Eu Sou Pai?.! escrita por MandyLove


Capítulo 9
A Toda Ação Sempre Há Uma Reação


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, me desculpem pela demora. Como comentei em OKoL e TOW tive alguns imprevistos na semana passada e não tive tempo de escrever o capitulo dessa fic.
Para aqueles que querem saber um pouco sobre a terceira temporada da minha serie de Percy Jackson, O Sacrifício do Herói, eu tenho algumas informações nas notas finais, então se querem saber LEIAM AS NOTAS FINAIS ^-^
Espero que gostem do capitulo, hã, as frases em francês contidas nesse capitulo são cortesia do google tradutor... Enjoy...



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Minha mãe e eu nós levantamos rapidamente do sofá olhando para homem, agora, a nossa frente. Fechei os olhos com força e contei até dez antes de abri-los novamente e mesmos assim ele ainda estava parado de pé na nossa frente.

– É o senhor mesmo? – perguntei. Minha voz saiu tão baixa que talvez ninguém tivesse me escutado. Meu coração martelava em meu peito fortemente e minha cabeça estava uma tremenda confusão tentando assimilar o que estava acontecendo.

– Olá, Percy. Olá, Sally. – disse Poseidon Jackson com um sorriso contido.

Uma mão gelada agarrou o meu braço com força me fazendo olhar para o lado, para minha mãe. Sally estava pálida olhando para Poseidon com os olhos arregalados e eu podia ver que ela estava com o corpo tremendo levemente.

– Sally, é melhor se sentar. – disse Annabeth se colocando ao lado de minha mãe.

– Annabeth, a onde fica o banheiro, por favor? – pedi controlando a minha voz.

– Hã claro, suba as escadas pelo lado esquerdo. Primeira porta a direita. – disse ela ajudando a minha mãe a se sentar novamente no sofá.

– Com licença. – saiu o mais rápido que pude e segui as instruções de Annabeth indo até o banheiro com rapidez.

Fechei a porta e a tranquei. Encostei a cabeça na porta e fechei os olhos. As poucas memorias que tive com meu pai vieram à tona na minha cabeça.

Eu nunca passei muito tempo com meu pai, pelo que eu me lembro. A primeira lembrança que eu tenho foi de um dia que a gente brincou, mais ou menos quando eu tinha sete anos e agente, junto com minha mãe, brincamos o dia inteiro na praia de Montauk em Long Island.

Depois disso só vieram poucos momentos com ele e quando meus pais se divorciaram ficou ainda mais estreito nosso relacionamento. Via ele uma vez por semana, isso quando ele não ficava meses fora viajando pelo mundo.

Apesar de meu pai ficar mais tempo viajando pelo mundo ele gostava de ter um lugar fixo, uma casa, para a onde voltar depois de exaustivos meses viajando.

Meu pai também é Biólogo Marinho, mas diferente de mim que faço pesquisas ele vivia viajando pelo mundo para tirar fotos de animais marinhos e quase sempre você poderia ver as fotos deles em revistas que abordavam esse tema.

Até uns oito anos atrás eu ainda via as fotos que ele tirava em algumas revistas, mas por algum motivo nesses oito anos eu nunca mais vi as fotos dele ser publicadas e como estávamos a mais de dez anos sem nós vermos desde que ele se mudou para Grécia, então eu não tinha como entrar em contato com ele e saber o porque.

Entrei em contato com a revista que sempre publicava as fotos dele para saber se algo tinha acontecido com meu pai, mas eles também não sabiam de nada. Meu pai enviava as fotos por e-mail e eles faziam o deposito em sua conta, só isso.

Com incentivo da minha mãe e de Annabeth tentei ver se eu encontrava alguma coisa sobre ele na Grécia já que essa era minha única pista sobre seu paradeiro, mas depois de um mês de investigação, não achei pistas de meu pai por lugar nem um.

Até liguei, com ajuda da minha mãe – nessa época Annabeth estava finalizando um projeto seu e não pode me ajudar com isso –, para alguns amigos do meu pai que conhecia e eles também não sabiam nada além do que eu sabia, que há dez anos atrás ele tinha ido para Grécia. Sem endereço, nome de uma cidade, nem nada. Só o nome do país.

Um dia antes de terminar a investigação recebi uma carta do meu pai, sua letra era inconfundível para mim. Nela ele dizia que estava bem, mas ele não queria que eu procurasse mais por ele porque ele não queria me ver. Somente isso e somente isso foi o suficiente para eu não querer saber mais nada sobre ele.

Eu tentei achar, pensar, em alguma explicação para tudo que meu pai fazia e estava fazendo, mas nada plausível surgia o que me deixou com mais raiva ainda.

Agora eu não podia mais colocar a culpa na idade dele, já que meus pais eram jovens, tinham 17 anos, quando eu nasci. Na época que ele me mandou essa carta ele tinha 44 anos, não era tão mais jovem assim.

Durante todos esses anos eu deixei o assunto sobre o meu pai de lado. Nunca mais toquei no assunto e nem um amigo meu perguntou alguma coisa. Um mês depois Annabeth e eu brigamos, terminamos e ela foi para Atenas, Grécia.

