Our Kind Of Love escrita por MandyLove


Capítulo 8
Desespero


Notas iniciais do capítulo

Oi Pessoal ^-^ Como havia avisado em TOW, aqui esta o novo capitulo...
Bom tenho uma má noticia, eu acho que é má. A má noticia é que esse é o penúltimo capitulo dessa fic, vou tentar não demorar muito em postar o ultimo o que acho que consigo já que tenho boa parte do capitulo escrito só preciso digita-lo.
Enfim, eu espero que gostem do capitulo...



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POV Annabeth

Meu coração martelava fortemente contra o meu peito. Eu tentava pensar em alguma coisa que me ajudasse a escapar, minhas mãos estavam amarradas fortemente na cadeira na qual eu estava sentada assim como meus pés e isso me impedia de fazer qualquer movimento.

Quando eu fui amarrada nessa cadeira eu tentei forçar as amarras para ver se assim eu conseguia afrouxa-las e então escapar, mas foi em vão e só serviu para machucar meus pulsos e tornozelos.

Meu celular havia sido tirado de mim no momento em que meu opressor me obrigou a acompanha-lo, na verdade foi jogado imediatamente no chão e esmagado, e ficar de boca fechada pressionando a arma que ele carregava contra as minhas costas.

Assim que chegamos a onde ele havia estacionado seu carro ele vendou os meus olhos e colocou uma mordaça na minha boca antes de me amarrar e jogar no porta malas do carro.

Respirei fundo tentando manter a calma, mas senti o efeito contrario ao inalar o cheiro do lugar. Estava infestado com o perfume dele, do meu ex-namorado Brendan Archie, e isso só estava me trazendo a cruel realidade em que eu me encontrava.

Percy chamou Brendan de idiota, ele chama todos os meus ex-namorados de idiotas, mas Brendan era e ainda é um cara muito legal com quem eu mantenho uma respeitosa amizade apesar do termino do nosso namoro.

Apesar do perfume ser dele não era Brendan quem estava fazendo isso comigo e sim seu irmão mais velho, Bryan Archie.

E além de saber quem era o meu opressor eu também sabia a onde estávamos, Bryan fez questão de me mostrar a onde me manteria em cativeiro.

Eu estava no antigo e pequeno apartamento que Brendan morou por mais de dois anos. Frequentei esse apartamento por quase um ano na época em que Brendan e eu estávamos namorando. Ele tinha dois quartos, sala, cozinha e um banheiro.

Bryan me colocou no quarto principal e tirou a venda dos meus olhos e a mordaça da minha boca. Infelizmente eu não poderia gritar pedindo socorro, serio idiotice. Ele havia protegido todas as paredes e a porta para que não saísse som algum de dentro do quarto o que me fez pensar que ele estava planejando isso há muito tempo.

Por mais que eu tentasse pensar no porque ele estava fazendo tudo isso comigo nada justificava tal ação dele. Bryan e eu éramos amigos quando eu namorava Brendan. Ele era um pouco calado e não gostava de ficar perto de muitas pessoas, mas nada além disso.

Ultimamente a gente não estava conversando porque ele havia se mudado para o Canada e não conversava até com o irmão dele até poucas semanas atrás.

Quando ele finalmente tirou aquela mordaça de mim eu tentei perguntar a ele o motivo que o fez fazer isso, mas ele não me falou nada. Somente me deu as costas e saiu do quarto.

Minha mente vagou até Percy e meu coração deu uma cambalhota. O que será que tinha acontecido com o meu Cabeça de Alga? O que ele estaria pensando nesse momento? E minha família e amigos?

Senti uma dor sufocante no peito. Pela primeira vez em muito tempo eu não sabia o que fazer, eu estava com medo do que Bryan poderia fazer comigo. A angustia e a incerteza estavam me dominando e nem o cansaço que também se fazia presente se sobrepunha a elas.

Os minutos foram passando lentamente. Eu não fazia ideia de que horas eram, mas eu tinha certeza que eu estava aqui a mais de duas horas.

Meus olhos foram rapidamente em direção a porta no momento em que ouvi o barulho do trinco se abrindo. Mordi o lábio inferior nervosa vendo Bryan entrar calmamente carregando uma bandeja consigo.

Era espantoso como Bryan e Brendan era idênticos, cabelos castanhos escuros e olhos cor de caramelo, poderiam dizer que eles eram gêmeos se não fosse o fato de que Bryan era cinco anos mais velho que Brendan e dez centímetros mais alto.

