Me Ama? escrita por Priih _ ncesa


Capítulo 13
Boa menina


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo! Nem acredito >.< só espero que gostem e não queriram arrancar meu fígado HAHAHAHAHAHHA.
Enjoy~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/219385/chapter/13

Capítulo XII

Boa menina

Se você pudesse ver dentro do meu coração,

então você entenderia...

Eu morreria por você

Eu faria qualquer coisa

Você sabe que é verdade

Baby, eu morreria por você.

Bon Jovi, I'd die for You.

Hidan estava preocupado. Shion não poderia fazer aquilo. Ela não teria coragem.

Ele andava de um lado para o outro. Deveria haver outra explicação para sua arma ter sumido. Shion não podia ter pegado! Ela simplesmente não podia! Ele respirou fundo tentando se acalmar e buscou seu telefone celular para ligar para ela.

Ligou o visor do aparelho e estranhou o sinal de mensagem enviada no canto superior esquerdo. Não se lembrava de ter mandado nenhuma mensagem. Resolveu chegar sua caixa de mensagens enviadas.

Seu coração falhou uma batida quando viu a última mensagem enviada. Era de menos de quinze minutos atrás. Aquela mensagem só poderia ter sido enviada por um pessoa. A mesma pessoa que havia roubado a sua arma. Enterrou a cabeça nas mãos. Aquilo não estava acontecendo!

Tentou ligar para Jun. O telefone chamou uma, duas, três, várias vezes até cair na caixa postal. Tentou mais duas vezes sem resultado.

Suspirou. Só tinha uma coisa a fazer agora. Tinha que ir atrás de Shion antes que fosse tarde demais.

Pegou sua carteira, celular e chaves, tentaria ligar para a loira enquanto corria até a praça, que não ficava nem a cinco minutos de corrida de lá.

***

– Q-Quem é você? – Gaguejou Jun. Estava assustada até a morte com aquela arma engatilhada apontada para o seu peito.

– Eu sou a pessoa a quem você tirou tudo.

– Como? – Jun nunca havia visto aquela mulher na vida. Não poderia ter tirado nada dela.

– Você nem ao menos se lembra de mim – a garota riu, um riso sem alegria, apenas um esganiçar.

– Porque você não abaixa a arma e nós não conversamos? – Tentou Jun, um sorriso amarelo e apavorado nos lábios.

– Não é porque eu sou loira que eu sou burra. – A garota fechou a cara – Bem, já que você não se lembra, vou lhe refrescar a memória antes que você vire uma peneira – Jun teve um tremor involuntário – Você roubou meu primo de mim, você fez com que o Suigetsu se apaixonasse por você! – Ela gritou.

– Suigetsu? – Jun franziu as sobrancelhas – Eu nunca tive nada com ele.

– Exatamente! – A loira gritou novamente – Você o tirou de mim e nem ao menos ficou com ele! Mas não é só isso! – Ela riu novamente – Você matou o Zabuza! Você imagina o quanto eu o amava? Imagina?! – Ela balançava a arma de um lado para o outro, fazendo com que Jun se encolhesse toda vez que a arma era apontada em sua direção.

– Eu não matei o Zabuza – disse pausadamente, com medo da garota louca ficar com raiva e lhe dar um tiro – ele tentou me matar.

– E você, como a boa menina que é, deveria ter morrido! – Ela gritava, e Jun esperava que alguém escutasse os gritos dela e viessem a socorre-lá.

Jun abriu a boca para falar, porém as palavras nunca saíram, pois, alguém estava se aproximando, provavelmente atraido pelos gritos da louca loira. Jun já ia suspirar aliviada quando vislumbrou a pessoa que estava chegando. Hidan.

Hidan correu a toda velocidade que pôde. Quase foi atropelado duas vezes, mas havia conseguido chegar antes que algo de grave tivesse acontecido.

Shion apontava sua arma para o peito de uma assustada Jun.

– Shion – disse Hidan se aproximando – abaixa a arma, vamos conversar.

– Para trás! – ela gritou para ele, ainda mantendo a arma apontada para o peito de Jun – Se você não vai terminar o serviço, eu termino!

– Mas o serviço nunca foi matá-la! – Ele estava começando a ficar desesperado. Sabia o quão louca poderia ser a namorada.

Jun apenas escutava em silêncio a discursão deles, torcendo para que a garota abaixasse a arma assim como Hidan havia pedido.

