Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 10
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Como sempre, me desculpem pelo atraso e pelos erros ortográficos, mas não tive tempo de mandar pra beta (de novo hehe --')

Enfim, boa leitura



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Capítulo 8 - May (Mayday) Parker



– Pra onde você acha que ele a levou? – eu pergunto a Howard enquanto corremos apressadamente pelo corredor onde Erika e o garoto babaca haviam desaparecido há poucos minutos.


A cara de Howard não é muito segura.

– Não sei ao certo, ele não mencionou nada...

– Tem razão. – eu bufo. – Só ficou falando sobre o amigo pavio curto.

Mesmo não sabendo aonde deveríamos ir, Howard e eu continuamos a correr sem rumo pelo local plano e interminável.

Onde Erika poderia estar agora? O que aquele garoto maluco tinha feito com ela? Estaria ferida?

Sacudo a cabeça para tirar os pensamentos venenosos e tento me focar em alguma pista de onde Erika poderia estar.

Quando o barulho me para.

Não é o barulho de algo caindo no chão ou da minha respiração e da de Howard, mas sim um eco de um urro brutal.

– O que foi isso? – arquejo, olhando para Howard, ele parece tão surpreso quanto eu.

Logo depois um grito, aparentemente de uma menina, ecoa no corredor.

– Veio do andar de cima. – eu comento enquanto analiso a tubulação no teto.

– Erika! – Howard grita enquanto corre para as escadas localizadas a poucos metros a nossa frente.

Eu o acompanho com o coração na boca, se aquele grito fosse mesmo da Erika, ela deve estar correndo perigo... E dos grandes.

Subimos os degraus rapidamente, ignorando os homens que tentavam nos parar enquanto seguíamos para onde vinham os urros e somente paramos quando demos de cara com uma enorme porta de chumbo.

Mais gritos ecoam por detrás da pesada barreira férrea.

– Que droga! – Howard grita, dando um chute na porta, isso não foi uma boa ideia. – Erika! - ele berra. – Como vamos abrir isso?

E então eu sinto a estranha sensação novamente quando estou muito agitada, tudo ao meu redor parece se mover lentamente, Howard está tendo seu chilique em câmera lenta enquanto todos os barulhos que me rodeiam aumentam seu som em dez vezes, fazendo-me quase ficar surda com tantos ruídos. Minha visão agora também está mais clara, mais ampla, posso ver tudo com os mínimos detalhes, ouvir e sentir, isso é bom, pois somente assim consigo ver a tempo a porta de chumbo estourar.

– Howard, abaixa! – eu berro, pulando para cima dele e fazendo-o cair no chão brutalmente comigo em cima de seu peito.

Ele xinga no começo, mas logo para quando percebe que se eu não o tivesse empurrado, ele estaria esmagado contra a parede com a porta de chumbo em seu peito.

– Você está bem? – eu pergunto, tirando meus cabelos de meus olhos e saindo de cima de seu peito.

Ele tosse em resposta.

– Melhor agora. – eu o ajudo a se levantar do chão. – Como fez isso?

Dou de ombros.

– Podemos ficar discutindo sobre isso ou podemos ir ajudar a Erika.

– Voto na segunda opção.

– Então vamos logo.

E entramos num lugar totalmente diferente do que vimos até agora, é amplo e composto por rochas dos mais diversos tamanhos, não é muito iluminado, mas posso distinguir o enorme monstro verde que encara ambos de nós com um olhar irado de tamanha a raiva que parece sentir. Eu paro e freio Howard bruscamente puxando sua camisa.

– O que foi agora? – ele me pergunta impaciente.

– Cale a boca, Howard. – e aponto com os olhos a criatura, Howard segue meu olhar e quando seus olhos castanhos se deparam com o que estou tentando lhe dizer, estes se arregalam enquanto seu rosto perde a cor.

– De novo não... – ele resmunga baixinho, mas não o suficiente para que o monstro não escutasse.

Ele urra para nós.

– Então é daí que vem o urro. – eu concluo antes de puxar Howard para um caminho alternativo para longe da besta.

– Mas que droga Mayday! Me solta! – Howl grita enquanto corre ao meu lado. – Eu sei andar sozinho.

– Ta certo, Marshmallow. – eu grito de volta. – A gente discute sobre sua coordenação motora quando sairmos dessa!

– Você quer dizer se sairmos dessa!

Eu me viro e vejo que o monstro nos persegue com uma velocidade muito superior a que fugimos, e pra piorar o grandão ainda segura uma pedra na mão, pronto para jogá-la em nós dois quando vier a calhar.

E não é que esse momento veio no segundo seguinte?

A pedra se chocou contra o solo a nossa frente, se despedaçando em milhares de outros pedaços que voavam para todas as direções, incluindo a nossa.

– Não pare, Howard! Temos que achar a Erika!

Howard assente com a cabeça e me segue enquanto desvio dos estilhaços que estão em nosso caminho.

