Uma Simples Viagem À Paris escrita por Lolanita


Capítulo 2
Meu vizinho gato


Notas iniciais do capítulo

Olá amores! Tudo bem? Me veio essa ideia ontem. Cap dedicado à fofa que comentou, obrigada amore. Quero agradecer as meninas que favoritaram a fic. Espero que gostem!



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A boca de Lizzie abriu-se em um perfeito “O” ao encarar seu novo prédio. Paris era definativamente uma cidade linda, com os prédios, parques e monumentos mais maravilhosos que ela já havia visto. Mas nenhum deles se comparava ao edifício à sua frente. Por fora, era branco e tinha uma arquitetura antiga, como a maioria dos que haviam pela rua. Por dentro, porém, era aonde estava sua perfeição.

Tudo era novo e limpo, às paredes eram creme com traços dourados de puro ouro, no chão e nas paredes haviam dos mais variados tipos de cerâmica e flores. Nunca havia visto algo tão fascinante na vida.

Os olhos da loira ainda vagavam pelo hall de entrada, quando uma voz feminina despertou-a de seus pensamentos.

–Bom dia madame, a senhora deseja algo?

A moça, que ela notou que era a recepcionista do prédio perguntou em um francês tão rápido que Lizzie demorou para processar o que ela havia dito. Esse era um dos maiores desafios para sua vinda à Paris, o francês dela não era lá essas coisas. Fez uma preçe silenciosa para que as pessoas soubessem pelo menos um pouquinho de inglês.

–Ah, sim! Eu fiz a reserva de um apartamento aqui pela Internet.

A loira ficou com medo de que a recepcionista não estendesse, mas a mulher sorriu.

–O seu nome por favor.

–Elisabeth, Elisabeth Howard.

A moça digitou no computador à sua frente e Lizzie sentiu algo vibrar em seu bolso. Suspirou, achando que seria sua mãe novamente, mas surprendeu-se ao ler outro nome na tela de seu celular: Harry. Harry? Mas o que será que ela queria com ela? Lizzie já não tinha dispensado ele? Eles tinham terminado, certo?

–O seu apartamento é o 310, senhorita Howard.

A loira sorriu, agradeceu e pegou a chave. Era engraçado ver aquela moça, que deveria ser ainda mais jovem que ela, chamar-lhe de “senhorita”. Seu celular continou vibrando no seu bolso, mas ela resolveu ignora-lo.

Entrou no elevador dourado e apertou o botão 3, cantarolando alegremente. Estar em Paris lhe dava uma estranha sensação de felicidade. Talvez fosse porque ela nascera lá. Bom, isso não importava realmente. New York era sua casa, onde ela viveu feliz por longos 22 anos.

Foi então que a jovem notou a mulher que havia entrado. Era uma figura e tanto. Tinha olhos azuis assim como Lizzie, cabelos longos obviamente tingidos de castanho e para sua idade, tinha corpo de modelo. Devia ter quase 50 anos, era ainda mais alta que a loira e magérrima, mas não de um jeito feio. Só de um jeito saudável, como se ela malhasse todo dia.

Parecia ser cheia de vida, ou pelo menos era isso que apontavam suas roupas. Usava um longo vestido rosa-choque, saltos-agulha laranjas (Lizzie ficou se perguntando o porque dela usar saltos) e chapéu da cor dos sapatos. Usava dos mais variados tipos de colares, pulseiras e brincos. Sua bolsa era de oncinha e o batom, vermelho.

Lizzie fez uma força danada para não cair na gargalhada ali mesmo. E ela ainda pensava que Paris sendo uma das capitais da moda, não haveria ninguém sem estilo.

A loirinha agradeceu mentalmente quanto chegou ao seu andar.

–Eu fico por aqui, até mais.

–Au revoir, má chérie*.

A senhora disse com um sotaque pesado e ao mesmo tempo gentil. Lizzie saiu do elevador e se encontrou-se num corredor salmão com várias pinturas nas paredes e móveis antigos, alguns dourados e outros brancos.

Uau, novamente ela estava impessionada. Aquele prédio ficava melhor e melhor à cada segundo.

–Ahhh!

Um berro escapou dos seus lábios involuntariamente quando um homem sem camisa esbarrou e derrubou-a no chão. Detalhe, ele era desse caras que parecem que passam o dia (e a noite, em alguns casos) inteiro na academia.

E nesse caso, além de lindo, gostoso também (n/a sorry a palvra).

–Perdão madame. A senhorita está bem? Quer alguma coisa?

O gato perguntou, pegando na sua mão e levantando-a. Logo notou que ele não era francês, mas também não era americano.

–Não, obrigada. Você mora aqui?

Ok, que pergunta foi essa Lizzie? Essa foi a primeira coisa que veio a sua cabeça em uma inútil tentativa de desviar os olhos dos bíces daquele gato loiro.

–Sim, faz alguns messes. E você fleur*, daonde vem?

O homem tentou não rir ao notar que eu babava com a visão. Sacudi a cabeça, tentando voltar à realidade.

–Dos Estados Unidos, New York e você?

Ele estudou meu rosto durante algum tempo, antes de dizer:

–Sidney, Austrália. Deixe-me ir, belle* que devem estar me esperando. Até mais, aguardo por te ver.

O gato pegou na sua mão e beijou delicadamente, arrancando-lhe um suspiro. E tudo que Lizzie pode pensar foi: “Nossa, que gato! E gentil. Ah, preciso de um namorado como aquele cara. Eí, porque não perguntei o nome dele? Elisabeth, sua anta!”.

1*Tchau, querida!

2*Flor

3*Bela, bonita ou linda


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Notas finais do capítulo

Alguém gostou? Quem odeiou? Preciso de opiniões e ideias, não tenho medo de críticas, ok? Desculpem os erros. Beijos



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