Eu Sou Pai?.! escrita por MandyLove


Capítulo 11
Trampolim De Cama


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal ^-^
Espero que gostem do capitulo...
Enjoy...



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Acordei com o som estridente do telefone tocando. Com a pequena preguiça que estava sentindo coloquei o travesseiro em cima da minha cabeça para abafar o som. Passou algum tempo e o telefone parou de tocar para poder voltar a tocar segundos depois nem se quer me dando uns minutinhos de paz e sono.

Apertei o travesseiro com mais força na minha cabeça. Novamente o telefone parou de tocar para tocar novamente pouco tempo depois me deixando muito aborrecido.

Estendi a mão até o criado mudo ao lado da cama tentando encontrar o bendito telefone, mas acabei batendo em alguma coisa que caiu no chão, o bendito telefone. Praguejei baixinho ainda ouvindo o telefone tocar e podia jurar que ouvi uma risadinha infantil.

Franzi o cenho confuso e resmunguei antes de tirar o travesseiro de cima da minha cabeça e virei na cama para pegar o telefone no chão.

– Buu! – uma figura pequena vestida com uma capa preta gritou bem em frente ao meu rosto me fazendo soltar um grito de susto e recuar mais para o meio da cama.

Sons de risadas preencheram o meu quarto enquanto eu respirava ofegante com a mão sobre o peito. Meu coração batia fortemente contra meu peito que eu acho que qualquer um no quarto poderia ouvir.

– Me diz que filmou isso, vovó? – disse a figura tirando a capa preta revelando seus cabelos loiros e seu sorriso sapeca no rosto. Era a minha filha. Nina se virou para a porta do meu quarto sem parar de rir.

Segui seu olhar e vi minha mãe na porta com uma câmera filmadora em uma mão e com a outra ela estava com o polegar levantando para cima.

– Mais oque...? – olhei para as duas e para a câmera na mão da minha mãe repetidas vezes tentando entender o que tinha acabado de acontecer.

– Pode apostar que sim. – respondeu minha mãe sorrindo olhando para a tela da câmera. – E a Resolução dela é realmente incrível.

– Espera. Vocês armaram para mim. – acusei e Nina gargalhou junto com minha mãe.

– Boa tarde, papai. – disse Nina pulando na minha cama ainda sorrindo. – A gente não armou para o senhor. Juro, juradinho que não armamos nada.

– Mentir é feio Nina. – falei olhando bravo para ela que encolheu dando de ombros.

– Mas é verdade. Tia Thalia que armou para o senhor. Vovó e eu somente somos meras peças da vingança da tia Thalia. – disse Nina deitando na cama e olhando para o teto. – A câmera é da tia Si. Como ela queria filmar tudo do plano de vingança da tia Thalia tivemos que trazer com a gente se não ela não teria o plano todo filmado.

Olhei abismado para a minha filha, com a boca ligeiramente aberta. Eu realmente não sabia como ficar com essa situação toda. Mas uma coisa eu não iria deixar barato. Thalia estava usando minha filha para se vingar de mim. Hã mais isso teria volta, há se vai.

– Você não deve escutar sua tia Thalia e muito menos participar de um plano que a cara de pinheiro planejar, principalmente se for contra o seu pai. – falei cutucando de leve a barriga de Nina que se encolheu rindo.

– Para, papai. – pediu quando resolvi começar a fazer cosquinhas nela.

– Somente se você parar de ajudar a sua tia com esse plano de vingança. – falei e Nina assentiu freneticamente enquanto ria. Levantei as mãos para cima. – Combinado? Ou eu vou ter...

– Combinado. – disse Nina rapidamente ficando de pé em cima da minha cama e começou a pular. – Mas vou ter que ganhar algo em troca disso.

– É suborno agora? – perguntei e apontei para os pés dela. – Nada de sapatos em cima da cama, mocinha.

– Certo. – ela sentou novamente na cama e tirou seus tênis jogando eles no chão e voltou a ficar de pé, pulando em cima da cama.

Sorri vendo ela pular sem parar. Será que isso é algum tipo de coisa de criança pequena? Me lembro que sempre fazia isso na cama da minha mãe quando era novo. Era a coisa mais legal do mundo naquela época e felizmente minha mãe nunca me tirava de cima da cama, só parava quando eu me cansava e não conseguia mais pular.

Já quebrei algumas camas por isso, mas isso não parecia incomodar a minha mãe. Não me pergunte o por que, qualquer mãe teria ficado louca se uma coisa assim acontecesse.

– Não é suborno. Só é troca de favores, papai. – respondeu Nina caindo de costas na cama com a respiração acelerada. – Tia Thalia disse que seria divertido e me contaria uma coisa sobre o senhor bem constrangedora.

– Me lembre de não deixar você perto da Thalia sem supervisão de alguém bem responsável. – falei suspirando pesadamente. Só Thalia mesmo para propor algo assim.

