Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 11
Capítulo 9




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Capítulo 9 - Erika Foster

– Acha que ele já foi embora? – pergunto a James Rogers, o garoto que me salvou do Camaleão e agora meu atual companheiro do esconderijo “antimorte”.

Ele olha para a fenda da pequena caverna em que nos encontramos, observando provavelmente o movimento do que está ocorrendo lá fora, quando me manifesto, ele desvia seus olhos claros para mim.

– Nenhum sinal dele ou do Barton. – recebo em resposta. – Precisamos de um novo plano de ataque.

Engulo seco só de pensar no último, atacamos frontalmente a criatura, James Rogers a distraía enquanto eu ia por trás e tentava lhe atirar pedras na nuca, mas o monstrengo era rápido e sempre desviava do percurso que as pesadas rochas seguiam.

– Ele é rápido demais. – eu digo ao Agente Rogers. – Temos que dar um jeito de retardá-lo para que possamos ter sucesso.

James nada diz, apenas me encara com um olhar vago e até um tanto distraído, como se minhas palavras tivessem se perdido ao vento antes de terem chegado a seus ouvidos.

– Está tudo bem com você? – eu lhe pergunto um tanto preocupada.

Ele faz um sinal com a mão para que eu me calasse.

– Está ouvindo isso? – James Rogers me pergunta.

Fico em silencio logo em seguida, prestando atenção aos ruídos a nossa volta.

Não escuto nada.

– Agente Rogers, do que é que... – e então eu ouço, passos apressados vindos do lado de fora do nosso abrigo começam a ecoar dentro de onde estávamos seguido de fortes arfadas que não são nossas.

O Agente Rogers e eu olhamos pela fenda por entre as rochas e avistamos três pessoas, dois homens e uma menina sendo que um deles carrega o colega desmaiado. Forço minha vista para tentar ver seus rostos, e levo um susto quando percebo que são Luke Barton, Mayday e Howard. E por incrível que pareça, a criatura verde não está atrás deles.

– Eles sabem onde estamos? – pergunto a James Rogers.

Ele acena positivamente com a cabeça.

– Vou afastar as pedras para eles. – e sai do meu lado para empurrar uma rocha do meu tamanho e provavelmente com o triplo do meu peso.

Alguns segundos depois os três entram no nosso esconderijo, Mayday e Luke Barton logo se sentam no chão coberto de pedregulhos e começam a puxar o máximo de ar que seus pulmões aguentam enquanto o Agente Barton pousa Howard suavemente no chão.

– Howl! – arfo enquanto vou ao encontro de um Howard desmaiado. Eu sustento o peso da sua cabeça no meu colo enquanto analiso os ferimentos de seu rosto, três cortes, dois nos lábios e um na sobrancelha direita e um hematoma roxo nas têmporas. – O que houve com ele?

Luke Barton se mexe enquanto tira as flechas das costas e descansa o arco ao lado.

– Banner, foi isso o que aconteceu.

Sinto meu coração parar.

– O seu amigo o machucou?

– Deu um soco, para ser mais específico.

Quase que imediatamente eu levo minhas mãos ao nariz de Howard, tentando localizar sua respiração, posso sentir um soprar muito leve roçar em meus dedos.

– Está quase sem respiração. – eu digo aflita enquanto lanço um olhar preocupado a Mayday, esta se move e pega no pulso de Howard. – Também está quase sem pulso. – May responde.

– Precisamos levar ele a um hospital... Agora!

– E como pretende sair daqui com Banner esmagando tudo o que vê pela frente? – Luke Barton me pergunta.

– Qual é o problema desse seu amigo? – Mayday indaga.

– Não o julgue desse jeito, ele teve uma infância complicada.

– Ruim?

– Não, complicada. Banner sempre foi uma criança sensível.

– Posso ver isso.

– Com o tempo você aprende a amar.

– Luke? – James Rogers o chama.

– Sim?

