Superando escrita por Arline


Capítulo 16
Capítulo 16-AMASSOS E OUTRAS DELÍCIAS


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Desculpem-me por não ter postado na sexta, mas realmente não deu. Minha casa mais parecia uma creche e, pra melhorar, minha mãe se machucou... Então, foi meio complicado.
Mesmo que eu não tenha gostado, espero que vocês gostem das 14 páginas escritas. Tem alguma coisa parecida com lemon nesse cap.
FIC NOVA POSTADA! http://fanfiction.com.br/historia/267025/Pequena_Travessa/
Leiam as notas finais, por favor?
bju!



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AMASSOS E OUTRAS DELÍCIAS

POV EDWARD


Isabella... Ela estava tentando me matar lentamente... Precisava me torturar daquela forma? Eu havia sido um bom menino e ganharia até presente no natal!


O álbum ainda estava em minhas mãos e eu o segurava com força, enquanto respirava fundo, tentando acalmar os ânimos... Isabella não tinha a mínima noção do que me causava, das sensações que me despertava. Diabinha.


De todas as cinquenta fotos, a primeira foi a que mais me chamou a atenção. Ela vestia alguma coisa de renda negra e por cima, uma camisa minha, aberta o suficiente pra fazer minha imaginação ir longe...


Oh, sim! Meu presente... Um álbum repleto de fotos nada inocentes de Bella... Minha primeira reação foi gritar o nome dela. Gritei de susto mesmo. Eu jamais poderia imaginar que ela faria algo assim, sua vergonha era grande demais pra que eu pudesse sequer imaginar tal coisa... Ou talvez, eu não conhecesse aquele seu lado tão desinibido. Depois, quando vi cada uma das fotos, senti-me estranhamente bem; Bella não teria feito aquilo se não me amasse; se não tivesse certeza quanto a nós dois.


Voltei a olhar cada uma das fotos, tentando ignorar o incômodo que estavam me causando, um incômodo bom, pra ser sincero. Em todas elas, Bella usava uma camisa minha e imaginei como ela as conseguiu, uma vez que eu sempre estava presente quando ela entrava em meu quarto. E em todas elas, Bella usava alguma coisa de renda, de cores diferentes. Na parte de baixo eu só conseguia ver suas coxas. Puta que pariu... Eu não ficaria vivo por muito tempo se continuasse a ver aquelas fotos...


Os olhos, os lábios entreabertos, os cabelos meio “bagunçados”... Tudo era tentador demais... Mas ela não ia conseguir me enlouquecer! Eu tinha que ter dado ouvidos a Emmett, quando ele disse que Bella até poderia ser tímida, mas quando descobrisse que poderia não sê-lo... Eu estava completamente ferrado. E apaixonado por ela.


Guardei o álbum em meu guarda-roupa, certificando-me de que estava em uma parte onde ninguém o encontraria. Definitivamente, ninguém poderia ver. Tomei um banho gelado, tentando não pensar no que vi, mas não obtive êxito, e que Bella não soubesse o que acontecera naquele banheiro...

Ao retornar ao quarto, joguei a toalha de qualquer jeito sobre o sofá e apaguei a luz, deixando meu corpo afundar na cama em seguida. Era muito tarde e eu queria mesmo dormir. Sem ver Bella. Talvez assim, eu tivesse uma noite tranquila de sono. Fechei os olhos, ansiando que o sono chegasse logo e eu pudesse dormir sem que as imagens de Bella me causassem mais reações incômodas.


E realmente consegui cochilar... Acho que no momento em que meu corpo relaxou e eu conseguiria dormir de fato, um barulho em meu quarto me fez despertar novamente. Ela nem precisaria dizer nada, eu reconheceria seu cheiro de longe! Acendi o abajur, pensando estar ajudando-a a chegar ilesa à minha cama, mas isso só serviu pra me deixar quase em desespero. Ela vestia o que muita gente chamaria de camisola. Pra mim, era um ínfimo pedaço de pano. Afundei meu rosto no travesseiro e soltei um gemido abafado. Bella queria acabar comigo. Definitivamente.


O colchão cedeu ao meu lado, indicando que ela acabara de se deitar ali. Eu, honestamente, preferia que ela tivesse ficado em seu quarto.


— Posso dormir aqui?


