Marco Zero escrita por Datenshi


Capítulo 15
Passagem 14: A Vanguarda de Chapéus




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Passagem 14: A Vanguarda de Chapéus

Larsh olhava o movimento na rua. Sete horas da noite em Quadrinera. As lâmpadas dos postes de rua já estavam acesas. O piso das ruas e avenidas era composto de vários tijolos de cor bronze, o que realçava ainda mais a iluminação alaranjada dada pelos postes de energia elétrica. Se fossem observadas do alto, as praças circulares da cidade seriam grandes lustres radiantes. O jovem de Saint Poltien observava várias charretes levadas por máquinas a vapor, de aparência rústica, passarem pela mesma via da avenida. Outras pessoas pilotavam maquinarias de pequeno porte, verdadeiras motocicletas voadoras, que cruzavam a avenida do hotel a cada instante. As pessoas das ruas estavam vestindo grossos casacos de lã, sempre de cor escura, e estavam fortemente agasalhadas.
Em meio ao vidro embaçado pela respiração do garoto, uma figura conhecida surgiu na superfície espelhada. Alcest esboçou um breve sorriso, perguntando:
- Quando nós iremos para a tal reunião?
- Quando as garotas descerem? – Larsh olhou para a escadaria do hall.
Alcest olhou a rua pela janela. Levou a mão direita até o vidro, batendo levemente seus dedos de madeira contra a superfície lisa.
- Eu nunca me imaginei em Quadrinera... – disse Larsh, com os olhos distantes.
- Você deve estar sentindo saudades do lar Sievenen. – o espantalho arriscou bater os dedos contra o vidro, emitindo sons agudos em baixo volume. – Nós ainda iremos mais longe de casa.
- E isso é bom? – o garoto estava cabisbaixo.
Sem que nenhum dos dois percebesse, Melissa e Viollet se aproximaram. Larsh se recompôs.
- Todos prontos? – Viollet levantou a aba do chapéu.
- Sim! – Alcest respondeu. Melissa pensou ter escutado um “oui” fortemente bradado.  Não. Apenas uma vaga impressão. - E você, Larsh? Pronto para ir?
Larsh meneou positivamente a cabeça. Escondeu, como em todas as outras vezes que lembrava, a saudade que sentia de sua casa.
            - Perfeito! – Viollet estava mais sorridente do que nunca. Acenou para que a seguissem até a porta, abrindo-a.
            Se algo era impressionante em Quadrinera, com certeza seriam as ruas à noite. O ambiente noturno, com todas aquelas luzes e brilhos alaranjados despejando glamour sobre a visão de qualquer pedestre, permitiu que Melissa tivesse a mais bela visão urbana desde quando chegara aos domínios de Marco Zero. A cidade era tão iluminada que o céu noturno não era negro, assumindo um tom entre o azul e o roxo, ora decorado pelos brilhos quentes em vermelho das imensas fábricas dos subúrbios industriais. Melissa comparou a visão com a que contemplara minutos atrás no topo do hotel. O céu era mais bonito visto do chão.
            - Táxi!!! – ordenou Viollet, acenando com os braços para uma maquinaria pintada de xadrez amarelo-preto. A garota se virou para os companheiros que estavam parados na calçada. – Vamos entrando!
            - Para onde, senhorita? – perguntou o motorista do táxi.
            - Para a Morada do Sênior, na Praça do Conde Eisen! – disse, entusiasmada.

*   *   *
            Era um salão monumental.
As paredes cobertas de tapeçarias, o piso de lajotas pálidas refletindo o brilho da luz emitida pelos lustres do teto (e estes, por terem tantas luzes, lembravam as cidades celestes onde os anjos moravam), um vasto espaço que era apresentado por uma escadaria curva, por onde todos os presentes observavam com clareza a entrada e saída de novos convidados.
Uma grande mesa de aço, coberta por um tecido vermelho com a aparência de seda, foi posicionada no centro do salão de cerimônia. Cinco cadeiras estavam dispostas em cada lateral, sendo onze no total junto com a cadeira que estava na ponta da mesa. Sobre a superfície da mesa estavam posicionados pratos para os convidados, devidamente alinhados à frente de cada cadeira; quatro candelabros de prata repletos de velas e os pratos principais cobertos por cúpulas de prata. 
