O Mais Belo Dos Lírios escrita por meganallard


Capítulo 20
A Promessa


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiiiiiiiiii, minna! ^-^FELIZ ANO NOOOOOVO!!!!!! WHAT THE FUCK essa nota que não me deixa falar mais nada? :O Odiei. Enfim, vou deixar todo o esclarecimento da demora pra atualização e etc no meu perfil, por favor leiam lá :D

E vamos ao capítulo o/ Esse é um dos momentos que eu mais amo de Naruto e eu espero de verdade que vocês gostem do capítulo! Boa leitura!



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Não foi tão fácil para as meninas entenderem os motivos de Genma e aceitarem o fato de que ele estava realmente deixando o time. Mas desta vez, ao menos, Sayuri não podia acusá-lo de não se importar com o próprio time. Ele havia tentado explicar pessoalmente, assim como escutado todas objeções que Kami e Yuki fizeram.

Com o tempo, elas puderam perdoá-lo e, embora sentissem muita falta do querido sensei, conviverem com a nova realidade. Tudo ficou ainda melhor depois que Kami, junto com Shikamaru, ganhou o título de chunnin. Sayuri e Yuki ficaram tão felizes pela amiga, que nem se quer sentiram-se enciumadas. Sempre fora muito claro que a companheira de time estava em um nível bem avançado ao delas quando se tratava de dominar os próprios poderes, apesar de a Hoshino ainda ser considerada uma das kunoichis mais inteligentes da vila, com seus apenas 13 anos.

Kami foi designada para liderar diversas missões que iam desde a ajudar na reconstrução da vila, até pequenos serviços nos vilarejos que ficavam próximos de Konoha. Yuki geralmente ia junto com a amiga e outros colegas. Sayuri, porém, recebeu uma tarefa diferente. Ela foi selecionada, pela própria hokage que decidiu seguir os conselhos de Genma, para ajudar a própria e sua assistente, Shizune, no hospital. Os pais da Hoshino estavam tão orgulhosos do desempenho da menina, que mal conseguiam se conter.

Para Sayuri, aquele pedido havia chegado na hora certa! Passar tanto tempo no hospital sendo treinada, na maior parte deste, pela incrível mednin Shizune, estava fazendo com que ela evoluísse muito rápido. Como bônus, a menina tinha acesso a muitos diferentes e interessantes livros, o que permitia que ela pudesse sanar diversas de suas curiosidades; ver o seu antigo sensei e amigo com bastante frequência, já que ele estava sempre por perto da hokage; e ainda ficar de olho na recuperação de Sasuke. A última ação andava ocupando, aliás, mais parte do seu tempo do que a própria genin desejava. Sayuri não podia evitar sua preocupação, que andara aumentando bastante depois dos episódios ocorridos nos últimos tempos. Ela tinha certeza que havia algo a mais acontecendo ali e não poupava esforços para tentar descobrir do que se tratava.

Antes de levar os medicamentos solicitados por sua senpai, decidiu dar mais uma checada no quarto do garoto, que estava no caminho. Só não esperava que encontrasse o quarto vazio, com a porta escancarada e um pote com maças descascadas caído ao pé de sua cama. Sayuri sabia que Sakura havia ido visitá-lo, mas onde os dois estavam agora? O desespero fez com que seus dons sensoriais, que sempre pareciam mais eficientes quando se tratava do Uchiha, alertassem-na de um movimento suspeito no telhado. Sem importar-se com mais nada, a menina saiu em disparada. Ao chegar lá, surpreendeu-se com o estado do local. Parecia que havia acontecido uma luta. Uma bem feia! Mas Sasuke não estava ali. Aliás, ninguém mais estava. Quem quer que fosse o culpado de destruir as caixas d'água, já deveria ter fugido. Sayuri não teve muito tempo para refletir sobre o caso. Saiu apressada a procura do garoto, mas era como se soubesse exatamente para onde ele havia ido. Não muito tempo depois, ela o encontrou.

— Não viemos aqui para lutar.

Haviam cinco diferentes chakras naquela parte da floresta, ainda dentro de Konoha e bem próximo da área isolada da vila onde os Uchihas costumavam morar. Porém apenas um destes era o que Sayuri queria encontrar. Os outros quatro, eram desconhecidos. Mais do que isso, eram assustadores. Sem saber muito o que fazer, decidiu esconder-se, o que não era difícil, até que descobrisse o sentido daquilo. Talvez Sasuke precisasse de ajuda.

— O que vocês querem? — o menino, ofegante, respondeu com sua arrogância usual.

— Este selo que Orochimaru te deu, é um presente. Assim como os nossos, ele pode te deixar muito mais forte! Mas para aprender a controlar esta força, você precisa vir conosco.

Um deles disse, em um tom convincente. Sayuri estremeceu com aquilo. O que aquele tal de Orochimaru queria com Sasuke? Sua preocupação só aumentou quando viu que o menino não estava mais dando respostas malcriadas. Ele não estava, de fato, pensando em deixar Konoha para unir-se ao shinobi que havia tentado destruir a vila, estava? Só então, pela primeira vez, a Hoshino se sentiu realmente amedrontada pelo que a sede por poder e vingança havia o transformado.