Me virei em sua direção, observando-a através da fraca iluminação proporcionada pelo abajur. Seus cabelos estavam soltos, alguns fios caindo em seu rosto, e os olhos brilhantes.


— Você é má... Pedir isso depois de me deixar ver as fotos... Ainda bem que alguém vai conseguir dormir...

— Oh! Você... Aquilo... Eu...

— Ficaram maravilhosas, Bella. Realmente gostei muito de todas elas, embora algumas dúvidas ainda me atormentem...


Falei sobre minhas dúvidas e não fiquei surpreso ao saber que Alice havia ajudado Isabella em tudo aquilo. Foi ela quem tirou e revelou as fotos, quem pegou minhas camisas e arrumou o álbum — e isso me deixou muito mais feliz. Nenhum outro homem poderia vê-la daquela forma senão eu. E perguntei também de onde veio coragem pra fazer aquilo, já que eu poderia jurar que agora suas bochechas estavam quentes de vergonha.


— Não sei se foi coragem. — disse ela — Eu não sabia o que te dar de presente; você tem tudo! Então, pensei em algo que seria apenas meu, que ninguém daria igual.

— É? Quem te garante que eu não tenho um monte de álbuns assim?


Ela revirou os olhos e bufou. Eu ri.


— O máximo que você pode ter, são algumas revistas “Playboy” embaixo da cama. — fiz uma careta. Aquilo era coisa do Emmett, ele gostava; não eu — Mas eu sei que você será o único homem a me ver assim, eu quero que seja. Se você não me pedisse em casamento, eu o faria algum dia; você será o pai dos meus filhos... Se você me ama do jeito que sou; eu não tenho motivos pra ficar com vergonha.


Fiquei observando-a por alguns instantes. Bella me amaria tanto assim? Me amaria tanto quanto eu a amava? Porque a ideia de casar com ela estava cada vez mais atraente e esperar mais alguns anos não me agradava.


— Eu te amo. Não me importa sua forma física. Ou melhor, importa muito! Eu simplesmente amo suas curvas sinuosas, amo ter onde apertar... Eu amo suas coxas, Bella! Acho que desenvolvi alguma espécie de tara por elas... — Bella riu e eu me aproximei mais, sentindo sua respiração em meu rosto — Não sei se poderei ser o pai dos seus filhos, mas se for impossível, eu darei um jeito de se tornar possível, porque eu te amo. E eu não tenho revistas Playboy; a única mulher que eu quero é você.

— Eu também te amo... E se nenhum tratamento for possível e não pudermos ter um filho da forma convencional, adotaremos um time de futebol. Eu só quero poder viver ao seu lado até ficar terrivelmente velha. Ser sua. Somente sua.


Eu também sou seu. Somente seu. Eu até que falaria isso alto, mas me deu uma puta vergonha... Sem contar que eu não estava aguentando mais ficar tão perto e não tocá-la ou beijá-la. Era saudável um sentimento assim? Tomara que não, porque eu era completamente louco por ela.


Finalmente a toquei; uma carícia em sua bochecha. Bella fechou os olhos e suspirou, me fazendo sorrir. Quem a visse assim, tão frágil, não imaginaria do que aquela diabinha era capaz... E a beijei, mesmo meio desajeitadamente. O que era pra ser um beijo calmo tomou proporções gigantescas... Bella forçou seu corpo contra o meu e foi impossível manter minhas mãos quietas. Havia muito menos roupas do que na noite anterior, em seu sofá, e eu até poderia ser um cara certinho — como Emmett dizia —, mas eu não era idiota...


E Bella também estava provocando... Ela poderia ficar um pouquinho quieta, seria menos doloroso pra mim depois. Nos separamos um pouco quando ela praticamente arrancou minha blusa e eu tinha que ter mantido meus olhos fechados! Eu me lembrava de ter apertado suas coxas, sua bunda, mas em momento algum eu me lembrava de ter abaixado as alças de sua camisola... E fiquei ali, de boca aberta, admirando-a. Com certeza suas bochechas estavam coradas e eu queria me certificar disso, mas antes que eu pudesse pensar em aumentar a luminosidade do quarto, Bella segurou minhas mãos.


— Já está bem estranho com você me olhando assim, por favor, não faça com que eu me sinta ridícula.

— Hã? — formulei uma espetacular pergunta!


