Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 24
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oiee,

Como estão?

Só avisando, provas estão chegando, ou seja, capítulos irão demorar ainda mais :/, sorry

Obrigada ao Gabriel Horte pela linda recommend, adorei! *w*

Boa leitura



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Capítulo 22 - Thomas Banner

Toda a vez em que eu acredito que as coisas podem dar certo, eu acabo quebrando a cara. E feio.

A vigilância do lado de fora do banco nunca esteve tão sossegada (não que eu já tivesse feito algo do gênero, mas você entendeu). Enquanto Howard ficava observando o movimento na rua, eu tentava chutar algumas pombas para longe de mim.

Odeio pombas. Acho que são as típicas criaturas que deveriam morrer ou então habitar outro mundo... Mercúrio talvez fosse uma boa.

Mas isso não vem ao caso, o que eu quero dizer é que tudo estava calmo demais. O que Fury estava planejando? Ver se não enlouquecíamos com o tédio? Possível, nunca se sabe ao certo sobre o que a SHIELD pode fazer com você.

– Thomas? – Howard me chama, ele está parado, seu corpo encostado num dos pilares de sustentação do prédio.

– Que foi?

– ... Nada.

Ergo minhas sobrancelhas.

– Ok então. – e volto a espantar algumas pombas ao meu redor.

Uma coisa que eu aprendi sobre Howard em pouquíssimo tempo de convivência: ele não consegue calar a boca quando está entediado.

– Será que é isso mesmo o teste final?

Cruzo meus braços sobre o peito enquanto eu o observo com um olhar sádico.

– Cá entre nós, eu pareço saber mais que você?

Howard não parece se intimidar com a minha grosseira. Fico feliz com isso, embora ele tenha uma aparência frágil por fora, ele é durão por dentro.

– Tem razão, senão não estaria chutando pombas que nem um idiota.

Ignoro a ultima palavra, não vale a pena argumentar.

De repente, começo a notar que o sono vem chegando, querendo de todas as maneiras fechar as minhas pálpebras.

Fala sério, Thomas, já está na hora da soneca?

Bato na minha cara para tentar me manter acordado e percebo que um mendigo passa na minha frente nesse momento. O homem olha para mim com estranheza, aponta em minha direção e se dirigi ao nada.

– Depois você diz que eu sou louco.

Com o sono que eu estava naquele momento, eu não sei se o velho era mesmo de verdade ou só mais um fruto da minha imaginação.

Pelo cheiro... Acho que talvez fosse real.

Foi durante esse período que escutei Mayday berrar no comunicador.

– Gente, cubram a saída, tem alguém querendo escapar. – ela rapidamente desliga.

Assim que me viro para Howard, ele já está observando cautelosamente a saída com uma das pistolas na mão.

– Quem devemos procurar? – tento perguntar à Mayday, mas não recebi nenhuma resposta.

– Que tal alguém correndo? – Howard sugere enquanto revira os olhos.

Será que se eu desse um tiro no Stark, nós ainda poderíamos passar no teste?

Meus planos assassinos são interrompidos quando escuto um tiro vir de dentro do banco. Imediatamente eu avanço para dentro do lugar com Howard logo atrás de mim. O hall está uma loucura, as pessoas tentar fugir o mais rápido possível do lustre que está prestes a despencar e nos empurram para fora. Felizmente, nós éramos treinados para qualquer tipo de situação, incluindo essa.

Começamos a nos espremer contra as partes de concreto perto de nós, que no caso são a parede e logo começamos a avançar novamente para dentro. Assim que conseguimos entrar eu puxo o braço de Howard.

– Temos que nos dividir, vá procurar Mayday!

– E você?

– Tenho que ajudar as pessoas a saírem daqui!

Afasto-me dele e vou auxiliando os que estão feridos devido ao acidente com o lustre a se afastarem do local onde James e Luke tentam conter um... Lobisomem?

Não é possível, esse cara de novo não...

John Jameson, também conhecido como Homem-Lobo. Jameson é filho do editor chefe da Daily Bugle, J.J. Jameson. Já tive que enfrentar esse cara uma vez quando Fury me mandou para a minha primeira missão ao lado de James e Luke e fizemos também nosso primeiro relatório. A primeira vez de tudo a gente nunca esquece.

Ele era astronauta, mulherengo e tinha um ódio quase tão psicótico pelo pai de Mayday quanto pelo próprio pai. Depois de uma das viagens dele à Lua, o cara voltou infectado com algum esporo alienígena que acabou lhe dando super poderes. Convencido de que era uma coisa nobre a se fazer (e com o apoio total do pai) John começou a usar suas novas habilidades para caçar o Homem Aranha. Obviamente que o cara se ferrou no final e perdeu todos os poderes. Frustrado com a toda a desgraça da vida, ele fez novamente uma viagem à Lua e, não satisfeito em ter sido infectado na primeira vez, ele tocou numa pedra lunar que acabou grudando no peito dele e deu início à maldição do lobo.

Desde então, Jameson foi apelidado na SHIELD de Homem-Lobo, algo bem coerente.

Da última vez que o vi, ele estava na prisão juntamente com outros caras que estavam enchendo a paciência da segurança nacional. Como ele está aqui agora na minha frente, isso é um grande mistério.

Enquanto tento ajudar uma senhora a sair do banco, eu observo o movimento da sala, tentando localizar cada membro da minha equipe. James e Luke estão tentando manter Jameson o mais longe possível do pessoal. Demoro um pouco, mas consigo localizar Howard, ele está num canto afastado de todos, suas mãos estão ocupadas tentando manter o corpo de Mayday fora do chão. Solto um suspiro de alívio quando a vejo salva.