Os shinobis, que se diziam pertencer à vila do som, despediram-se e disseram que esperariam por Sasuke fora dos portões de Konoha. Sayuri ficou tensa com a possibilidade dele abandoná-la, mas havia uma esperança dentro de si. Ela preferiu esperar para ver e seguí-lo. Não queria acreditar que o garoto teria coragem de ir embora com aqueles estranhos, de deixar ela e todos os seus amigos para trás.

***

Algumas horas antes

Sasuke acordou no hospital, um tanto desorientado. Não lembrava de muita coisa, mas tinha a sensação de que havia passado muitos dias naquela cama. Sentiu um aroma já conhecido e virou-se para o lado, na esperança de encontrá-la. Porém não foi exatamente o que viu: um solitário lírio branco em uma garrafa com água era o responsável por aquele cheiro. Aquilo fez com que os pensamentos do menino voassem para longe...

Flashback

O garoto corria sem comandar a direção de seus pés. Apenas queria fugir, queria sair daquele local, queria que tudo aquilo fosse um grande pesadelo e que ele acordasse logo. Ele não tinha forças. Sua cabeça doía, parecia uma bomba relógio pronta para explodir. E ele esperava que isso não demorasse muito para acontecer. Seu corpo inteiro tremia enquanto aquelas cenas passavam de novo e de novo por sua cabeça. Finalmente, seu corpo rendeu-se a dor e a fraqueza, e Sasuke caiu ao pé de uma árvore. Era ridículo, mas ele não conseguia parar de chorar. Não conseguia sentir raiva de seu irmão, como o mesmo lhe dissera que o fizesse. E isso só fazia com que sentisse ainda mais raiva de si mesmo. Ele era um tolo. Um fraco. Sempre fora!

Sua mente estava tão ocupada lutando com as lembranças que o assombravam, que o Uchiha não notou quando ela se aproximou. Ele apenas percebeu que não estava sozinho quando sentiu braços lhe envolvendo e o contagiante cheiro de lírio de seu perfume. Ele poderia gritar e dizer para que ela fosse embora, mas era tão fraco que nem isso era capaz de fazer. Ele precisava dela. Ele sempre precisou.

Eu vou fazer isso passar... Eu vou fazer isso passar! Eu... Eu prometo. disse a voz feminina, bem baixo e cautelosamente, como se estivesse tentando muito para não lhe causar mais nenhuma dor.

E então, ele sentiu pela primeira vez aquela sensação quente e deliciosa depois de uma dor aguda, mas que era até leve comparado ao que ele sentia antes. Instantaneamente, a mordida que Sayuri lhe dera no braço o fizera se sentir melhor.

No dia seguinte e em todos os outros daquela semana, ele acordara num quarto branco do hospital de Konoha. Apesar de sempre sozinho, ele não se sentia assim. O cheiro característico da Hoshino estava sempre lá, assim como um lírio solitário descansando em uma garrafa com água. Ela ia visitá-lo todos os dias antes que Sasuke acordasse. Sempre trocando a flor. Depois que era dispensada das aulas na academia, voltava ali para passar a tarde com o garoto. Aos poucos a dor física foi cessando, mas Sasuke tinha a esquisita impressão de que jamais conseguiria curar o vazio que se abrira em seu peito, não importava o quanto sua amiga se esforçasse. De repente, ele soube o que teria que fazer. Ele soube que teria que sacrificar o que restara de sua vida para que tudo fizesse algum sentido de novo, para que o espírito de todos os Uchihas que morreram aquela noite e inclusive o seu próprio que lhe fora roubado, fossem vingados. Ele teria que abrir mão de sua esperança para percorrer este caminho, mas só assim encontraria a resposta que precisava.

Fim do flashback

***

Sasuke sabia sobre a presença de Sayuri desde o momento em que ela chegara. Por mais que ela estivesse cada vez melhor em sua técnica de supressão de chakra, era impossível ele não reparar em seu aroma floral se aproximando. Às vezes ele fazia notas mentais para que jamais deixasse que ela descobrisse que era assim que ele percebia que ela estava por perto. Mesmo sabendo que ela estava o seguindo, porém, o menino decidiu continuar até que ela decidisse aparecer de uma vez. Sendo assim, o Uchiha fez tudo como planejara: foi até sua casa, preparou uma pequena bolsa para a viagem e despediu-se do local.

Quando ele estava quase cruzando a porta de Konoha, uma voz feminina gritou por seu nome, mas não era exatamente quem ele pensava que seria. Sasuke virou-se para encarar sua agora antiga colega de time, Sakura.

— Está tarde, Sakura. O que está fazendo aqui?

— Este é o caminho para deixar a vila... — ela disse pensativa, não precisando de muito para entender o que ele pretendia.