Cerca de três homens, cada um aparentando ter pouco mais de trinta anos, e duas mulheres, vestidas em uniformes de elite da JUBILO, conversavam entre si próximos à entrada. Foi quando Melissa, Viollet, Larsh e Alcest chegaram.
- Nossos convidados finalmente chegaram! Estávamos ansiosos!
Um dos homens, de barba aparada e cabelos negros caídos até os ombros, sorriu para os recém-chegados. Vestia um uniforme da JUBILO modificado, com vários detalhes dourados e correntes delicadas que davam voltas pelo ombro esquerdo. Também usava uma cartola preta com o emblema da instituição na superfície superior. Melissa deduziu que fosse algum membro de patente alta da JUBILO.
- Superior Laziö! – Viollet cumprimentou-o. Depois apontou para cada um de seus amigos. – Estes são...
- Melissa, Larsh e Alcest, estou correto? – ele deixou escapar mais outro sorriso, erguendo as sobrancelhas de modo sereno. Cumprimentou a cada um, dando parabéns a Melissa por seus esforços no zepelim. Aquele homem sabia demais...
- Exatamente! – Viollet não viu outra alternativa a não ser ficar perplexa. – Andou coletando informações sobre nosso respeito?
- Sempre tento me informar ao máximo sobre os que se hospedam na nossa casa, Viollet. Oh sim! – Laziö chamou os outros membros da JUBILO. – Estes são dois membros do Serviço de Inteligência, o senhor Takien Fäust e a senhorita Ursula Schoch.
Os dois membros do S.I. usavam estranhos óculos de lentes redondas e grossas pendurados no pescoço, algo de aspecto futurista para Melissa. Ela cumprimentou ambos. O chapéu de Takien era semelhante ao de Viollet, mas carregava cinco faixas azuis sutilmente pendentes sobre a aba. Ele possuía feições orientais e longos cabelos negros até a cintura. Os olhos de Ursula eram de um azul cintilante inigualável e seu rosto era redondo, como de propósito para lembrar uma criança. Usava uma boina justa em sua cabeça, deixando uma longa trança de cabelos negros cair sobre as suas costas.
Laziö continuou a apresentação.
- Esta é Thamisa Tommasini, chefe do núcleo de comando de tropas.  – todos se cumprimentaram.  Thamisa tinha um quepe azul-marinho sobre a cabeça. Sua farda da JUBILO era de cor azul, contrastando com seus grandes olhos alaranjados. Possuía um porte atlético, algo proveniente da agilidade em combate que tanto falavam os boatos entre os soldados de primeira linha da JUBILO: duas longas pistolas pesadas repousavam  na cintura delineada da comandante-premier das tropas de honra da JUBILO.
– E este aqui... – continuou Laziö. - ... é o diplomata Rekò Kilpennen. – mais cumprimentos. O senhor Kilpennen usava um bela cartola, mas de tamanho menor que a cartola do superior Laziö.  Por debaixo do chapéu, notava-se que seus cabelos brancos eram finos e espetados, penteados na direção da nuca a modo de parecer esticado à força. Melissa percebeu que em Marco Zero era um sinal de sabedoria e status possuir cabelos brancos, mesmo que fossem tingidos, ou barbas grisalhas. Hábitos estranhos apenas por serem diferentes do seu mundo antigo, mundo o qual ela fazia conta de deixar longe dos seus pensamentos.
Ambos os grupos trocaram cumprimentos e diálogos rápidos.
- Tudo pronto, senhor Lazio? – perguntou Viollet.
- Creio que sim. – ele respondeu, sorrindo, mostrando seus trinta e dois dentes brancos. – Falta apenas o Sênior chegar...
Melissa se aproximou de Viollet, que não parava de olhar para as botas lustrosas que calçava.
- O que é Sênior? – o tom de voz dela foi escutado apenas pela jovem Caçadora de Informações.