Em cima da bandeja tinha uma garrafa de agua e junto com ela dois objetos que me fizeram engolir em seco prevendo o pior do que veria a seguir. Tinha nada mais que uma seringa ainda envolta da embalagem e um frasquinho ao lado da garrafa.

– Bryan, porque esta fazendo isso? – minha voz saiu muito rouca, arranhando minha garganta. – E o que você vai fazer comigo?

Bryan não falou nada e somente colocou a bandeja no chão perto de mim e se ajoelhou na minha frente.  Ele pegou a garrafa de agua e a abriu. Ele bebeu um pouco do liquido e estendendo para mim em seguida.

– Beba logo. – ordenou ele com o tom de voz frio.

Franzi a sobrancelha confusa olhando da garrafa de agua para Bryan. Como ele queria que eu bebesse se eu estava completamente amarrada na cadeira?

Ele pareceu ter se dado conta da situação, me pergunto como ele pode ter esquecido de algo assim, e levou a boca da garrafa até meus lábios e virou o conteúdo devagar dando assim para eu tomar sem problema.

Me pergunto porque ele estava me dando agua e o que ele planejava com tudo isso. Será que ele tinha colocado alguma coisa na agua? Algum veneno?

Logo descartei isso. Ele tinha bebido também não fazia sentido.

Tentei deixar minha mente em claro, não pensar em nada, porque cada vez que eu pensava no que ele poderia estar planejando nada de bom vinha na minha cabeça e só me deixava mais apreensiva e com medo.

Quando terminei de beber Bryan amaçou a garrafa e a jogou no canto do quarto. Ele pegou a seringa e a tirou do plástico logo tirando a tampa que protegia a seringa e enfiou a agulha dentro do frasquinho tombando ele para cima.

– Bryan o que você vai...

Bryan levou uma mão até a minha boca tampando ela e assim me interrompendo. Mesmo usando somente uma mão ele conseguiu encher a seringa com o liquido que estava no frasco e com cuidado tirou o frasco da agulha da seringa.

– Vou te deixar sem fala. – disse ele se aproximando de mim, deixando seu rosto a poucos centímetros de mim, e enfim enfiando a agulha em meu braço e a apertou.

O liquido entrou queimando em minhas veias fazendo meu coração bater tão rápido que pensei que sairia do meu peito. Senti os membros do meu corpo amolecerem. Minha visão ficou embaçada e logo tudo a minha volta escureceu e eu não escutava mais nada.

Um gosto amargo e gelado em minha boca me fez acordar sobressaltada cuspindo o que quer que tenham colocado em minha boca. Meus pulsos e calcanhares arderam quando involuntariamente tentei mexe-los.

– Não vai conseguir. – a voz gélida de Bryan fez meu coração parar uma batida e meus instintos ficaram aguçados tentando prever o que viria a seguir.

Bryan estava de pé na minha frente com um sorriso sombrio no rosto. Uma pequena mesa e mais uma cadeira tinham sido postadas ao meu lado e em cima dela havia uma bandeja com um prato de comida, um copo de suco e uma pequena travessa com cubos de gelo um pouco esverdeados.

– Bryan me solte agora, o que pensa que esta fazendo? – o gosto amargo ainda estava em minha boca. – Me solte.

– Ainda não. – disse ele se aproximando perigosamente de mim. Sem nem olhar para trás ele levou uma mão até a pequena travessa e pegou um cubo de gelo. – Abre a boca. – ele nem se quer me deu chance de lhe responder e usando sua mão livre apertou as minhas bochechas até que minha boca estava aberta.

Não era difícil prever o que Bryan faria a seguir. Ele jogou o gelo dentro da minha boca e depois a fechou usando sua mão para eu não expelir o gelo. Novamente o gosto amargo e gelado voltou com força total na minha boca me dando calafrios e ânsia.

Tentei soltar a mão de Bryan da minha boca para poder cuspir para fora o gelo, mas não deu certo então fiz a única coisa que eu poderia nesse momento. Eu engoli o gelo que desceu rasgando por minha garganta.

– Gostoso não é? – perguntou de forma debochada tirando a mão da minha boca.

Uma violenta tosse tomou conta de mim enquanto que Bryan somente ria. Quando consegui parar de tossir Bryan me estendeu o copo de suco que tinha um canudinho dentro. Sorvi um pouco do contei e a sensação foi ótima para a minha garganta.

– Bryan, pelo amor de Deus, me diz por que esta fazendo isso? – implorei. Minha voz saiu fraca e baixa, mas como ele estava perto de mim ouviu claramente.

