Minecraft. O Ninho De Creepers escrita por Hermes JR


Capítulo 57
Escapando Da Morte... Outra Vez


Notas iniciais do capítulo

"Dessa vez Steve teve certeza de que iria colidir certeiramente na lava, como esperou quando soltou a corrente, mas foi uma pancada mais forte."



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Todos estavam completamente sem reação diante da situação. Steve, o verdadeiro Steve, estava ali, caído de joelhos encarando, cara a cara, ele mesmo. Porém, seu clone possuía aqueles temíveis olhos brancos. Esmeralda queria poder dizer alguma coisa, mas não conseguia nem pensar direito.

Enquanto todos se deparavam com o desconhecido, o local ia abaixo, as paredes continuavam a desabar, as rachaduras cresciam cada vez mais, mais pedras caías e a lava dominava cada vez mais o solo.

–Isso... Não... É... Possível... –Esmeralda conseguiu dizer enfim.

De repente o feitiço que prendia Bruce e ela se desfez, e eles foram livres, porém, ninguém atacou ninguém, ninguém reagiu. Continuaram a encarar-se.

Steve levantou-se num pulo, apalpando a si mesmo. Ele tocava todas as partes de seu corpo, querendo ter certeza de que ele era real. Enquanto isso, o outro Steve se levantava também, fazendo o mesmo. Ambos encaravam a si mesmos, se tocando, apreciando amedrontados a situação. Esmeralda e Bruce se levantaram e ficaram observando o que viria a acontecer.

–Como isso... –O falso Steve disse a si mesmo. –Como isso aconteceu?! Isso não é possível!

Esmeralda correu e se aproximou do verdadeiro Steve, ela passou o braço sobre os ombros dele, perguntando:

–Steve, você está bem?

–Não... Não estou. –Ele afirmou. –Não estou... Não sinto nada.

–Acho que isso é normal nas circunstâncias que você passou.

Bruce correu e se juntou a eles. Primeiramente por ser espaço estar diminuindo e segundo porque temia o que o falso Steve podia fazer a ele.

Ficaram todos ali, juntos num canto, encarando o homem que se transformara em Steve, e ele também se encarava.

–Como isso pode ter acontecido? Não... –Ele repetia.

E o lugar continuava a ir abaixo, as paredes ficando cada vez mais desgastadas, mais rachadas.

–Você! –O Steve dos olhos brilhantes gritou, apontando para o verdadeiro Steve. –Você! Você seu amaldiçoado! Isso tudo é sua culpa! Nada precisava chegar nesse ponto! Seu bastardo!

Os olhos dele começavam a ganhar um brilho mais intenso conforme ele gritava, e sua força não diminuía nem por um instante, somente crescia.

–Temos que arranjar um jeito de sair daqui antes que não haja mais jeito. –Bruce cochichou.

–Talvez já não haja mais... –Esmeralda respondeu.

O homem se aproximou deles, a fúria nos seus olhos brancos era mais do que visível, muito mais. Ele vinha andando e cada passo seu parecia fazer o chão tremer. Enquanto isso o cenário atrás dele vinha se desintegrando, uma cena de histórias épicas.

Mas de repente algo interrompeu o trajeto dele, uma enorme pedra que caíra. Ela por pouco não o esmagara. Destroços voaram para todos os lados, alguns chegaram a atingir Esmeralda no rosto, e logo um corte enorme se abriu em sua bochecha, não tardando a sangrar também. A queda do destroço abriu mais buracos para que a lava pudesse engolir tudo de uma vez, e agora o espaço deles estaria no fim em apenas um minuto, no máximo.

O Steve dos olhos brancos escalou a pequena montanha de destroços e falou, encarando a todos:

–Não queria que acabasse assim, mas infelizmente, como você fez antes, eu do que vocês!

Com um encanto ele os empurrou para a lava. Esmeralda, Bruce e Steve, todos juntos sentiram uma pancada invisível no estômago, e logo no resto do corpo, sendo arremessados para trás. Ninguém podia prevenir aquilo, e sem chances de defesa, foram jogados contra o líquido efervescente.

Dessa vez Steve teve certeza de que iria colidir certeiramente na lava, como esperou quando soltou a corrente, mas foi uma pancada mais forte, entretanto. Novamente, outro feitiço os atingiu, mas dessa vez pelas costas. Antes que fossem carbonizados, o encanto os atingiu nas costa e como uma bola de brincar, eles foram arremessados para frente, caindo no monte de pedras caídas.

