Carla’s P.O.V on:

Abri a porta e sorri, mas meu sorriso morreu e arregalei os olhos quando vi Sara com cara de tédio e Melissa sorrindo com aquele sorriso de vaca.

Carla: o que ela faz aqui? - apontei pra ela, Sara entrou, atrás dela veio Bill, seguido por Melissa, Ana e Georg. Me aproximei dele, mas Sara me puxou brutalmente pelo braço e me carregou para a cozinha com força - ok, primeiro, minha profissão exige braços - massajei o lugar que ela puxou - vai ficar roxo - girou os olhos - segundo: o que aquela cabra da tua irmã ‘tá fazendo aqui?

Sara: meu pai viajou e “mandou” - riscou aspas no ar - ela pra casa da minha mãe, “titia” Marie como é muito inteligente deixou ela ficar lá - ferrou.

Carla: calma, ok? - respirei fundo - vamos fingir que ela não está a fazer nada aqui, que não interessa e regra de ouro: não deixa ela beber muito - assentimos juntas e voltamos para a sala.

Georg: estavam aonde? - Sara se sentou ao lado do Bill e lhe dei um selinho rápido, sorrindo forçado.

Carla: lugar nenhum - neguei com a cabeça - vamos beber gente!

A noite foi uma confusão, bebemos bastante e a única coisa que Melissa sabia fazer era beber e dar em cima de todo mundo.

Melissa: adoro o teu cabelo Gé’ - Gé? Que intimidade é essa? Ela pegou uma mecha do cabelo dele - nem parece ser real, nossa!

Carla: mas é! - me coloquei no meio do 2 fuzilando Georg com os olhos, safado sem vergonha!

Melissa: adoro tuas tranças Tom - ela ‘tava tão bêbada que mal piscava os olhos enquanto puxava a blusa dele.

Ana: pois…ó Melissa, não bebeu muito não? - puxou o blusa do Tom, Sara bufou no sofá e Bill já estava meio, “caído”.

Sara: a gente vai subir - levantou e Bill fez o mesmo cambaleando - mesmo quarto né Carla? - assenti sorrindo e ela subiu com Bill.

Carla: vem Melissa eu te levo para o teu quarto - levantei sendo puxada por Georg, me virei e ele sorriu olhando para cima, apenas sorri e levei a loira até o quarto.

Melissa: teu namorado é uma fofura - entrei no quarto dela e a olhei com desprezo, ela podia fingir para os outros mas, para mim não.

Carla: olha aqui Melissa - ela se virou sorrindo cínica - fica longe dos rapazes ok? - continuou com aquele sorriso falso no rosto - você pode ser irmã da Sara, filha do papa ou do Barack Obama, mas se você encostar um dedo em qualquer um dos 3, nem que seja sem querer, você vai ficar sem esse nariz plastificado que você colou aí. Já agora, a cola ‘tá saindo ou ele é assim mesmo? - ela deu um passo em minha direção.

Melissa: não se garante não Carlinha? - meu sangue ferveu - preocupa não linda, o Georg pode ser lindo, mas minha irmazinha tem melhor gosto.

Carla: sabe quando eu disse 3, o Bill também estava no meio. Você ‘tá avisada! - saí do quarto batendo a porta, entrei no meu e Georg estava deitado na cama sem camisa assistindo á um programa qualquer -  que cobra! - ele veio até mim preocupado.

Georg: o que aconteceu? - neguei sorrindo - então… - arrastou a voz me olhando de cima a baixo e me enlaçou pela cintura - tava com saudades - sorri.

Carla: também eu - iniciamos um beijo rápido e caminhamos em direção á cama, até que a porta bateu - ah! Hoje é meu dia de sorte! - girei os olhos e Georg riu, saí de cima dele e olhei pra porta, Sara estava lá, furiosa.

Sara: Georg, vai dormir no quarto que eu estava - ele me deu um beijo e sem querer, me soltou e saiu do quarto.

Carla: que merda viu? - sentei na cama chateada - não podia vir aqui depois do….do…. - ela sentou na cama.

Sara: Coloquei o Bill pra dormir noutro quarto, ele tava roncando que nem um porco - ri - vamos dormir!

Acabei pegando no sono com Sara ao lado cheirando á RedBull.

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Olhei para o lado esquerdo e ela não estava lá, gritos vinham do corredor e tive que me levantar rápido quando ouvi um estalo no corredor e uma frase que me chocou.

Sara: você me traiu com a minha irmã?

Levantei com o cabelo atrapalhado mesmo e abri a porta. Sara não estava lá e Ana também não, Tom e Georg olhavam para Bill desapontados, já ele estava só de boxers e Melissa ria caída no chão com a mão no rosto.