Bella arrumou a camisola de qualquer jeito e escorregou pelo meu corpo, sentando-se na cama; fiz o mesmo, logo notando que eu não resolveria fácil o problema que se instalara entre minhas pernas...


— O que houve? — perguntei e ela bufou.

— Você me olhando desse jeito, como se eu fosse um animal em exposição.


Meu Deus! Que mulher mais doida e complicada!


— Não precisa dizer nada, ok? Eu entendo.


Tentei puxá-la pra que deixasse suas pernas sobre as minhas, mas ela não facilitou... Além de se afastar e se cobrir com o lençol, ela ainda pegou um travesseiro e o abraçou. Bella era tão absurda!


— Amor, não seja doida, por favor! — eu me aproximei, mesmo com ela me olhando feio, e tirei o travesseiro de suas mãos — Não te olhei como se você fosse um animal, eu não estaria assim se não tivesse gostado do que vi.


Aquilo era vergonhoso. Muito. Mas ela tinha que entender o que me causava... Seus olhos acompanharam pra onde minha mão apontava e logo depois, ela escondeu o rosto entre as mãos, me fazendo rir.


— Eu sou tão idiota! Sempre tenho que fazer essas coisas...


Consegui me aproximar mais, sem que ela reclamasse e tirei suas mãos de seu rosto, deixando-o entre minhas mãos. Suas bochechas estavam quentes e se pudesse, ela estaria debaixo das cobertas àquela hora.


— Você não é idiota... Entendo que você ainda sinta vergonha, que ainda tenha certos pensamentos... Por mais que diga não mais se importar, por mais que tenha feito aquele álbum, você sempre sentirá vergonha. Você é assim, amor. — ela sorriu levemente — Pare de pensar que eu me importo com sua forma física, pare de pensar que eu te acharia ridícula por qualquer coisa que faça... Vou repetir até que entre na sua cabeça, que eu te amo do jeito que você é.

— Oh! Então, se eu emagrecer, você vai me deixar?


Eu até que seria um tanto rude, mas um sorriso surgiu em seu rosto e vi que ela estava brincando. Retirei minhas mãos de seu rosto e as pousei em suas pernas dobradas, nunca desviando meus olhos dos seus.


— Não, amor, eu não vou te deixar. Mas não faça algo assim por ficar pensando o que eu acho ou deixo de achar; se você se sentir mal ou se prejudicar sua saúde, faça, mas não por mim. Eu amo você assim.

— Você vai mesmo repetir?


Eu ri. Eu repetiria quantas vezes fossem necessárias. Bella precisava acreditar em si mesma, precisava sentir-se bem por ela mesma e não por mim ou por qualquer outra pessoa. Obviamente eu não lhe diria o que se passava pela cabeça dos caras da escola e muito menos o que dois de meus primos disseram...


— Vamos dormir; o dia já está quase amanhecendo. — falei e Bella revirou os olhos.

— É o que nos resta... Dormir!


Eu gargalhei e a puxei pra se deitar. Aquilo não acabaria bem pra mim; estávamos muito próximos. Mesmo. Só o que nos separava era minha calça, porque aquilo que ela vestia... E piorou muito quando, depois de me dar um casto selinho, ela repousou a cabeça em meu peito e enroscou sua perna na minha. Se ela a mantivesse quieta, tudo ficaria bem, mas se continuasse se mexendo daquele jeito...


Por favor, fique quieta. — quase implorei e ela riu baixinho, dizendo um “ok” que não me convenceu.


POV BELLA


Apesar de ter dormido quase com o dia amanhecendo, eu acordei muito bem, completamente agarrada a Edward, que ainda mantinha os olhos fechados. Eu sabia que ele não estava dormindo, eu sentia. A ideia de Alice não estava dando tão certo assim... Eu, definitivamente, não sabia seduzir ninguém, nem mesmo meu namorado.


Descer não seria algo bom, porém. Ao vir para o quarto de Edward na noite passada, acabei topando com Emmett no corredor, que estava descendo para atacar a geladeira; até meu cabelo corou e eu sabia que ele não deixaria aquilo passar... Não que ele fosse fazer algum comentário desrespeitoso, mas ele falaria algo. Com certeza.