– Eu não me importo! – Shion virou sua cabeça para Jun, ignorando Hidan – É aqui que a gente se despede bitch – disse e apertou o gatilho.

Jun arfou e fechou os olhos ao escutar o click da arma. Sua vida havia acabado.

Escutou um, dois, quatro, seis tiros. Todas as balas da arma havia sido disparadas.

Lentamente a jovem abriu os olhos, e se assustou ao ver uma sombra caindo sobre si. A sobra do corpo baleado de Hidan. Ele a havia protegido com o próprio corpo.

O jovem de lindos olhos liláses não havia pensado duas vezes. Havia se interposto entre as balas e Jun, usando seu corpo com um escudo para a jovem.

Zonzo, ele caiu de joelhos no chão, sendo acudido por Jun, que havia saído do seu topor.

– HIDAN! – Gritou a loira, desesperada.

– Fuja Shion – disse ele com dificuldade.

– Hidan... – os olhos dela começaram a transbordar lágrimas, e sem pensar duas vezes, ela jogou a arma dentro da fonte e correu.

Hidan se sentiu tonto, e novamente foi acudido por Jun, que gentilmente deitou a cabeça dele no seu colo. Ele só tinha mais alguns instantes de vida.

– Hidan... – dessa vez foi Jun quem chamou o nome dele, seus próprios olhos se enxendo de lágrimas – Porquê?

– Estou apenas devolvendo o favor – ele disse, sangue em abundância saia por todos os ferimentos causados pelos tiros – e meu trabalho não era matá-la.

– Porquê? – Ela perguntou novamente, as lágrimas se tornando tão abundântes que ela quase não conseguia mais ver o rosto do homem semi-morto a sua frente.

– Porquê? – Ele disse rindo, sangue saiu pelo canto de seus lábios – Por que... – com a mão esqueda ele alcançou a nuca de Jun e a pressionou para que ela abaixasse o rosto, em seguida, ele soergueu o seu próprio rosto e alcançou os lábios da jovem, a deixando surpresa com o ato – por que – ele sussurou, ainda com os lábios pressionados com os da jovem – por que você é uma boa menina.

Ele perdeu a força na mão e soltou sua nuca, e Jun quebrou o beijo, um pouco assustada.

– Hidan... – ela chamou novamente. Ele havia começado a fechar os olhos.

– Você é... – ele inspirou – ...uma boa... – expirou – ...menina. – E não inspirou novamente. Sua cabeça pendeu para o lado e sua respiração cessou.

– Hidan – Jun chamou – Hidan! Hidan! HIDAN! – Ela gritou, finalmente se dando conta que ele havia morrido. Inrompeu em prantos ali mesmo. Chorava tanto que nem percebeu o barulho da sirenes de ambulâncias e viaturas, só se dando conta da confusão que havia se instalado lá quando os paramédicos tentaram a afastar do corpo já sem vida de Hidan.

***

Kakashi estava num táxi a caminho da casa do Yamato quando viu uma grande comoção na praça. Vários carros de polícia havia chegado e uma ambulância vinha logo em seguida.

– Encosta o táxi por favor – pediu ao motorista e observou a movimentação. Estava achando aquilo muito estranho. Resolveu descer e ver por ele mesmo o que estava acontecendo.

Estendeu o dinheiro da corrida ao motorista e saltou do carro, seguindo para a calçada aonde havia outros curiosos.

– Ouvi dizer – disse uma senhora segredando a outra – que aquela herdeira milhonária está envolvida nisso.

– Milhonária? Que milhonária? – Kakashi se intrometeu na conversa.

– Aquela que esteve envolvida em um acidente de carro que matou seu irmão.

O coração de Kakashi parou de bater. Jun se encaixava exatamente nessa descrição.

Sem pensar duas vezes ele furou o bloqueio policial e correu em direção ao bosque, que era o lugar para qual todos os policiais e paramédicos estavam se dirigindo. Rapidamente dois policiais vieram tentar impedi-lo, porém Kakashi era bem treinado. Saltou por cima de um, noucateou o outro com o soco e continuou correndo. Mais policiais vieram ao seu encalço.

– É a minha esposa! – Gritou por cima do ombro, se desviando de outro policial que havia tentado pará-lo.

Pelo o que parece, um policial havia o reconhecido, e pararam de segui-lo, deixando que ele seguisse até onde estava a esposa.