- É o cargo máximo da JUBILO, o “chefão”. – inexplicavelmente, Lazio respondeu a pergunta de Melissa. Viollet apenas olhou calmamente para a garota de olhos cinzentos, agora perplexos, e deu um passo a frente.
- Viemos tratar de assuntos sérios, superior Lazio. Além do mais, possuímos informações de grande importância para a nossa organização.
O senhor Rekò pausou a conversa com Alcest e voltou-se para Lazio:
- É bom que o Sênior não se atrase hoje, assim como nas outras reuniões que tivemos.
Thamisa sobressaltou-se:
- O Sênior é um homem talentoso, de uma genialidade incomum. Mas alguém deveria lhe puxar as rédeas de vez em quando. Sua juventude pode ser uma qualidade, ou seu pior defeito.
- Eu considero o Sênior brilhante. – Takien abriu um sorriso simpático. Talvez as feições orientais lhe favorecessem esta virtude. – Acho que me identifico com a imagem dele. Mas ele tem suas razões por aquela personalidade.
- Um tanto estabanado demais? – Rekò ergueu as sobrancelhas.
- Estabanado!?
Todos silenciaram ao ouvir aquela voz firme indagar, vinda da porta principal do salão. Um jovem rapaz vestindo um terno azul-opaco, sem gravata, e de casaco três-quartos preto como agasalho. Seus cabelos eram longos e ondulados, de cor castanho, e presos por uma fita preta. Usava um chapéu-coco preto. Melissa ainda não tinha visto nenhum membro da JUBILO com tal modelo de chapéu.
- Que tremendo atraso o meu! – um sorriso brotou do rosto pálido do recém-chegado. Ele se aproximou. Suas botas militares emitiam um som esquisito a cada passo dado. – Eu peço desculpas a todos pelo atraso... Os bondes do centro-sul sempre ficam lentos nesse horário...
Aquele rapaz era, sem dúvida, o Sênior de que tanto falavam os membros jubilianos.
- Senhor Laziö. – cumprimentou. – Senhorita Thamisa! – ele a abraçou. – Ursula e Takien!!! – o rapaz se afastou de Thamisa e os abraçou. – Senhor senhor senhor Rekò!
Ele apertou a mão de Rekò, balançando o máximo de tempo possível até o diplomata puxar a sua mão.
- Modos, Sênior Teodor!  - Rekò se afastou.
- Eu ter modos? E você me chama de estabanado! – Teodor ergueu as sobrancelhas, sorrindo. Parecia estar contente o tempo inteiro.
No mesmo instante, Laziö se aproximou de Teodor e se inclinou até ficar próximo ao seu ombro:
- Sênior, não lembra da causa de nossa reunião? – perguntou, de modo que nenhum dos outros escutassem.
- Claro que lembro!!! – ele bateu com força o pé direito no chão. Melissa, Alcest e Larsh se assustaram. Viollet assistia tudo com um sorriso no rosto. Era algo bem rotineiro... – É ÓBVIO QUE ESTAMOS AQUI PARA JANTAR!!!
Rekò cobriu o rosto com a mão. Thamisa e Takien sorriram. Ursula olhou para Melissa e os outros.
- Não se preocupem...
- Eu não disse que ele era genial? – Takien continuava sorrindo.
- Aparentemente... – comentou Larsh. Alcest deu-lhe uma leve cotovelada.
- TRAGAM O PRATO PRINCIPAL! – Teodor ordenou, batendo palmas. Em seguida, dois homens vestidos como pingüins, os garçons da noite, entraram no salão. Empurravam carrinhos repletos de pratos.
Havia rosbife, rocamboles salgados, caldas e cremes, ensopados, cozidos, arroz colorido e grandes batatas cozidas. Rapidamente, os dois garçons prepararam a mesa no centro do salão. Uma grande toalha vermelha foi colocada em cima da mesa, onde repousavam os pratos principais, os pratos dos convidados, taças de cristal e talheres. Uma enorme jarra de bebida negra e espumante foi posicionada no centro da mesa.