– Sabe, Annabeth. – Bryan se afastou de mim e foi até a mesa a colocando o copo de volta em cima dela e logo a pegando com cuidado, colocando a mesa na minha frente. – O que você esta fazendo é muito feio. – ele puxou a cadeira e sentou ao meu lado. – Como pode fazer isso comigo, com o meu irmão?

– Espera... – pisquei os olhos aturdida. – Do que esta falando? Brendan e eu terminamos amigavelmente meses atrás e o que isso tem haver com você?

– Amigavelmente, você diz. – disse ele dando um sorriso afetado. – Meu irmão ainda te ama Annabeth e sofre todos os dias até hoje por você.

– Mas foi ele quem propôs que nós terminássemos. – falei me sentindo confusa.

– Ele fez isso porque sabia que você não estava mais como antes no relacionamento de vocês. – disse Bryan me olhando gelidamente. – Brendan queria te ver feliz e se não era junto com ele... Então ele abriu mão de você.

Engoli em seco me sentindo mal em saber disso. Brendan é muito bom em esconder o que realmente sente e por isso nunca me dei conta de que ele ainda me amava.

– Mas o que isso tem haver...

– Tudo haver. – ele me interrompeu. – Você esta magoando o meu irmãozinho e machucou ele mais ainda quando começou a namorar aquele imbecil do Jackson. – a raiva transbordava dos olhos de Bryan. – Somente amigos não é?

– Olha, Percy e eu não pla...

– Brendan quase se matou ao descobrir sobre você e o Jackson. – gritou Bryan dando um forte tapa em meu rosto. Meus olhos se encheram de lagrimas. – Ele estava passando por um momento difícil na empresa e saber do seu novo relacionamento foi a gota d’agua para ele. Se eu não estivesse com ele quando ele se jogou daquela ponte e o soltado... argh. – Bryan levantou da cadeira furioso.

Eu me lembro quando isso aconteceu. Brendan havia me contado que só tinha caída da ponte que levava a um sito da família dele e acabou ficando preso no carro. Eu nunca poderia imaginar que ele faria algo assim.

– E-eu sint-to mui-uito. – eu já estava soluçando. A dor em meu peito só aumentava ao saber sobre o Brendan e o que eu, inconscientemente, o estava causando.  – E-eu não sab..

– Você estava o traindo o tempo todo em que estava juntos. – urrou Bryan em fúria.

– Não. – gritei desesperada. – Eu nunca fiz ou faria isso...

Me calei no instante em que Bryan tirou uma faca da sua cintura, ela estava escondida sob a camisa. Ele se aproximou de mim e sem piedade cortou as amarras que me prendiam ferindo meus membros.

– Coma. – disse ele friamente. – Volto em menos de uma hora com uma surpresa para você.

– O que você vai fazer? – meus músculos estavam doendo muito, eu mal conseguia me mexer.

Bryan nada me respondeu e saiu do quarto me deixando sozinha e solta.

Esperei alguns minutos, Bryan tinha me amarrado muito forte. Mexi levemente meu pulso e meus tornozelos e quando me senti melhor me levantei da cadeira com dificuldade. Meu corpo inteiro estava doendo, cada passo que eu dava até a porta era sôfrego.

Quando cheguei até a porta tentei abri-la, mas ela estava trancada. Eu não tinha mais forças para me manter em pé, desci escorando na parede até ficar sentada no chão. Minha respiração estava acelerada assim como o meu coração.

Engatinhando fui até a cadeira que estava a pouco e levantei somente para pegar o copo em cima da mesa, minha garganta clamava por um pouco de agua. Bebi todo o conteúdo do copo. Eu não estava com fome então somente coloquei o copo de volta na mesa e engatinhei até a parede me escorando nela.

Minha mente estava vagando tentando descobrir que surpresa seria essa que Bryan queria me mostrar e talvez pensar em algo que me tirasse daqui, pensei até em tentar arrombar a porta, mas meu corpo estava cansado e fraco de mais para isso.

A porta do quarto se abriu algum tempo depois e a primeira coisa que fiz foi gritar desesperada me levantando do chão correndo em direção à porta.

O corpo desacordado de Percy caiu no chão perto da porta. Bryan apareceu logo atrás dele apontando uma arma para mim.

– Paradinha ai. – disse ele ameaçadoramente me fazendo parar no momento em que ele mirou em Percy. – Boa menina. Agora recue. – ordenou e eu fiz o que ele me mandou.