Tudo parecia sob controle, mas, como eu havia dito antes, eu sou muito precipitado.

Eu havia tirado essa conclusão muito cedo. Ainda não tinha visto como Erika estava, e assim que eu a vi, não gostei nem um pouco.

Uma mulher de cabelos brancos e longos com uma roupa extremamente colada que deixavam suas curvas acentuadas de um modo provocante e sexy (ok, foco) estava prestes a transformar a cara da Erika em carne moída.

Eu tinha que ir ajudá-la antes que fosse tarde.

Mais do que depressa, corro para o local das duas e como uma atitude desesperada, eu me coloco entre elas e seguro fortemente a mão da mulher gata.

– Encolha as garras. – eu lhe ordeno num tom agressivo e firme.

A mulher não me leva à sério.

– Que gracinha. – diz. – A garotinha trouxe os amiguinhos da creche.

Ela está tentando me intimidar, mas eu não dou sinal algum de ameaça e torço o seu pulso para mostrar-lhe quem está de fato no comando.

– Não tente mais nada.

– Esqueceu-se de que tenho duas mãos? – ela me pergunta num tom sádico e logo em seguida rasga a minha panturrilha esquerda com as garras tão afiadas quanto facas. Eu caio no chão enquanto ela se ergue. – Ninguém ganha da Gata Negra num combate corpo a corpo, isso é algo que deveria saber. – a Gata Negra volta a erguer as garras para mim. – Algo a dizer antes de morrer, garoto?

Isso foi a gota d’água. Eu já podia sentir o “outro” emergir das profundezas do meu corpo e querer tomá-lo de mim. Dessa vez, eu não vou tentar impedi-lo.

– Você está me irritando.

E deixo o último controle cair para que o grandão tome conta de tudo.

Novamente me sinto uma máquina de guerra. Mortífera, destruidora... Invencível. O poder pode ser uma coisa incrível desde que você o controle e não o contrário.

Mesmo não estando na ativa, eu posso ver e saborear o terror nos olhos da gata. Ela abaixa ambas as mãos e corre para fora do banco, gritando para Jameson acompanhá-la.

Ah, mas eles não vão a lugar algum, não se depender de mim.

Minha boca emite um urro que atraia a atenção de James e Luke.

– Agora aquela gata vira churrasco. – Luke sorriu maleficamente.

– E o lobo couro. – James comenta.

Luke olha para ele com descrença.

– Lobo? Couro? Sério mesmo?

James pareceu não entender aonde Barton quer chegar.

– Do que está falando?

Barton revira os olhos e faz um sinal para mim.

– Vá atrás da Gata, nós cuidamos do Jameson.

E mais do que depressa eu disparo para fora.

[x]


A caçada não foi exatamente fácil. A Gata Negra era mais veloz do que eu imaginava e, para melhorar, ela decidiu escapar pelos telhados.

Não que isso foi um problema para o grandão, não, claro que não. O mais complicado foi subir, pois passar no meio da confusão não foi nada fácil. Ainda mais quando centenas de pessoas apontam pra você e berram “macaco verde gigante” ou “saiba que eles existiam!”.

Como é triste se transformar numa criatura verde no meio de uma sociedade do século XXI que tem medo de macacos com uma inteligência anormal.

Esse pessoal anda vendo muita televisão... Ou Planeta dos Macacos.

Bem, seja lá o que for, não afetou nem um pouco o foco principal do meu colega de corpo: matar e arrancar a pele da Gata Negra. Embora eu tenha achado um pouco exagerado a parte do “arrancar a pele”, nada podia fazer, o controle já não era mais meu.

Conforme a Gata tentava aumentar a velocidade e nos despistar, pior ficava o humor dele, que acabava batendo em alguns canos ou escorregando em algumas telhas.


Não sei exatamente por quanto tempo corremos, poderiam ser horas... ou quem sabe minutos. Quem iria dizer? Nunca tive um controle exato do tempo em que eu ficava de espectador, pois nunca treinei para isso. Por quê? Digamos que é um tanto quanto chato ficar vendo a sua vida ser controlada por outra pessoa (será que “pessoa” é a palavra certa?) que inclui seu corpo, movimentos e ações por um tempo indeterminado.

Sim, é bem desanimador.

A determinação do grandão é algo que me assusta. Posso ver seus pensamentos, o que sente, e seu desejo por carne e sangue não é algo muito agradável de se ver. E é menos ainda quando vejo que ele tem a Gata nas mãos, espremendo seu corpo fortemente com a mão.

“Pare.”, eu digo, “você vai matá-la.”

Ele me ignora, apenas continua a apertá-la como se fosse um graveto. A cor da Gata Negra começa a mudar, suas bochechas estão ficando cada vez mais pálidas e seus olhos azuis arregalados.

“Pare, agora.”, tento me impor novamente, “é uma ordem.”

Novamente sou ignorado. Eu não posso desistir, a vida da Gata está (literalmente) nas minhas mãos.

“Esse corpo é meu.”, falo com autoridade, “e sou eu quem o controla.”

E é então que eu sinto, nem que por alguns instantes, mas é mais que o suficiente. A minha ligação com o corpo, com a mão para ser mais específico. Sim, e consigo controlar minha mão por meros segundos, mas que são mais que perfeitos para que eu liberasse a Gata Negra da morte.

Ela cai no chão e imediatamente procura por ar enquanto perde lentamente os sentidos.

A Gata está imobilizada.

Meu trabalho está feito.



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Notas finais do capítulo

É isso meus lindos, espero que tenham gostado!

Leitores fantasmas, apareçam! Não, eu não mordo! Leitores ativos, continuem assim, eu amo vocês!

Beijoss e até a próxima!