Fix A Heart escrita por Hanna Swag


Capítulo 21
Eu estou doente!


Notas iniciais do capítulo

Oi (:



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Os dias tinham se passado, e, bom, eu queria voltar no tempo, a uns sete anos atrás, quando eu era feliz. Eu estava cada vez mais histérica! Eu voltei a sofrer bullying de novo, minha cabeça estava explodindo, eu não conseguia ficar calma, toda hora eu queria chorar, não eram três ou quatro meninas, era praticamente a escola inteira! A coisa tinham ficado seria aos poucos e eu nem percebi. Eles me humilhavam na frente de todo mundo, falando coisas absurdas, e como sempre, eu ficava parada, meio angustiada, engolindo o choro entalado na minha garganta, eu sempre acabava descontando em mim mesma, as vezes eu nem conseguia esconder todos os cortes, passava maquiagem, muita maquiagem, para ver se tampava, eles estavam mais profundos agora, eu estava ciente que se caso acontecesse algo mais sério, não me importaria. Não, isso não é suicídio, ou talvez sim, só não estou dando mais valor a minha vida, afinal, porque eu daria? Eu não estou vivendo, isso não é vida, apenas sobrevivo...


Estava no meu quarto, deitada na cama, tentando fazer o dever de casa, tentando, nem conseguir me concentrar eu conseguia, acabava me prendendo a pensamentos negativos que nunca saia da minha cabeça. Desisti de fazer essa missão impossível e fiquei deitada na cama, meio imóvel, encarando o teto, até que Alyssa chega com suas amiguinhas vadias.

– Vish, olha quem está aqui! – Uma das garotas disse. – A ruiva da farmácia! – Já começaram com os insultos, elas falam “Ruiva de farmácia” porque uma vez eu chamei Alyssa de loira da farmácia, e elas retrucaram que eu era a única da farmácia ali, complicado, mas é isso.

– Por favor, não me enche. – Sussurrei.

– Se você quiser que a gente não te insulte, por favor, morra! É a única coisa que você pode fazer para contribuir com o mundo! Na verdade, pode ser a única coisa que você posso fazer de bom. – Alyssa disse se divertindo.

– Alyssa, cala a boca! – Gritei, com lagrimas de ódio quase transbordando pro minha face.

– Você não consegue ouvir a verdade não é mesmo? Já vai começar a chorar? Se você não fosse tão horrível até sentiria alguma pena. – Uma menina chamada Stacy disse. Me levantei correndo e me tranquei depressa no banheiro, esse estava sendo o meu único refugio, o único lugar em que eu poderia ficar sozinha. Ouvi as risadas delas vindo do quarto.

Me encolhi no chão e abracei meus joelhos, deixando alguma lagrimas caírem, ou talvez muitas, estava me segurando para não soltar um soluço alto. Por que acontecia isso meu deus? Por mais que não fosse uma novidade, eu nunca consegui entender, a cada palavra eu me abalava mais. Levantei-me e comecei a andar pelo banheiro freneticamente, como habito, balançava minha mão, passava pelos meus cabelos, numa falha tentativa de tentar me acalmar. Eu não queria fazer isso, mas já é quase impossível, todo dia eu sempre me cortava! E hoje não seria diferente, eu simplesmente não agüentava mais essa pressão.

Peguei qualquer lâmina que ficava bem escondida por mim naquele banheiro e a posicionei no meu braço, furei a pele do meu pulso sem pavor algum, como já disse, não me importava mais com a dor, só de tentar amenizá-la. Mas como sempre, doía.


O meu estado já estava deplorável, o sangue já começara a ficar seco, então achei que era melhor parar, não queria cometer um suicido ali do nada. Tomei um banho e continuei ali no banheiro pensando um pouco. Olhava-me no espelho e enxergava um monstro, não estava com muita auto-estima agora, virava o meu rosto quando deparava com meu reflexo, não estava nem um pouco feliz com a minha aparência.

Por um leve impulso enfiei meu dedo na garganta, dando resultado a um vômito, que eu fiz de propósito, as vezes quando me sentia gorda fazia isso, pra mim não virar uma obesa!


Saí do quarto e Alyssa estava deitada na cama dela lendo um livro, ela olhou para mim e disse.