Fim da historia, ou foi o que eu pensei naquela época.

Em menos de 72 horas recebi noticias que viraram minha vida de cabeça para baixo. Mal pude me acostumar com uma noticia e outra já veio para me deixar como estou agora. Sem saber o que fazer. Como agir. Nada.

Fui até a pia e liguei a torneira deixando a agua passar por entre minhas mãos, gelada, antes de jogar um pouco no rosto e na nuca.

O que eu deveria fazer agora?

Três batidas na porta me fizeram despertar dos meus pensamentos com um sobressalto, um pouco assustado. Fechei a torneira, mas fiquei em silencio me olhando no espelho. Eu estava um pouco pálido, meus olhos estavam um pouco vermelhos sem motivo algum e agora eu também estava com o rosto molhado.

– Percy? – a voz de Annabeth me chamou do outro lado da porta.

Minha respiração ficou acelerada, minhas mãos começaram a tremer. Eu teria que encarar tudo de frente, eu não podia ficar trancado em um banheiro. Tenho 35 anos caramba.

– Coragem, Percy. Você consegue. – murmurei baixinho para mim mesmo e respirei fundo antes de abrir a porta.

Annabeth me olhava com cautela e preocupação, isso foi até que reconfortante. Era como nos velhos tempos. Sempre que algo acontecia, como meu pai sumir e não aparecer mais, os outros me olhavam com pena, Thalia e Nico não eram exceção no caso do meu pai, quando sabiam sobre o que eu estava passando, mas Annabeth não.

Ela sempre demonstrava que estava preocupada comigo, demonstrava seu carinho e amor, nada além disso. Se eu não tivesse abalado como estava agora eu teria notado que ela também estava me olhando com amor e carinho, só soube disso algum tempo depois.

– E-eu...Eu-u.. N-nã-não... B-bem... – minha voz me traiu. Tudo que eu tentava falar não saia nada além de gaguejos e minha voz estava embargada por algo que eu não queria admitir.

Eu não consegui tentar falar mais nada depois do que aconteceu. Annabeth me pegou em um abraço surpresa que me deixou, obviamente, surpreso. Automaticamente envolvi sua cintura com meus braços e descansei minha cabeça em seu ombro.

– Somente respire fundo. – disse Annabeth suavemente rente ao meu ouvido e entrelaçou seus dedos no meu cabelo fazendo um carinho. – Você esta molhado. – comenta divertida me fazendo sorrir um pouco.

Fechei os olhos e me entreguei a essa momento, vai saber quando isso vai acontecer de novo. A abracei mais fortemente e respirei fundo me embriagando com seu cheiro. Depois de tantos anos, ela ainda usava shampoo de limão e eu amei saber disso.

Não sei por quanto tempo ficamos assim abraçados, mas ter Annabeth aqui comigo, desse jeito, era o melhor remédio para qualquer coisa no mundo. Queria eu poder ficar assim pelo resto da vida.

– O que eu devo fazer? – perguntei e minha voz parecia já estar normal.

– Primeiro, eu acho que deveria escuta-lo. – começou ela e infelizmente ela se afastou de mim me olhando nos olhos segurando meus rosto entre suas delicadas mãos. – E depois eu sugeria que você fosse almoçar. Modestamente estou preparando um almoço delicioso.

– Preparando? Ainda não terminou?

– Pois é, vou deixar vocês conversando e vou terminar o almoço. – disse ela sorrindo fracamente. – Melhor vocês conversarem sozinhos.

Reprimi a vontade de pedir que ela ficasse com a gente e me repreendi mentalmente. Eu queria que Annabeth ficasse comigo, estava parecendo um viciado que precisava de Annabeth para fazer tudo, como eu era antigamente, ou ainda sou pelo que esta parecendo.

– Tudo bem. – foi tudo o que eu disse antes de irmos de volta até a sala em que estávamos.

Poseidon e minha mãe estavam sentados no mesmo sofá em silencio. Minha mãe estava com um copo de suco na mão e meu pai somente encostado no sofá, ele estava olhando pelo lado da janela quando cheguei, mas depois seus olhos se voltaram para mim me olhando de uma forma que não consegui decifrar.

– Bom, vou deixar vocês sozinhos para conversarem melhor. – disse Annabeth já fechando a porta. – Vou terminar o almoço.

– Espere, Annabeth. – disse meu pai se levantando. – Fique, Pierre pode muito bem terminar o almoço. Por favor, fique.

Meu pai encarou Annabeth. Annabeth encarou meu pai. Os dois pareciam estar em uma conversa que só eles entendiam. Olhei para minha mãe e ela deu de ombros também não entendendo nada. Percebi que minha mãe estava com os olhos um pouco vermelhos, mas parecia bem melhor do que quando eu sai.

– Tudo bem. – disse Annabeth por fim chamando a nossa atenção. Ela foi até a mesa aonde tinha um telefone e apertou dois botões consecutivamente sem tirar o telefone do gancho.

