Do Outro Lado Das Memórias escrita por Barbara S Langrafi


Capítulo 25
Amor, medico e papai?


Notas iniciais do capítulo

Cadê o relógio?
Acho que ele caiu no chão e quebrou...
Como isso?
Não faço à mínima ideia...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/212071/chapter/25

Afirmei com a cabeça... Pessoas de hoje em dia dizem que estávamos fazendo sexo, eu ainda acredito que estávamos fazendo amor... Apaixonadamente sem parar, a cada respiração a cada suspiro, a cada gota de suor, vi que nossos corpos se tornaram um varias e varias vezes...Um prazer sem limites, que me fazia sorrir cada vez mais...Me senti a pessoa mais feliz do mundo...Nem eu nem ele conseguíamos tirar o sorriso do rosto...Até que chegou o momento, em que o prazer subiu a nossas cabeças causando um momento de êxtase para nós dois...

–AH!

Senti meu corpo vibrar, e meu coração pulsar fortemente como se fosse rasgar meu peito... Jun caiu em cima de mim, parecendo exausto, mas ainda mantinha o sorriso no rosto... Tentei olhar para ele, mas ainda estava sobre vibração... Acariciei seus cabelos, nossas respirações estavam pesadas, como se estivéssemos subindo uma ladeira correndo...

–Eu...Te...Amo!!

–Eu também...

Ele veio do meu lado meu abraçou e adormecemos... As horas se passaram e eu me sentia em um sonho onde tudo poderia se tornar realidade... Não estava mais com raiva do Kim... Só sei que passou um tempo... Comecei a sonhar algo estranho, eu estava em um carro e tinha um homem na minha frente, ele virou para traz, mas eu não conseguia ver seu rosto... Ele havia dito algo, mas eu não consegui entender... Quando ele terminou de falar se virou para o volante e uma arma apareceu e explodiu a cabeça dele, ouvi gritos, não eram meus, pois minha boca estava fechada, um vulto preto apareceu na minha frente... Alguém atirou nesse vulto e o sangue dele vôo em mim... Aquela mão que estava com a arma abriu a porta do carro, eu estava chorando, aquela mão me agarrou pelos cabelos e começou a me puxar... Eu estava gritando , mas minha voz não saia, estava mudo...

–NÃOOOOOOOO!

–Molly calma!

–NÃO...NÃO..

–Sou eu Jun...

–Jun...

Eu o abracei e fiquei aliviada em saber que eu não estava sozinha...

–O que houve?

–Eu tive um pesadelo.

–Calma! Foi só um sonho ruim, eu estou aqui agora...

–Que horas são?

–Não sei...

–Cadê o relógio?

–Acho que ele caiu no chão e quebrou...

–Como isso?

–Não faço à mínima ideia...

Começamos a sorrir... Até que ouvimos o despertador tocar, mas estava bem longe o som, Jun se levantou e começou a procura lo ...

–Não ta do lado da cama?

–Não!

–Então olha de baixo dela!

–Também não esta! Arg! Esse despertador é irritante!

–Eu sei...

 Jun andou até a janela tentando seguir o som, o despertador estava debaixo de um travesseiro, ele o tirou de lá, e desligou o despertador...Se virou para mim e mostrou onde ele estava...

–Nossa! O que você fez com as coisas que estavam a nossa volta?

–Não sei! Foi você quem fez isso...

–Eu?

–Garota selvagem...

–Cala a boca.

–Quer tomar café?

–Quero...

Eu me levantei e reparei que estava sem roupa, percebi que ele estava quase babando olhando para mim...

–Você fica tão linda assim...

–A então quer dizer que eu sempre fui feia...

–Não!

Ele veio correndo e me abraçou...

–Eu amo você demais...

–Eu sei...

Ele me soltou sorriu, e seguiu para a cozinha.

–O que você vai fazer?

–Seu café.

Depois daquele dia, tomando café com ele, percebi que ele era o homem da minha vida era com ele que eu tinha que ficar... Mas não era o destino dele ficar comigo, eu não era a garota do seu passado, então não era destino dele ficar com uma garota que ele conheceu a pouco, em uma universidade que ficou três meses em coma induzido por usar drogas... Certas coisas só acontecem comigo... As semanas passaram e eu continuei com ele, ia para escola com ele voltava. Jane nos olhava de longe com uma cara emburrada, todos os dias, até que um dia ela parou de vir a escola, sumia, ninguém mais sabia do paradeiro dela...Quando percebi já estávamos no outono...Aquele ar fresco e aquelas folhas caídas no chão, era simplesmente lindo, um pretexto para que um ficasse junto do outro, a noites frias eram aquecidas com nossos beijos...

_______________________________________________________

24 de setembro de 2011

E desde aquele dia, meus sonhos veem piorado muito...Cada vez mais eu vejo pessoas morrendo, e eu sou a causadora da morte delas, mas eu realmente não conseguia ver o rosto das pessoas, apenas o meu, cheio de sangue, acordava todas as manhas chorando nos braços de Jun, até que um dia ele me perguntou o que eu sonhava...

