Me Ama? escrita por Priih _ ncesa


Capítulo 11
Invólucro


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 10 minha gente! Só faltam mais dois, o epílogo e um bônus! Nem acredito que está acabando, vou sentir saudades... Bem, vou parar de protelar!
Enjoy~



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Capítulo X

Invólucro

-

Quem me dera ter

Só mais uma vez

Todo sentimento

Do amor que vi nascer.

Udora, Pôr-do-sol.

-

Jun ainda estava digerindo tudo o que havia acabado de acontecer quando entrou num táxi, rumo a sua casa.

Havia sido tudo muito estranho, principalmente a reação de Hidan, e até mesmo seu jeito de agir e falar. Ele havia agido como uma pessoa completamente diferente. Por algum motivo, ela achava que essa havia sido a primeira – e talvez última – vez que havia visto o verdadeiro Hidan.

Suspirou. Pensar em tudo isso só a deixava mais confusa.

Deixou sua mente em branco até que o taxista estacionasse em frente a sua casa.

Pagou o homem e saiu do veículo, estranhando o fato de um carro que nunca havia visto antes estar parado na sua calçada. Suas sobrancelhas se enrugaram preocupada, e foi mais rápido em direção ao seu portão, querisa saber se algo estava acontecendo de errado.

Adentrou em sua propriedade, dando um leve aceno para seus seguranças, que responderam com o mesmo tipo de aceno. Caminhou pelas pedras postas na grama e adentrou pela porta de vidro, ficando surpresa ao encontrar um convidado tomando chá em seu sofá.

- Vejo que finalmente voltou – sua governanta sorriu bondosamente para ela. Jun teria retribuido o sorriso, porém, estava muito surpresa com o convidado insperado.

- Boa tarde Hinday-san – disse o convidado, um pequeno sorriso nos lábios.

- Boa tarde... Sai? – Ela não tinha certeza do seu nome. Mas tinha certeza que ele era o maître que a havia ajudado no dia em que passara mal.

- Exato – disse, o sorriso aumentado – fico feliz que lembre o meu nome.

Jun assentiu, ainda meio confusa. Pelo menos agora sabia de quem era o carro estacionado em sua calçada.

- Eu passei no seu serviço hoje mais cedo, queria lhe agradecer, porém me disseram que você não estava – ela realmente havia passado em seu serviço. E um tal de Kiba a havia dito que ele não iria hoje.

- Realmente – ele disse – hoje é o meu dia de folga.

- Ah!

- Jun­-sama – disse sua governanta, atraindo sua atenção – me dê as suas coisas, vou guardá-las.

Jun assentiu e estendeu sua bolsa para a jovem senhora. Assim que a mulher saiu do cômodo, Jun se sentou de fronte a sua, uma pergunta muda em sua face.

- Você deve estar se perguntando o porquê de eu estar aqui, certo? – Ele disse, o sorriso em nenhum momento saiu dos lábios do rapaz. Jun assentiu – Eu vim lhe trazer algo.

- Trazer algo? – A jovem repetiu. O dia estava ficando cada vez mais estranho.

- Sim – ele disse e retirou um invólucro negro da sua mochila, deixando Jun ainda mais confusa.

- E o que teria aí dentro...?

- Seus talheres, louça e a xícara que você usou quando foi ao restaurante em que trabalho – Jun o fitou como se estivesse louco. Por que raios iria querer aquilo? – Acho que você ainda não me entendeu – o jovem rapaz continuou e deixou o pacote preto em cima a mesa de centro.

- Não, eu realmente não consigo entender – dise sincera.

- Eu sou estudante de medicina – informou, fazendo com que Jun soerguesse as sobrancelhas surpresa – e achei os sintomas que você teve muito estranhos. Pensei que poderiam ter sido uma reação a comida, porém acho que você não pediria uma comida ao qual tem alergia, sem contar que a progressão dos sintomas foi muito rápida.

- Prossiga – pediu Jun, estava começando a se interessar pelo o que esse rapaz tinha a dizer.

- Pensei que talvez fosse alguma enterotoxina, ou algo do gênero. Mas eu fiz uma análise da comida e não achei nenhuma bactéria que pudesse ter causado isso.

- Então não foi a comida, né?