– Cale a boca.

O Agente Barton franze a testa, mas faz o que o Agente Rogers lhe diz.

– Ele está perto. – sussurra para nós.

Ficamos em silêncio enquanto ouvimos as passadas pesadas do monstro verde se dirigirem a nós, eram passos largos e extremamente furiosos, fazendo com o que meu coração tivesse espasmos rápidos de puro medo e agonia.

Luke Barton acena para mim Agente Rogers e Mayday, tentando chamar a nossa atenção, e, quando a tem, sussurra de um modo quase mudo.

– Eu tenho um plano.

James Rogers e eu nos aproximamos mais do Agente Barton enquanto nos preparamos para correr caso o pior aconteça.

– Muito bem, se quisermos levar o seu amigo a tempo para a enfermaria, é bom escutarem com atenção.

[x]

Mas é claro que o plano de Luke Barton é extremamente louco e arriscado, afinal, se algum de nós errasse, todo o esquema ia por água abaixo.

Por isso prometi a mim mesma que não falharia com a minha parte quando o momento chegasse, pois se eu atrapalhasse, Howard poderia morrer por minha causa.

Eu nunca me perdoaria.

Afasto os pensamentos da cabeça quando percebo que Luke Barton já prepara uma flecha da onde está, no meio da Arena, e olha rapidamente para cada um de nós, primeiro para James, que se encontra pendurado no teto, sustentando seus peso com apenas ambos os braços fortes, depois para Mayday, que está escondida rente ao chão por entre as rochas e por fim, olha para mim, que estou acima de algumas rochas com meu corpo sendo camuflado pela sombra que se fazia das rochas.

Da onde estou, ainda não posso ver aonde o amigo dos Agentes Rogers e Barton se encontra, e sinceramente, tenho medo só de pensar de onde irá surgir.

Com um grande suspiro, Luke Barton dispara uma flecha sinalizadora para cima, que explode como fogos de artifícios azul e vermelho. Quando o show de luzes acaba, todos nós prendemos as nossas respirações e esperamos.

Posso sentir cada batida do meu coração acelerar conforme os segundos passam, posso também sentir minhas mãos suarem frio enquanto olho atentamente para a figura de Luke Barton, este parece calmo, mas olha alerta para todos os lados já com seu arco em mãos.

Mais tempo se passa, e nenhum sinal da criatura.

Olho para baixo, procurando por Mayday, ela está parada, seus olhos percorrem a Arena assim como os de Luke, fitando o vazio e sempre alerta.

Já James Rogers, para a minha surpresa, olha para mim, seus olhos azuis me fitam com um olhar duvidoso e assim que se encontram com os meus, são desviados para outra parte da Arena, para detrás de mim para ser mais exata.

O Agente Rogers fica pálido.

Então eu sinto, a passada grotesca de pesados pés verdes se fixam ao meu lado, fazendo meus membros tremerem de medo.

Desgostosa com a minha sorte, eu delicadamente movo minha cabeça para cima, fazendo meus olhos encararem o queixo da criatura.

O monstro não me viu.

Continuo agachada rente às pedras, ainda tentando manter meu corpo camuflado. Volto meu olhar para Luke Barton, ele já está mirando e com um sorriso no rosto, ele diz.

– Te achei, Banner. – e dispara uma flecha contra a criatura.

Esta em resposta berra e vai ao encontro do Agente Barton, iniciando assim um pega-pega muito diferente.

Luke Barton é rápido, sempre que o monstro tenta agarrá-lo, ele consegue se safar fazendo manobras com o corpo que chegam a parecer impossíveis, e com isso, atrai o monstro para debaixo de James Rogers.

– Agora, Rogers! – o Agente Barton berra enquanto pula para fora da área de perigo.

James Rogers solta-se do pedaço de metal onde se encontrava e pula nos ombros na criatura verde antes de aterrissar no chão.