Novamente o meu, segundo mamãe com suas brincadeiras, “instinto aranha” apita e eu posso sentir o chão tremer ainda mais conforme a criatura se aproxima de nós, seus grunhidos estão mais altos do que nunca e quando posso sentir seus pesados batimentos cardíacos eu me jogo no chão no momento em que ele acerta Howard com o punho, arremessando-o para longe de onde eu me encontro deitada.

Sei que esse papo de “instinto aranha” é pura besteira, mas também sei que se não fosse por ele, eu teria levado aquele soco juntamente com Howl.

– Howard! – eu grito por seu nome quando o vejo caído no chão inconsciente, atraindo o monstro para mim. – Venha aqui! Estou aqui! – grito enquanto taco uma pedra na sua cabeça.

Ele me olha com ainda mais raiva.

Grande ideia, Mayday.

E este urra novamente para mim enquanto corre em minha direção. 

Enquanto ele vem, observo com a minha visão aguçada as possibilidades de escape que tenho a minha volta. Um vão entre algumas pedras? Nah, muito estreito. Por entre as pernas do monstro? Péssima ideia, muito arriscado. Eu tenho que pará-lo, mas como?

Como parar caminhão monstro verde?

Um pensamento vem em minha cabeça, fazendo-me sorrir.

Embaçando o para-brisa.

Posiciono ambas as mãos defronte a meu corpo assim como fiz com Camaleão e faço o mesmo movimento com as mãos, fazendo assim a substancia pegajosa sair de meus pulsos e atingir em cheio os olhos do monstro.

Muito bem, Mayday, enfim fez algo certo.

Mas... Por que ele não está parando?

Embora sua visão esteja danificada, ele apenas continua a correr em minha direção numa velocidade que tenho certeza que não vou conseguir desviar a tempo.

Oh, merda.

Fecho meus olhos esperando pela morte, me arrependendo de não ter avisado a minha mãe aonde tinha ido para que meu corpo ao menos tivesse a chance de ser achado e devidamente enterrado, quando sou atingida, para a minha surpresa, pela lateral.

Braços fortes me envolvem quando ambos caímos fora da rota de atropelamento da criatura verde, e quando abro meus olhos para ver meu salvador, dou de cara com ele, o garoto idiota que havia sequestrado.

– Será que além das loiras, as ruivas também ficaram burras? – ele indaga, me encarando com um ar incrédulo.

– Tire suas mãos de mim! – eu berro, dando-lhe uma cotovelada no estômago, isso o faz urrar de dor e afrouxar seus braços a minha volta imediatamente.

– Isso é o que eu chamo de “obrigada”. – ele comenta com uma voz abafada.

– Onde está Erika? – questiono com um ar ameaçador. – O que você fez com ela?

– A sua amiga está bem, ruiva.

– May.

– Que seja.

– É bom você me falar onde ela está, seu idiota.

– Luke.

– Que seja.

Ficamos em silêncio depois disso, um fuzilando o outro com os olhos. Enquanto eu tentava explodir a cabeça de Luke com meu poder da mente, percebo que este é dono de um corpo e tanto, seus braços musculosos estão cruzados sobre o peito enquanto a roupa apertada, e um tanto gay para um menino usá-la, destaca as marcas de seu corpo.

– O que você está fazendo, ruiva? – Luke indaga com um olhar confuso.

Recomponho meu olhar nervoso enquanto fito seus olhos azuis.

– N-nada, e já disse para me parar de chamar de ruiva! Agora onde está Erika?

– Está escondida juntamente com meu amigo, James. – ele olha para os lados, observando a criatura verde tentar se livrar da substancia que eu jogara nele e logo depois, desvia seu olhar para um Howard caído no chão.

Howard! Eu havia me esquecido dele!

Corro para seu corpo mole enquanto tento acorda-lo com algumas palmadas no rosto.

– Vamos lá Howl, você está bem. – eu digo a ele, quando na verdade estou tentando acalmar a minha mesma. Verifico seu pulso, está fraco, quase ilegível. – Vamos seu idiota, acorde! – eu peço, sentindo algumas lágrimas saírem de meus olhos.

Sinto uma mão pousar em meu ombro.

– Precisamos sair daqui, May, Banner ja já vai se livrar do que quer que seja que você tacou nele.

Quando abro minha boca para dizer para não me chamar de “ruiva”, percebo que ele havia me chamado de May dessa vez.

– Não vou deixá-lo aqui.

– Eu o carrego. – Luke se oferece enquanto ergue o corpo de Howard e o coloca nos ombros largos. – Siga-me.

– Para onde vamos? – pergunto, confusa.

Luke não olha para trás para responder.

– Para longe de Banner e encontrar Erika e James. Tenho um plano, e isso envolve você, ruiva.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e por favor comente *--*

Aviso geral galera, sexta vou viajar e vou ficar duas semanas fora, ou seja, nada de capítulo, espero que entendam!

Beijoss e até a próxima