Me Ama? escrita por Priih _ ncesa


Capítulo 10
Fui... Salvo?


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo talvez deixem vocês surpresos, não sei, mas a minha intenção foi essa HAHAHAHAHHAHA então vou parar de protelar e deixá-los ler esse capítulo já na reta final!
Enjoy~



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Capítulo IX

Fui... Salvo?

Ensine-me a diferença entre o certo e o errado

E eu te mostrarei o que posso ser

Diga isso para mim, Diga isso por mim

E eu deixarei essa vida para trás

Diga se vale a pena me salvar.

Nickelback, Savin’ Me.

– JUN! – Gritaram duas vozes em uníssono, fazendo com que os pensamentos de Jun flutuassem para uma escala mais leve e descontraída.

– Entrem meninas, a porta está aberta.

Quase que imediatamente duas figuras adentraram no aposento, uma tão espalhafatosa quanto à outra. Sakura com seus cabelos róseos tão bem tingidos e Karin com seus longos cabelos ruivos e jeito sexy, a dupla dinâmica.

– Saudades de você Jun-chan! Pensávamos que tinha nos abandonado! – Sakura exclamava enquanto dava grandes passos ao encontro da amiga e se atirava sobre ela. Graças que Jun já havia acabado a sopa, se não ambas estariam ensopadas.

– É mesmo, nem ligava e só falava de vez em quando no facebook, ótima amiga você hein? – Karin disse também se juntando ao abraço.

– Vocês sabem que eu as amo! Se eu não me comuniquei muito era porque eu estava atarefada e também o fuso horário não ajuda, sabiam? – Reclamava a morena soterrada.

– Sabemos sim senhora, porém nem por isso você deveria deixar de nos ligar as três da madruga! – Sakura afundou a cabeça nos travesseiros e sorriu para o teto afastando-se de Jun e Karin.

– Imagino o humor de vocês ao me atenderem... – a morena girou os olhos verdes e também enterrou a cabeça nos travesseiros, ficando entre Karin e Sakura. As três estiradas na grande cama king size e olhando o teto onde haviam várias estrelinhas pintadas ainda na época em que ela não conhecia o Japão.

– Nosso humor não é tão ruim assim – Karin ficou na defensiva e cutucou as costelas de Jun, a fazendo rir.

– Imagina... Ele é ótimo para não dizer ao contrário.

– Você não mudou nada mesmo né? – Sakura juntou-se a Karin e cutucou Jun também, aumentando os risos da morena.

– Parem! Parem! – Protestava Jun entre risos estapeando o ar.

– Sabia que eu amo esses momentos? – Sakura parou de fazer cócegas na amiga e ficou séria – Eu queria que coisas assim durassem para sempre, que não fosse efêmero igual a vida...

– Parece que você está ficando inteligente testuda! – Karin brincou sorrindo – Na verdade eu também amo esses momentos...

– Ai meninas! Vocês nem imaginam o quanto eu fico feliz por escutar isso, eu tenho estado tão triste, saber que vocês acham isso me deixa contente... – Jun segurou a mão das amigas e se segurou para não chorar.

– Nós sabemos do que aconteceu – segredou Sakura em voz baixa apertando a mão da amiga.

– Não se preocupe – Karin falou também apertando a mão de Jun – homens se vão, as amigas ficam.

Jun sorriu sem olhar para as amigas, continuou contando as estrelas no teto. Só em estar entre pessoas que a amavam já se sentia melhor, muito melhor.

***

Hidan olhou para o telefone, depois de dias tentando falar com Jun, finalmente havia conseguido. Parece que ele havia dado uma concertração muito alta de veneno para ela. Havia sido um milagre ela não morrer.

– Hidan! – Chamou Shion do banheiro.

– O que? – Perguntou ele rodando os olhos. Havia tido uma discussão com ela mais cedo.

– Já deu um jeito no Suigetsu?

– E para quê eu tenho que dar um jeito nele? Ele não vai nos atrapalhar. Ele nem ao menos sabe que eu tenho me encontrado com sua antiga paixão – disse se referindo a Jun.

Antes de Jun se casar com Kakashi, Suigetsu fora apaixonado por ela. Ele tentara ter um romance com a morena, mas ela já estava começando a se apaixonar por Kakashi.

– Mas vai que ele descobre? – Shion apareceu na porta do banheiro, uma expressão irritada no rosto bonito – Eu quero ver essa menina morta, e termos sido contratados por isso só me deixou feliz!

– Se você se esqueceu, nós NÃO podemos matá-la... Alias, foi você que aumentou a concentração do veneno que eu dei para ela? – Ele havia suspeitado disso antes, mas agora tinha quase certeza que fora ela.

– E se for? – A loira deu de ombros e voltou para dentro do banheiro.