E Edward... Como era paciente comigo! Ele tinha razão; eu sempre teria aqueles pensamentos estranhos, eu sempre estaria tentando adivinhar o que ele estava pensando... Quando se passa muito tempo ouvindo as piores coisas a seu respeito, leva um tempo até que se acostume a ouvir coisas boas. E era só isso que eu ouvia de Edward... Eu queria me sentir bem por mim mesma, mas a ideia de fazer isso por ele era muito melhor; era o mínimo que eu poderia fazer. Ele merecia ter o melhor de mim, merecia que eu estivesse bem.


Sorri ao notar que sua respiração tornava-se pesada à medida que eu passava minhas unhas levemente por suas costas. Quanto tempo mais ele continuaria quieto? Suspirei, ainda sorrindo, e me apertei mais contra ele; meu nariz roçando em seu peito e fazendo com que ele respirasse mais pesadamente a cada minuto. Eu também não respirava tão regularmente; sua mão estava bem em minha bunda e, caso ele estivesse me olhando naquele momento, eu estaria mais vermelha do que um tomate.


— Pelo amor de Deus, me diz que não estou te apertando... — disse ele com a voz um tanto rouca. Eu não tinha pensado alto daquela vez, mas era como se ele tivesse escutado meus pensamentos.

— Bem, não apertando... Mas eu não estou reclamando.


Respondi baixo e ri, enquanto ele soltava um gemido abafado.


— Da próxima vez em que dormir aqui, use uma burca, por favor!

— Claro que não... Eu quero que você veja cada uma das roupas que usei para as fotos.


Oh, sim! Alice tinha me dado todas aquelas coisas diminutas. E eu queria mesmo usá-las.


— Eu ainda estou dormindo e não ouvi nada do que você disse.

— Não está não, bonitão. Vamos levantando; da última vez que olhei o relógio, passava do meio dia.


Mesmo bufando, ele me soltou e dei um beijo em sua bochecha, recebendo outro em seguida. Obviamente eu não andaria pela casa àquela hora com a roupa que eu vestia... Pedi que Edward pegasse minha mochila e gargalhei quando ele abriu a porta e ela estava ali, no chão. Emmett não perdia tempo...


Demoramos um pouco mais a descer; eu tinha que dar um jeito em meus cabelos... Aquilo estava realmente um emaranhado! E mais uma vez Edward perguntou quando eu os deixaria ao natural, sem aquelas coisas de alisamentos, como ele disse ao apontar o secador. Bem, ele veria...


Tudo estava silencioso e ao chegarmos à cozinha, encontramos um bilhete pregado na geladeira, onde Esme dizia que passariam o dia fora e no final, havia um P.S: “tentamos chamá-los, mas fomos xingados. Há comida no forno. Beijos, Esme, mamãe e sogra legal.”


— Sua mãe é uma figura! E eles nos chamaram? E nós os xingamos? Eu não me lembro disso...

— Talvez tenha sido quando deixaram a mochila... Eu sei que estou morrendo de fome.


Fizemos um lanche e voltamos ao quarto, Edward queria assistir filmes... Bem, eu não precisava assistir...


— Vamos ver qual? — perguntou ele, realmente animado.

— Qualquer um, eu não vou prestar atenção mesmo!


Edward riu, mas colocou o DVD no aparelho mesmo assim. Quando vi qual seria o filme... Não... Ele estava de sacanagem! Ele não ia ver aquilo! Olhei estupefata enquanto ele se jogava sobre a cama, parecendo bem satisfeito.


E o vento levou, Edward? Diz pra mim que você está de brincadeira!

— Não estou... Eu preciso de distração, Bella. É esse ou Casablanca.

— Não pode ser Titanic? É em cores e mais novo... Eu até gosto...

— E você acha que eu gosto dos que escolhi? Não, amor, eu não gosto! Os escolhi porque sei que você estará dormindo em dez minutos.


Oh! Entendi... Ou não... Realmente fiquei confusa...


— Quer que eu vá embora?


Edward pausou o filme e me olhou como se eu fosse um ET. Ok, eu tinha entendido errado suas palavras... Mas era tarde, eu já tinha aberto a boca.


— Eu falei alguma coisa sobre você ir embora? Eu pedi que fizesse isso?

— Não, mas você disse que precisava de distração...

— E preciso! Acho que vou começar a assistir UFC quando estiver ao seu lado...

— Dá pra ser claro? Você está confundindo minha cabeça mais ainda!


