Eu Sou Pai?.! escrita por MandyLove


Capítulo 10
Difícil Não Quer Dizer Impossível


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ^-^
Sem enrolação vamos ao capitulo, mas LEIAM AS NOTAS FINAIS...
Enjoy...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/211545/chapter/10

– Há uns oito anos eu sofri um acidente de barco e acabei batendo a cabeça com força em uma pedra. – começou meu pai olhando para todos os lados menos para mim, ou minha mãe que levou as mãos a boca assustada com o que ele tinha acabado de falar. – Fui levado às pressas para o hospital junto com os outros que estavam envolvidos no acidente.

“Por causa da pancada que levei tive que fazer vários exames neurológicos para ver se eu tive algum problema e infelizmente eles acabaram encontrando algo inesperado.”

Meu pai ficou em silencio e voltou seus olhos para o chão como se tivesse se lembrado de algo muito ruim. Eu vi quando uma lagrima solitária escorreu por sua bochecha quando ele abaixou a cabeça.

– O que... – engoli em seco. – ... o que eles encontraram?

– Eles encontraram um tumor no meu celebro. – disse meu pai e eu fiquei um pouco assustado. – Mas não precisam se preocupar. Os médicos já tiraram ele alguns anos atrás e não, não é genético. Podem ficar tranquilos.

– Genético? – perguntei um pouco assustado. Essa hipótese nem se quer tinha passado pela minha cabeça e a primeira coisa que me veio na cabeça foi Nina.

Odiaria que fosse algo genético e que minha filha acabasse tendo isso. Seria algo que eu nem queria imaginar em hipótese alguma que acontece com minha filha.

– Sim. Em alguns casos, o aparecimento de um tumor pode ser algo genético. Oque graças a Deus não foi é o caso de Poseidon. – disse Annabeth parecendo estar aliviada ao falar isso.

– Graças a Deus mesmo. – comenta meu pai com um sorriso no rosto provavelmente com o mesmo pensamento que todos nós. Que Nina não teria a possibilidade de ter isso no futuro. – Bom, continuando. Quando eles descobriram o tumor eles me disseram que eu deveria fazer uma cirurgia para tira-lo. Era o único jeito, foi o que eles me disseram.

“Também me contaram sobre os riscos da cirurgia caso eu fizesse. Pensando nesses riscos passei os próximos dois meses acertando minha vida para caso algo acontecesse comigo antes de fazer a cirurgia e durante esses dois meses soube que você estava me procurando, Percy.”

Tentei não me sentir desconfortável com o assunto que ele estava começando a citar e pelo olhar de desculpas que me pai lançou tanto para mim quanto para a minha mãe..

– Sinceramente eu não queria que vocês soubessem sobre o que estava acontecendo comigo e por isso disse aquilo naquela carta para não me procurarem mais. – minha mãe olhou irritada para meu pai fazendo ele se encolher um pouco em seu lugar. – Depois de tudo que eu fiz com vocês eu não tinha o direito de pedir nada e eu não queria pedir nada.

– Termine de contar depois conversamos sobre suas atitudes, sozinhos. – disse minha mãe de forma mordaz que deu até medo em mim.

– Hurum, enfim. – meu pai pigarreou parecendo estar com muito medo. Annabeth reprimiu um sorriso. – Depois de acertar os detalhes com meu advogado e um amigo de confiança que fiz em Atenas...

Quando abri a boca para dizer da enorme coincidência que era meu pai ter estado morando na mesma cidade que Annabeth minha mãe me lançou um olhar mortífero que me fez fechar a boca imediatamente.

– ... voltei ao hospital e me preparei para a cirurgia. – continuou meu pai olhando para a mesinha de centro com os olhos perdidos. – Pelo que os médicos me contaram a cirurgia teria sido um sucesso se no final um erro não tivesse acontecido.

“E por causa desse erro eu entrei em estado de coma. Fiquei mais de seis anos entravado em uma cama de hospital. Os únicos que sabiam a onde eu estava era o meu advogado e meu amigo. Graças às instruções que eu deixei e também a honestidade deles, tudo que foi preciso para me manter vivo foi feito.”

“Infelizmente, quando acordei do coma eu tinha perdido a minha memoria e como meu amigo e nem meu advogado sabiam sobre a minha família nada podia ser feito quanto a procura de familiares para me ajudar nesse momento.”

– Você não contou a eles sobre sua família? – perguntou minha mãe brava. Me pergunto se meu pai vai sair vivo da conversa que ele e minha mãe terão depois. – Os médicos não investigariam sobre você antes?