Com o punho cerrado, o monstro ataca o Agente Rogers, mas este segura o seu punho e tenta com um enorme esforço mantê-lo bloqueado e ao mesmo tempo longe de seu corpo enquanto a criatura apenas o força ainda mais, provavelmente querendo abater seu alvo o mais rápido possível.

Entretanto, James Rogers consegue redirecionar o soco brutal para o chão, quebrando-o e fazendo com que os dois caíssem dentro do buraco recém-formado.

Agora é a vez de Mayday agir. Ela se dirige com passos leves até a boca do buraco e logo começa a soltar a substancia desconhecida de seus pulsos em direção à fenda e logo depois de afasta, escondendo-se novamente em seu esconderijo original.

Instantes depois a criatura volta totalmente emaranhada com o que parece ser uma teia incrivelmente resistente aos seus apelos por liberdade, esta substancia cobre seu corpo todo, desde o começo de seus largos ombros até os tornozelos.

Chegou a minha vez.

Pego a rocha perto dos meus pés e a ergo como se fosse um pedaço de isopor... Um pedaço gigante de isopor.

James Rogers me olha e logo em seguida faz com que a criatura vire de costas para mim. Não sei se consigo, ela está extremamente agitada e parece que a substancia que Mayday a havia prendido está começando a ceder na parte dos musculosos braços.

Eu tenho que ser rápida.

Corro com a pedra erguida acima da minha cabeça e dou um salto inacreditavelmente poderoso, lançando-me para perto de James Rogers e do monstro com uma velocidade fisicamente impossível.

Bem, depois de tudo o que estou vendo e conseguindo fazer, a física já não é mais importante... Acho que nesse caso, até mesmo a lógica pode ser descartada.

Quando já estou a uma boa distancia da criatura, eu atiro a pedra com toda a minha força em sua nuca, que assim que se encontra com o corpo verde, se desfaz em milhões de pedaços e nocauteia o monstro na hora, deixando-o cair inconsciente no chão.

Diferentemente do Agente Rogers, eu não consigo pousar e acabo caindo com toda a força de costas no chão lotado de pedregulhos.

Ai.

– Conseguimos! – ouço o Agente Barton berrar. – Sonhe com os anjos, nervosinho.

– Erika! – Mayday corre a meu encontro. – Você está bem? Está machucada?

Eu tento me levantar, mas a pancada na minha coluna fora tão intensa que me impede de me mexer, acabo cedendo à dor e volto meu tronco ao chão.

– Isso dói.

Mayday começa a morder os lábios incontrolavelmente enquanto tenta reprimir o seu desespero.

– Vai ficar tudo bem, não chore.

Quando Mayday fala isso para mim, percebo que meus olhos expeliram algumas lagrimas involuntárias. Rapidamente eu as seco.

Escuto outros passos se aproximarem de nós duas, embora minha visão esteja um pouco turva, posso reconhecer os rostos de James Rogers e Luke Barton me encararem com aflição.

– Como ela está?

– Ela disse que está com dor.

– Temos que levá-la a enfermaria juntamente com o outro.

– Vamos fazer isso rápido.

Sinto então alguém levantar o meu corpo e quando me dou conta, estou nos braços de James Rogers, tento me mover, mas ele se limita a dizer.

– Não se mexa, se estiver com alguma fratura só vai piorá-la.

Eu o obedeço e sinto o cansaço querer me vencer, mas quando estou prestes a fechar meus olhos, eu escuto alguém bater palmas.

Olho para o Agente Rogers, ele também notou o som e com os olhos atentos tenta achar sua origem. Quando seus olhos param em uma figura a sua frente, eu sigo seu olhar e me deparo com três pessoas. Uma mulher e dois homens, o homem do centro que aplaude enquanto os outros dois apenas nos encaram com um olhar vago.

– Muito bom. – o homem do centro nos parabeniza.

Ele diz mais alguma coisa, mas perco a consciência antes de poder decifrar o resto.


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