Uh... Ele estava começando a se irritar... Ele apenas se ajeitou no travesseiro, mantendo uma postura mais ereta e eu continuei sentada, o encarando. Pela passada de mão nos cabelos, eu sabia que o assunto não seria fácil pra ele... E agora eu nem sabia se queria ouvir...


— Você acha que eu me sinto como ao seu lado?


Era pra eu responder? Sim, era.


— Sei lá... Bem?

— Sim, eu me sinto bem. Muito bem. E quando você veste quase nada e fica se mexendo o tempo todo? Acha que eu me sinto como?


Ele não ia falar sobre aquilo... Ele ia mesmo fazer isso?


— Você acha que é fácil ouvir você dizendo meu nome de madrugada? Acha que é fácil me afastar do seu corpo? Não é, Bella. Eu tenho que me controlar o tempo inteiro e posso garantir que não é nada fácil.


Aquilo foi como um soco no meu estômago. Alice estava errada o tempo todo... Tudo aquilo só estava servindo pra... Nada! Edward não queria.


— Eu... Me desculpe. Tentarei não tornar tudo tão difícil agora. — eu não o olhava. Seria mais fácil assim.

— Não tire conclusões precipitadas, amor. É claro que eu adoro quando saímos um pouquinho do controle, mas não quero que as coisas aconteçam assim. Eu não gostaria que nossa primeira vez acontecesse aqui, com todos em casa e muito menos, no sofá da sua casa. — ele suspirou e eu também, mas não o olhei — Quero me lembrar da minha primeira vez como algo especial e bonito e não como algo que foi feito assim, de repente.


Minha cabeça foi levantando lentamente, enquanto eu tentava processar o que ele havia dito. “Sua” primeira vez? Edward...?


— Você nunca...? Não...? Oh, meu Deus! — eu gritei e vi seu rosto corado — Você é virgem?!

— Ainda bem que não tem ninguém em casa... E sim, Bella... Eu sou o “menino puro” da família. Não que todos saibam...


Minha reação foi gargalhar. Aquilo jamais me passou pela cabeça! E ele estava tão vermelho! Talvez Alice soubesse; por isso ela estava me dando aqueles conselhos malucos... E eu não os seguiria mais, Edward estava realmente sendo um cavalheiro; se fosse qualquer outro, não teria hesitado.


— Ok, já deu. Não precisa rir assim da minha cara.


Ele estava meio irritadinho, mas era mesmo engraçado... Edward me puxou pela mão e sentei em suas pernas, mas ainda mantendo um pouco de distância do seu corpo. Agora eu sabia como era difícil pra ele.


— Me desculpe. Prometo que vou me comportar. — tentei manter um tom sério, mas não consegui.

— Eu não quero que você se comporte; só quero que fique quieta quando eu pedir.


Assenti.


— Você não tem ideia de como a noite passada foi complicada...

— Foi frustrante, pra ser bem sincera. — ele fez uma careta descontente — Mas agora eu entendo e falo sério quando digo que vou me comportar. Nada de deixar que você tire a minha roupa!

— Ah! Assim também não! Ficar vestida e acabar com toda a diversão? Que coisa sem graça...


Eu ri e me inclinei em sua direção, pretendendo dar-lhe um selinho, mas ele me puxou mais e infiltrou sua mão por meus cabelos, puxando levemente. Estremeci ao sentir sua língua em contato com a minha e uma de suas mãos vagando por dentro da minha blusa.


Um tímido e quase inaudível gemido me escapou quando Edward passou a deixar beijos quentes e molhados por meu pescoço, subindo até a pele sensível atrás da minha orelha. Minhas unhas se enterraram em suas costas e meu corpo arqueou, colando-se completamente ao dele. Se ele parasse naquele momento...


— Edward... — sussurrei, mas ele continuou a me beijar. Suas mãos não se moviam, ele apenas me beijava — Amor...

— Hum? — enfim ele me olhou, mantendo-se ainda bem próximo.

— Você não vai parar agora, vai?


Ele negou com um aceno e enterrou o rosto em meu pescoço, fazendo meu corpo inteiro arrepiar.


Agora não.


E sussurrar e morder o lóbulo da minha orelha também não estava ajudando...


POV EDWARD

Não, eu não pararia naquele momento, mas pelo menos Bella sabia que uma hora ou outra, teríamos que parar.


