dourado com dois enormes chifres na parte da testa. Os olhos verdes penetrantes passam a imagem de ele ser um gênio ou um completo louco. Suas roupas são parecidas com as armaduras que os asgardianos usavam, exceto que ao invés de sustentar a cor vermelha em meio ao dourado, ele ostenta um verde metálico.

Eu o conheço, mas não conseguia lembrar seu nome até Erika erguer a espada ao homem e dizer amargamente seu nome.

– Loki.


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Notas finais do capítulo

Eu tinha escrito tanto coisa.... E agora tudo se foi.
Maldito computador, esse infeliz apagou mais de dez capítulos que eu tinha adiantado para a fic e agora eu tenho que escrever TUDO DE NOVO.
Vagabundo, você vai pro ferro velho assim que eu comprar um novo. Sou má u.u
Enfim, o Loki que tantos queriam finalmente chegou! Uhules.
Espero que tenha gostado ;) não deixem de comentar *-*
Até a próxima, que vai demorar graças ao meu computador metido a rebelde.