Melissa Mabelli, 15 anos, vai parar acidentalmente (ou não...) em um lugar completamente diferente do seu cotidiano monótono e medíocre através de um acidente de trânsito. Nesta nova realidade, Melissa ganha um estranho sinal aziago e, em um imenso gramado onde um moinho queimado repousa solitário, ela encontra um sujeito muito esquisito... Mais tarde, descobre-se que o gramado e o moinho faziam parte de um mundo maior, medonho, de personagens inconfundíveis, onde a grande moeda que move tudo é Informação.
Viajando por um universo no mínimo curioso, adentrando em cidades protegidas por sinos, metrópoles em formato de relógios, florestas fractais, campos de grama vermelha, conhecendo espantalhos doentios, marionetes submissas, free-lancers fanáticos, seres estranhos e humanos - ora tentando sobreviver, ora gananciosos por mais e mais poder e Informação -, tento exibir um panorama da minha mente e do meu modo de ver o mundo, mesmo distorcido por tanto surrealismo, alfinetadas e pinceladas de teorias, onde conspirações sobre o poder alimentam uma série de fortes mudanças em Marco Zero.
Você pode ler esta história como um simples original fantástico, uma viagem surrealista ou uma crítica ao nosso próprio mundo... Contanto que goste e tire algum proveito disto, fico feliz.

Underground Job foi escrito não somente para ser um retrato distorcido e surreal da globalização selvagem e da expansão da violência. Os relatos dos membros de um submundo frio, sujo, prostituído, drogado e violento são reflexos de mentes perturbadas pelo próprio meio onde vivem - ou tentam sobreviver.
As histórias, sempre regadas a filosofias próprias de cada personagem e repletas dos seus traços marcantes, parecem seguir isoladamente umas das outras. Entretanto, se entrelaçam em uma densa rede de vingança, trabalhos sujos, insanidade, lascívia ou pura diversão. Sente-se bem e prepare-se para mergulhar na lama do submundo vista pelos olhos do próprio underground.