Voltei a beijá-la e levei minhas mãos até a barra de sua blusa, erguendo-a. Bella me ajudou ao levantar os braços e ofeguei ao ver a peça ínfima que quase não cobria nada; seus seios se moviam de acordo com o ritmo pesado de sua respiração, que se igualava a minha. Eu queria tocá-la, sentir a maciez de sua pele, o calor...


— Você é tão linda... Tão perfeita...

— É mesmo, bonitão? Mas estou em desvantagem aqui, não acha?


Antes que eu pudesse processar suas palavras, ela já estava levantando minha blusa e arranhando minha pele. Descobri que eu gostava quando ela fazia aquilo e gemi baixinho, notando seu olhar satisfeito.


Forcei meu corpo contra o dela, que foi se inclinando pra trás até tocar o colchão. Sua pele alva e macia estava me dando água na boca — literalmente — e a senti estremecer quando minha língua tocou seu pescoço; suas unhas me arranhavam mais e entendi aquilo como um pedido a continuar. Fiquei um tanto frustrado por termos tantas roupas nos separando, mas não tentei tirar sua calça; eu não sabia o quanto mais poderia aguentar.


Bella puxou meus cabelos, fazendo com que eu a olhasse. Quase ri de sua expressão; ela parecia um tanto brava.


— Outras partes do meu corpo devem ser interessantes também, sabia?

— Oh, sim, eu sei. Muito interessantes mesmo.

— Então, dê atenção a elas também! Você pode ser virgem, mas não é burro!


Não me contive e comecei a gargalhar. Pelo menos aquilo serviu pra acalmar os ânimos um pouco...


— Você é tão romântica!

— Não quero porra de romantismo agora, não quando sei que mais cedo ou mais tarde, você vai parar. Então, por favor, me aperte e me pegue! — ela puxou mais meus cabelos — Escute atentamente... Se você me deixar no estado que me deixou ontem, nunca mais te deixo encostar um dedo em mim.

— Sua ordem será atendida, senhorita...


Tudo bem que ela me xingaria depois, mas foi ela quem começou... Eu estava tentando ser um pouco romântico ali — não que eu estivesse conseguindo —, mas Bella também provocava... E notar sua expressão surpresa quando me afastei abruptamente, me fez sorrir.


Lentamente, abri o botão de sua calça e a arrastei por suas pernas, prendendo a respiração ao notar que a calcinha fazia conjunto com aquilo que ela chamava de sutiã. O castigo seria pra mim, ao fim de tudo... Bella suspirou alto e mais uma vez, sorri minimamente. Peguei seu pé esquerdo e me abaixei, beijando cada um de seus dedos. Mais um suspiro de Bella. À medida que eu subia meus beijos, Bella meio que se contorcia...


Um gemido lhe escapou quando deixei que meu nariz roçasse a parte interna de sua coxa, enquanto eu apertava e acariciava a outra perna. Seu corpo arqueou quando minha língua circulou seu umbigo e meus cabelos foram puxados mais uma vez.


— Se você parar agora... Eu...


Ela perdeu a fala quando pressionei meu corpo contra o dela, fazendo-a sentir como me deixava.


— Eu não vou parar agora. — sussurrei em seu ouvido e ela gemeu mais uma vez.


Estava difícil segurar meus próprios gemidos, mas apenas ela importava naquele momento.


Agradeci pelo fecho de seu sutiã ser na parte da frente e notei que meus dedos tremiam quando o abri. “Puta que pariu...” Realmente nem notei o momento em que ela havia retirado totalmente a peça. Não importava aquilo. E ela estava ali, linda... Os lábios entre os dentes, olhos firmemente fechados, bochechas coradas... Linda. E tentadora.


— Amor... Me toque... Por favor, me toque...


A voz lamuriosa de Bella me fez despertar. Eu a estava olhando tempo demais. Beijei seus lábios, ombro, colo... Sua mão puxou meus cabelos e seu corpo arqueou, me fazendo perder o juízo de vez. Sem mais pensar, envolvi seu seio esquerdo com minha mão, enquanto minha boca tomava o outro, minha língua umedecendo o mamilo túrgido.


— Oh, Deus! Edward... — realmente me assustei com aquilo; Bella gritou e puxou meus cabelos forte demais, fazendo com que me afastasse.