- Não foi isso que eu quis dizer – o jovem ficou sério – eu quis dizer, que não foi nenhuma microorganismo que causou isso.

- E o que você quer dizer com isso? – Ela estava desconfiada. Se não havia sido reação alergica e nem contaminação por microorganismo, o que poderia ser?

- Estou dizendo que você deveria mandar isso para algum laboratório. Ou então para a polícia.

- Polícia? – Ela se assustou.

- Sim. O mais provável que tenha acontecido, foi envenenamento por alguma substância sintética.

Jun não podia acreditar no que estava ouvindo. Como assim havia sido envenenada?

- Não pode ser – ela balançou a cabeça em discordância – quem iria me envenenar?

- Seu acompanhante, talvez – Sai deu de ombros, e Jun ficou surpresa com o quão indiferente ele podia ser.

- Nunca que o Hidan iria me envenenar – ela afirmou, mas no fundo, bem no fundo, as palavras de Sai a havia assustado, e o começo de uma semente de dúvida começara a germinar.

- Eu não sou nenhum especialista, e você pode escolher não me escutar, mas eu achava que deveria compartilhar essa informação com você – ele se levantou – por isso, vou deixar esse pacote com você. Te aconselho a guardá-lo no freezer.

Jun também se levantou.

- Obrigada por ter o trabalho de vir aqui no seu dia de folga. Vou pensar no que você me disse... – Jun engoliu em seco. Só a pespectiva de estar sendo envenenada já a deixava gelada.

 - Não há porque agradecer – o sorriso voltou aos lábios do jovem – eu só fiquei interessado, por isso vim te avisar. Se você fizer algum teste, poderia me informar do resultado?

- Sim... Eu lhe informarei.

- Mas uma vez obrigada. Obrigada por ter me ajudado naquele dia, e obrigada por ter vindo aqui hoje.

- De nada – disse simplesmete.

- Você disse que está fazendo medicina, não é? – Sai assentiu – Eu conheço um professor de pós-graduação na Toudai, vou te passar o telefone dele. Diga que fui eu quem lhe indicou.

Jun arranjou um papel e caneta e rabiscou os números de seu médico particupar, Maito Gai, e estendeu para Sai, era o mínimo que podia fazer por ele.

- Arigatou – Sai ver uma leve curvatura e tomou o papel das mãos da jovem, o guardando no bolso da sua calça – espero que você tome a decisão certa... – O jovem lhe deu as costas e caminhou para fora da casa, sem ao menos se despedir.

Jun ficou desconcertada. Pela segunda vez naquele dia havia acontecido uma situação bem bizarra.

A jovem ficou olhando para as costas de Sai até que o portão maciço bateu as suas costas, em seguida desviou seu olhar para o pacote negro, tendo um arrepio involuntário.

Suspirou, talvez pela décima vez naquele dia.

Não fazia a mínica ideia do que iria fazer.

Andou de uma lado para o outro na sala. Tentando decidir que atitude deveria tomar. Mas a única coisa que resultou ela ter ficado andando de um lado para o outro, foi bater seu dedinho do pé na quina do sofá.

Resmungando alguns xingamentos e decidiu, por hora, guardar aquele involúcro dentro do seu freezer. Pelo menos não teria que ficar olhando para ele.

Guardou o pacote e em seguida subiu para o quarto, se jogado na espaçosa cama.

Pensou em ligar para Gai e pedir a sua opinião, mas ficou com medo dele chamar a polícia. Não queria acusar Hidan sem antes ter uma clara e sólida evidência. Se virou na cama e abraçou se travesseiro se lembrando da última noite em que passou no Japão, meses atrás. Sua última noite no Japão, e sua última noite naquela casa havia sido sua noite de núpicas. Exalou com dificuldade ao se lembrar daquela noite. Havia sido perfeita. Kakashi fora tão gentil e paciente com ela. Sem contar que ele a amara com toda a intensidade que tinha. Apertou mais ainda o travesseiro de encontro ao peito. Aqueleas lembraças lhe traziam grande tristeza, mas também uma grande alegria.

Engoliu em seco.

Sabia para quem deveria ligar pedindo aconselhamento.