– Ah, eu não sei o que você faz tanto no banheiro! – Ela revirou os olhos. – Alias, já anunciaram que o jantar está sendo servido. – A ignorei, mas fiz uma careta só em pensar em comer, já estava gorda o suficiente. – Esqueci, você é muito gorda pra ficar comendo. – ela lê pensamentos também? – Revirei os olhos e fui em direção a porta, não queria ficar no mesmo ambiente que Alyssa. – As vezes fico me perguntando se você é mesmo irmã da Mellany Lovato, vocês são tão diferentes, ela é bonita, sabe. – Ela riu de sua própria fala. Meu auto controle já estava quase se esgotando. – Sem contar que ela é magra. E não é esquisita igual você, tentando se fazer de vítima. – Com essas palavras virei – me bruscamente e quase corri em passos pesados para cima de Alyssa.

– Menina, vê se presta atenção, porque você gosta de humilhar as outras pessoas quando você não é ninguém. – Encaixei minha mão no pescoço dela e apertei com força.

– Tire suas mãos de mim! – Alyssa disse quase roxa, um pouco sem ar. Levantei minha mão e dei um belo de um tapa na cara dela, deixando ela cair no chão. Não em precipitei em dar uns belos socos naquela cara delicada, que escondia um monstro por dentro. A essa altura nem raciocinava mais, a única coisa que eu queria fazer era descontar a minha raiva, melhor ainda, em alguém que proporcionava parte da minha dor. – Você... É louca? – Ela disse pausadamente, quase soluçando de tanto chorar. – Para por favor! – Ela tentava se defender, mas eu era mais forte do que ela.

– Você não parava quando eu pedia, porque eu deveria parar? – Gritei, me explodindo, segurei-a pelos cabelos e dei uma joelhada em seu estômago que a fez gemer de dor, em seguida, joguei a para longe, fazendo-a se chocar contra a parede, assim batendo a cabeça, e ficando, aos poucos, desacordada.

Olhei para ela e me assustei com seu estado, o nariz e a boca estavam sangrando, o olho esquerdo estava muito roxo, e havia alguns hematomas espalhados pelo seu corpo. Nesse momento meu corpo ficou imóvel, simplesmente olhando aquela cena deplorável, me dando conta do que eu estava fazendo. Meu Deus! Eu não acredito, como eu pude me deixar levar pelo ódio? Levei as mãos a minha cabeça em um ato de desespero, aos poucos já estava chorando. Porque eu fiz isso? Ela merecia, mas não tão bruscamente, eu a deixei desacordada, toda machucada! Não estava acreditando na cena que eu via, eu estava pouco lúcida, deixei a raiva tomar conta pelo meu corpo causando machucados em uma pessoa! Me sentei no chão e comecei a soluçar alto, e se ela estivesse mal, não estava em condições de socorrê-la, não queria chegar perto dela por medo, de eu dar a louca e começar a fazer tudo de novo, será que eu sou mesmo louca? Me encolhi mais um pouco, encostando meu corpo na parede. Eu estou doente! Nem um ser normal faria isso com uma pessoa, eu nunca havia batido em uma pessoa assim! Essa idéia estava atormentando minha cabeça, era a única razão para aquilo, era a realidade, eu estou doente! Eu não estava com controle sobre o meu corpo, eu não conseguia controlar a minha mente, eu sou um monstro! Corri e fiquei ao lado dela de joelhos.

– Alyssa, acorda por favor, me desculpa, eu não deveria ter feito isso. – Passava a minha mão pro seu rosto em uma falha tentativa de faze – la acordar. – Alyssa! – A chamei de novo, meus olhos já ardiam de tanto chorar. Alguém bateu na porta e entrou com tudo, olhei para trás e pude ver que era a inspetora, acompanhada de alunos curiosos.

– Eu ouvi uns gritos e decidi... – Ela soltou alguns gritinhos quando nos viu. – O que aconteceu aqui? – Ela correu para o meu lado e colocou a cabeça de Alyssa em seu colo. – Ronald, vá chamar a diretora e diga para ela chamar uma ambulância. – Ela gritou para um menino.



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Notas finais do capítulo

Vish, as coisas começaram a esquentar né? hahah
Gente, eu queria dizer que não sou muito boa em fazer insultos, então eu achei que esses ficaram meio idiotas, mas foi a melhor coisa que eu consegui kkk
Awnn gente eu amei muito os reviews, sério, muito obrigada!
Espero receber nesse capítulo tb (:
Hoje não tenho muito que falar kkk Então, é só isso...
BjBj amores!