A morena saiu a passos largos em direção à biblioteca. Seu cabelo castanho esvoaçava nas costas e ela praticamente nem consultou o mapa para chegar em sua sala.

—Está atrasada — disse o loiro sem levantar o olhar do grosso livro que lia

Ela bufou jogando as coisas num canto.

—A maldição agiu de novo, se está interessado em saber.

Ele abaixou o livro em tempo recorde e andou até ela.

—Tudo bem?

—Mais ou menos... Não foi bem como das outras vezes... Foi como se eu tivesse um flashback de memórias que não são minhas.

Ele a levou até o sofá e ela contou o que ouvira, gesticulando com as mãos hiperativamente.

—Impressionante — ele murmurou — você não viu nada mesmo?

—Já de disse que não — ela respondeu — foram só vozes.

—Bom isso já ajuda, a saber, quem eram seus pais... Pelo menos um na sonserina, não é uma grande surpresa considerando que eles são Black, eles são primos. Isso não reduz nossa possibilidade em nada. Mas você disse... como foi... um beijo proibido. ISSO é novidade. Tem certeza que não estava pensando em outras pessoas?

Ela corou com a insinuação de que ela estava pensado nele, principalmente por que era verdade, um pouco antes da maldição a atingir, ela estava pensando nele.

—Não seja idiota Malfoy — ela respondeu — eu estou te falando o que eu vi.

Malfoy sorriu de lado, mas mudou de assunto:

—Bom, não podemos fazer nada por enquanto com essa informação, mas é ótimo que você tenha chego agora, olhe isso — o loiro pegou o livro preto que estava lendo minutos atrás — A maldição Black, como todas as maldições que mechem com o psicológico, estão agindo dentro da mente da pessoa, e, embora não seja conhecido por mim uma maneira de parar a maldição é possível a bloquear, usando um alto controle da arte oclumência.

—por que só descobrimos isso agora? — perguntou Hermione animadamente

Draco sorriu levemente com a animação da morena.

—Eu não sei, mas podemos retardar a maldição por um tempo até descobrimos como desativa-la!

Hermione sorriu e se jogou nos braços do loiro, o abraçando fortemente.

—Obrigada!

Ela se separou apenas alguns centímetros dele e ambos se olharam fixamente. Ele aproximou os rostos devagar. A mente de Hermione estava entorpecida de mais para ela reagir. Ele roçou os próprios lábios com os dela vagarosamente, e ela virou o rosto, impedindo qualquer outro contato.

—Eu não posso. —ela murmurou de olhos fechados.

—Tudo por causa do seu namoradinho?! — ele exclamou — Olhe nos meus olhos Granger, e diga que você não quer me beijar mais do que quer beijar o Weasley.

Hermione se virou para o loiro e falou, sua voz não soou mais que um murmúrio, mas era fria:

—Eu não quero te beijar Malfoy.

Ele sorriu de escárnio e quase deu uma risada. Ela não teve tempo de perguntar se ele estava louco, por que ele respondeu ainda com o sorriso no rosto:

—Você mente muito mal Hermione.

Então ele colou os lábios de ambos, e como ele esperava, ela correspondeu. Hermione parecia ter que forçar cada canto ainda são da sua mente para não enroscar sua mão no pescoço dele, e sentir os cabelos loiros lhe acariciando a palma da mão, mas ela perdeu. Em segundos ela já estava puxando o loiro para mais perto dela, sentindo as mãos de Draco a prendendo pela cintura. Malfoy deu uma pequena mordida no lábio da morena, ele havia quase esquecido que ela beijava muito bem.

Quase.

Após ter se passado o que pareciam várias noites de verão, eles se separaram o loiro mantinha o sorriso, mas ambos estavam ofegantes.

—Eu disse que você mentia mal — ele falou ainda com as mãos na cintura dela

Ela se afastou dele.

—Por que você fez isso? —ela exclamou ainda com o gosto de menta na boca — Gosta da ideia de eu estar traído o Rony?

No momento em que ela falou aquelas palavras em voz alta ela mesma notou o estrago da situação.

—Eu poderia dizer que sim —ele respondeu — mas a verdade é que eu precisava sentir seus lábios de novo.

Se Hermione tinha uma resposta pronta, ela se perdeu. Não esperava que o loiro dissesse isso.

—O que você quer dizer com isso?

—Eu não sei —ele respondeu sinceramente — deixa... Deixa quieto tá? Olha, esquece.

Ele pegou o livro de novo e voltou a ler, fazendo a morena ficar parada lá. Depois de alguns minutos ela se levantou para pegar um livro. Um silêncio mais que constrangedor ocupava a sala.

Hermione mordeu o lábio depois de cerca de meia hora no silencio, se levantou do sofá, mas o loiro parecia não ter percebido. Ela andou até a bancada de comida e pediu dois chocolates quentes. Ela voltou em passos incertos e esticou uma xícara para o loiro como uma oferta de paz.

—Chocolate? — ela perguntou olhando para ele

Ele deu uma risada ao ver a expressão que a morena carregava no rosto e aceitou a xícara.

—Eu acho que estamos procurando em livros errados — ele disse

—No que acha que deveríamos procurar? — ela perguntou interessada se sentando ao lado de Draco tomando cuidado com seu próprio chocolate.

—Eu estava pensando — continuou o loiro —que estamos procurando saídas para a Maldição, mas ainda na sabemos onde ela começa.

Ela franziu o cenho.

—Eu não entendo aonde quer chegar — falou Hermione confusa

—Pense Granger — disse Draco se virando para ela — você acha que apenas você e a Margaret foram as únicas Black com a maldiçã? Tudo bem, a umas décadas atrás acharam um meio de desativa-la, mas e entre esse período? Entre o caso Margaret e o desativamento da Maldição? Talvez se soubéssemos isso saberíamos o que É realmente a maldição, que nos levaria para como sair dela.

Hermione parecia perdida na linha de raciocínio dele

—Isso tudo é brilhante Malfoy, mas como vamos descobrir o que aconteceu com as outras amaldiçoadas? Quero dizer, o que aconteceu entre aquele período?

Os olhos de Draco brilharam levemente antes dele dizer

—Diários.