***

Já eram duas da manhã e Jun ainda não conseguira discar o número internacional que sabia de cor. Ficara protelando o dia todo. Primeiro, dizendo que àquela hora, Kakashi ainda deveria estar dormindo, depois, que ele deveria estar se ajeitando para o trabalho, e assim por diante, até agora.

Rodou o telefone nas mãos. Iria ficar maluca se não fizesse isso se uma vez por todas.

Apertou a tecla de chamada rápida e encostou o aparelho no ouvido, escutando o telefone chamar uma, duas, três e finalmente ser atendido.

- Alô? – Jun escutou a voz grave e sexy de Kakashi falar. Engoliu em seco e as palavras travaram na sua garganta – Alô? – Kakashi repetiu, e Jun entrou em pânico, já ia desencostar o telefone do ouvido para desligá-lo quando Kakashi continuou – Jun?! É você? – Ela ficou muda – Se for, por favor, não desligue.

Ela inspirou e expirou pausadamente, tentando acalmar seu coração que batia descompassado.

- Sim, sou eu... – disse suavemente, suas palavras não passavam de um sussuro.

A linha ficou muda. Por um momento ela pensou que Kakashi havia desligado, porém ele também havia ficado com as palavras presas na garganta.

- V-Você está bem? – As palavras saiam com dificuldade.

- Estou – ela engoliu com dificuldade. Essa era a conversa mais difícil que poderia ter.

- Que bom – Jun escutou um suspiro aliviado. Ela também suspirou, mas rapidamente se lembrou do porquê ter ligado para Kakashi. Não havia ligado para jogar conversa fora.

- Kakashi... – ela deixou que o nome dele retumbasse pelo quarto, só então continuou – eu preciso da sua opinião.

- Sou todo ouvidos.

- Eu... – ela não sabia muito bem como explicar, por isso começou do dia em que havia se encontrado com Hidan – Outro dia, eu saí com um amigo... – Jun não tinha ideia de como essa simples frase tinha afetado Kakashi. “Saí com um amigo”, cada letra dessa palavra fora um chute no estômago do grisalho, que fechou os olhos e respirou fundo, tentando prestar atenção nas palavras subsequentes de Jun – Nós tomamos café-da-manhã num restaurante no centro. Foi logo após eu ter comigo que eu passei mal.

- Sim, eu sei.

- Um jovem maître me ajudou... – Kakashi apertou o telefone com força. Quantos homens havia aparecido na vida de Jun desde que eles havia se separado? – E hoje, esse maître veio a minha cara.

- Veio a sua casa? – Kakashi se surpreendeu, e acabou deixando isso, e uma pontada de ciúmes transpansarem na sua voz.

- Sim, ele veio trazer os talheres, louça e até mesmo a xícara que eu usei naquele dia no restaurante. Na verdade – explicou – ele é um estudante de medicina, e acha que pela progressão dos meus sintomas, eu posso ter sido envenenada.

Kakashi ficou em silêncio. Ele também havia pensado nessa possibilidade.

- Você está com esse material que ele lhe deu em casa? – O grisalho perguntou.

- Sim, está no meu freezer.

- Não conte para ninguém que você tem isso com você. NINGUÉM – ele frizou.

- Ok.

- Eu tenho um amigo que faz análises para alguns laboratórios. Eu vou ligar para ele e pedir para que ele pegue esse material na sua casa, entendeu?

- Entendi. Obrigada Kakashi.

- Não me agradeça... – ele deixou um suspiro escapar. Agora ele finalmente teria a confirmação das suas.

Jun assentiu, e depois de uma despedida meio desconcertada, ela e Kakashi desligaram.

Jun voltou a abraçar forte o seu travesseiro, e acabou que adormeceu por lá mesmo.

Já Kakashi, que estava em outro continente, apertava com força o tampo da sua mesa. Havia se decidido. Estava indo para o Japão.

Continua...


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Notas finais do capítulo

HOHOHO Finalmente nosso grisalho está indo para o Japão! E vocês nem imaginam o que está por vir nessa reta final! Espero deixá-los surpresos! Muito obrigada por acompanhar até aqui, e aos leitores fantasmas, que tal deixar uma review para marcar presença? Eu não mordo RAWR~ hahahahhaa
Ja nee~



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