— Vá dormir! — Sasuke respondeu frio, dando as costas para a Hoshino a fim de retomar seu caminho.

— Por que nunca me diz nada? — as lagrimas já escorriam pelo rosto da menina.

— Isso não é da sua conta. — ele parou de andar, mais uma vez.

— Eu sempre faço você ficar bravo, não é, Sasuke-kun? Você se lembra? Quando ficamos sozinhos neste mesmo lugar, logo depois que o time foi formado, e você brigou comigo...

Tudo aquilo era exatamente o que o Uchiha não precisava antes de deixar Konoha. Se ao menos Sakura pudesse odiá-lo e esquecê-lo de uma vez...

— Não me lembro.

— É, já faz muito tempo. — ela esforçou-se para falar entre os soluços — Mas foi naquele dia que tudo começou. Eu, você, o Naruto-kun e o Kakashi-sensei. Eu sei o que aconteceu com seu clã, mas essa vingança não fará ninguém feliz...

Ele quase desejou que pudesse escutá-la. Mas as coisas eram mais difíceis do que pareciam.

— Eu sou diferente de vocês e estou em um caminho diferente. Mesmo com tudo que aconteceu nos últimos tempos, meu coração escolheu a vingança. Não posso ser como você e o Naruto. — preferiu dizer apenas isso.

— Então você vai se isolar de todos nós? Você me ensinou o quanto a solidão pode ser dolorosa e agora eu entendo isso. Se você se for... Isso para mim será solidão.

— Esse será o começo de uma nova jornada. – ele só queria que ela parasse de chorar e o entendesse...

— Eu não posso aguentar! Se você ficar, não deixarei com que se arrependa, Sasuke-kun. E se for, pelo menos me deixe ir com você.

— Você é mesmo irritante.

O Uchiha não podia deixar a menina ali daquele jeito, mas também não havia nada que fosse o convencer de ficar ou de levá-la com ele. Ela não merecia a segunda opção e ele já estava decidido quanto à primeira. Decidiu acabar com aquilo da maneira mais simples com que conseguiu pensar.

— Obrigada. — murmurou baixo perto do ouvido da garota, assim que se aproximou. Com um genjutsu, fez com que ela caísse no sono e a deixou deitada em um banco ali perto. Sabia que ficaria segura em qualquer lugar dentro da vila.

Ele quase teve a ilusão de que estava sozinho novamente. Mas então, já dentro da floresta que havia do lado de fora dos muros de Konoha, ele a viu parada em seu caminho. Os longos cabelos vermelhos tão esvoaçantes que até cobriam parte de seu rosto.

— Então você decidiu partir... — ela começou a conversa conforme ele se aproximava.

— Quase achei que apenas me seguiria para sempre.

— Você... Como? — quis saber, espantada, como ele havia notado sua presença.

Sasuke deixou um bem singelo sorriso escapar no canto dos lábios, mas não lhe deu uma resposta. Ao invés disso, retrucou com uma nova pergunta.

— O que você quer?

— Cumprir minha promessa. Eu lhe disse uma vez que não o deixaria sozinho, e eu não pretendo mudar de ideia.

O menino respirou fundo. Sabia que Sayuri conseguia ser tão teimosa quanto ele, às vezes.

— Ainda vamos nos encontrar, mas você me deixará partir sozinho hoje.

Ela ia questionar. Pretendia ser dura e não ceder, até que ele permitisse que ela fosse junto. Mas não esperava algo como aquilo... Sasuke estava a menos de um passo a sua frente. Tão perto que Sayuri quase pulou para trás. Seu corpo parou de responder aos seus comandos, porém, no momento em que ele tocou seu rosto. Sasuke encarou seus olhos por algum momento e acariciou levemente sua bochecha. E, então, seus lábios se tocaram.

Flashback

Por que você está bravo com o Itachi-san, afinal? a pequena menininha que tinha o cabelo vermelho preso em maria chiquinha, tentava entender o mau humor do menino após encontrar seu irmão. Aquilo era algo raro. Normalmente Sasuke só se gabava do quanto o mais velho era incrível, deslumbrado.

Nada. ele bufou.

Certo. Que bom! Porque eu queria chamá-lo pra vir com...

Sayuri decidiu provocá-lo para descobrir o que havia conseguido e, como na maioria das vezes, seu plano funcionou perfeitamente.

NÃO!! o Uchiha mal deixou que ela terminasse a frase.

Por que não?

Tá bom... suspirou derrotado É que ele disse pros amigos que você é minha namorada.

Sasuke fez bico e corou enquanto Sayuri gargalhava. E então menina se aproximou de repente e lhe deu um selinho, se separando do garoto logo em seguida com uma risadinha e voltando andar, deixando ele para trás, completamente confuso.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Como sempre, se encontrarem algum erro... Qualquer que seja... POR FAVOR me avisem.

Não esqueçam de ler meu perfil, onde eu contarei e atualizarei com a versão mais recente dos meus motivos e outras coisas importantes. Beeijos!



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