Hidan suspirou. Ele não tinha nada contra Jun, ela só era um trabalho. E seu trabalho não era matá-la, era torturá-la e deixá-la fraca e vulnerável. Shion não estava ajudando em nada. Na verdade, só o estava atrapalhando, principalmente pelo fato de guardar ressentimentos por ela relacionado a alguma coisa que havia acontecido anos atrás, quando Jun era uma caloura na escola e ela uma veterana do último ano. Não sabia o que havia acontecido, e sinceramente, nem queria saber.

– Eu só te peço para não me atrapalhar no meu trabalho, ele nos renderá muito dinheiro.

Ok benzinho – ela gritou do banheiro e Hidan enrugou a testa, detestava ser tratado por aqueles apelidinhos carinhosos estranhos. Balançou a cabeça contrariado e decidiu-se por dar uma volta.

– Estou saindo – avisou e alcançou a porta antes que pudesse receber uma resposta.

Suspirou novamente. Shion não era mais a pessoa por quem ele havia se apaixonado anos atrás. Ela se tornara obseciva e invejosa, isso o deixava extremamente desapontado. Estalou o pescoço. Talvez, depois que esse trabalho terminasse, ele a leva-se para passar férias em algum lugar paradisíaco, talvez isso melhorasse seu humor.

***

Jun passou aquela semana com suas amigas, Karin e Sakura.

Elas haviam ido ao shopping, soverterias e ao cinema. Haviam se divertido como a muito tempo não fazia.

Finalmente havia chegado o final de semana, e ela havia esqueci completamente de Hidan, até que ele lhe ligou enquanto ela tomava um milk-shake numa lanchonete no centro da cidade.

Jun? – A jovem escutou a voz conhecida e rodou os olhos. Por algum motivo estava de saco cheio dele.

– Estou escutando Hidan.

– Bem, eu disse que iria te ligar no final de semana, se lembra?

– Mas é claro! – Jun rodou o canudo da bebida gelada e tentou se focar na conversa com Hidan.

Que bom que se lembra! – Ele parecia verdadeiramente aliviado. Mas mesmo isso parecia meio falso aos ouvidos de Jun – Eu gostaria de me encontrar com você. Aonde está?

Jun travou. Não sabia se deveria ou não dizer para Hidan aonde estava. Suspirou. Iria dar um fim nisso de uma vez por todas.

– Estou no centro. Tomando um milk-shake numa lanchonete.

Ótimo – disse ele – pois eu também estou no centro. Estou na entrada da praça, ao lada do chafariz central.

Ok, eu vou aí. Você me espera? – Pediu Jun, largando seu milk-shake de lado.

Com certeza.

Jun desligou o telefone e suspirou de novo. Não acreditava que havia mesmo concordado em se encontrar com Hidan, porém, seria por uma boa causa, ela daria um ponto final naquela situação. Ele não era Kakashi, e ela tentar usá-lo como substituto dele não era certo, nem com ela, e muito menos com ele.

A passos lentos caminhou em direção a praça, que ficava apenas a uns dez minutos de caminhada dali. Enquanto caminhava, se lembrou de quando, alguns meses atrás, passara por esse mesmo centro com Kakashi, procurando uma muda de roupas secas para ela, depois de ter sido empurrada para a piscina da casa de Karin pelo desprezível Zabuza. Balançou a cabeça discipando esses pensamentos. Não queria pensar nesse tipo de coisa agora.

Não queria pensar em Kakashi. E muito menos, não queria pensar em Zabuza.

Jun estava a poucos metros da praça quando ela viu Hidan.

Ela tinha que concordar que ele era extremamente bonito. Era alguém que se destacava com sua altura e porte físico. Seu cabelo não era grisalho como o de Kakashi, ele era completamente branco. Sua pele também era muito branca e seus olhos liláses. Pela primeira vez havia percebido que ele tinha as características para ser um albino. Franziu as sobrancelhas. Como pudera estar tão cega que não reparara nisso?

Suspirou. Estava com a cabeça nas nuvens desde que se viera para o Japão.

Andou mais alguns passou, atravessando a rua movimentada.

Hidan estava escorado ao lado de um poste, de costas para a rua. O jovem de cabelos brancos parecia que estava tendo uma conversa intensa no telefone celular. Não falava alto, mas seus gestos e costas tensas demonstravam isso.

Jun diminuiu um pouco o passo. Se chegasse lá agora, poderia interromper algo importante.

Foi quando a jovem diminuiu o passo que um carro, meio que desgovernado passou por ela. Por muito pouco não atingido seu braço. Estacou assustada. Aquilo havia sido perigoso.

A jovem seguiu com os olhos o carro desgovernado. Várias pessoas haviam se afastado, menos Hidan, que ainda continuava a conversar intensamente no telefone.