Ela provavelmente deve ter colocado no viva voz por que deu para escutar o som do telefone chamando. Tocou por alguns segundos quando finalmente foi atendido.

Oui? – disse alguém do outro lado da linha.

– Pierre, termine o almoço sim?

Ahh mon dieu. Je pensais manger sa nourriture d'aujourd'hui. Comment pouvez-vous me tromper ainsi, ma dame? – eu não entendi nem um cadinho do que ele estava falando.

– Você que se iludiu pensando assim. – disse Annabeth rolando os olhos. – Pode terminar o almoço, ou você é um chef francês que...

Oui. Comme vous le souhaitez, je comprends tout. – disse Pierre, sua voz soou um pouco estranha de como estava segundos atrás. – Jusqu'à midi.

– Até o almoço. – disse Annabeth apertando um botão no telefone e encerrando sua conversa.

Pelo que parece, além de ter um mordomo, que até agora eu não vi, Annabeth também tem um chefe de cozinha e ele é francês pelo que deu para entender. Nada mal, não é?

– Bom, acho que agora é hora de você explicar o que esta fazendo aqui, não é Poseidon? – perguntou minha mãe, sua voz saiu um pouco embargada.

– Que tal nós sentar primeiro? – sugeriu Annabeth olhando sugestivamente para mim.

Assenti levemente para ela e sentei no sofá em frente a minha mãe. Annabeth sentou ao meu lado e meu pai voltou a se sentar no lugar em que estava antes.

– Newton é mesmo um gênio, não é. A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade. – começou meu pai soando melancólico e olhou para mim e depois para minha mãe. – Sei que o que fiz foi errado, algo que um pai nunca deveria fazer a um filho, e peço perdão por isso.

– Era isso que queria falar? Pedir perdão? – perguntei sentindo meu coração pesado, parecia uma bola de boliche. – Como pode pedir perdão?

– Percy! – disse Annabeth repreensivamente pegando na minha mão e a apertou com um pouco de força. Respirei fundo tentando me acalmar.

Desde que entrei nessa sala novamente tentei manter minha mente em branco e não tomar nem uma atitude como a que eu estava tomando agora. Então, eu somente iria fazer o que Annabeth disse. Vou somente escuta-lo. Só isso.

– Sim, mas eu quero fazer algo mais. Eu quero explicar o porquê fiz o que fiz com você, com vocês dois. – disse meu pai e fez uma careta lavando as mãos a têmpora a massageando.

– Eu falei para você e Will não ficarem jogando Xadrez demais se não você iria ficar com dor de cabeça. – resmungou Annabeth e meu pai riu levemente. – Tomou o remédio?

– Sim, doutora Chase. – disse ele com o semblante serio olhando para Annabeth. Esta apenas assentiu a qualquer conversa que os dois tiveram pelo olhar outra vez.

– Você esta doente? – minha mãe perguntou parecendo estar preocupada.

Eu tentei não demonstrar qualquer sentimentalismo por ter ouvido isso, mas foi em vão. Não pude evitar em me sentir um pouco preocupado com ele e querer saber um pouco mais, seja lá sobre o que for.

– Eu estive, atualmente só tenho alguns efeitos colaterais. – respondeu ele a minha mãe. Franzi o cenho confuso com sua resposta. – Hoje só tenho leves dores de cabeça.

– Ha-ha-há. Bela piada para um assunto que não deveria ter a mínima graça. – disse Annabeth olhando brava para meu pai que se encolheu um pouco no sofá.

– Ultimamente só estou tendo leves dores de cabeça e nada mais, sabe disso Annie. – disse meu pai de forma defensiva e Annabeth apertou a minha mão com força.

Comprimi os lábios para não soltar um gemido de dor. Ela tem um aperto de mão forte, não me lembrava disso e eu estava tão confortável segurando a sua mão que nem tinha reparado que ainda estávamos de mãos dadas até que ela apertou a minha mão.

– Sei. – resmungou Annabeth rolando os olhos.

– Será que da para nós explicarem o que esta acontecendo? – perguntou minha mãe com a voz ligeiramente alterada olhando de Poseidon para Annabeth repetidas vezes.

– Ok. – disse meu pai levantando as mãos em forma de rendição. – Bom, melhor eu começar. Vou tentar resumir o máximo que eu puder para que nós não percamos o almoço.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado dessa capitulo. Esse capitulo acabou saindo fora do que eu planejava, então talvez a fic tenha mais do que 15 capítulos como eu havia dito. Isso sempre acontece comigo, sempre tenho novas ideias quando começo a escrever e fico com pena de tirar elas e a fic acaba ficando grande de mais.
Enfim... Sobre a terceira temporada da serie PJ, o Sacrifício do Herói, essa semana eu vou finalizar o vídeo e começar a escrever o primeiro capitulo. Também já fiz a primeira capa da fic que eu vou divulgar junto com o trailer. E eu vou responder todos os reviews assim que puder, vou começar agora a responder alguns.
Muito obrigada a todos que leram esse capitulo... Bjs ^.^