– Não contei. Eles só saberiam quando eu morresse e meu advogado tivesse permissão para ler os meus documentos que deixei em um cofre. E sobre os médicos, só entrei com o meu nome, sem sobrenome e com algumas conversas consegui manter assim até que tudo estivesse resolvido.

“Continuando. Meu advogado e meu amigo vieram me visitar e contaram tudo que sabiam sobre mim para ver se isso ajudava em alguma coisa, mas tudo que eu tinha certeza era que eu não queria encontrar ninguém da minha família no estado em que me encontrava.”

“Mas quando se trata de destino nada se pode fazer. Três semanas depois que eu acordei Annabeth e Nina apareceram no hospital.”

Meu pai parou de falar e apontou para Annabeth, esta assentiu vendo meu pai pegar um copo de suco em cima da mesinha e bebeu um pouco do seu conteúdo.

– No dia anterior um amigo meu sofreu um acidente e eu fui visita-lo. Ele estava no quarto ao lado de Poseidon e por engano da Nina, ela acabou entrando no quarto de Poseidon e eu a segui para tira-la de lá. – disse Annabeth com um sorriso de canto. – Quase cai pra trás do tamanho susto que levei ao ver Poseidon.

– Um dia inesquecível para mim. – disse meu pai com um grande sorriso no rosto.

– Verdade. – comenta Annabeth sem deixar de sorrir. – Fazia alguns dias que eu tinha contado a Nina sobre vocês e mostrado algumas fotos. Imediatamente ela reconheceu Poseidon e gritou pelo quarto chamando ele de vovô e tentou subir em cima de sua cama.

– Tive que usar muita persuasão para que Annabeth não contasse para vocês o que tinha acontecido comigo. – meu pai tinha um sorriso convencido no rosto.

– Não foi persuasão sua. Só foi a sua ideia e a da Nina, devo acrescentar, que me fez querer te ajudar nisso tudo. – disse Annabeth rolando os olhos.

– Bom, eu consegui o que queria. – disse meu pai dando de ombros e se recostando no sofá. –Levou meses para eu recobrar a memoria e isso foi graças a Annabeth que me ajudou com seus conhecimentos sobre minha vida.

– Para com o deboche. – disse Annabeth com os olhos semicerrados para meu pai que estava usando um tom de deboche. Minha mãe sorriu olhando para mim me fazendo arquear uma sobrancelha sem entender o que ela queria dizer com aquele sorriso.

– Tal pai, tal filho. – disse minha mãe somente movendo os lábios. Rolei os olhos e minha mãe sorriu mais ainda e foi impossível eu não abrir um sorriso também. Era bom ver que ela estava sorrindo depois de toda essa conversa tensa.

– E para finalizar mais alguns meses depois, com a minha vida normalizada lá em Atenas e algumas coisas acertadas, aqui estou para explicando tudo a vocês. – finalizou meu pai olhando para mim e depois olhou para a minha mãe.

– E agora, Poseidon, o que procura para seu futuro? –perguntou minha mãe colocando seu copo de suco pela metade em cima da mesinha e encarou meu pai.

– Ficar perto de Nina e tentar me reaproximar de vocês. – disse ele com o olhar serio, determinado. – Vou me redimir com vocês, ganhar o perdão de vocês. Não fui um bom pai e nem um bom marido, mas eu quero acertar as coisas com vocês.

– Isso pode ser im... – Annabeth apertou a minha mão com força fazendo um gemido contido de dor escapar por entre meus lábios me interrompendo. Olhei irritado para ela que me olhava desafiadoramente. – ... difícil.

– Difícil não quer dizer impossível. – disse Annabeth sabiamente. Sorri sem humor para ela.

– Certo. – disse minha mãe fazendo todos a encararem. – Agora que sabemos das coisas devemos pensar com cuidado em tudo e pensar no que vamos fazer daqui pra frente. – minha mãe se virou de frente para Poseidon. – Você e Nina se dão bem?

Meu pai abriu um sorriso maroto no rosto e Annabeth soltou um muxoxo fazendo meu pai cair na gargalhada, mas logo ele parou colocando a mão na cabeça rapidamente.

– Viu. Foi um garoto mal e teve sua punição. – disse Annabeth olhando severamente para meu pai que mesmo parecendo estar com dor de cabeça mantinha um sorriso travesso no rosto.

– Pelo jeito ele se da mais do que bem com Nina. – comenta minha mãe olhando do meu pai para Annabeth que assente.

– Desde que Nina conheceu Poseidon, os dois ficaram muito unidos, principalmente porque Poseidon foi o primeiro parente por parte de pai que Nina conheceu. – disse Annabeth.

– Acho que estou com ciúmes por você ter ficado tanto tempo com minha neta assim. – disse minha mãe, sua voz soando um pouco magoada, mas logo sua expressão ficou seria e ela olhou para mim. – Seja lá qual for à decisão que tomar filho, terá que pensar no bem estar da sua filha.