Bryan se abaixou colocando a arma na cabeça de Percy e usando a outra mão empurrou o corpo de Percy até que ele estivesse longe da porta. Bryan fechou a porta com força.

– Não quero que ninguém escute. – disse ele se ajoelhando ao lado de Percy.

– Atire em mim. – gritei desesperada, lagrimas não paravam de sair dos meus olhos. Eu estava com muito medo de algo acontecer a Percy, nada podia acontecer nada com ele. – Deixe o Percy em paz, ele não tem nada haver com isso. Por favor, atire em mim, Bryan. – implorei.

– Ainda... não. – disse Bryan antes de apertar o gatilho.

Sufoquei um grito, minhas forças pareciam que tinham sido drenadas de mim e meu corpo foi ao chão ficando feliz ao ver Percy levantar assustado do chão com uma mão tampando seu ouvido esquerdo.

Bryan havia tirado a arma da cabeça de Percy e colocado ao lado dele acertando o chão.

– Mas o que... – Percy estava um pouco aturdido, mas seus olhos logo pousaram em mim. – Annabeth. – gritou aliviado correndo em minha direção nem se dando conta da situação em que estávamos. – Não sabe como fico feliz em te ver. – Percy me abraçou fortemente.

– Percy. – falei devolvendo seu forte abraço.

– Que lindo. – disse Bryan apontando a arma para Percy e para mim.

– O que... – Percy me soltou virando assustado para Bryan colocando seu corpo na frente do meu ao vê-lo segurando uma arma. – Você é maluco cara? Solte essa arma.

– Talvez, mas sabe que eu não quero solta-la. – disse Bryan sorrindo se aproximando mais de mim e de Percy.  – Ainda tenho quatorze balas e quero usar elas.

– Você... – Percy tentou ir na direção dele, mas eu envolvi meus braços em torno da cintura de Percy impedindo ele. Bryan estava louco o suficiente para atirar em Percy e eu não queria isso.

– Não faça nada, Percy. – implorei abraçando ele o mais forte que podia. Percebi que estava saindo sangue da orelha esquerda de Percy.

– Exatamente. – Bryan apertou novamente o gatilho mirando no chão bem perto dos nossos pés. Recuamos alguns passos e Percy colocou suas mãos sobre as minhas. – Fiquem assim juntinhos seus traidores covardes.

E mais uma vez Bryan apertou o gatilho. Um grito estrangulado saiu da minha garganta ao ver que dessa vez ele manteve a mira direcionada a mim e a Percy.

Como não estávamos muito longe de Bryan o impacto da bala foi mais forte jogando Percy e a eu no chão. Fechei os olhos ao sentir uma forte dor vinda do meu ombro antes cair que doeu mais ainda quando cai no chão e o corpo de Percy caiu sobre mim.

Mas logo o corpo de Percy foi tirado bruscamente de cima de mim sendo jogado para o lado.

Por um curto momento me senti aliviada pelo peso tirado de cima do meu corpo, mas logo o pânico me tomou ao sentir algo quente tocar a minha testa.

Abri os olhos rapidamente e vi Bryan em cima de mim pressionando a arma com força em minha cabeça. Um sorriso cruel estava estampado em seu rosto.

Pelo conto do olho vi que Percy estava inconsciente, lagrimas escorreram pelos meus olhos. Seus cabelos estavam empapados de sangue assim como a camisa que estava usando.

Minhas mãos estavam tremulas e não queriam se mexer, mas reuni todas as minhas forças e as abriguei a tatear o chão ao meu lado até encontrar uma das mãos de Percy. Quando encontrei a agarrei com força.

– Adeus, Annabeth Chase. – disse Bryan e vi pelo canto do olho quando ele apertava o gatilho.

Fechei os olhos com força e rezei silenciosamente para que algum milagre acontecesse e que pelo menos Percy saísse vivo dessa.

Ouvi um estrondo no quarto, mas não tive tempo de distinguir o que era. A arma de Bryan disparou. Meu ultimo pensamento foi em que Percy saísse vivo daqui antes de sentir todas as minhas energias se esvaírem do meu corpo e minha visão ficar completamente escura.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo e me desculpem por demorar a atualizar a fic. O ultimo capitulo não demorara tanto, eu acho.
Ahhh Se lembram que eu falei que teria uma surpresa que eu contaria no ultimo capitulo dessa fic? Pois bem, eu vou contar só no ultimo capitulo mesmo, mas se alguém adivinhar que surpresa é essa vai ganhar uma coisinha...
Para por aqui... Muito obrigada a todos que leram o capitulo. Bjs ^.^



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