Correu, correu e correu, finalmente chegando onde estava toda a comoção. Seus olhos procuravam por Jun, quando finalmente a encontrou seu coração falhou uma batida. Ela estava coberta de sangue. Piscou e percebeu que aquele sangue não era dela, ela apenas estava suja. Respirou pesadamente. Por um momento havia pensado no pior.

A jovem estava sentada no chão, com as costas encostadas no chafariz. Algum policial havia dado a ela uma manta, com a qual ela estava rodeada. Kakashi pode perceber o quanto ela tremia, e também que estava com o rosto manchado de sangue. Avançou mais alguns passos entre as pessoas, entre policiais e médicos, e finalmente estava a uma pequena distância da amada.

Parou e a contemplou de longe. Talvez ele não a merecesse mais. Ele também era culpado por essa confusão. Talvez, se ele tivesse tomando uma decisão diferente, nada disso teria acontecido. Tentou dar mais um passo, porém estacou. Ele não merecia mais estar ao lado de Jun. Ele não pudera a proteger de todo àquele mal.

Hesitou.

Ele não merecia mais a amor de Jun.

Foi enquanto estava tendo esses pensamentos conflitantes que Jun levantou sua cabeça, e olhou na sua direção. Quando seus olhos se encontraram, a reação dela foi imediata. Se levantou, deixando a manta escorrer pelos ombros e correu na direção de Kakashi. Ele por sua vez, mesmo achando que não a merecia mais, correu ao seu encontro, foi uma reação instintiva do seu próprio corpo.

– KAKASHI! – A jovem gritou, estavam a poucos metros agora. Escorriam lágrimas pelo seu rosto manchado de sangue.

– JUN! – Respondeu ao chamado dela, aumentando a intensidade de sua corrida.

Dez, sete, cinco, três metros os separavam, e a distância foi diminuindo, até que os corpos se encontraram com um som oco.

– Kakashi, Kakashi, Kakashi, Kakashi, Kakashi, Kakashi... – Ela não parava de repetir enquanto se agarrava na sua roupa e soluçava fortemente. Grossas lágrimas transbordando dos olhos verdes.

– Calma... – ele acariciou seu cabelo.

– Hidan – ela soluçou, e Kakashi estacou. Quem diabos era Hidan? Ju continuou – Hidan morreu para me salvar.

– Como?

– Hidan – repetiu – me salvou. Ele era o homem que estava me envenenando – Kakashi ficou confuso.

– Não estou entendendo.

– Ele... – Jun soluçou, e em meio as lágrimas e soluços disse de maneira resumida o que havia acontecido. Da mensagem que recebera marcando o encontro até o motivo de Hidan a ter salvado. Apenas omitindo a parte onde Hidan havia lhe beijado.

Kakashi apenas suspirou, sentindo o coração de Jun bater feito louco, não muito diferente do seu. A rodeou com os seus braços e a tirou do chão, escutando o arfar de surpresa de Jun em seguida. Ela passou os braços ao redor de seu pescoço para se firmar melhor, enquanto ele caminhva para algum lugar com menos pessoas, finalmente encontrou esse lugar atrás de uma uma árvore.

– Jun... – ele enterrou seu rosto no abdomen de Jun, com ela ainda nos braços. Kakashi inspirou seu cheiro floral, misturado com o cheiro de ferro do sangue seco e também seu cheiro de suor. Aquele era o melhor cheiro que ele já sentiu na vida – Não vamos pensar nisso agora – ele estava meio abalado pelo o que ela havia lhe falado. Esse tal de Hidan tinha feito o que ele não havia conseguido. Ele havia salvado a vida dela.

Jun ainda chorava compulsivamente. Chorava pela morte de Hidan, chorava pela sua experiência de quase morte, e chorava, principlamente por finalmente poder abraçar a pessoa que mais amava.

Nem pareciam que haviam se passado apenas duas semanas desde que Kakashi a deixara no aeroporto. Pareciam ser semanas, anos ou até mesmo décadas desde a última vez que sentira os braços de Kakashi a rodearem e a abraçarem com aquela intensidade.

Finalmente ele começou a abaixá-la para pô-la no chão, porém, Jun se agarrou a seu pescoço e praticamente gritou no seu ouvido.