– Entendi. – falei abaixando a cabeça. Eu não fazia a mínima ideia do que fazer agora. Porque não existe um livro para dizer o que devemos fazer nesses momentos?

– Pois bem, acho que é hora de almoçarmos. – disse minha mãe e os outros concordaram.

– Eu acho que eu vou pra ca-casa. – minha voz falhou no final quando Annabeth soltou sua mão da minha me fazendo levantar a cabeça e encara-la, mas Annabeth estava com o rosto virado para o outro lado.

– Certo, acho que você quer pensar sozinho. – disse minha mãe com o cenho franzido olhando de mim para Annabeth.

– É uma pena, Pierre cozinha super bem apesar de às vezes ser um chefe preguiçoso. – disse meu pai sorrindo de canto.

– Eu vou ver como estão as coisas com Pierre. – disse Annabeth e olhou para mim. Seu rosto estava indecifrável. Se pensar em alguém que pode esconder o que esta pensando, ou sentindo, esse alguém é Annabeth. – Pode ficar para o almoço se quiser, mas se não volte outro dia quee quiser. Nina vai adorar.

– Por falar na nossa filha. – isso soou legal pra mim ainda mais porque vou mudar de assunto, oque melhora ainda mais as coisas. – Ela disse que quer pedir desculpas para Rachel pelo milk-shake dela ter sujado a roupa da Rachel.

– Milk-shake, né? Ela me contou essa historia. – comenta meu pai se segurou para não rir. – Minha neta é realmente uma caixinha de...

– Se você quiser leva-la para se desculpar, tudo bem. – disse Annabeth, tampando a boca do meu pai impedindo ele de continuar, olhando para mim. – Nina, já havia comentado comigo sobre isso. É só falar o dia.

– Ok. Obrigado.

Combinei com Annabeth que ligaria para Rachel antes e depois marcaria um dia para Nina e eu irmos na casa de Rachel para não haver nem um problema. Me despedi da minha mãe – ela resolveu ficar para o almoço –, do meu pai e de Annabeth e fui para o meu apartamento pensando em tudo que tinha acontecido hoje e em uma frase de Annabeth.

– Difícil não quer dizer impossível. – murmurei pra mim mesmo enquanto esperava o sinal abrir. Um sorriso bobo se formou em meu rosto enquanto eu olhava para a minha mão direita,  a mão que Annabeth segurou.

Quando cheguei ao meu apartamento fui direto para o meu quarto e vi o smoking que eu usaria para a festa de hoje à noite pendurado na porta do guarda-roupa.

Eu não queria ir mais nessa festa. Minha cabeça parecia uma panela de pressão e com tudo que tinha acontecido nó últimos dias paparazzi e repórteres não me deixariam em paz. Antes de eu chegar ao prédio já tinha alguns paparazzi me seguindo.

Serio, eu sei que esse é o trabalho deles, mas eles parecem abutres a procura de carne podre que quando acha fica em torno da carne até não restar mais nada.

Alguns pode até ser legais e ter um pouco de educação, são muito poucos por sinal, mas outros não se importam com o que você esteja passando vão querer “enfiar” uma câmera na sua cara de um jeito, ou de outro.

Voltando ao assunto da festa, minha mãe logicamente falaria que não se incomodaria de eu não ir depois de tudo, mas essa é uma festa importante para ela porque uma das instituições que ela sempre ajuda seria uma das que seriam beneficiadas com a festa de hoje.

Resolvi fazer uma única coisa em vez de ficar vegetando pensando em tudo que estava acontecido e se eu ia ou não na festa. Resolvi tomar um remédio para dormir e só acordar poucas horas antes da festa.

Assim eu estaria com a cabeça mais fria para encarar uma festa e pensar com cuidado em tudo para que minhas decisões não afetarem tanto a minha filha como minha mãe mesmo havia dito mais cedo.

Fiz um lanche e comi antes de tomar alguns comprimidos. Eu tinha dado o dia de folga para Maria achando que iria almoçar na casa de Annabeth e a noite tinha a festa. Não precisaria dela e ela só esteve em casa para trazer meu smoking da lavanderia.

Troquei de roupa ficando somente com uma bermuda, escovei os dentes e depois cai de cara na cama, dormindo poucos instantes depois.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo, eu acho que podia ficar melhor, mas enfim...
Um recado para quem esta esperando Sacrifício do Herói, SDH, daqui a alguns minutos eu vou postar o trailer que prometi.
Muito obrigada a todos que leram esse capitulo Bjs ^.^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu Sou Pai?.!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.