– HIDAN! – Jun gritou. O Carro estava indo em sua direção – HIDAN! – Chamou novamente, porém o homem não lhe ouviu. Jun correu, correu como nunca antes havia corrido na sua vida. Não iria ver mais uma morte. Já lhe bastava a morte do irmão. Não suportaria ver a morte de outra pessoa – HIDAN! – Ela disse e puxou seu braço, caindo ambos sentados na calçada, o carro batendo em seguida no poste, aonde Hidan estivera encostado segundos antes.

Hidan olhou desnorteado a cena ao seu redor.

Jun estava ao seu lado, sentada no chão. Se celular estava caído a alguns centímetros do chão. E havia um carro batido no poste aonde, segundos antes ele estivera encostado. Arregalou os olhos quando compreendeu a situação. Praticamente um tapa na sua cara.

– V-Você me salvou Jun – as palavras sairam com dificuldade da boca do jovem homem.

– É que o que parece – ela levatou, batendo a sujeira da roupa.

Algumas pessoas havia se juntado para ver o que estava acontecendo. Um grupo de homens tiraram um jovem bêbado do volante, e o deixaram num canto, aguardando pela chegada da polícia.

– Você me salvou – a compreensão desse fato era um soco no estômago de Hidan.

– Você já falou isso antes – ela enrugou a testa. Porque ele não podia ser que nem qualquer outra pessoa normal e apenas lhe agradecer? Porém ele continuava com estatelado no chão com uma cara chocada.

HIDAN, HIDAN – uma voz esganiçada feminina vinha do telefone caído dele – ESTÁ ME ESCUTANDO? MAT- – Hidan deu um soco no celular, fazendo com que ele se apagasse, e com ele, a voz de Shion.

Ele ainda estava perplexo. Não acreditava que havia sido salvo por Jun. De todas as pessoas ele havia sido salvo por ela. Engoliu em seco e tocou o vidro de veneno no seu bolso.

Não poderia fazer isso.

Não poderia fazer isso com a pessoa que havia acabado de salvar a sua vida.

– Jun – ele se levantou, reconhendo o celular com a mão direita, e com a esquerda ainda apertava o vidro de veneno no bolso – obrigada por salvar a minha vida. Estou lhe devendo uma – disse sincero, aquela era a primeira vez que falava sinceramente com a jovem. Nada de teatro ou falas exageradas, apenas a verdade.

Aquela seria uma dívida por toda uma vida. E ele a devolveria algum dia.

– Não precisa me agradecer – Jun sorriu, um sorriso amplo, feliz. Ela estava muito contente por ter evitado que um acidente acontecesse – eu faria isso por qualquer pessoa.

– Porém você fez por mim, e eu sempre serei grato.

Jun assentiu. As palavras de Hidan foram intensas, e ela percebeu, aquela havia sido a primeira vez que ele não falava de maneira floreada.

– De nada – ela simplesmente disse e sorriu, porém Hidan não sorriu de volta. Ao em vés disso, a encarou sério.

Ele não podia a envenenar agora. Não depois dela ter o salvado.

Ele engoliu em seco, estava numa tremenda má situação.

– Jun, eu tenho que ir, recebi uma ligação agora... – ele inventou a primeira desculpa que lhe surgiu na mente – Eu realmente gostaria de ficar, mas são assuntos de família.

– Ah – exclamou ela – eu vi você conversando no celular ao longe. Parecia ser algo sério.

Ele assentiu, mesmo sendo mentira.

– Sim, é algo sério.

– Ok então. Acho que nos vemos por aí...

– Eu posso te ligar depois? – Ele perguntou. A máscara que normalmente usava com a jovem voltando aos poucos.

– Era sobre isso que eu gostaria de conversar com você... – ela suspirou – Eu acho melhor a gente ficar sem se ver durante algum tempo. Eu ainda estou machucada pelo meu relacionamento anterior.

– Entendo... – ele disse, deixando as sílabas da palavra se prolongarem na sua boca – Tudo bem. Quando você estiver pronta, me ligue. Sabe o meu número.

Jun ficou surpresa. Pensou que ele iria protelar, dizer que poderiam ser só amigos ou qualquer outra desculpa. Ele estava sendo tão grudento desde que se conheceram que essa atitude apática a surpreendeu.

– Certo então – ela concordou, ainda meio surpresa.

– Tchau Jun, e se cuida... – Hidan deu as costas para ela e saiu apressado de lá, passando por alguns curiosos e quase batendo num dos policiais que acabara de chegar.

Saionará... – Jun surrurou, ainda surpresa. Aquilo havia sido muito estranho.

Continua...



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Notas finais do capítulo

Surpresos pela Jun ter salvo o Hidan? KKKKKKKKKKKK Espero que siiiiim! Mas acho que vão pensar assim: "Porque ela não deixou que ele fosse atropelado? D:" HAHAHHAHAA Esse seria o método mais fácil para se livrar dele, mas aguardem, eu ainda tenho cartas na manga! HAHAHA MORRAM DE CURIOSIDADES! hihi.
Ja nee~



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