– NÃO! – Gritou – Não me deixe de novo! – Ela detestava fazer esse papel de mulher frágil, mas não suportaria se Kakashi a deixa-se novamente pensando no bem da sua segurança. Por ela, que sua segurança de danasse. Estava muito bem ao lado do marido, segura ou não.

– Eu não vou te deixar... – Kakashi engoliu em seco e sentiu seus olhos arderem com as lágrimas que estavam por vir – Nunca mais.

Continuaram nessa posição por mais alguns minutos, até que Jun se acalmou um pouco e Kakashi pode por-la no chão.

– Kakashi... – Jun ainda repetia seu nome, entre um soluço e outro. Aos poucos suas lágrimas foram secando, e seu coração atenuando o rítimo.

– Ei Jun – Kakashi envolveu o rosto de Jun com suas mãos e lhe levantou o rosto. Seus olhos de cores diferentes refletiram nos orbes verdes – eu preciso lhe falar uma coisa. Quero te dar uma opção, a opção que você nunca teve.

Ela engoliu em seco.

– Pode falar.

– Você se casou comigo porque não havia outra opção para você, então agora você tem a opção de ficar ou não comigo, essa decição eu quero que você tom- - Mas ele não teve oportunidade de terminar a frase, pois Jun o puxou pela camisa e lhe calou com os lábios.

– Você fala demais! - Lágrimas começaram a se acumular nos cantos de seus olhos – Claro que eu sempre tive opções! Se eu casei com você e permaneci ao seu lado todo esse tempo, é por que eu te amo! – Explodiu, e com a explosão as lágrimas vieram.

– Ei, ei, ei... – Kakashi se apressou em secar as lágrimas da amada com as costas de suas mãos.

Baka... – murmurou ela.

– Eu escutei isso – ele sorriu. Jun não poderia imaginar o quanto ele havia ficado feliz por ecutar que ela ainda o amava, ou melhor, sempre o amou.

– Que bom, pois assim não terei que repetir!

Ambos riram. Um momento de descontração depois de tanta tensão.

– Jun – chamou, e ela lhe olhou – eu te amo, sempre lhe amei, e sempre vou te amar.

– Espero que sim, pois já me fez sofrer tanto – Jun segurou o choro, já havia derramado lágrimas demais. Agora era hora de alegria, pois, finalmente voltaria para o lado de seu amado.

– Eu te amo... – ele repetiu – Te amo tanto que até dói – ele engoliu em seco. Todas aquelas dúvidas ainda estavam lá, mas o pedido desesperado dela, pedindo para não a deixar novamente o havia tocado. Ela havia escolhido ficar do seu lado, e assim ele permaneceria.

Ele levou sua mão ao rosto de Jun, que agora parecia mais maduro, marcado por todos aquele acontecimentos. Ele acaricou sua face, e retirou uma pequena mancha de sangue da sua bochecha, e lentamente, foi proximando seu rosto do dela, apreciando todo o momento. Já faziam mais de dois meses que não lhe dava sequer um beijo, por isso, apreciaria o momento enquanto pudesse.

Suas respirações se misturaram, e sentiu a ponta gelada do nariz da esposa tocar seu rosto, apreciou o toque. Teria apreciado mais o momento, porém Jun estava impaciente. A jovem puxou Kakashi pela camisa e colou de uma vez por todas sua boca na dele. A principio o beijo foi lento e gentil. Mas Jun não queria gentileza, não depois de tanto tempo. Ela deixou que seus dedos se entranhassem no cabelo desgrenhado de Kakashi, que por sua vez, trouxe o corpo da esposa para para perto, a enlaçando com os braços.

Apenas se separaram quando escutaram um pigarro. Um policial viera para tomar o depoimento de Jun, e Kakashi a seguiu, entrelaçando seus dedos com os dela. Nunca mais a deixaria sozinha. Nunca mais.

Essa era uma promessa para toda a vida.

Fim.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não se esqueçam que ainda tem o epílogo e o capítulo bônus! Mas e aí, o que acharam? HAHAHAHAHHA Prevejo ameaças de morte... Mas aviso que tudo o que aconteceu FOI necessário! E que venham as ameaças! KKKKKKKKKKKKKKKK. Prometo muuuuuuito amor no epílogo, já no capítulo bônus... hihi morram de curiosidades! MUAAAHAHAHHAHAA ~apanha~
Ja nee~



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Me Ama?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.