Todos se cortaram feio nos braços, e Bruce cortou o peito também.

–O que foi isso?! –Gritou Steve.

–Não vamos morrer tão fácil assim depois do que passamos! –Esmeralda disse, se levantando rapidamente.

Steve e Bruce repetiram o gesto dela e encaram a situação. O falso Steve acabava de escapar pela rachadura na parede que ele surgira momentos antes, desaparecendo de vista. O resto do lugar estava completamente num estado crítico, uma chuva de meteoros ali era brincadeira perto dos tanto destroços que caíam. E tinha a lava também, que mais do que tudo, era o perigo mais preocupante.

–Como saímos?!-Bruce perguntou aos gritos.

–Não do mesmo jeito que entramos. –Steve afirmou.

Esmeralda olhou para todos os lados, e sem perder tempo, disse:

–Do mesmo jeito que ele saiu. –Ela apontou para a rachadura na parede pela qual o homem fugira. –Ele pode ser o homem mais poderoso de todas as eras, mas não é imortal, se ele foi por ali, é nossa saída também.

–Então é melhor não ficarmos parados! –Bruce advertiu.

Os três, num movimento simultâneo, começaram a correr em direção a suposta saída. Escalavam os destroços, pulando e esquivando-se com habilidades que só se mostraram visíveis pelo medo de morrer. Mais pedras caíam sobre as cabeças deles, muitas não machucavam, outras, entretanto, por pouco não os mataram. Poucas vezes que Esmeralda pôde, ela, com o auxílio da magia, evitou que fossem atingidos.

E chegou então o momento em que não havia mais passagem para eles, a lava corroera tudo, era o fim da linha.

–É muito longe para pularmos! –Bruce gritou desesperado.

–É melhor se segurarem! –Esmeralda gritou. –E bem firme!

Ela então ficou de joelhos e fechou os olhos, pôs as mãos no chão e então, a rocha que eles estavam em cima começou a tremer.

–Quando eu falar pulem, pulem na direção da fenda! –Ela disse ainda ajoelhada e com os olhos fechados.

–O que você vai fazer?! –Bruce indagou.

–Vamos ser arremessados de novo!

A pedra que eles estavam pisando foi então arremessada contra a parede numa velocidade incrível. Steve e Bruce ficaram de joelhos e se seguraram nas falhas das pedras.

–Pulem! –Esmeralda gritou enfim.

Sem pensarem, todos se lançaram na rachadura. Bruce colidiu com o chão rochoso e adquiriu mais feridas para seu corpo. Steve caiu de costas de Esmeralda logo ao seu lado.

–Não acredito que deu certo... –Ela balbuciou.

–Ainda bem... Mas não temos tempo para comemorar. –Steve se levantou e ajudou Esmeralda e Bruce a se erguerem também.

Voltaram a correr, Esmeralda ia à frente, pois já estivera ali antes. Ela ia ditando o caminho aos gritos, falando sobre buracos no chão e as paredes que iam ficando mais e mais perigosas, pois sua superfície era cortante.

Chegaram então à sala que Esmeralda batalhara antes, mas ignoraram, o importante era saírem vivos dali.

Corriam sem olhara para trás, e desse modo, o tempo que se estendia lentamente somente lhes proporcionou mais agonia.

Fugiram, talvez durante duas horas, talvez por dez minutos, o que eles sabem realmente é que sentiram uma pontada de esperança ao verem, no fim do túnel, o céu negro estrelado. Nunca se sentiram tão bem ao olharem para estrelas.

–Vamos conseguir! Vamos conseguir! –Bruce voltou a comemorar.

O caminho começou a se inclinar um pouco, porém, nada os impediu que chegassem a saída, e quando finalmente puderam respirar o ar livre, se deparam com um outro problema, pois a saída daquele túnel terminava praticamente no topo de uma pequena colina, muita inclinada para descerem.

–Que beleza! Estamos no topo na Colina Nevada! –Bruce gritava. –Mas como viemos parar aqui?

–Acho que isso não é importante agora. –Steve respondeu, ou pelo menos eles pensaram ser Steve.

–Como assim Steve? –Bruce perguntou, encarando-o pela grosseria no momento de alívio.

–Mas eu não disse nada. –Steve se defendeu.

–Muito menos eu. –Esmeralda completou.

–Eu disse. –A voz tornou a dizer.

Eles todos se viraram e viram duas esferas brancas flutuando na escuridão.


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