- Eu amo rocambole! – o Sênior foi o primeiro a sentar. – Ro-cam-bo-le! EI! Vocês não vão sentar também!?
- Sênior, eu creio que devemos discutir assuntos de uma importância maior... – Laziö disse.
- Na-na-na... – Teodor bateu os talheres na mesa. – Não se pode discutir nada com barriga vazia! Vamos, vamos! Sentem!
Entreolharam-se. Obedeceram. Após todos se acomodarem, Laziö iniciou um discurso improvisado:
- Sênior Teodor, estamos nos reunindo hoje...
- Mais rocambole, por favor! – os garçons obedeceram.
- ...para discutir algo muito importante...
- Mais... Mais... Está bom!
- ... que é...
- Agora um pouco mais de ensopado de frango... E aqueles salames defumados com páprica, os vermelhinhos... Como é mesmo o nome?
- ... a chegada de um Enviado às nossas terras.
- Ah claro! (...) Raios, Lazio! – de súbito, o Sênior Teodor se levantou da mesa. - Por que não me disse esta notícia antes?!
Lazio suspirou.
- Bem senhor, se você não quisesse jantar, eu teria lhe informado...
- Sem problemas, caro irmão. – Teodor se dirigiu aos garçons. – Tirem a comida daqui, amigos. Dêem um jeito de refrigerá-la. Prometo comer tudo mais tarde...
- Sim, Sênior.
E o fizeram. Em poucos minutos, a mesa estava limpa, sem nenhum resquício de comida.
- Liguem as caixas de som!!!
Pequenas caixas de som desceram do teto, em suportes de aço. Eram cerca de doze em volta de todos que estavam sentados a mesa.
- Eu pensei que nós iríamos começar a reunião! – Melissa falou para Viollet.
- E vamos! As caixas de som sempre tocam alguma sinfonia estranha. A música irá distorcer a nossa conversa, no caso de alguém fora daqui escutar nossas falas. Serve para impedir que os membros do Governo nos espionem.
Os ouvidos de Melissa foram inundados por longas ondas sonoras, algo bem familiar. Ela lembrou de certa vez que estava voltando do colégio, quando passou na frente de uma janela. Das frestas de madeira saía uma bela melodia. Era uma estranha versão do “Inverno” de Vivaldi.
Teodor aumentou o sorriso do rosto:
– Quero saber o que aconteceu, se é que vocês me podem contar! Relatório!
Viollet se levantou da mesa. Fez uma breve reverência ao Sênior, curvando-se e abaixando a aba do chapéu. Por pouco, Melissa e os outros pensaram que ela tiraria o chapéu. Impossível.
- Sênior Teodor, sou Viollet Lagouard, Caçadora de Informações de Elite do primeiro regimento JUBILO, segunda patente...
- Sei, sei. – o Sênior a interrompeu. - Eu lembro de quando você tinha doze aninhos, Viollet. Continua a mesma cabeça-quente de hoje em dia. – sorriu.
Melissa percebeu o rosto de Viollet corar. A jovem continuou o relatório.
- Fui designada a explorar a área correspondente ao perímetro que engloba Saint Poltien, Burggin e uma pequena e densa floresta que divide os campos das duas cidades. Meu objetivo era saber a causa da enorme distorção dimensional, captada por nossos equipamentos, nas proximidades de Burggin.
- E encontrou o Enviado. Correto?
- Bem, Sênior, o Enviado, ou melhor, a Enviada, está na sua frente...
Os olhos cinzentos de Melissa encontraram o olhar firme do Sênior Teodor.
- Você, senhorita, é a criatura que causou uma das maiores distorções dimensionais já vistas aqui em Marco Zero? Melissa Mabelli? – perguntou. Seu semblante havia mudado repentinamente. Estava sério e imponente.
Melissa pestanejou. Respondeu:
- Sim, senhor, acho que sou eu...
- E os outros dois que estão com você?
- São meus amigos, Sênior. – Melissa apontou para o espantalho e o garoto. - Alcest, de Burggin, e Larsh Sievenen de Saint Poltien.
- Alcest, han? – Teodor passou a mão pelo queixo. – Já ouvi falar de você em algum lugar distante...