Carla: o que aconteceu? - Georg e Tom me olharam assustados, fechei a porta do quarto e caminhei até Bill - o que você fez!? - ele se assustou e deu um passo pra trás, ao invés de ir atrás dele, agarrei no cabelo da vadia sentada no chão e bati sua cabeça na parede, caí em cima dela e lhe distribuí vários tapas na cara, chegando a sentir sangue na mão.

Braços me puxaram para cima enquanto me debatia pra agarrar a cabra. Fui levada para trás, meu quarto e a porta foi fechada.

Georg: calma Carla! - me soltou e me olhou preocupado - calma! - respirei fundo, corri até a porta e abri a mesma, saltei pra cima dela que tentava andar no corredor, com o nariz sangrando, o cabelo atrapalhado e um olho fechado e roxo - Carla!

Tom: Carla menos! - fui segurada novamente.

Carla: sai daqui! Sai! - ela pegou umas peças de roupa e desceu as escadas, olhei para Bill que tinha saído do quarto agora vestido - tira ele daqui antes que eu perca a cabeça de novo.

Bill: Carla, desculpa eu n…

Carla: sai!! - gritei e ele se calou, descendo as escadas e sendo seguido por Tom, que falou alguma coisa para Georg antes de ir.

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Não sei por quantos minutos ou horas fiquei deitada com Georg na minha cama, ele sempre passando a mão pelos meus cabelos e eu sempre puxando a camisa dele para mais perto.

Não fui atrás da Sara, sabia que ela precisava de espaço e que uma hora ela iria aparecer e aí sim iria dar-lhe todo meu apoio. A campainha lá em baixo tocou, instintivamente me levantei da cama, deixando Georg assustado mas, ele veio atrás de mim.

Ana: Carla! - gritou lá de baixo, desci as escadas rápido ainda meio tonta devido ao sono.

Tom: ainda bem - os 3 estavam com caras preocupadas - e gente…

Bill: Carla a Sara ‘tá aqui? - neguei e ouvi Georg descer as escadas ainda com cara de sono também - ela sumiu - meu coração acelerou e senti o mundo lentamente parar.

O telefone começou a tocar e logo atendi pensando que poderia ser ela.

Carla: alô?

Diego: Carla vem pra aqui, a Sara…ela ‘tá aqui! Vem correndo - desliguei o telefone rápido e apenas agarrei nas chaves do carro.

Georg: o que aconteceu? - andava que nem uma doida pela sala procurando as chaves de casa - Carla!??

Carla: a Sara, eu sei aonde ela ‘tá - todos pararam - ‘tá na casa do Diego - vi Bill ficar vermelho e caminhei até a entrada.

Bill: Eu vou com você! - me virei sorrindo cínica, a minha raiva ainda não tinha passado.

Ana: não, eu vou - Tom negou com a cabeça.

Tom: eu vou - bufei e girei os olhos - Georg fica com eles os dois - tirou as chaves da minha mão e caminhou até fora da casa. Entramos no meu carro e ele dirigia rápido, enquanto eu dava as coordenadas do apartamento do meu irmão - ele disse o que ela ‘tava fazendo lá? - neguei segurando o choro, ele parou no sinal e fiz um esforço gigante. Ela poderia á qualquer momento ter uma recaída, eu estava preocupada com ela - calma ok?

Carla: anda logo Tom - o sinal mudou de cor, ficando assim verde, ainda olhando para a janela vi um carro vir contra o meu lado e tudo ficou escuro.

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“Carla, fica comigo Carla!” - tudo não passavam de meros ruídos e vozes que soavam ao longe.

“Por favor Carla, não dorme eles estão chegando” - tentei abrir meus olhos e tudo que vi foi Tom, coberto em sangue, com o rosto cortado e um olhar implorando para que ficasse ali.

“eles estão chegando Carla, não dorme” - estava difícil não dormir, meus olhos pesavam, olhei para além do rosto dele, ouvi sirenes altas e carros, pessoas á nossa volta, Tom já não estava ali mais e quem estava agora comigo era um homem que aparentava ter 40 anos.

“Como se chama?” - eu não conseguia falar, ouvi um “Carla” ao fundo.

“Carla, não dorme ok, faça tudo mas fiquei acordada”

Tudo ficou escuro e por mais que quisesse ficar de olhos abertos não conseguia.

“Não, não dorme Carla! Paramédicos!!!”

Tudo ficou escuro e minha dor se foi com todo o barulho a minha volta. Me vi em um lugar escuro, sem ruídos ou janelas que possam deixar a luz passar.

Eu morri?