– Tudo bem. – disse minha filha dando de ombros como se não se importasse muito com isso. – Mas se quer que eu pare de ajudar tia Thalia vai ter que me contar algo constrangedor sobre ela assim posso usar isso para impedir que ela faça alguma coisa comigo por eu ter deixado de ajudar ela no plano.

– Realmente. – falei com um sorriso bobo no rosto olhando para Nina que agora estava me encarando com o cenho franzido.

– Realmente o que? – perguntou ela ficando deitada de lado.

– Realmente você é muito parecida com sua mãe. Inteligente como ela. – respondi tirando uma mecha de seu cabelo que caiu em frente ao seu rosto.

– Realmente, isso é o que todo mudo que conheceu ou conhece o senhor falam pra mim e ainda dizem graças a Deus por isso. – disse Nina com um sorriso tímido no rosto e eu sorri.

– Realmente, es-essa cen-na... – ouvi a voz da minha mãe soando um pouco embargada e Nina e eu olhamos em sua direção. Minha mãe estava com lagrimas nos olhos, um sorriso orgulhoso no rosto e com a câmera ainda ligada filmando Nina e eu. – Realmente é muito linda.

– Ah. – gritou Nina ficando de pé de repente nós assustando. Se não fosse pelo sorriso que ela tinha no rosto agora eu teria ficado preocupado.

– O que foi? – perguntei sorrindo vendo Nina começar a pular novamente em cima da cama.

– Vem aqui vovó. – chamou Nina mexendo os braços, chamando pela avó. – Eu ainda não tenho uma foto com vocês dois e isso é inalimissinil. Não, espera. É... – Nina parou de pular. – Inadmissível. – falou devagar e sorriu quando pronunciou certo.

– Ok, mas eu preciso me arrumar, acabei de acordar. – falei apontando para o ninho que deveria estar meu cabelo agora.

– É só fazer isso. – disse Nina ficando de pé na minha frente e bagunçou mais ainda meu cabelo, passou suas mãozinhas pelo meu rosto e depois voltou a bagunçar meu cabelo. – Pronto. Tá lindo, papai.

– Devo estar mesmo depois desse intensivo tratamento de beleza. – falei sorrindo. Cara, era impossível não rir com o que estava acontecendo.

– Está. Confia em mim – afirmou minha filha. – Agora vem vovó.

Minha mãe foi até o meu guarda roupa depois de me passar a câmera e pegou uma blusa qualquer jogando a para mim. Coloquei a blusa e minha mãe se sentou na cama, eu me sentei ao lado dela e Nina se colou entre nós dois passando um braço sobre os meus ombros e o outro pelos ombros da minha mãe.

Mudei de filmar para fotografar na câmera. Tiramos algumas fotos até Nina se dar por satisfeita, tiramos até algumas com o meu celular que no momento estava na mão de Nina.

As fotos não tinham ficado tão ruins assim apesar do meu cabelo estar revoltado totalmente apontando em todas as direções. Minha mãe e Nina era as únicas que estavam mais apresentáveis do que eu.

– O que esta fazendo? – perguntei olhando sobre o ombro de Nina e vendo que ela digitava alguma coisa no aparelho.

– Estou enviando as fotos para os celulares da mamãe, para o do vovô Poseidon, do vovô Frederick e para o da vovó Atena também. Já enviei a da vovó Sally. – disse Nina sem tirar os olhos do que estava fazendo. – Por enquanto, claro.

Fazia tempos que eu não ouvia os nomes dos pais de Annabeth. Pelo que eu sabia sobre eles, os dois ainda estavam morando em São Francisco com os dois outros filhos que eles tiveram depois de Annabeth.

Eu só tinha visto Atena uma vez depois do que tinha acontecido comigo e Annabeth e ela nem se quer olhou para a minha cara, antes pelo menos ela me lançava olhares mortais. Atena nunca foi fã do meu relacionamento com sua filha, nunca soube bem porque disso, Frederick já me apoiava, gostava de mim. Agora no entanto deve querer é me ver bem longe.

Se eu não estiver engano Malcolm e Albert, os irmãos de Annabeth, têm 25 e 16 anos respectivamente. Atualmente eu não sei muito sobre eles além disso.

– Maravilha. – resmunguei me deitando na cama novamente, mas eu não estava aborrecido por ela ter enviado as fotos a eles. Agora eu teria o numero do celular da Annabeth. Maravilha. – Espero que fiquem somente entre eles essas fotos.

– Se preocupa não papai. – disse Nina e senti ela dar tapinhas de incentivo em minha perna.

– É, com a Nina na foto não tem porque olharem para você, filho. – disse minha mãe divertida levantando da cama.

– Obrigado, mãe. – falei sarcasticamente e fiz ela sorrir.

– Esta muito bom esse momento, mas eu preciso ir. – disse minha mãe me fazendo levantar a cabeça e olhar pra ela confuso. – Tenho que ir para a festa, já são quase seis da tarde tenho que estar lá até as oito.

– Hã, é verdade. A festa. – falei me apoiando nós cotovelos olhando para a Nina. – Você vai também, ou vão te trancar em um armário?