- Certamente, Sênior. – ouviu-se as vértebras de palha do espantalho gemerem. - Carrego uma má fama da cidade de Primaria...
- Não se preocupe com isso, senhor espantalho. Nós não seguiremos o exemplo dos homens de Primaria. – todos na mesa concordaram. Teodor continuou a falar. – Vejamos... Você, jovem Sievenen, é filho de um homem ilustre chamado Dominique Sievenen?
- Sim, Sênior. – Larsh respondeu. A atmosfera do salão se tornava cada vez mais tensa. - Petrov é o meu pai.
- Ouvi dizer que ele já trabalhou alguns anos para o Governo Echaellon, não é mesmo?
- Foram poucos anos, Sênior Teodor. Ele renunciou o cargo depois de enxergar a sujeira nos atos daqueles...
- Tudo bem, Sievenen. Eu também sei esta parte da história. Triste... Muito triste... É a causa da criação desta organização, talvez, a corrupção cometida por aqueles homens sem coração nem Razão que dedicam suas vidas a gerar desigualdades entre os habitantes desta terra. – Teodor se curvou diante de todos, olhando nos olhos de cada um. – Mas, na minha sincera opinião, meus irmãos, a JUBILO nasceu de um grito de “Basta!!!” daqueles que foram oprimidos pelas garras tiranas dos membros corruptos do poder.
Oboés e trompetes rasgaram o ar com suas notas meticulosamente projetadas para a alma humana. A qualidade do som era perfeita. Tanto que Melissa imaginava estar participando de uma reunião cercada por uma orquestra.
- Nossas ações já deram início em Trienaut, Hazen-Aft, Russengbaun e Divania. Pouco a pouco, as nossas tropas estão caminhando para um futuro de igualdade, mesmo que seja preciso resistir ao Governo e lutar contra seus planos de monopólios e desigualdades... - os trombones sintetizados e os sonoros violinos cantavam o movimento mais rápido da composição emitida pelas caixas de som. Era o ápice. – Entretanto, nós precisaremos de toda a ajuda possível. Os Enviados são as principais peças neste confronto. E isso inclui você, Melissa.
Finalmente havia chegado o momento de escolher uma posição diante daquele confronto de interesses disfarçados em ideais.
- Eu já estou ajudando, Sênior Teodor.
Todos na mesa sorriram.
- Eu sou suspeito para dizer isto, Melissa, mas foi a melhor escolha a ser feita. – Teodor apertou a mão da garota. – Toda a JUBILO ficará grata e honrada por ter você do nosso lado.
 - E quanto aos dons de Melissa? – Thamisa indagou. – Ela será um apoio muito importante para nós, mas seus dons devem ser estudados.
Melissa olhou para as mãos. Mostraria o selo.
- Eu tenho...
- Nada disso! – Teodor impediu Melissa de se levantar. – Melissa é uma ajuda preciosa, e não uma cobaia de experimentos!
- É verdade... – Takien concordou.
Laziö, Rekò e Ursula fizeram o mesmo. Thamisa se desculpou:
- Não foi minha intenção dizer isto. Perdoe-me, Melissa...
- Sem problemas... Não me magoou em nada.
Teodor bateu palmas:
- Sem mais demora, vamos estabelecer nossas metas daqui pra frente. Todos de acordo?
Todos na mesa concordaram.
- Já que todos aqui são nossos amigos... – o Sênior olhou para Alcest, Larsh e Melissa, que sorriram. - ...poderemos revelar o que pretendemos fazer nos próximos dias, não é mesmo?
- Divania? – Laziö indagou ao Sênior.
- Exatamente! – ele sorriu. Bateu duas palmas. Vieram os garçons. – Tragam os mapas, sim?
Alcest sorriu sutilmente. Larsh olhou para Melissa. Ambos sorriram. Viollet abaixou a aba do chapéu e descansou na cadeira. Longe dos perigos do Governo e da monotonia medíocre do “Velho Mundo”, Melissa sentia que a JUBILO trazia uma certa sensação de conforto.
Aquela sensação duraria por muito tempo.

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