— O que foi amor? Te machuquei? Me desculpe, eu...

— Pelo amor de Deus, não pare!


Ok. Eu não pararia... Aquilo era realmente bom. Muito bom. Senti-la estremecer, ouvir seus gemidos... Minha mão explorava seu corpo enquanto eu a beijava e mordia seu lábio, enquanto ela me mordia e arranhava. Estava cada vez mais difícil parar. Estava cada vez mais difícil manter minha palavra... Suas palavras desconexas como “quente, muito quente”, e os quadris que se moviam timidamente sob mim também tinham grande participação em meu quase fracasso. Manter minha calça no lugar foi a única coisa coerente que eu havia feito...


E tudo “piorou” ainda mais depois que ela segurou minha mão e a guiou por entre nossos corpos, me deixando sentir a umidade no tecido de sua calcinha. Foi impossível conter um gemido. Ela ia me matar. Lentamente.


— Aqui, Edward, eu quero que me toque aqui.


Não tinha como negar-lhe isso, eu não queria negar.


— Se eu te machucar; me fale. Por favor...

— Não vai me machucar, confio em você.


Que bom, porque eu não confiava em mim naquele momento. Voltei a beijá-la, com o intuito de deixá-la relaxada; não que fosse preciso, eu estava mais tenso do que ela... Finalmente a toquei, sentindo seu calor e a umidade. Gememos juntos e movi meu dedo devagar, temendo machucá-la. Entre suspiros, ofegos e gemidos, eu sentia suas unhas me arranhando, suas mãos me apertando... “Tão quente!”


As expressões de prazer em seu rosto eram suficientes pra alimentar meu próprio prazer e até que eu estava aguentando muito... Movi meu dedo um pouco mais rápido, em movimentos circulares e Bella gemeu mais alto, cravando suas unhas em meus ombros.


— Edward... Edward eu...


Suas palavras foram interrompidas por mais um gemido e seu corpo inteiro estremecendo, assim como o meu. Afundei meu rosto no vão de seu pescoço, tentando acalmar minha respiração. No segundo seguinte, retirei minha mão de dentro de sua calcinha e me coloquei ao seu lado, puxando-a pra mim e só então, notando uma lágrima no canto de seus olhos.


— Amor, me desculpe... Eu... Eu...

— Não se desculpe. — ela me interrompeu e abriu os olhos, sorrindo — Foi... Não tenho palavras... Obrigada por me fazer sentir isso e... Me desculpe por não ter feito o mesmo por você.


Sorri e a beijei lentamente, nos deixando ofegantes outra vez.


— Não me agradeça... E bem, você fez o mesmo por mim... Eu te amo.

— Eu amo mais.


POV BELLA

Meu corpo inteiro estava leve, minha mente... Eu não pensava em nada... Só sentia a mão de Edward em uma carícia por minhas costas...


Bree, Alice, Rose, Angie, Emily… Nenhuma delas, com suas explicações, conseguiu descrever de fato como era sentir aquilo. Choques? Tremores? Falta de ar? Realmente não dava pra explicar. Obviamente todo o trabalho ficou com Edward, porque eu não sabia mesmo o que fazer ou o que falar e minha participação foi mínima; só fiquei ali, sentindo.


E dizer que me sentia bem... Não era suficiente. Todas choravam em um momento como aquele? Era normal? Porque pra mim, aquela foi uma reação completamente perfeita. Chorar de felicidade. Não tinha algo melhor.


As batidas do coração de Edward ainda eram aceleradas, assim como acontecia comigo, mas a respiração já era regular e pensei se ele não teria adormecido. Eu queria tomar um banho e me afastei um pouco, mas seu braço se apertou mais, me mantendo ali.


— Não...

— Amor, eu preciso tomar um banho... Estou suada e grudenta.

— Depois você vai. Fique aqui mais um pouquinho?


Bem, quem precisava tomar banho com tanta urgência assim? Eu ficaria ali pelo tempo que ele quisesse! Só me aninhei mais em seu peito e me deixei levar por aquela gostosa sensação de paz.


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Notas finais do capítulo

Eu outra vez... Bem, alguma de vocês sabe mexer com essa coisa de blog, site e afins? Estou completamente perdida e precisando urgentemente de uma luz. Se alguém souber e puder e quiser me ajudar, deixe uma MP? Obrigadinha.
bjus