– Que coisa feia de se falar, papai. – disse Nina fazendo biquinho jogando meu celular em cima do meu colo acertando uma parte bem sensível.

– E você não deveria fazer uma coisa dessas também. – falei por entre os dentes me encolhendo na cama. Coloquei o meu celular em cima do criado ao lado. Celulares podem ser armas muito perigosas.

– Hum, não sou boa de mira.  – disse ela se encolhendo um pouco. Sorri, alguma coisa além dos olhos ela tinha que puxar de mim. Minha mira é péssima. – Mas, eu não vou ficar em um armário, há não ser que o senhor me coloque em um.

– Hein? – olhei para ela de forma interrogativa e Nina sorriu um pouco.

– Eu vou ficar com o senhor, papai. – disse ela vindo para o meu lado e fez carinho no meu cabelo. – Elas vão à festa e eu vou ficar aqui. – Olhei para a minha mãe e ela assentiu sorrindo.

– Acho que você deveria ficar em casa. – disse ela dando de ombros. – Sabe, para pensar e Annabeth e eu concordamos que você e Nina precisam de um tempo juntos sozinhos.

– O que traduzindo seria. Não posso ir nessa festa porque é só para adultos e como o senhor não esta muito afim de ir na festa vamos ficar juntos porque as duas mulheres que mandam mais na gente disseram que devemos ficar na mesma residência e assim não precisariam contratar babás pra gente. – falou Nina e respirou bem fundo antes de cruzar os braços em frente ao peito fazendo careta.

– Eu não preciso de babá. – falei franzindo o cenho.

– Vem aqui, Percy, vamos conversar sozinhos por um momento. – chamou a minha mãe com o rosto serio saindo do quarto.

– Xiii, papai se deu mal. – disse Nina batendo levemente em minha cabeça. – Boa sorte.

– Valeu. Se comporte. – dei um beijo na testa de Nina e me levantei da cama. Se eu tivesse olhado novamente para a minha filha tinha percebido como ela tinha ficado surpresa com meu ato, meio que, automático.

Minha mãe estava me esperando na sala em frente à porta com sua bolsa no ombro, com uma chave na mão e outra olhando para seu celular. Em cima do sofá tinha uma mochila azul claro, provavelmente da Nina, e um pinguim pequeno de pelúcia com uma toca, ou gorro se preferir, vermelha igual a do papai Noel e uma gravata de laço vermelha presa no pescoço.

– Eu não vou me dar mal como Nina esta prevendo, vou? – perguntei chamando a atenção da minha mãe. – Ela até me desejou sorte.

– Não, filho. – disse ela sorrindo guardando seu celular na bolsa. – Não é nada disso, só foi para tirar uma com você.

– Poxa, mãe. Realmente, muito obrigada. – falei emburrado.

– Desculpa, filho. – disse ela vindo até mim e me abraçando. – Mas o assunto é serio. – ela se afastou de mim e me olhou nos olhos. – Fique com a Nina e pensa sobre o assunto do seu pai. Sei que o que ele fez não foi certo, mas vale a pena dar mais uma chance a ele.

“Magoas só traz mais magoas e não vai ser só você que vai ser afetado por elas. Tenha isso em mente e lembre-se que felicidade não é algo que se consegue sozinho. Temos que dar chances para que outros sejam parte da nossa felicidade para ela ser mais completa.”

– Certo, acho que a senhora deveria ter escrito tudo isso. – falei divertido e minha mãe deu um tapa no meu braço. – Ok, eu entendi. Foi só brincadeira. – minha mãe bate forte para sua informação. – Mas e sobre a festa de hoje?

– Não tem problema. – disse ela dando de ombros e depois me olhou serio nós olhos. – Contando que tenho uma ótima doação para as instituições.

– É, claro. Não se preocupe. Eu vou.

– Você realmente não se importa de ficar com a Nina? – perguntou e eu neguei sorrindo.

Me despedi da minha mãe e suspirei aliviado. Não precisaria ir à festa e isso era muito bom, mas eu teria que ficar com Nina e isso poderia ser um problema.

Não um problema de eu não gostar disso, na verdade eu estou amando que vou ficar com ela e poder conhece-la um pouco mais, mas sim um problema  que posso resumir em uma simples pergunta. Como que se cuida de uma menina de sete anos?

Dei de ombros e fui em direção ao meu quarto. Minha mãe não deixou nem uma instrução, então espero que isso queira dizer que não é uma tarefa muito difícil, talvez seja até divertido.

Entrei no meu quarto e vi Nina novamente pulando em cima da minha cama com um sorriso gigante no rosto e quando me vi entrando no quarto acenou.

– É, vai ser divertido.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado. Reviews e recomendações são sempre bem vindos ^-^
Para aqueles que estão esperando o Sacrifício do Herói daqui a alguns minutos vou postar o primeiro capitulo e espero que todos gostem ^-^
Muito obrigada a todos que leram esse capitulo. Bjs ^.^