–O que te dá tanto medo?

–Eu não sei...

–Sim você sabe, você esta acordando todos os dias chorando Molly... Por favor, me conte...

–Ok!

Estava muito nervosa não queria contar sobre meus sonhos, mas tudo aquilo estava me deixando louca, eu precisava contar a alguém...

–É... Eu estou em um carro, a três pessoas nele contando comigo, a pessoa que esta no volante se vira para mim e começa a rir, depois fala alguma coisa e se vira para frente, e do nada alguém estoura a cabeça dela... O vidro fica cheio de sangue, não consigo ouvir meus gritos, depois outra pessoa que esta do meu lado se joga em cima de mim, e também leva um tiro...Eu fico toda cheia de sangue...É HORRIVEL!...Depois apareço em outro lugar vendo uma pessoa deitada no chão, eu me viro para ela e dou um tiro nela...

Comecei a chorar de novo...

–Você disse que, estava em um carro?

–É!

–Você se lembra da sua infância?

–Não, nem ao menos lembro quem era a minha mãe.

–Você esta matando as pessoas?

–De á entender que sim...

Jun ficou olhando para baixo ele estava pensado... Até que eu tentei me deitar de novo e bati a cabeça... Comecei a pensar no sonho, e tentei ver se eu realmente estava matando todas aquelas pessoas... Percebi que não era eu, e sim outra pessoa, porque eu era puxada para fora do carro pelos cabelos, então não estava fazendo nada de errado... Alguém estava fazendo tudo aquilo...

–Era eu naquele carro, mas eu não estava fazendo nada... Eu só queria...

–Molly o que foi?

Senti meu estomago embrulhar... Senti vontade de vomitar... E corri para o banheiro, eu estava muito mal, coloquei tudo para fora... Achei que meu estomago viria junto.

–Molly o que houve?

–Eu não to bem!

–Você comeu algo diferente hoje?

–Não...

Voltei a vomitar, Jun ficou sentado ao meu lado batendo nas minhas costas...

–Quer ir ao médico?

–Não!

–Por quê?

–Tenho medo de que seja algo desagradável...

–Como o que?

–Não sei!

–Para como isso... Eu vim de carro hoje lembra?

–Eu odeio médicos...

–Vamos...

Jun me pegou no colo e colocou uma jaqueta em cima de mim, e me levou para o carro... Fiquei no banco de trás deitada esperando chegar ao hospital, a cada sinal vermelho ele parava e olha para mim, para ver se eu ainda estava viva...

–Estamos quase chegando aguenta firme!

–Eu não vou morrer!Você parece nervoso...

–Sempre que eu me viro e vejo você deitada me lembro do ano passado... Você desmaiada no banco de trás do meu carro...

–Ta agora eu estou bem consciente pra variar...

–Não morra!

–EU NÃO VOU MORRER!

Chegamos ao hospital, e Jun abriu a porta do carro saiu e veio me pegar...

–Não precisa me pegar no colo eu já posso andar!

–Prefiro que não ande!

Ele me pegou no colo e me levou para dentro, chegou perto da enfermeira e...

–Moça ela esta passando mal, eu estou muito preocupado, por favor, me ajude...

–Jun!

–Molly, não morra...

-Para de drama!

A enfermeira nos olhava como se não estivesse entendo nada...

–Não é nada disso, eu só estou passando mal. Quero passar no médico...

–A sim, é só preencher esse formulário...

–Obrigada!Já pode me colocar no chão...

Ele estava tão preocupado, agora sei como ele se sentiu ano passado... Dei um beijo na bochecha dele e...

–Tudo vai ficar bem!

Ele assinou os papeis, e esperamos o doutor nos chamar...

-Molly?

–Aqui!Você que entrar junto?

Ele afirmou com a cabeça...

–Então vamos.

Seguimos até a sala o doutor nos esperava na porta...

–Ora ora ora, Senhorita Molly é bom vê-la...

–Bom vê-lo também doutor...

–O que acontece?

–Ela estava se sentindo mal a pouco...Vomitou.

–Jun! Desculpe doutor ele esta nervoso...

–Eu entendo a posição dele, pra quem ficou três meses sentado em uma cadeira segurando a sua mão... Ele rezava todo santo dia garota... Bem vamos fazer um exame de sangue para saber o que é isso...

–Ok!

Eu odiava agulha, mas como Jun estava preocupado, decidi que era bom fazer para deixa-lo mais calmo...O exame foi feito ali mesmo, na hora, ele retirou meu sangue e colocou em um tubo,  o levou para fora...Depois de uns 40 minutos ele voltou com alguns papéis...Se sentou olhou seriamente para nós,Jun agarrou minha mão e começou a aperta-la, ela estava quase quebrando, quando o doutor abriu um sorriso e ...

–Parabéns papai...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

YEEEEEEEEEE *O* Mamãe querida meu coração por ti bate como caroço de abacati! LOL



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Do Outro Lado Das Memórias" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.